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03 | Coupé

Oi, meus faccionários!!! (Nem acreditei que vocês preferiram esse nome mesmo kkkkkkk)

Que saudades! Essa semana pareceu tão longa que até fiquei com medo de não acabar! Mas agora vamos de estudar pra prova no feriadão, postar fanfic e, quem sabe, finalmente conseguir assistir uns Runs!

Na última postagem, o wattpad deu erro/não publicou/não enviou att pra todo mundo! Se você não entender o começo desse capítulo, verifique se você leu o anterior!

Muito obrigada mesmo por todo carinho com minha bebê! No final do capítulo tem uma supresinha (não é nada demais, e não pulem o cap pra ver ou vocês não vão entender), aí vou querer a opinião de vocês pra saber se vocês gostaram da ideia ou não!

Não esquece do votinho e boa leitura!!

#EstrelandoOCoadjuvante

»»🩰««

 — Quem é esse bunda mole? — Taehyung apontou desgostoso pro "alguém" que Jimin buscou.

O bunda mole era Jungkook.

E talvez fosse mesmo, porque não teve coragem nem de reclamar nem de tentar se defender. Ele ali, de uniforme, no meio das duas figuras tão chamativas parecia mais um refém. Olhava para baixo, tentando de alguma forma tampar seu rosto, sem saber o que estava acontecendo e inflando-se de paranoias.

— Se chama Jeon Jungkook. Venha, gracinha, levante esse seu belo rostinho — Jimin falou em um tom provocativo, acariciando o queixo de Jungkook para incentivá-lo a obedecê-lo. O bailarino, perdido no que estava acontecendo, e ainda suado de quando estava ensaiando tranquilamente antes de ser sequestrado pelo Jimin, apenas obedeceu.

— Você é tão podre, Chim... — Taehyung revirou os olhos novamente ao assistir as atitudes do amigo. Não era uma pessoa tão impaciente assim para a frequência de vezes que revirava os olhos com Jimin, este que o tirava do sério mesmo. E olha que tinha crescido com mais onze irmãos, cada um insuportavelmente irritante do seu próprio jeito.

— Cala a boca, Danny Phantom selvagem — Jimin resmungou. Soltou Jungkook apenas para pegar uma embalagem de sorvetinho do bolso da saia e retocar seu gloss. Jungkook saiu do torpor do medo por um momento só para matar a curiosidade do que era o sorvete e, ao entender que era um cosmético (muito fofo), voltou a baixar a cabeça, encurralado.

— E aí? Por que buscar minhas irmãs virou uma excursão mesmo?

— Esse aqui... — Jimin apontou com as unhas longas para a cara do recém chegado, que ainda esforçava-se ao máximo para implodir e simplesmente sumir dali — é quem quer fazer as aulas de verdade.

Jungkook corou da cabeça aos pés ao ser exposto daquele jeito, tão sem avisos. Tampou o rosto antes de começar a caminhar lentamente para trás, como se esperasse que nenhum dos outros dois percebesse que estava fugindo até que estivesse a uma distância boa para disparar a correr.

— Que bunda mole... — Taehyung suspirou mais uma vez enquanto erguia a sobrancelha grossa e estilizada ao assistir Jungkook ser agarrado pela cintura por Jimin. Parecia um boi sendo laçado, incapaz de fugir, e Taehyung conseguiu rir um pouco ao pensar daquele jeito. O platinado sinceramente não fazia questão nenhuma de andar com aquele tipo de pessoa. Tinha certeza que era alguém que o olharia torto.

A mente do Jungkook, por outro lado, estava em completa confusão. E nem tinha como correr mais, a mão do Jimin estava firme em sua cintura.

— Jungkook, esse é Taehyung. Acho que dá pra dizer que ele é meu amigo, ou algo assim. Ele tem essa cara de azedo, mas é inofensivo — Jimin disse, aceitando que precisava acalmar os ânimos do Jungkook ou seu plano iria por água abaixo. O bailarino assentiu de leve com a cabeça, porém não acreditava. Como acreditaria naquilo vindo da boca de alguém perigoso como Jimin? A nova careta que Taehyung fez ao ser apresentado daquele jeito não ajudou também. — Ele tem três irmãs que fazem balé e vamos buscar elas lá. São aulas oferecidas pela prefeitura, então são de graça, então vamos aproveitar para ver se dá pra te inscrever.

— Eu... eu não posso me inscrever — Jungkook negou veementemente. Taehyung bufou e olhou o celular rapidamente, indicando com o olhar que Jimin deveria se apressar com aquele bunda mole porque estava dando a hora de buscar suas irmãs.

— Claro que pode. É só botar o nome lá e pronto.

— Eu não posso dançar na frente de outras pessoas... — Jungkook repetiu, completamente frustrado. Se ele pudesse, Jimin nem estaria o chantageando com o vídeo do balé. A frustração só aumentou ao perceber a vontade que tinha de dançar. Em qualquer lugar. Sem se preocupar. A simples ideia parecia o próprio Nirvana.

— De novo essa história? Você não quer ser dançarino? Tem que fazer aulas, talento não é o suficiente.

— A Bratz purpurinada tem razão dessa vez. Como minhas irmãs falam, "a técnica não sai do cu". — Taehyung interviu mesmo mostrando-se tão contra Jungkook antes, fazendo com que Jimin sorrisse pra ele.

— Pensei que suas irmãs fossem pequenas. — Jimin estranhou o palavreado que deveria ser infantil.

— São mesmo, essas pestes. Minha mãe fica falando palavrão em casa e quem recebe notificação da escola porque elas são boca suja com as outras crianças sou eu — Taehyung suspirou de novo, pesarosamente, e massageou entre as sobrancelhas grossas e riscadas. Jungkook por um momento sentiu pena.

— Eu vou fazer aulas. — Jungkook finalmente mostrou ao menos um sinal de que estava vivo. — Estou trabalhando e juntando dinheiro pra isso, mas não posso fazer enquanto eu estiver na casa dos meus pais.

— E eles lá têm que saber que você tá fazendo, idiota? — Taehyung disse com um ar de propriedade, sabia muito bem o que era ter pais insuportáveis. — Se seus pais são conservadores que nem os meus, garanto que são burros também.

— Você não acabou de dizer que sua mãe fica falando palavrões na frente das suas irmãs pequenas? — Jungkook perguntou, a curiosidade por causa da estranheza daquela situação derrubando uma tímida barreira do seu medo daquela situação estranha.

— É o famoso conservadorismo da conveniência. Serve só pra proibir a gente, reclamar de tudo e fazer show pros outros como se fôssemos uma família perfeita. Tirando isso, vale tudo, inclusive chifre. — Taehyung deu de ombros.

— Seus pais trabalham onde? — Jimin perguntou. — De que horas a que horas?

— Eles têm um escritório de advocacia e passam o tempo todo fora de casa — respondeu com sinceridade, mesmo que não soubesse por que estava fazendo aquilo.

— Como que eles vão saber que você tá fazendo balé? — Taehyung retrucou. — Eles nem devem saber como é sua cara direito, imbecil.

Jungkook murchou, porque era verdade. Jimin pisou no pé de Taehyung com o salto de sua enorme plataforma o mais discretamente que pôde. Ele não podia perder seu dançarino e ele precisava enfrentar Hoseok! O resmungo de dor de Taehyung, porém, chamou muita atenção. O jeito que ele tentou agarrar os cabelos do Jimin e os dois começaram uma pequena e ridícula briga de agarra-aqui-e-acolá também.

— Eles sempre descobrem — Jungkook pontuou, baixinho, entre o caos dos outros dois. Ambas alegorias (Jimin e Taehyung) ficaram quietas para conseguir ouvir. — Acho que Busan é pequena demais e todo mundo é cliente deles. Eu sempre sou dedurado.

— Já tentou, bunda mole? — Taehyung desafiou.

— Se eu fiquei bunda mole desse jeito é porque não deu certo, né — Jungkook retrucou, a voz quase sussurrada até então encorpando, frustrado consigo mesmo. Tão frustrado que queria explodir. — Qualquer pessoa em sã consciência tentaria antes de desistir de existir.

Jimin e Taehyung calaram-se por um momento, não esperando uma reação tão intensa de alguém que estava tão quieto até então. Taehyung sorriu, aprovando, porque adorava ver revolta e rebeldia nos outros. Jimin apenas suspirou. Não estava tão surpreso porque já tinha percebido que Jungkook era mais do que ele julgava depois que recusou tirar sua foto constrangedora. Mesmo assim, precisava dar um jeito naquilo.

Avaliou o ambiente ao redor e aceitou que provavelmente o banheiro menos sujo era o da rede de fast-food e começou a empurrar Jungkook para lá. Taehyung, já acostumado com o amigo, apenas sentou no meio fio com um semblante já entediado.

— Te dou 5 minutos, Chim. — Olhou o celular. — Se eu atrasar pra buscar minhas irmãs elas com certeza vão colocar um besouro no meu lençol de novo.

— Como se eu precisasse mais do que isso — Jimin retrucou, o tom de voz confiante e um sorriso provocativo no rosto; aquele que mal parecia sair dos lábios cheios e brilhosos dele.

Jungkook tentou desvencilhar-se das mãos de Jimin, porém o de cabelos rosa apenas segurou firmemente seu pulso, insistindo que ele o acompanhasse. E, sem entender o que estava acontecendo, Jungkook deixou-se ser arrastado. Afinal, ele era um coadjuvante, como que iria contra as vontades de um protagonista?

Jimin o puxou para mais perto, permitindo que Jungkook escondesse o rosto enquanto caminhava corajosamente pelo restaurante, enfrentando de cabeça erguida todos os olhares que o aspirante a bailarino não era capaz de revidar. Mas aquilo tinha que mudar. E logo. Jimin não podia confiar aquela missão a um homem que queria ser artista, porém tinha medo de expressar-se.

Logo os dois estavam trancados dentro de um box do banheiro e Jungkook sentado em cima da tampa abaixada da privada, completamente atônito. Realmente, tudo ao redor de protagonistas acontecia rápido demais e não era capaz de acompanhar sendo mero extra.

— O que você quer fazer? — perguntou ao Jimin, que deu um sorrisinho convencido.

— Medo de perder sua pureza para mim? — Jimin debochou, a voz doce como mel. Só para provocá-lo mais, aproximou sua boca da de Jungkook, novamente deixando-o inebriado com o cheiro de morango de seu gloss; estático como personagens de filme de terror quando percebem que não têm mais para onde correr. Jimin serpenteou as unhas longas entre alguns fios soltos do bailarino. que por sua vez ficou lá, encarando os olhos pequenos, porém tão expressivos à sua frente, tentando interpretar tudo aquilo que acontecia. O delineado formou uma meia lua quando finalmente Jimin riu. — Brincadeirinha.

Jimin gargalhou ainda mais ao encarar os olhos grandes, adoráveis e arredondados de Jungkook, afastando-se enquanto enfiava a mão em um dos bolsos grandes de sua jaqueta maior ainda, puxando primeiramente um delineador. Jungkook ainda estava tão em choque que não precisou esboçar uma nova reação.

— Não vou deixar ninguém te reconhecer e ir contar pros seus pais que você faz balé, Jungkook, mas você vai ter que confiar em mim — Jimin pediu, sério daquela vez. Desenroscou o pincel do delineador. — Vou te fazer subir naquele palco e você vai ganhar do Hoseok, posso continuar?

— Eu tenho outra alternativa? — Jungkook suspirou, deixando que Jimin puxasse seu queixo novamente, fazendo com que ele olhasse para cima para que pudesse maquiá-lo.

— Claro que não, duvido que deixar seu vídeo vazar seja uma, gracinha. — Jimin riu, apoiando a mão com o pincel na bochecha do Jungkook. — Agora, feche os olhos.

-💋-

Quando Jungkook pegou o papel que a secretária da prefeitura entregou para ele com os horários e níveis das turmas de balé, junto a um formulário de matrícula, seus dedos formigaram. Seu estômago revirou e ele sentia seu âmago queimar. Nunca em sua vida esteve tão perto da realização quanto naquele momento.

A coisa mais irreal para ele era, acima de tudo, segurar aqueles papéis com o rosto erguido. Até a textura das folhas em suas mãos trêmulas parecia completamente diferente, como se finalmente estivesse vivo de verdade.

— Obrigado, moça! — Jimin agradeceu com um sorriso gentil nos lábios. A mulher sorriu brevemente; o suficiente para ser educada, mas não muito por carregar um cansaço estranho no olhar. Então era assim que servidores públicos viviam? — A gente pode olhar as salas de aula?

— Fiquem à vontade. — Ela deu de ombros. — Podem fazer algumas aulas experimentais também, o formulário de matrícula e a chamada das aulas servem apenas para reportar à prefeitura que as atividades possuem uma quantidade mínima de inscritos para manter a oferta.

Agradeceram baixinho e caminharam pelo centro cultural sozinhos. Taehyung já tinha ido embora porque as irmãs começaram a chorar de tédio enquanto ele esperava as informações da matrícula junto dos dois e perdeu a paciência em incríveis dez segundos. Logo a aula delas começaria de qualquer modo, então seu tempo já estava contado.

O local era grande e espaçoso, mas um tanto velho apesar de parecer ser limpo com frequência. Jungkook seguiu Jimin pelos corredores sem que o de cabelos rosa precisasse puxá-lo pelo braço, completamente encantado com a atmosfera do local. Sabia não ser exatamente impressionante, mas era muito mais do que tinha sequer imaginado poder experimentar e, quem sabe, pertencer.

— Me passa isso aqui. — Jimin arrancou o formulário de matrícula das mãos de Jungkook.

— Por quê? — Jungkook perguntou, mesmo que tivesse perdido o papel há tempos. Amortecido com a contemplação feliz do ambiente ao seu redor e mais acostumado com o fato de que não conseguia lutar contra Jimin, seu tom de voz mantinha-se o mesmo.

— Porque vou preencher por você. Menores de idade precisam da assinatura dos pais, vai pedir pros seus? — Jimin bufou, sem acreditar que tinha que explicar tudo. Pensou que Jungkook, tão paranoico, fosse ser mais esperto do que aquilo. Em geral até era, porém Jungkook sentia-se vivendo longe da realidade há muito tempo.

— Mas como eu vou fazer as aulas?

— O registro da matrícula vai ser em meu nome, mas quem vai participar das aulas é você. Pronto, problema resolvido.

— Isso parece ilegal...

— Confesso que não sei, parece mesmo. — Jimin riu. — Mas pela falta de vida no olhar daquela moça, ninguém liga o suficiente pra isso e duvido muito que a gente seja descoberto. Antes uma matrícula emprestada do que a assinatura dos seus pais falsificada, né?

— Seus pais assinariam pra você? — Jungkook perguntou espantado.

— Claro. Vai ser tranquilo, fui perguntar sobre aulas de balé pra eles e os dois já estavam achando que era pra mim. — Deu de ombros. — Não vai fazer muita diferença.

— Ah... — Jungkook murmurou impressionado. Parecia legal aquilo... aquela naturalidade em falar de balé. E de pais. Na mesma frase. E sem negativos no meio.

Os dois cruzaram um corredor espelhado e Jungkook assustou-se com o próprio reflexo. Os olhos discretamente delineados e com a sombra amarronzada eram intensos, lhe encaravam diretamente, o cabelo preso firmemente com tranças era muito diferente do desleixado penteado usual e o discreto lip-balm rosa dava-lhe uma vivacidade diferente da vida apagada de sempre. Jimin não tinha exagerado na maquiagem como pensou que aconteceria, porém mesmo assim era o suficiente para parecer alguém diferente. Estava, de fato, irreconhecível.

Aquele no espelho não era Jungkook que escondia-se entre os tecidos de seu uniforme enquanto desejava não sufocar-se com as peças, que mantinha a cabeça baixa por saber que nunca poderia correr atrás e realizar seus sonhos. Sentia-se alguém completamente diferente e queria tão ansiosamente prolongar aquilo que, de fato, dançar no nome do Jimin não parecia obstáculo o suficiente para fazê-lo parar.

Acabou aceitando silenciosamente a proposta dele. Não precisou falar nada, pois o de fios rosa sorriu quando recebeu aquela encarada tão intensa vinda de Jungkook, percebendo com facilidade o quão resoluto estava. Seria aquele o poder da maquiagem?

— Relaxa, se você for preso seus pais te tiram de lá. — Jimin brincou e Jungkook espantou-se com o fato de que nem a menção daqueles dois, que o prenderam na gaiola que jurou ser impossível de fugir, aplacou seus ânimos. Talvez porque o cadeado estava destrancado bem em sua frente. — Eu que lute.

— Por que você tá fazendo tudo isso? — Jungkook parou de andar para olhar Jimin com profundidade.

E Jimin riu da cara dele. Deslizou as unhas bonitas entre os fios rosa, jogando a franja para o lado com cuidado para não bagunçar as presilhas que sua mãe prendeu. Aquele olhar do Jungkook... o garoto era realmente tolo.

— Não se engane, gracinha... — Avançou na direção de Jungkook, fazendo que as costas dele colassem na parede do corredor. Apesar de novamente encurralado, daquela vez Jungkook olhava resoluto para Jimin, tentando enxergar o que não conseguia entender enquanto sentia Jimin dedilhar seu peito com as unhas longas, subindo até segurar seu queixo. — Não estou fazendo isso por você, e sim por mim.

— Mas...

— Eu ainda estou ameaçando vazar seu vídeo — Jimin sussurrou, sua boca tão próxima da de Jungkook que compartilhavam os hálitos. O cheiro de morango estava ali novamente. — Não é porque a missão beneficia você de alguma forma que eu sou bonzinho. Não esqueça que você ainda tem que fazer o que eu quero do jeito que eu quero, Jeon Jungkook...

Jungkook não respondeu, apenas aproveitou a proximidade para fitar os olhos castanhos de Jimin, intensos entre os cílios cobertos de rímel. Apenas ficou lá, observando, procurando algo que sentia que estava ali, porém não conseguia encontrar.

Quem afastou-se foi Jimin, voltando a caminhar empertigado e confiante em suas plataformas pelos corredores do Centro Cultural. Bisbilhotaram algumas janelinhas que as portas possuíam, vendo turmas de teatro, pintura, desenho e diversos tipos de dança, inclusive balé.

Os olhos de Jungkook fixaram-se na fileira de garotas ao lado de uma barra grudada ao espelho, como se estivesse enfeitiçado. Era possível ouvir a voz encorpada da professora fazer uma contagem abafada pelas portas. As costas delas estavam retas, e as pernas esticadas eram cobertas por meias-calças rosas. Os pés acomodados pelas sapatilhas finas pareciam lâminas no ar, movimentando-se de maneira tão precisa que era opressor. Jungkook percebeu imediatamente o abismo entre elas e ele.

— Jimin, você deveria achar outra pessoa para ir na competição de dança... — murmurou desconcertado. Qualquer um era melhor do que ele.

— Pena que não vou achar, sobrou para você mesmo — Jimin retrucou, espiando rapidamente a sala que pareceu perturbar tanto Jungkook. — Eu não quero saber o que você acha, você vai dançar pelo bem do seu vídeo.

— Estou sendo sincero.

— Eu também. Estava pensando em fazer upload no Youtube e mandar o link pro e-mail de trabalho dos seus pais, não é uma boa ideia? — Jimin provocou, rindo e afastando-se da sala, fazendo com que Jungkook tivesse que segui-lo.

— Jimin...

— Jungkook, não quero ouvir seu choro de não conseguir ganhar! Se for chorar pra mim, que seja misericórdia. — Park Jimin cruzou os braços, batendo o pé impacientemente no chão. — Quero que você dance tanto, treine tanto, que fique de joelhos, implorando por um descanso. Se nós dois buscamos a vitória, não podemos começar derrotados. Então a próxima vez que você reclamar sobre entrar na competição, eu chuto seu saco.

Jungkook recuou ao pensar na dor que seria levar um chute no saco. Também não duvidava que Jimin fosse capaz de fazê-lo, e talvez por causa daquilo que imaginar aquela dor parecia tão real. Engoliu em seco, Jimin apenas gargalhou alto.

— É adorável a forma que você só parece reagir com ameaças, gracinha... — falou antes de continuar a puxar Jungkook pelo braço. — Vamos.

— Pra onde?

— Comprar uma sapatilha para você, ou acha mesmo que pode fazer aulas de tênis? — comentou, a voz sempre cortante. Jungkook sentia-se levando um eterno sermão dele. — Também seria legal meia calça e aqueles negócios que parecem um body... Se você gostar de rosa eu tenho até um da Hello Kitty pra emprestar, só não é de balé.

E mais uma vez Jungkook foi arrastado. Demorou cinco minutos de caminhada para ele lembrar que aquilo era de interesse dele também e voltar a levantar o rosto, andando por vontade própria ao lado de Jimin. Queria sentir-se tão alto, tão confiante, quanto Jimin em cima das plataformas daquelas botas.

Entraram em uma pequena lojinha de artigos esportivos, aparentemente uma recomendação do Taehyung, que também era responsável por comprar a sapatilha de suas irmãs. Jungkook encolheu-se ao passar pela estreita porta de vidro. E, lá dentro, deixou que o ambiente apertado fosse motivo o suficiente para que se encolhesse, como sempre fazia. Jimin observou aquilo e suspirou.

Puxou o aspirante a bailarino para mais perto e comentou com a atendente da loja que gostaria de ver os modelos de sapatilha disponíveis. Masculinas. Cutucou de leve o queixo do outro para que o erguesse.

Mas não deveria ter se preocupado muito. Os olhos de Jungkook acenderam-se automaticamente ao observar os modelos de sapatilha sendo distribuídos no balcão de madeira gasta pela atendente. O tecido delas impecável, novinho em folha. Tudo parecia reluzir ao seu olhar e até prendeu a respiração ao ser tomado por tamanho encantamento.

Jungkook queria tanto gastar uma sapatilha, a ponto do elástico do pé afrouxar e um buraco formar-se perto dos dedos. Carregar nos pés a prova de que dançou até não aguentar mais. Por causa de seus pais, nunca sequer pensou em ter uma sapatilha antes, porém agora era como se toda aquela vontade e júbilo o atingisse de uma vez só.

Calçou um modelo preto, experimentando se o tamanho era ideal, e seu coração acelerou tanto com aquilo que fez ponta e flex com seu pé repetidamente, tentando extravasar a empolgação em algum lugar. Nunca tinha pensado em sapatilhas, pois assumir o seu amor por balé era irreal, porém ver o grande símbolo de um bailarino em seus pés, ao vivo, ao seu alcance, dentro de suas possibilidades, foi demais para Jungkook. Antes que pudesse pensar duas vezes, já tinha gastado parte de seu salário naquele par de sapatilhas pretas que o cativou desde o começo.

— Parabéns! — Jimin sorriu, apoiado de forma manhosa no balcão enquanto observava Jungkook terminar de pagar. — Você é o orgulhoso dono de um par de sapatilhas.

Jungkook apreciou o quão gostosa aquela informação soava aos seus ouvidos, como a mais completa das sinfonias, e pegou a sacolinha com sua compra com a atendente. Só de sentir o peso daquilo que sabia ser dele entre seus dedos era como um sonho.

Mordeu os lábios tentando conter o sorriso, mas não conseguiu. Estava inundado de felicidade. Jimin deu um sorrisinho pequeno de volta também ao ver o garoto tão quieto e sem vontade, parecer tão vivo.

Jungkook não conseguia mais segurar. Não conseguia mais esconder o que sentia e pensava. Porque agora ele tinha uma sapatilha.

»»🩰««

O JUNGKOOK É MUITO FOFO, QUE ÓDIOOOOOOOOOOOO! O que acharam da nossa maknae line em ação? Confesso que eles são meus chuchuzinhos!!

A surpresinha é essa arte que eu pensei em colocar no final dos capítulos, que explica um pouco o título do capítulo (só uma dica, o resto vai um pouco com a interpretação de vcs também!) é só um piloto, provavelmente pra quem lê no modo noturno tá o quadrado branco (ainda vou fazer um png transparente, se o wattpad aceitar). Como tá o tamanho povo do PC e do celular? Algum outro problema? Gostaram da ideia? Me contem que aí eu faço pros próximos capítulos e anteriores tbm!

Qual foi a cena favorita de vocês? A minha é o Jungkook muito pitiquinho feliz com a  sapatilha de balé dele, aff. Eu amo eleeee. Também respiro o Jimin, é um dos personagens mais fáceis de escrever!

Muito obrigada mesmo por todo o amor que vocês têm dado pra fanfic! Leio todos os comentário com todo o carinho e boiolando muito! Espero que tenham gostado desse capítulo também e podem surtar comigo por aqui ou lá no #EstrelandoOCoadjuvante no twitter, onde sou a @callmeikus

Aliás, amanhã tem att de O Cúmplice de Aldebaran, minha jikook de fantasia cheia de aventuras e emoções! Amaria ver vocês por lá aaaaaa!

Beijinhos de luz e até 26/02 às 19:00!

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