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05 | Cambré

Oi, meus faccionários!!! Que saudadessss que eu tava! Vocês estão bem?

Boa leitura e não se esqueça de votar!

#EstrelandoOCoadjuvante

»»🩰««

 O dia seguinte seguiu o script de todos os outros. Jimin entrou na sala de aula e todos ao redor olharam. Vestia uma saia cargo preta assimétrica de cintura alta, um suéter rosa largo enfiado para dentro dela com um broche de coração preso ao peito. Suas pernas eram cobertas pela costumeira meia ⅞ preta e seu traço de rebeldia naquele dia era uma gargantilha rosa de spikes no lugar da jaqueta preta. Encarou todos da turma com deboche e pompa antes de desfilar até sua carteira como se nem conhecesse Jungkook. Reparou, porém, que ele estava debruçado em cima da mesa.

Jungkook estava acostumado com a falta de sono, porém mesmo que em seus treinos solitários ele se esforçasse muito, não chegava nem perto da intensidade das aulas do dia anterior. Dessa forma, o sono assomado ao cansaço e à dor física que sentia, presente em cada canto do corpo (inclusive em músculos que não sabia que possuía) o derrubaram de vez.

Então, pela primeira vez em todos os anos estudando na Busan High, Jungkook dormiu durante a aula. Não que fosse um aluno exemplar, era mediano, assim como em tudo em sua vida, apenas esforçava-se minimamente. Estava tão cansado que todas as vezes que seus olhos tremulavam um pouco, ao ouvir algum barulho mais alto durante o sono, as pálpebras pesavam tanto que não conseguia resistir e logo dormia novamente.

Teve que se esforçar para ir até o banheiro no intervalo, voltando a apoiar a cabeça no tampo da sua mesa assim que voltou para a sala, exausto. Só que dessa vez, sua carteira estava diferente... Ela cheirava a morango.

Reuniu forças o suficiente para procurar a ameaça às suas bolas da vez, encontrando-a entre as folhas de seu caderno de física.

Bom dia, gracinha 💕 Derrotado já no primeiro dia?

Acho bom que aguente firme, ou você já sabe, eu chuto suas bolas. Ah, e tem a parada do vídeo também... Quem sabe alugar um telão pra reproduzir ele na frente do escritório dos seus pais... Seria um espetáculo.

Para não dizer que eu não estou fazendo minha parte como interessado principal em sua sobrevivência até a competição de dança, vou te abençoar um pouco com minha sabedoria e generosidade.

1. Você sabia que uma boa alimentação é essencial para um corpo saudável? Coma direitinho (ou você sabe... as bolas vão com Deus). Às vezes precisamos de medidas desesperadas...

2. Compressas frias são muito boas para dores musculares. Aplique algumas antes de dormir.

3. Vende-se por aí géis específicos para dor muscular. Tem até versão em spray. Tecnologia é algo incrível, não?

4. Olhe no bolso lateral da sua mochila, só tenta não fazer cara de bocó quando fizer isso 💕

Jungkook não tinha muita certeza sobre como evitar fazer cara de bocó, porque aparentemente aquela era sua cara natural. Sem alternativas, apenas deixou os dedos buscarem discretamente o bolso lateral de sua mochila que, de fato, estava mais cheio do que deveria.

Passou o conteúdo para porta livros de sua mesa, tentando escondê-lo. Inclinou-se um pouco na carteira para observar os "presentes", torcendo muito para não ser qualquer coisa relacionada à facção misteriosa de Jimin. No lugar, encontrou duas barras de cereal, uma bolsa térmica pequenininha e um spray analgésico.

Jungkook, sem outras alternativas, abriu a barra e comeu rapidamente antes do final do intervalo. Jimin não estava na sala e quando voltou também não lhe encarou, então não dava para agradecê-lo nem pelo olhar.

Depois da aula, Jimin sumiu e Jungkook imaginou que deveria encontrá-lo de novo no banheiro do McDonalds às 13:00. Como ainda faltava muito tempo para dar o horário, esgueirou-se como sempre fez durante os últimos anos da sua vida até a sala abandonada do Busan Elementary. Poderia dizer que estava com saudades de lá, porém as aulas no Centro Cultural eram tão melhores que não sentiu nostalgia ao pôr os pés lá, apenas tristeza pelo seu antigo eu.

Lá aplicou rapidamente o tal spray, os pelos arrepiando com o jato gelado e o nariz coçando com o cheiro de mentol que impregnou o ambiente. Espirrou mais algumas vezes, e logo estava segurando a mesa do professor com uma das mãos como se fosse a barra da sala de dança e repetindo os passos base que tinha aprendido no dia anterior.

De fato, estar usando tênis no lugar das sapatilhas fez muita diferença, então ficou de meia. Ainda não era o ideal, porém era o melhor que poderia fazer.

E ficou lá, treinando, até dar um horário bom para ir ao McDonald's, novamente ansioso e agitado para saber como o dia transcorreria, além de ensopado de suor. Novamente chegou mais cedo do que o horário combinado, porém dessa vez foi ao banheiro esperar Jimin.

A surpresa é que Jimin já estava lá. Isto é, se aquele era mesmo o Jimin.

O garoto sentado em cima da pia com um livro em mãos vestia calças jeans azuis claras, uma jaqueta do mesmo tecido e uma blusa branca para dentro da calça. Não usava nenhuma maquiagem. Os cabelos rosa ainda estavam lá, os traços bonitos e delicados do rosto também, além da boca farta. Mesmo assim, não parecia Park Jimin.

— Perdeu alguma coisa na minha cara, gracinha? — A risada debochada e o sorriso mordaz trouxeram um pouco mais de normalidade à situação. Jimin pulou de cima da pia. — Eu sei que sou lindo, mas se me olhar demais vou ficar sem graça.

— Duvido — Jungkook retrucou.

— Para alguém que estava morto de manhã, até que te sobra energia para bancar o engraçadinho. — Jimin apoiou as mãos no quadril, parecendo revoltado antes de empurrar Jungkook para dentro do box, como sempre.

Dessa vez, em vez de ser tomado pelo cheiro forte do gloss de morango, Jungkook notava um aroma mais sutil, apesar de doce também. Ainda cheirava a Jimin e aquilo era de certa forma reconfortante. Não que devesse achar tão estranhas as roupas mais sóbrias de Jimin, nem enxergar conforto em notar características costumeiras dele, já que o garoto literalmente lhe chantageava.

— Por que está suado assim? — Jimin percebeu imediatamente.

— Pratiquei um pouco antes de vir para cá.

— E o almoço? — resmungou e Jungkook permaneceu em silêncio. Jimin agarrou o queixo dele e o bailarino notou com certo alívio que as unhas continuavam longas e decoradas. — Gracinha, eu não deixei bem explícito que era para você comer bem? Cadê o amor pelos seus futuros filhos?

— Eu não costumo almoçar normalmente — Jungkook tentou explicar.

— E isso lá é justificativa? — Park Jimin estava puto da vida, só faltava fumaça sair de seus ouvidos.

— Mas...

— Quer que eu refute sua afirmação com mais elegância, é? Eu posso fazer isso. — Puxou o rosto dele ainda para mais perto, encarando profundamente em seus olhos, desafiador. O cheiro de morango fez falta. — Vamos seguir sua lógica para outros exemplos. Um realista e outro poético, só para você não dizer que eu não me esforço... Um alcoólatra beber normalmente é justificativa para ele não tentar parar quando isso prejudica sua vida? Porque uma ave voa normalmente, ela nunca pode pousar?

— Não...

— Quais são as refeições que você faz?

— Ah... Eu como um pão de manhã... Às vezes vou na cantina do colégio também. — Até ia, mas só quando tinha muita fome mesmo, em geral preferia guardar aquele dinheiro, um dos poucos que os pais davam, como uma das economias para quando saísse de casa. — E aí eu como alguma coisa que vende lá na loja e um pão quando eu volto pra casa.

— Só isso? — Jimin arregalou os olhos, consternado.

— É o suficiente.

— Claro que não é! — esbravejou antes de começar a explorar o corpo de Jungkook com suas mãos decididas, mesmo que este reclamasse dos toques. Conseguia sentir as costelas tão claramente que um arrepio desconfortável percorreu seu corpo. — Olha seu tamanho! Olha a quantidade de esforço físico que você faz! Jungkook, você está magro pra caralho.

— É genética, meus pais também são magros — mentiu, apesar de não saber o motivo de tê-lo feito. Algo sobre como Jimin parecia nervoso o deixava reativo também.

— Acredito em você, mas só quando estiver comendo direito. Droga, Jeon Jungkook! — resmungou mais uma vez.

— Por que isso te incomoda tanto? — reclamou, levantando um pouco a voz. — Eu nunca passei mal.

— Por que você come tão pouco? — Jimin soltou o resto dele e recuou um pouco, de forma a abrir um espaço entre os dois que permitia que se encarassem com seriedade. — Você precisa de ajuda?

— Ah... Você acha que é algum distúrbio alimentar? — Jungkook entendeu por fim toda a preocupação de Jimin. Engraçado um chefe de facção preocupar-se com aquele tipo de coisa.

— E não é?

— Não. — Jungkook balançou a cabeça para tentar ser ainda mais enfático. — Eu só acho uma perda de tempo e de dinheiro. Não sinto muita fome também.

— Que tempo é esse que você não tem? — Jimin perguntou, insistente. — Que dinheiro é esse que te falta? Tenho certeza que os donos de um escritório de advocacia estão longe de ser miseráveis.

— Jimin... — Jungkook suspirou. — Só... só deixa isso para lá. Prometo que eu não vou passar mal, então não precisa se preocupar. Vou continuar indo às aulas como sempre. Mas para isso eu preciso que você me maquie.

Claramente Jimin não estava nem um pouco satisfeito com a resposta de Jungkook. Mesmo assim, após respirar profundamente, resignou-se em secar o suor do bailarino subnutrido antes de começar a aplicar a maquiagem nele. Jungkook realmente não deveria deixá-lo estressado daquele jeito! Podia enfiar um pincel em seu olho com facilidade.

Mesmo com toda a indignação quase homicida de Jimin, Jungkook saiu intacto de sua sessão de maquiagem, nenhum olho furado ou qualquer coisa do tipo. Intacto e não Jungkook, mas o Jey.

Jimin e Jey foram juntos às aulas de dança. Daquela vez todas as alunas e professoras das três turmas que agora eram do Jey também conheciam eles, então foi razoavelmente mais fácil para ele enturmar-se. Jimin tinha falado que Jungkook era seu filho no dia anterior de brincadeira, porém parte dele realmente sentia-se um pai orgulhoso em vê-lo nas aulas de dança. Não que nutrisse um grande afeto por Jungkook, claro, ele era apenas seu mais novo manequim. Estava, na verdade, refletindo que realmente fizera um ótimo trabalho em inseri-lo nas aulas.

Quem sabe poderia levar aquilo como profissão? "Resolvedor de problemas aleatórios" parecia um emprego divertido.

Mesmo tendo visto Jimin apenas no dia anterior, as meninas estranharam sua aparência assim como Jungkook fez. Uma delas até mesmo ofereceu um gloss durante o intervalo para beber água e Jimin riu.

— Meu coração ainda veste rosa e usa maquiagem, não se preocupe — foi o que disse de volta, tentando soar misterioso, mas percebeu que soou idiota. Independentemente da impressão que causou, as meninas aceitaram razoavelmente a resposta.

Não era como se Jimin ficasse desconfortável vestindo roupas que poderiam ser consideradas "normais", ele apenas sentia-se muito mais confortável com as que usava sempre, muito mais ele mesmo. Divertia-se em separar as peças que vestiria na noite do dia anterior e dava muito gosto olhar-se pelo espelho no dia seguinte, parecendo tão Jimin. Mas conformou-se que continuava lindo, com ou sem seus amados croppeds e sombras coloridas. Também não achava que teria que repetir aquilo muitas vezes.

Ficou lendo seus livros durante as aulas de balé, levantando o olhar uma vez ou outra para ver se Jungkook estava conseguindo pegar tudo que precisava ou mesmo se ainda estava em pé, já que o bunda mole não comia. Começou a esperar que desmaiasse a qualquer momento.

E Jungkook realmente ainda tinha um caminho longo a atravessar para conseguir nivelar-se ao resto das turmas, desde o iniciante até o avançado. Mas o que poderia esperar? Dançava com meninas que estavam lá desde que ainda faziam parte das turmas infantis, não era como se ele fosse um gênio da dança que pudesse compensar anos de experiência apenas com talento. Era seu segundo dia e precisava ser paciente.

Recebia muita atenção, provavelmente por ser o único homem em todas as turmas. Todas as garotas eram gentis e davam dicas constantemente. Jungkook tentava colocá-las em prática, mas não era sempre que conseguia. Afinal, seu corpo pesava e reclamava toda vez que tentava continuar a esforçar-se como a cabeça insistia que fizesse.

Assim que deu o último minuto da última aula, Jungkook simplesmente jogou-se no chão, derretido e ofegante. O calor de seu corpo, desde as bochechas até os pés, fazia com que se sentisse vivo. Algumas alunas por perto riram fraquinho, parabenizando o esforço enquanto descalçavam suas dolorosas sapatilhas de ponta e suas ponteiras de silicone. Jungkook, ainda deitado, observou os pés cheios de esparadrapos.

— Isso parece doer... — comentou fraquinho.

— Dói pra caralho — respondeu a garota. Se Jungkook lembrava-se bem, era Yerim o nome daquela. Tinha no mínimo dez garotas em cada turma e, sinceramente, mesmo que estivesse dedicado em decorar o nome de todas, não chamava nenhuma diretamente ainda e preferia ficar escutando elas conversando entre si para ver se realmente lembrava quem era quem.

— É o paradoxo dos pés de bailarina — Momo, que já calçava seus tênis, disse rindo fraquinho. — São lindos dentro da ponta e por algum motivo tem gente que acha que são lindos fora dela também, mas a realidade é que eles são todos surrados. Acho que a maioria de nós esconder os pés não ajuda muito também.

Jungkook apenas assentiu com a cabeça, mostrando que tinha escutado. Mas ficou quieto como sempre, admirado com a força de vontade delas. Sendo sincero, mesmo tendo assistido escondido a concertos de balé desde pequeno, ele nunca tinha pensado naquilo. Todas as bailarinas pareciam tão leves e tão radiantes em cima das pontas que nem pensou que aquilo doeria e machucaria.

Sentiu-se idiota, porque se pensasse seriamente no ato de ficar equilibrando a ponta de seus pés em cima de um gesso por horas, era obviamente doloroso. Como se já não admirasse as meninas o suficiente por toda sua dedicação e técnica — sem contar a gentileza de ajudarem um perdido na vida que nem ele —, ficou mastigando a quantidade de dor que suportavam.

Pensou tanto que elas terminaram de se arrumar e despediram-se, assim como todas as outras da turma. Jimin aproximou-se com seu constante sorrisinho malicioso e cutucou as costelas de Jungkook com a ponta do pé — calçado com um tênis normal! — antes de agachar-se ao lado dele.

— Jey, se vai morrer, morra do lado de fora, a professora precisa trancar a sala — avisou. — Precisa de um reboque aí?

Antes que Jungkook, preocupado em incomodar ainda mais a professora tão generosa pudesse reagir, desesperado em estar atrapalhando, foi interrompido ao ter sua mochila jogada em cima de seu peito. Ia reclamar com Jimin, mas foi novamente interrompido, dessa vez por sentir seus tornozelos serem enlaçados.

Confuso e assustado sobre o que estava acontecendo, Jungkook simplesmente foi arrastado em silêncio pelo chão até o lado de fora da sala. Jimin não parecia fazer esforço quase nenhum em puxar suas pernas.

— Obrigado, professora! — Jimin agradeceu com um sorriso à mulher que ria da cena, apoiada no batente da porta e com as chaves em mãos. — Esse aqui é meio dramático mesmo, não liga, não.

A professora desligou as luzes, trancou a porta, despediu-se e Jungkook ainda encontrava-se largado no chão, observando tudo com uma cara de... bocó. Era revoltante a forma que Jimin tinha todas as palavras certas para descrevê-lo.

Jimin começou a gargalhar alto da cena e soltou as pernas de Jungkook. Agachou-se novamente ao seu lado para observar ainda mais de perto aquela expressão tão engraçada nele e ajeitar alguns fios suados com as unhas longas.

— Ai, ai, gracinha... Não me diga que eu realmente vou ter que chutar suas bolas para que você se levante... — falou e Jungkook sentou-se imediatamente. — Você reage tão bem a ameaças... é incrível. Vem, vamos logo ou você vai ter que correr de novo para o trabalho e duvido que você queira levar mais um sermão.

Foram novamente até o banheiro daquele McDonald's — em que os funcionários provavelmente começavam a suspeitar dos dois jovens — e Jimin tirou a maquiagem de Jungkook. Esperou que ele colocasse seu uniforme e os dois começaram a caminhar em direção à loja de conveniências.

Jungkook nem deu-se ao trabalho de perguntar por que estava sendo seguido daquela vez, tinha desistido de entender Jimin. Provavelmente fazia parte de seu plano de ódio contra Hoseok e daria alguma explicação que não fazia sentido algum se questionado.

Jimin esperou Jungkook pegar seu turno e o gerente da loja e a outra funcionária saírem antes de se acomodar como no dia anterior. Ele parecia confortável demais sentado naquele banco que não lhe pertencia, porém Jungkook preferiu acreditar que aquilo não atrapalharia em seu trabalho.

Jimin passou duas horas quieto, ou lendo um livro que Jungkook nunca ouvira falar na vida que expunha "Cemitério de Praga" na capa ou puxando um de seus cadernos na mochila e estudando física. Um livro de nome tão mórbido como aquele de fato fazia jus à reputação de Park Jimin, porém a dedicação com física surpreendeu Jungkook de certa forma. Não que tivesse falado nada sobre aquilo.

Atendeu umas duas dúzias de clientes, arrumou alguns produtos nas prateleiras e colocou mais refrigerantes para gelar no freezer. Porém, a maior parte do tempo ficava sentado em silêncio.

Aquilo era razoavelmente comum, mas agora com Jimin ao seu lado, o silêncio em vez de ser ocupado por pensamentos ora vazios ora angustiados, era ocupado pelo protagonista daquela cidade, obviamente. Que livro era aquele? Por que ele estava ali? Por que vestia-se tão normalmente aquele dia? Por que um suposto dono de facção estuda física? E o que mais revoltava era saber que Jimin adorava gerar tantas dúvidas e mistérios, então nem pensou em perguntar, sabendo que ia receber como resposta aquele sorriso malicioso que parecia ser cativo de seus lábios cheios.

— Até que horas você fica aqui? — Foi Jimin, obviamente, que quebrou o silêncio.

— O turno acaba meia noite. Aí eu tenho que limpar e fechar a loja então... até meia noite e meia mais ou menos.

— Você não dorme? — Jimin perguntou espantado.

— Durmo.

— Quando?

— Quando eu volto para casa. — Jungkook continuou fugindo das perguntas e, pelo nariz torcido de Jimin, pôde perceber que não tinha agradado muito o outro.

— E a gente tem aula de manhã, ou seja, você dorme uma quantidade ridiculamente pequena de tempo.

— Eu durmo bem. Hoje é sexta, não tem aula amanhã. — Deu de ombros e ficou aliviado quando viu um cliente entrar na loja, atendendo-o.

Porém, Jungkook arrependeria-se de achar que parar a discussão para atender o cliente fosse uma salvação, pois só tinha dado ao Jimin mais tempo ainda para remoer em silêncio sua indignação. No momento que o cliente deu um passo para fora, Jimin voltou a atacar.

— Acha mesmo que pode compensar a falta de sono em uma semana inteira dormindo que nem uma pessoa normal no final de semana apenas, gracinha? — Inclinou-se na direção de Jungkook, forçando-o a olhar para sua expressão ameaçadora.

— É sexta-feira, um jovem dono de facção com a vida agitada que nem a sua não tem nada melhor para fazer? — Jungkook devolveu, tentando parecer corajoso. Mesmo assim, a ousadia de suas palavras não fez tanto efeito porque gaguejou no meio.

— Ai, ai, gracinha... — Jimin arrastou suas unhas longas até o queixo de Jungkook que, de certa forma acostumado com aquilo, apenas desistiu de lutar. — Admiro sua coragem, mas não tente desviar o assunto, eu não sou mole assim. Você tem que dormir direito!

— Certo! — Jungkook desvencilhou-se com certa brutalidade, frustrado. Jimin apenas sorriu com aquela reação tão atípica, apoiando o braço no balcão e recostando-se lá para observar o que Jungkook iria dizer. — Preciso dormir mais, mas como vou fazer isso? A gente tem aula de manhã, os treinos de balé de tarde e eu preciso trabalhar para poder sair de casa um dia. Ah, eu também tenho que estudar para as provas em algum momento! Sei que tudo parece simples para você e você acha que sempre pode resolver tudo só porque as coisas ao seu redor sempre dão certo! Minha vida é diferente, desculpa, para de achar que pode dar pitacos sobre ela sem nem conhecer como meu dia funciona. Você não pode resolver e controlar tudo!

Assim que terminou seu discurso emocionado, Jungkook afastou o olhar, envergonhado da sua impulsividade. Ele não era daquele jeito, definitivamente não. Ficou ainda mais frustrado quando foi observar a reação de Jimin pelo canto dos olhos e percebeu que ele sorria, divertindo-se como se estivesse assistindo um show de comédia.

— Não seja bobo, gracinha, eu estou fazendo tudo que é necessário para dar quantos pitacos eu quiser sobre sua vida... — Levou os dedos até os cabelos de Jungkook, ajeitando-os com as unhas longas para trás da orelha. Jungkook ficou estático. — Eu estou aqui, não estou? Passei o dia inteiro com você e, agora, sei como ele funciona.

Jungkook continuou calado, porque não poderia refutar aquilo. Jimin realmente era terrível, um planejador perfeito, como se sempre soubesse o que ia causar suas revoltas e frustrações e tivesse respostas prontas para qualquer coisa que falasse.

— Agora... Isso foi um desafio? — Jimin questionou, umedecendo os lábios com a língua antes de dar um sorriso inundado de provocação.

— Quê? — Jungkook perguntou, abobado, uma presa na mira de seu predador.

— Você disse que eu não posso resolver e controlar tudo... — Jimin fez um biquinho manhoso e teatral. — Eu discordo profundamente. Então levei como um desafio, simples assim.

— Ninguém é capaz de resolver e controlar tudo — Jungkook respondeu simplesmente, acompanhado com um suspiro. Cada segundo a mais que passava com Jimin, menos via sentido em suas ações, constantemente ambíguas.

— Pois bem, desafio aceito, gracinha! — Ele riu divertido enquanto guardava o livro e o caderno de volta em sua mochila.

Colocou a mochila nos ombros, levantou-se e caminhou até a porta da loja. Apesar de não calçar as botas de plataformas enormes, ainda tinha aquele ar de elegância e confiança invejável. Jungkook observou o protagonista ir embora em silêncio, um pouco admirado, porém tomou um susto ao ser pego no flagra ao que Jimin virou para encará-lo antes de sair. O de cabelos rosa gargalhou.

— Até mais. Reserve um espacinho em seu peito pro arrependimento que você vai sentir por ter duvidado de mim.

»»🩰««

HANNN, O QUE VOCÊS ACHAM QUE VAI ACONTECER COM O JK AO DESAFIAR O JIMIN, HEIN?

Espero que tenham gostado do capítulo! Qual foi a cena favorita de vocês? Eu gosto dos bilhetinhos do Jimin, não vou mentir kakakaka

Muito, muito obrigada mesmo pelo carinho com meu bebê USFDB e fiquem à vontade pra me chamar no twitter e usar a #EstrelandoOCoadjuvante. Desculpa estar sumidinha, o fim de período realmente tá me pegando com força...

Aliás, amanhã tem att de O Cúmplice de Aldebaran também! Pra quem não leu ainda, é minha jikook xodózinha de fantasia e amaria ver vocês por lá!

Beijinhos de luz e até 26/03 às 19:00

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