Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 54

Eu e Thomas comíamos os restos da ceia. Bem, ele comia, e eu beliscava os restos do chocotone. 

- Não consigo gostar de comida de Natal. -Comentei.

Thomas me olhou como se eu houvesse falado que havia matado alguém.

- Tá brincando? É a melhor época do ano simplesmente pela comida!

- É, é, legal. Mas sei lá. Acho que não sou muito chegada em comida salgada, ainda mais seca. Acho que se eu pudesse sobreviveria de chocotone e sorvete. E claro, café. Uma massa, vez ou outra, só para dizer que sou humana, e não uma formiga.

- Ah, entendo. Mas sinto falta de comida de verdade às vezes. A comida da minha mãe, era, nossa... Saudades. Mas a da sua mãe está incrível. Me lembra de elogiar depois.

- Querendo conquistar o coração da sogra, hein?

Thomas riu.

Já passava das duas da madrugada, a TV estava ligada baixinha apenas como som ambiente e Ty continuava capotado no sofá.

- Sabe, deveríamos colocar ele na minha cama provavelmente. -Falei apontando para o garotinho.

Thomas ergueu uma das sobrancelhas.

- E você pretende dormir onde, senhorita Gomes?

- Ao lado do senhor Morais. -Cheguei por trás, abraçando-o.

- O que seus pais vão pensar disso?

- Podemos acordar antes que eles. E de qualquer forma, não teria espaço para o colchão de casal no quarto de Dave, agora que lá está cheio de tralhas. Apenas dobrando ele que conseguimos colocá-lo lá. Teríamos que dormir em outro lugar. Colocamos no meu quarto. Ty também vai estar lá. Bom senso né, Thomas. Não transaríamos com seu irmão ao lado.

Thomas continuou com a sobrancelha erguida, me olhando desacreditado. 

- Você não bota fé no nosso voto de castidade mesmo... -Fingi estar indignada.

Ele riu. Com vontade. Do tipo que dói a barriga. Definitivamente foi o melhor momento da noite. Era cômico, porque afinal, não havia o menor clima para sexo.

Então eu comecei a rir disso tudo e dele, e começamos a fazer movimentos frenéticos com as mãos para tentar fazer nossas gargalhadas saíram mais baixas para não acordar ninguém. 

Falhamos. 

Ty acordou levemente atordoado e foi cambaleante até a cozinha. 

Ele não falou muito. Apenas bebeu um copo d'água e continuou bocejando. Por fim encaminhamos ele para o meu quarto, onde o acomodamos na minha cama e arrumamos o colchão de casal ao lado.

- Estou coberto de poeira. -Comentou Thomas, rindo um pouco, tentando inutilmente limpar os fiapos cinzentos de sua blusa preta usual.

- Fique à vontade para tomar um banho.

- Estou tão repugnante assim?

- Ah claro, mal aguento ficar perto de você. 

Thomas riu e pegou suas coisas e foi em direção ao banheiro. Fiquei ajeitando as roupas de cama por alguns minutos, até finalmente sair para o corredor e me deparar com um Thomas estático na porta do banheiro.

Vou até ele, e o encaro. Ele continua encarando o cômodo a sua frente, sem conseguir entrar. 

Até que ele enfim suspira e uma lágrima solitária rola pelo seu olho direito.

- Estou com medo.

- Ei. -Seguro seu rosto e o viro para que ele me encare delicadamente. - Águas que lavam. -E ao invés de limpar a lágrima solitária, eu a toco e espalho pelo seu rosto em pequenas tocadelas. Nariz, testa, têmporas, pálpebras, bochechas, lábios, e por fim lhe dou um selinho.

Começo a levantar sua blusa, e ele se inclina em minha direção, beijando meu pescoço, me impedindo.

Me afasto delicadamente dele e entro no banheiro. Tiro o sutiã antes da blusa e o jogo no chão.

Thomas me encara por um momento, e então fecha a porta. O banheiro era pequeno demais para nós dois. Estávamos a centímetros um do outro. 

Eu tiro a blusa.

Ele tira a dele.

Não nos beijamos.

Thomas se encosta na porta, como se quisesse se esconder. Esconder o que há atrás.

Mas não havia o porquê. Ali mesmo na luz forte do banheiro já era visível os inúmeros hematomas que cercavam seu corpo magro e esguio. Na pele clara, ainda mais pálida no tórax, onde o sol não chegava havia um tempo, os roxos se destacavam.

Não sabia que tamanho ódio e chateação podiam caber em mim. Mas cabia. E preenchia e dilacerava todo o meu peito. Agora também exposto. 

Me contenho.

Tiro meus shorts.

Ele tira suas calças.

Também havia marcas em suas pernas. Não tanto quanto na parte superior, mas havia. 

Com apenas a parte inferior das roupas íntimas sobrando, os pelos pubianos de cada um à mostra e a vulnerabilidade pairando no ar, ficamos acanhados demais para nos encararmos enquanto nos livrávamos daquele único tecido que nos impedia de nos conhecemos por completo. Não por partes. Não "cortado". Não rápido. Por completo. Em toda sua verdade, nua e crua.

Ligo o chuveiro no quente. Era verão, mas o clima estava úmido o suficiente para tal. 

É Natal. E ainda não choveu... Pensei. Logo vai chover.

Thomas passa rapidamente por mim e entra no box. Finalmente deixando as águas o lavarem.

Ele chora, se molha e se inunda.

Eu entro.

Finalmente ele cede e se senta no chão, ficando de costas para mim.

Não olho para elas. Não ainda.

Lavo seus cabelos. Lentamente. Passo o shampoo, massageio o couro cabeludo, enxáguo. Passo o condicionar, penteio os fios, agora ainda mais longos completamente molhados, quase chegando em seus ombros, e enxáguo novamente.

Sinto que seus olhos estão fechados e ele está mais relaxado. Eu também.

Desço minhas mãos até seu pescoço, massageio sua nuca, seus ombros e aos poucos ele vai deixando a tensão de lado.

Chego em seu dorso e minhas mãos hesitam por pouco. Olho as cicatrizes. A leve protuberância e vermelhidão que jamais iriam embora. Toco com delicadeza e ele suspira aliviado e surpreso. Beijo cada um delas. E por fim, as lavo. 

Me levanto, saio do box e me enrolo na toalha. Deixo que Thomas termine o trabalho, porque a minha sensatez me impedia de ficar além disso. Eu sabia que não me seguraria por muito tempo. Ele também não.

Saio do banheiro sem dizer uma palavra.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro