Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

03 🌼 O segredo




Todos os dias depois da aula, eu ia procurar por Jenie. Mas já havia se passado três dias desde que nos vimos
e ela não tinha aparecido mais depois disso. No dia seguinte, resolvi procurá-la novamente. Havia muitas coisas que gostaria de saber sobre essa garota misteriosa. E como sempre, ela só aparecia quando menos esperava.

Estava sentado perto do rio, mais uma vez alí sozinho, tentando fugir das coisas que não me agradavam ao meu redor, quando vislumbrei Jenie de longe, mas ela não veio em minha direção. Ela usava o mesmo moletom azul e a calça jeans do outro dia, o que de fato, era estranho. Continuei observando-a, parecia querer entrar no rio. E então, em poucos segundos, ela fez como previ. Pulou de roupa e tudo, jogando jatos de água para fora.

Alguns minutos se passaram e ela não retornava à superfície e, quando retornou, começou a debater-se na água. Senti meu coração acelerar instantaneamente e não pensei duas vezes, pulei no rio mesmo sem saber nadar direito.

Ao chegar mais perto, comecei a gritar afim de chamar sua atenção, meu grito soava alto e cortante, estava realmente desesperado.
— Eu vou te pegar, calma! — falei em um tom fora do normal, enquanto nadava desajeitado, tentando aproximar-se dela. Batia os pés freneticamente contra a água, assim como os braços. Se eu não sabia nadar, o desespero estava me forçando a aprender naquele momento. Quando ameaçava afundar um pouco, movimentava os meus pés cada vez mais, afim de chegar mais próximo dela.

Quando já estava perto e consegui agarrar seu braço, ela desabou em uma gargalhada. É, Jenie tinha me enganado. E, ao invés de ficar com raiva de toda aquela situação, eu comecei a rir também.

Em outra ocasião, teria sentido muita raiva, mas naquele momento, não.

— Você achou mesmo que eu não sabia nadar Daniel? — disse, ainda rindo da minha cara, seu sorriso aberto e largo era contagiante. Seus cabelos estavam completamente molhados, assim como os meus.
— Claro, você fingiu muito bem, espertinha. — disse, lançando-lhe um jato de água.
— Pode ter certeza que sei nadar melhor que você! — Ela riu.

A verdade é que eu não sabia nadar e estava igual um retardado batendo os pés freneticamente, mas pensando bem, era até um bom começo.
— Tô vendo que não sabe nadar mesmo!
—Tá, eu confesso, não sei mesmo. Mas o desespero me fez quase aprender. — Disse e caímos na gargalhada em seguida.

Aquela era uma oportunidade perfeita de conhecê-la melhor, então, resolvi puxar assunto.
— Por que não me conta algo sobre você? — falei tentando extrair alguma informação, por menor que fosse.
— Não gosto de falar de mim... — Respondeu, tentando desviar a conversa com uma cara não muito boa.
— Quer ser minha amiga? — Disse e no mesmo instante aquela pergunta me pareceu tão boba que tive vontade de esconder minha face. Mas ela sorriu. Um sorriso tão grande que me fez sorrir também. A verdade é que nunca alguém reagiu assim à um pedido de amizade meu.

Aquela foi tipo a pergunta mais sem nexo que tinha feito na minha vida, mas pelo visto, deu certo.
— Bom eu acho que já sou, não é? — disse, enquanto levantava-se, deixando o rio.
— Uma amiga muito maluca! — Falei, rindo do estado de suas roupas, e consequentemente, do estado das minhas também.
— Obrigado pelo elogio, Daniel! — sorriu, em deboche.
— Queria te agradecer novamente por tudo que fez por mim... — Comecei a dizer, mas ela me interrompeu.
— Já disse que não precisa, gosto de ajudar as pessoas. — falou, enquanto espremia sua roupa enxarcada.
— Você gostaria de ir até minha casa hoje? — Resolvo perguntar, de repente. Ela me olhou assustada e desviou o olhar.
— Sua casa? Como assim você convida alguém que nem conhece direito para ir na sua casa? — Ela fez uma careta confusa.
— Nós somos amigos, não somos? — Sorri e ela curvou seus lábios formando um leve sorriso em resposta. — Quero que conheça a minha casa, assim fica mais fácil de nos vermos.
— Não sei se devo... Seus pais vão deixar?
— Minha mãe disse que você pode ir quando quiser... Sabe, eu falei de você para ela.
— De mim? — Arqueou uma das sobrancelhas, parecendo surpresa. — Bom, se ela não se importa, eu acho que posso ir.
— Quer que eu fale com seus pais? Podemos ir lá para avisar. — Sugiro.
— Não é necessário — afirma, rapidamente. — Já podemos ir?

Eu apenas afirmei e então, nós seguimos. Fomos todo o caminho conversando e rindo, estávamos ensopados. São mais ou menos vinte e cinco minutos a pé e por sorte, fazia sol, o que deu para praticamente secar nossas vestimentas. Jenie era uma garota extrovertida e engraçada, mas ao mesmo tempo, parecia esconder uma áurea triste em seu olhar. Apesar de eu não saber mais nada de sua vida, além de que se chamava Jenie e tinha treze anos, assim como eu, confiava nela. Não sei por qual motivo, mas ela me passava confiança.

Quando chegamos até minha casa, percebi que Jenie observava as flores do jardim da mamãe, em frente à nossa pequena e humilde casa.
— Gostou das flores? — Perguntei, observando-a tocar as pétalas delicadamente. — A mamãe ama esse plantio, sempre que pode vem cuidar delas.
— Sim, são muito bem cuidadas, realmente.
— São sim, você quer uma?
— Claro que não. — Expressou-se rapidamente. — Você estaria agindo errado arrancando a flor. Ela morre depois que você a arranca. — Concluiu, seu cenho franzido revela que não está satisfeita com minha pergunta.
— Achei que gostasse, desculpe.
— E gosto, por isso não quero que morram por causa de um capricho meu, o lugar delas e ai! — Ela aponta, sucinta.

Enquanto conversavamos, mamãe veio nos recepcionar, com um sorriso nós lábios e um avental sobre seu corpo.
— Então quer dizer que essa é a famosa Jenie, a amiga do meu filho? — disse minha mãe com um sorriso gentil.
— Sim, senhorita — sorriu. — Jenie Eliza Castilho, é um prazer. A senhora é?

Minha mãe olhou-a com um sorriso diferente, parecia ter gostado realmente dela.

— Helena Moura, querida. Prazer em conhecer uma menina tão simpática! — falou, estendendo-lhe a mão gentilmente, a qual Jenie apertou em seguida. — Onde estavam? Vejo que precisam de toalhas. — Ela diz olhando-nos com um sorriso e apenas acentimos, envergonhados. Mamãe abre a porta nos dando passagem, então vai até o quarto e volta com duas toalhas.

— Aqui. — Disse, com um sorriso travesso nos lábios. — Eu já fui jovem e sei como é me aventurar por aí. — Concluiu, o que nos fez rir em resposta. Eu estava morrendo de vergonha, literalmente. E Jenie parecia sentir o mesmo.
— Mãe, A Jenie pode almoçar aqui? — Perguntei, tentando mudar o foco do assunto.
— Mas é claro! Farei algo especial para vocês. - diz minha mãe com sua simpatia de sempre.
— Não precisa, senhorita Moura. — falou Jenie.
— Claro que precisa, querida. É um prazer conhecê-la. Fico muito feliz que o meu filho tenha uma amiga.

Jenie sorri, estava envergonhada, era possível notar isso graças ao rubor em suas bochechas. Resolvi amenizar a situação convidando-a à conhecer meus inúmeros irmãos.
— Jenie, gostaria que conhecesse meus irmãos. Esses são o Henrique, o Pedro, a Luiza e a Dani... — disse, segurando Luiza, minha irmã bebê, em meus braços, a qual há pouco estava em sua cadeirinha de refeições.
— Quantos irmãos! — Proferiu, os olhos arregalados exalavam surpresa.
— É, eu sei. Loucura, né?
— Tá brincando? Você é um menino de sorte, Dan! Quantos meses tem essa pequenina? — Questionou, ao aproximar-se de Luiza.
— Tem 9 meses! — Contei. — Quer segurá-la?
— Sim! — Acentiu, pegando-a no colo, minha mãe sorriu. — Sabe, sempre quis ter uma irmãnzinha.

Luiza parecia estar muito aconchegada aos braços de Jenie, sorria e brincava com ela que deixava para trás seu jeito moleca transmitindo um jeito doce quando brincava com Luiza.
— Seus irmãos são adoráveis!
— É, eles são. — Confirmo, relutante. _ Só dão muito trabalho.
— Por que diz isso? — Questionou. — Crianças só precisam de atenção.
— Meus irmãos roubaram toda a atenção desde que nasceram... Mas não digo isso porque tenho raiva, sabe, só queria minha mãe um pouco só para mim. — Soltei as palavras, sem perceber.
— Daniel seus irmãos são pequenos. O mais velho deles tem sete anos, precisam da sua mãe assim como você precisou um dia. — Jenie diz, seus olhos estavam fixos em mim enquanto falava. — Não é porque ela dedica mais tempo a eles que te ame menos... — Concluiu e eu refleti que ela realmenre tinha razão.

Mamãe ouviu a conversa e entrou na cozinha.
— Jenie tem razão filho, amo você tanto quanto amo a Luiza, o Henrique, o Pedro e a Dani. Amo todos vocês! — Disse com um sorriso. — Mas não é fácil ser mãe de cinco!
— Eu sei mãe, desculpa. Às vezes sou imcompreensível e ciumento demais, né? — Questionei e ela sorriu em resposta.
—Tudo bem filho. Meu bebê grande! — Ela profere, apertando minhas bochechas ao aproximar-se.
— Para mãe! — Disse, envergonhado. E todos começam a rir sem parar, me fazendo rir também.

No pouco tempo que nos conhecíamos eu havia aprendido algo sobre minha mais nova amiga: ela parecia sempre saber o que fazer e realmente, fez a coisa certa, a qual eu tanto precisava naquele momento. Jenie deixou que eu e minha mãe conversássemos enquanto ela brincava com meus irmãos pequenos, na sala.

Ela me ajudou a ter um momento só meu com minha mãe, algo que não tinha há muito tempo e a agradeci imensamente naquele instante. Passamos horas conversando sobre tudo, desde minha infância até coisas aleatórias, enquanto isso, Jenie parecia estar se virando bem contando histórias para meus irmãos que riam sem parar. Era a minha melhor tarde em anos.

Aproveitei o tempo com minha mãe e perguntei do papai, ele não tinha voltado e eu estranhei. Meu pai e eu pouco nos falavamos, sempre que dirigia a palavra a mim era pra me dar algum sermão, mas eu sentia muito a sua falta mesmo assim.
Mamãe parecia realmente preocupada, então resolveu me contar a verdade.
— Filho... seu pai não vai voltar hoje. — Começou a contar, mantendo seu olhar baixo, visivelmente triste. — Ele fez uma viagem à trabalho, disse que passaria uma semana fora.
— De novo mãe? — Questionei, indignado. — Eu não acredito, o papai não para mais em casa, como ele acha que iremos ficar nós todos aqui, sozinhos? — Levanto-me, com raiva. — Com licença, mãe. — Então entrei no meu quarto e fechei a porta, em seguida.

Já não aguentava mais toda aquela ausência, era insuportável ter um pai que não te dava o mínimo de atenção. Eu sei que ele precisava trabalhar, porém, era fato que sua ausência se fazia contínua mesmo que ele estivesse em casa. Nós parecíamos não fazer a mínima diferença para ele. Estava jogado na cama com raiva quando ouvi batidas na porta.

—Quem é? — Questionei, ainda com raiva.
— Sou eu, a Jenie — ela disse, calmamente.
— Entra. — Disse, então abri a porta e sentei na cama, respirando fundo. Não queria ser grosso com ela

Jenie sentou ao meu lado e observou-me por alguns minutos, até quebrar o silêncio.
— Ei, você quer conversar? — Ela mantinha seus olhos sobre mim, atentamente.
— É pode ser...
— Por que saiu correndo daquele jeito? — Questionou, seus olhos eram fixos em mim.
— Só queria minha família toda únida sabe? É pedir muito? É pedir muito um pai que te dê o mínimo de importância? É pedir muito ser visto por alguém, ser amado?

Ela me olhou séria por alguns instantes e depois começou a falar.
— Daniel, eu sei que você tem seus problemas, sabe? Mas você pode passar por isso porque você tem pessoas que te amam ao seu lado. — Dizia, então parou de repente, encarando-me fixamente. — Eu não posso dizer o mesmo, sabe? Se você conhecesse um terço da minha vida não reclamaria da sua. — Seu semblante era visivelmente triste e eu senti uma pontada instantânea em meu coração. — Todos nós temos problemas e eu sei como se sente, eu sei o quanto dói a ausência de um pai. Mas não é apenas você que tem problemas, sabe? E você pode vencer isso.
— Você tem razão... — Afirmei, rapidamente. — Olha, desculpa, eu aqui falando de mim feito um idiota, parece até que não me importo com ninguém né? — Disse, então fixei meus olhos nos seus, que estavam levemente marejados. Tristes. — Quer me contar algo sobre você?

Ela desviou o olhar rapidamente, levantando-se em seguida.
— Não é a hora certa para falarmos disso...
— Tudo bem... Me desculpe. — Profiro, tentando mudar o assunto. Percebi que não fazia bem a ela falar sobre aquilo. — Obrigada pelos concelhos, de verdade.
— Espero ter ajudado em algo. — Falou, então se dispediu com um aceno. — Até outro dia, Dan.
— Você tornou meu dia mil vezes melhor, Jenie. — Disse, então ela sorriu em resposta, antes de sair pela porta do quarto.


Oi, gente! Tudo bem? Espero que tenham gostado do capítulo! E não esqueçam de comentar suas impressões, viu? Vou amar saber! Compartilhem e indiquem a história a seus amigos, vamos ajudar a espalhar essa história por aí. Obrigada pelo carinho de sempre! ❤️

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro