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34 | Empresa

"Eu vou te abraçar em meus braços e eu vou te abraçar firmemente"

— Dean

—— A A R O N ——

Despertei-me ao ouvir o meu celular tocando e desliguei para não acordar a garota que dormia serenamente ao meu lado, ela se remexeu um pouco na cama, mas ainda mantinha seus olhos fechados. Suspirei fundo olhando em volta, a luz do sol invadia o quarto de hotel, havia esquecido a cortina aberta e pra variar meu pai me mandou uma mensagem.

Droga...

O relógio passava das sete da manhã, passei a mão pelo rosto ainda deitado criando coragem para sair da cama e peguei o meu celular para fazer uma ligação. Em seguida levantei-me com cuidado para não a acordar deixando um beijo em seus cabelos antes, e fui em direção ao banheiro. Fiz minha higiene matinal, escovei meus dentes e tomei um banho rápido.

Logo depois vesti minhas roupas que havia trazido e olhei de relance para a garota deitada sobre a cama e abri um leve sorriso ao me lembrar da noite anterior. Em cerca de dez minutos um funcionário do hotel bateu na porta, agradeci pegando as sacolas e coloquei em cima da mesa e voltei para a cama, ela ainda dormia e fiquei aliviado por não ter acordado durante esse tempo.

Tão linda...

Encantava-me o modo em que os seus fios loiros estavam espalhados pelo seu rosto. Amélia dormia tranquilamente enquanto meus dedos acariciavam seu rosto e eu permanecia observando-a com um sorriso apaixonado em meus lábios. Deslizo minha mão pelo traço de suas costas desnudas acariciando-a suavemente sentindo sua pele macia e fiquei parado olhando-a, prestando atenção em cada detalhe de sua bela face.

— Para de me encarar. — Murmurou, ainda de olhos fechados me fazendo rir.

— Impossível.

— Idiota — Abriu um sorriso e piscou devagar tentando se acostumar com a luminosidade do quarto. — Bom dia.

— Bom dia, meu amor. — Me inclinei dando-lhe um selinho.

— Tenho que me acostuma com você me chamando assim.

— Acho bom. — Acariciei o seu rosto afastando suas mechas e ficamos em silêncio nos olhando. — Dormiu bem?

— Sim. — Fechou os olhos novamente ainda sonolenta. — Que horas são?

— Quase oito da manhã.

Droga. — Resmungou cobrindo seu corpo com o lençol branco e passou a encarar o teto. — Ontem foi tão...

— Incrível?

— Sim. — Virou seu corpo e ficou de frente pra mim, seus olhos claros como o dia analisava cada mínimo detalhe de meu rosto. — Quer saber de uma coisa?

— O que?

— Só de me lembrar das sensações de ontem já fico excitada.

— Digo o mesmo — Sussurrei vendo-a desviar o olhar um pouco corada. — O que aconteceu com a garota tímida?

— Efeito Aaron Miller. — Brincou me fazendo rir — Mas falando sério, só me senti confortável.

— Confesso que eu amei conhecer esse seu lado. — Mordi meu lábio inferior.

— Garotas tímidas também conseguem surpreender, sabia?

— Deu de nota. — Gargalhamos.

— Gostaria de passar o dia todo presa nesse quarto, mas como ontem eu não fui trabalhar preciso cobrir o Michael hoje...

— Fala que ficou doente. — Sugeri e ela sorriu pelo meu atrevimento.

— Seria uma ótima opção.

— Mas?

— Não posso.

— Que pena. — A puxei prendendo seu corpo abaixo de mim e comecei a fazer cócegas em sua barriga arrancando-lhe gargalhadas prazerosas.

— Para, isso é maldade. — Implorou com a sua respiração histericamente desenfreadas.

— Só se você confessar que não existe nenhuma estrela melhor que eu.

— Não vou alimentar o seu ego.

— Ah não? — Prossegui com as cócegas arrancando-lhe cada vez mais risadas fazendo-a se debater até alcançar uma almofada acertando-me. — Assim não vale, jogou sujo.

— Engraçado, não me lembro de um juiz ter vindo ditar as regras do que uma estrela não pode fazer.

— Confessou que sou uma estrela?

— Meu amor, a estrela aqui sou eu.

— Tudo bem, aceito perde pra você, mas não pense que acabou. — Parei deixando-a respirar um pouco e me afastei pegando o meu relógio de pulso no criado-mudo. — Vai estar livre mais tarde?

— Creio que sim.

— Ótimo. — Levantei-me atraindo sua atenção para mim enquanto tentava recuperar o seu fôlego.

— Onde você vai todo arrumado desse jeito? Gostei da formalidade.

— Meu pai me ligou mais cedo, ele quer que eu passe na empresa. — Caminhei em direção a mesa — Olha, como você não trouxe nenhuma roupa para poder tomar um banho eu pedi algumas da loja do hotel. — Peguei as sacolas e a entreguei. — Não sabia qual você iria gostar, então pedi sugestões.

— Meu Deus, isso deve ter custado uma fortuna, não posso aceitar.

— Como não? E aquele seu papinho de que devemos aproveitar a mordomia?

— Sim, mas eu estava me referindo a comida e não roupas da Louis Vuitton.

— Não precisa ser modesta.

Aaron...

— Por favor, aceita. — Insisti vendo-a pegar um vestido rosa claro de dentro da sacola e abriu um sorriso voltando a me encarar.

— Obrigada, mas será que vai ficar bem em mim?

— Sim, já que tudo que você usa fica linda mesmo eu preferindo te ver sem nada. — Rimos e ela me deu um leve empurrão ajeitando os cabelos.

Idiota.

— Só estou sendo sincero.

— E ainda mais safado.

— O equilíbrio. — Gargalhamos e ela manteve um sorriso discreto.

— Você nunca erra, esses vestidos são maravilhosos.

— Ganhei pontos. — Dei um beijo no topo de sua cabeça e ela resmungou rindo. — Tenho outra coisa pra você.

— Espero que não seja nada no nível do presente que você deu para o Kevin.

— Nossa, como conseguiu adivinhar?

— Aaron...

— Relaxa, não sou louco, quer dizer, só por você. — Pisquei.

— Devo me preocupar?

Afastei-me rindo, indo para o outro cômodo da Suíte pegando um buquê de rosas vermelhas e respirei fundo tentando não ficar nervoso. Esse de fato era a primeira vez em que fazia algo do tipo por uma garota. Amélia consegue transmitir uma felicidade inexplicável.

Céus...

Observei o buquê em minhas mãos e curvei o braço esquerdo olhando para o relógio em meu pulso soltando um longo suspiro. Em seguida dei a volta indo para o outro cômodo onde estava a doce e inocente garota de olhos azuis sentada na cama. A encarei sem saber o que dizer e ela ergueu os olhos para mim surpresa, entreabrindo os lábios.

— Não acredito.

— Ainda sou novo nisso de tentar ser romântico, então não sei se acertei nas rosas.

— Você acertou em cheio, eu amei.

— Estrelas surpreende — Provoquei fazendo-a rir e pegou o buquê.

— Aaron Miller sendo romântico, isso precisa ir para os livros de história.

— É um começo. — Rimos — Gosto de você de verdade, e só quero ser bom o suficiente.

— Você é perfeito. — Sussurrou e notei que seus olhos estavam começando a marejar.

— Digamos que consegui superar a garotinha da flor. — Falei em um tom sarcástico tentando descontrair.

— Você ainda se lembra daquele dia?

— Como esquecer quando alguém me subestima? — Articulei segurando uma risada vendo-a desviar o olhar. — Estou brincando, é impossível não lembrar do dia que percebi que gostava de você.

Após minhas palavras ela me encarou deixando visível sua felicidade, seus olhos azuis brilhavam de uma forma cintilante e se eu pudesse ver, diria que os meus ficaram da mesma forma. Um silêncio se instalou entre nós e minha respiração estava começando a acelerar.

— Obrigada por ser incrível comigo.

— Só estou fazendo o mínimo.

— Por que nunca aceita meus elogios? Sempre se gaba com as coisas, mas quando realmente levo a sério você tenta negar?

— Talvez estava certa quando disse que eu me achava desmerecedor — Passei o meu polegar em sua pele e ela fechou os olhos. — Quero tanto ficar e aproveitar o café da manhã com você, mas eu preciso descer para liberar o carro.

— Tudo bem.

— Certeza?

— Sim, pode ficar tranquilo, você já fez o suficiente. — Falou com um sorriso amplo no rosto.

— Aproveita a mordomia.

— Pode deixar.

— Vou te esperar no estacionamento do hotel. — Depositei um beijo em sua testa seguido de dois selinhos e me dirigi para a porta. — Quando você terminar de se arrumar pede para
um funcionário levar nossas coisas?

— Está bem.

{...}

Meu pai não parou de encher o meu saco desde mais cedo, ele ordenou a minha presença para assinar alguns documento já que 25% da empresa está no meu nome e para liberar uma quantidade absurda de dinheiro ele precisa da minha autorização. Isso de certa forma está ligada com o projeto que está fazendo com o pai da Scarlett.

Os minutos passaram-se voando e já perdi as contas de quantas vezes olhei para o meu relógio. Caminhei até o meu carro me encostando na lateral com os braços cruzados e fiquei olhando em volta vendo algumas pessoas saírem do prédio. Notei que o carro do Kevin ainda estava no hotel, assim como o da Maggie.

— Desculpa pela demorar. — A voz da Amélia me trouxe de volta ao mundo.

Quando olhei em sua direção, vendo-a descer os degraus da escada me perdi em sua beleza, seus olhos brilhavam de encontro com os meus e um sorriso de lado se formou em meus lábios. Ela estava linda usando o vestido rosa claro com as alças finas, tão delicado quanto ela.

— Absurdamente linda.

— Para. — Sussurrou corada me dando um beijo e sorriu ao sentir minha mão descer para sua bunda.

— Não consigo evitar.

— Que bom. — Deu-me um selinho e se afastou me permitindo abrir a porta do carro para ela entrar. — Agora virou cavaleiro?

— Não abusa não em. — Rimos e dei a voltando entrando no veículo.

— Vou tentar.

— Malvada. — Resmunguei girando a chave ligando meu carro e comecei a dirigir para a saída. — Tudo bem se eu der uma passada no meu pai primeiro?

Sim...

Sorri antes de lançar um último olhar para Amélia e voltei a prestar atenção na estrada, vez ou outra, dando curtos olhares de canto para ela quando tirava os olhos da estrada, eu não resistia e a fitava, confesso que toda vez que a olhava, eu me apaixonava ainda mais por ela. Amélia permanecia olhando para a estrada pela janela, a luz do sol em seu rosto no retrovisor. Tão linda. 

— Posso te pedir um favor?

— Claro, aconteceu algo? — Ergueu sua atenção para mim, atenciosa.

— Você entra comigo? Não estou muito afim de ficar sozinho com o meu pai. 

— Sim, mas vocês ainda estão brigados?

— A verdade é que nunca estamos de bem. — Abri um sorriso forçado.

— Vou logo avisando, se o seu pai for grosseiro com você não irei responder por mim.

— Ele que se cuide. — Desci uma mão do volante para sua coxa sentindo seu corpo se arrepiar com o meu toque e ela fitou-me. — Obrigado, isso significa muito.

Assentiu sem jeito soltando o ar preso em seus pulmões e deslizei minha mão de sua coxa para a marcha do carro acelerando um pouco mais ao virar a esquina pegando a avenida. Ficamos o resto do caminho em silêncio e em cerca de cinco minutos chegamos na empresa. Estacionei em uma vaga disponível e saímos do carro indo em direção a entrada do prédio.

— Esse lugar é enorme. — Comentou olhando para cima. — Já se imaginou comandante isso tudo?

— Prefiro ficar bem distante. — Levei minha mão para a sua, segurando-a.

— Se não gosta, tudo bem.

— Não vejo a hora de vender minhas ações e cortar toda ligação que me resta com esse lugar.

— Como se fosse simples, a empresa tem o seu sobrenome. — Riu assim que passamos pela entrada vendo o nome estampado logo a nossa frente.

— Inevitável.

— Bom dia Miller, o seu pai já está te esperando na sala dele. — Uma das secretarias me dirigiu a palavra.

— Obrigado, Carrie. — Agradeci indo em direção aos elevadores apertando um dos botões.

— Sendo reconhecido pelo sobrenome, que importante. — A loira provocou me fazendo rir. 

— É porque você não viu a cara que os mais velhos fazem quando precisam da autorização de um adolescente para prosseguir com algo.

— Isso tudo antes dos vinte?

— Meu avô me deu ações da empresa e desde os meus dezesseis anos tive que colocar minha assinatura. — A olhei sem da muita importância. — E é por causa disso que o meu pai sempre tenta voltar a se aproximar.

Que chato...

— Bastante.

A porta do elevador se abriu e então entramos permanecendo em silêncio, ela se escorou na parede do fundo e parecia um pouco nervosa, já que não parava de mexer em seus dedos da mão. A olhei de relance abrindo um sorriso e encarei o painel de botões, ainda estávamos no primeiro andar.

— Você está bem?

— Sim, só estou um pouco nervosa.

— Posso ajudar. — Aproximei-me com um sorriso travesso em meus lábios.

— Como?

— Ainda estamos no segundo andar, isso quer dizer que falta vinte e dois para chegarmos ao vigésimo quarto. — Levei as minhas mãos para a sua cintura enquanto as suas explorava o meu peitoral, infelizmente, coberto pelo tecido da camisa.

— Estamos dentro de um elevador, e se alguém nos ver?

— Relaxa, estou na sua frente, então a câmera não pega você. — Afastei seus cabelos e comecei a beijar seu pescoço
descendo uma das mãos até sua coxa, subindo de forma lenta o tecido fino de seu vestido fazendo-a arfar.

Aaron...

— Eu? — Sussurro contra seu ouvido começando a baixar meus beijos para o seu ombro.

Amélia ficou em silêncio e levantei o olhar para ela vendo seus olhos azuis me fitarem de forma intensa, mordi meu lábio inferior percebendo que o seu coração agora batia acelerado e a sua respiração ficava a cada segundo mais pesada e ofegante denunciando que ela, de todas as formas desejava.

Em questão de segundos ela me puxou pela nuca iniciando um beijo voraz, ao qual eu retribuía a altura. Enfiei minha mão dentro de sua calcinha e mexi meus dedos estimulando seu clitóris fazendo-a gemer entre o beijo e dei um sorriso satisfatório introduzindo dois dedos na sua entrada movimentando-os rapidamente.

Não para...

Implorou sôfrega em meio aos gemidos movendo os quadris me fazendo enfiar meus dedos mais fortes e ela se apoiou em meu ombro tentando se manter de pé já que suas pernas começaram a ficar fracas. Ouço o painel barulhar revelando que estávamos próximos do andar e então intensifiquei mais os meus movimentos dentro dela fazendo-a soltar um gemido abafado e sorri com malícia sentindo meus dedos molharem.

Porra...

Afastei-me um pouco tirando meus dedos de dentro dela e lambi, seus olhos transbordando luxúria não se desviaram dos meus por um segundo se quer, seus peitos subiam e desciam conforme tentava recuperar o fôlego e um sorriso ardil se formou em meus lábios e a porta do elevador se abriu fazendo-a se recompôr ajeitando seus fios de cabelos bagunçados alisando o vestido em seguida.

— Se sente melhor?

— Pode apostar que sim. — Rimos ao ver uma pessoa entrar no elevador.

— Bom dia. — Cumprimentei de forma gentil e caminhamos para o corredor tentando segurar o riso. 

— Que loucura, quase fomos pegos.

— Tudo na adrenalina é mais gostoso. 

— Sim. — Desabamos na gargalhada e ela me olhou. — Essa foi a primeira vez que eu faço algo do tipo.

— Continua andando comigo que sua vida se tornará ainda mais animada.

— Isso deveria me assustar. — Sorriu e depositei um beijo em seus lábios.

— É, agora não tenho mais para onde correr. — Usei o tom irônico parando em frente ao escritório do meu pai.

Pelas paredes de vidro vejo-o sentado em sua mesa concentrado no telefone e senti a mão da loira segurar a minha. Ergui meus olhos para o seu rosto e ela sorriu. Dei duas batidas na porta atraindo sua atenção e ele me olhou fazendo menção para entrar.

— Finalmente você chegou. — Desligou o telefone e se levantou.

— Não tive muita escolha.

— Nunca tem. — Resmungou sem me olhar e sorriu para a loira. — E você quem é?

— Sou amélia. — Ergueu sua mão o cumprimentando.

— É bom conhecer alguma namorada do meu filho, você deveria passar lá em casa qualquer dia desses para um jantar.

— Ela não está interess...

— Será um prazer. — Interpretou-me abrindo um sorriso.

— Vamos acabar logo com isso, onde estão os papéis?

— Sempre muito apressado. — Rolou os olhos pegando uma caneta e me entregou. — Estão em cima da mesa.

Ignorei seu comentário dando a volta em sua mesa e me sentei na cadeira pegando os documentos e dei uma rápida folheada começando a assinar logo em seguida. Pude notar que eles conversavam sobre algo, mas não deu para prestar muita atenção. Assim que assinei a última folha fechei as páginas e me levantei.

— Pronto, já podemos ir.

— Mas já? Não quer tomar um café?

— Não obrigado. — Respondi sem da muita importância. — Vamos?

— Sim...

— Espera, será que podemos trocar uma palavrinha, filho? Prometo que vai ser rápido.

— Não vai dar, preciso mesmo ir.

— Tenta escutar ele dessa vez, vocês precisam disso. — A garota sugeriu e então suspirei fundo. — Vou te esperar lá fora. — Deu-me um beijo. — Até mais Sr.Miller.

— Se cuida Amélia — Sorriu vendo-a sair. — Gostei dessa garota.

— Podemos pular essa parte? Fala logo o que você quer e acabamos com essa tortura.

— Se assim prefere. — Ajeitou o terno e se sentou na sua cadeira apontando para a poltrona em sua frente.

— Prefiro ficar em pé.

— Tudo bem. — Suspirou fundo. — Por que não me falou sobre a proposta da Patriots?

— Como ficou sabendo?

— Eles me ligaram querendo saber se já tomamos uma decisão, mas eu não estava sabendo disso e tive que mentir dizendo que ainda estava indeciso.

— Não tem o que ser decidido, resolvi aceitar a da Stanford.

— O que? — Indagou aflito. — E o seu sonho de seguir a vida como jogador?

— Chega de fingimento, esse nunca foi o meu sonho, mas sim o seu.

— Você vai aceitar a Patriots.

— Irei aceitar a que eu quero, não a que você mandou.

Não me faça...

— Me bater? — Soltei um riso nasalado e dei de ombros. — Vai se foder.

{...}

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