01 | Tendu
Oiiii, bebês!! ANIMADOS PRO PRIMEIRO CAPÍTULO DE USFDB??? PQ EU TÔ QUASE EXPLODINDO AQUI!
Não se esqueça de deixar seu voto e boa leitura!!
#EstrelandoOCoadjuvante
»»🩰««
A escola Busan High não possuía nada de impressionante, assim como o nome sugere pela própria normalidade. Não era famosa por ter os melhores alunos da nação, porém também não era capaz de conquistar a posição de ter os mais encrenqueiros.
Como se não bastasse, ficava situada em Busan, uma cidade mediana que, assim como a escola, não era grande o suficiente para impressionar, nem pequena ao ponto de ter lendas urbanas divertidas rondando uma população resumida a uma única árvore genealógica. Uma escola decepcionante, em uma cidade decepcionante, formando o começo de uma narrativa decepcionante.
Decepcionante que nem Jungkook esperava que sua própria vida fosse.
Não que isso o diferenciasse muito da maioria dos alunos de Busan High. Todos carregavam o mesmo cansaço tedioso no olhar de uma vida empacada na mesmice que só poderia ser explicada como uma novela em que todo mundo era figurante.
Como sempre, os uniformes não ajudavam. Assim como o resto das regras rígidas de Busan High quanto à aparência física dos alunos, conseguiam transformá-los com efetividade em uma grande massaroca homogênea e sem vida. Jungkook tinha certeza que todos pareciam aqueles personagens de desenhos animados que fazem parte do cenário e, portanto, nem tinham o rosto desenhado.
Jungkook estava tamborilando os dedos contra seu caderno surrado, ao ritmo de uma música que só existia em sua mente, desejando de forma quase desesperada que o professor chegasse logo para, aí, a aula acabar logo e ele sair daquele lugar. Sinceramente, apenas sentia-se ser sugado mais e mais pelo ambiente, e parte dele queria resistir minimamente àquela inércia de ser mais do mesmo.
Seu olhar foi atraído para a porta quando o provável único protagonista daquela cidade entrou na sala. O nome dele? Park Jimin.
Os fios cor de rosa presos por presilhas decoradas eram o suficiente para quebrar inúmeras regras da escola. Porém, tal transgressão não parecia o suficiente para o garoto, que utilizava um cropped rosa colado no corpo no qual estava escrito "cotton candy", shorts pretos curtos envernizados, meias pretas de cano alto e, por cima de tudo, uma jaqueta pesada sombria e cheia de spikes que parecia ser dois tamanhos maior do que o número dele.
Uma característica que não quebrava nenhuma regra, porém horrorizava todos ao redor eram as unhas longas, bem lixadas e cheias de enfeites perolados em cima do esmalte rosa bebê. O arrependimento do diretor em não especificar no código de conduta do colégio que só as meninas poderiam a enfeitar as unhas era real. Não que Jimin fosse seguir aquela regra de todo o jeito.
Jungkook sempre observava Jimin silenciosamente quando este entrava na sala de aula, afinal, se tinha cabelo colorido, certamente era protagonista do desenho animado que estavam vivendo, não? Então se alguma coisa de interessante fosse acontecer, seria ao redor dele.
Pessoalmente, não gostava nem desgostava da figura mesmo após conviver por três anos na mesma sala. Não tinha conhecido ele para formar uma opinião genuína. Observava só na esperança de sair do tédio mesmo.
Muito dizia-se sobre Park Jimin, mas Jungkook era da opinião de que pouco sabia-se de fato. O que não faltava eram boatos relacionados à sua imagem. Mas bem, Jimin era o protagonista da escola e talvez até mesmo da cidade, quem mais iria encenar os principais rumores se não ele?
Existia uma teoria de que não expulsavam ele do colégio apesar da aparência porque os pais eram ricos e influentes. Mesmo assim, Jimin usou a mesma mochila e a mesma bota de plataforma durante todo o ensino médio. Uma pessoa extravagante como Jimin, se fosse rica, teria infinitos pares de botas e saltos, não?
Também não sabia, eram apenas refutações que fazia em cima de boatos, afinal.
Muitos diziam que era um encrenqueiro e que estava envolvido em briga de gangues de vários colégios. Frequentemente era visto com um cara de aparência perigosa de outro colégio na saída e, para os alunos da medíocre Busan High que mal conheciam-se e definitivamente conheciam muito menos outras escolas, aquilo só podia significar uma coisa: facção.
No primeiro ano, a facção era de drogas.
No segundo, aparentemente envolvia prostituição e Jimin era elencado como o mais famoso dos garotos de programa. Um tanto cruel para um garoto de 16 anos. Mas bem... Achavam que ele traficava drogas com 15, nem o céu era o limite quando o assunto era Park Jimin.
Agora, no terceiro, tinham certeza que ele era uma espécie de mercenário... Ganhava dinheiro em troca de dar uma surra em alguém. Jungkook a princípio achou pouco provável porque Jimin não conseguiria manter unhas tão bem cuidadas dando socos... Não que ele já tivesse socado alguém nem deixado as unhas crescer na vida para comprovar, claro. Mas aí viu com os próprios olhos um cara saindo todo machucado de uma aparente briga com o de cabelos rosas.
Protagonista, né. Protagonistas sempre ganhavam as batalhas e não poderia ser diferente para Jimin, que aparentemente era capaz de manter as unhas em perfeito estado mesmo assim.
Mas Jimin, mesmo sendo o protagonista inusitado, simplesmente caminhou até uma das carteiras livres na parte da frente da sala e sentou-se lá. Sempre sentava na frente, como que para provocar os professores que tanto lhe detestavam e distrair o resto da sala com seus fios rosa. Funcionava com Jungkook, seu olhar era facilmente atraído pro ponto rosa no meio da massaroca monocromática de alunos e professores.
O professor chegou logo depois e Jungkook amarrou seu cabelo para que a franja não atrapalhasse enquanto anotava no caderno. Não era usual um garoto com o cabelo mais longo, mesmo que minimamente, então ele considerava aquela sua pequena forma de rebeldia contra todas as regras, mesmo que imperceptível se comparado ao Jimin.
A aula transcorreu vazia como sempre. Não havia o que contar além do tom arrastado do professor que não parecia carregar a mínima fagulha de empolgação ao ensinar. Que também não aparentava carregar a vontade de ensinar de fato. Parecia confortável em apenas anotar no quadro coisas que já estavam escritas no livro e esperar que os alunos entendessem tudo sozinhos.
Poucos sabiam qual era a utilidade de uma aula que poderia ser trocada por quinze minutos de leitura, porém não é como se os alunos de Busan High estivessem acostumados com algo além disso. Era normal e esperado, simplesmente assim.
As aulas acabaram e mesmo assim o protagonista não fez nada, nenhuma rebelião ou algo do tipo, então Jungkook aceitou que seria mais um dia como todos os outros. Saiu da sala e foi ao banheiro, como sempre fazia, esperando o colégio esvaziar. Não demorava mais do que dez minutos, ninguém aguentava camuflar-se nas paredes brancas do colégio o dia inteiro.
Quando sabia já estar tranquilo, saiu do banheiro e desceu pelas escadas de emergência até o pátio do colégio. Correu furtivamente até o prédio vizinho que era morada dos estudantes do fundamental até que a diretoria decidiu que não dava dinheiro o suficiente e manteve apenas o ensino médio operando.
Com as portas fechadas, tinham expectativas de alugar a estrutura do antigo Busan Elementary, porém ninguém demonstrou interesse até então. A não ser Jungkook, que talvez pudesse até reivindicar o imóvel por usucapião de tanto que o utilizava.
Todo dia depois da aula esgueirava-se para dentro do prédio terrivelmente empoeirado. Subia todas as escadas e ia até o final do corredor, na sala de aula mais distante que tinha e a única que estava limpa, por seus próprios esforços. No começo, sempre deixava a sala de aula do jeito que a encontrou, porém agora, com meses e mais meses preenchidos de tranquilidade, Jungkook nem se dava ao trabalho de tentar esconder sua presença de alguém que nunca viria.
Portanto, encontrou ela como deixou no dia anterior; com as carteiras empurradas contra as paredes da sala a fim de deixar um espaço no meio, o chão limpo, a lousa cheia de desenhos de giz que gostava de fazer em seus intervalos, a pequena caixa de som que comprou no camelô em cima da mesa do professor.
Pegou o celular e decidiu que hoje seria Lago dos Cisnes. Selecionou o vídeo que tinha baixado mais cedo, conectou à caixa de som que sempre mantinha em volume baixo e logo Tchaikovski dominava timidamente o ambiente.
Jungkook gostava de balé.
Incapaz de participar de aulas — estaria morto se seus pais descobrissem! — contentava-se em baixar vídeos de grandes óperas famosas e tentar aprender os passos, o que arrepiaria qualquer professor de balé. Afinal, balé era uma dança exigente em que o crucial era ter uma base boa, pois as coreografias eram apenas execução cadenciada da base.
Sem saber direito nem o que era um plié, muito menos as cinco posições dos braços e dos pés, Jungkook dançava de tênis e uniforme, vivendo uma realidade muito distante das sapatilhas e collants. Constantemente machucava-se, seja por falta de técnica ou de um dance belt.
Mesmo assim, Jungkook estava longe de importar-se com a própria ignorância, até mesmo reconhecê-la. Nunca nem ao menos passou perto de academias de dança, com medo de ter sua paixão oculta revelada. Ir e voltar no vídeo, tentando aprender e repetir os passos até que seu corpo estivesse tomado de suor ou dolorido era o suficiente para preencher suas tardes que poderiam ser vazias antes de ir para a loja de conveniências que trabalhava no período noturno.
Estava longe de saber dançar balé, porém paradoxalmente era a coisa que mais amava no mundo. Acordava todo dia na expectativa de chegar a tarde e poder dançar. Aguentava os turnos longos no trabalho até a madrugada apenas sonhando com o dia que poderia entrar em uma faculdade de dança. Mas precisava de dinheiro, não poderia fazer aquilo dentro da casa dos pais.
E precisava saber o mínimo de dança... o maior medo de sua vida era não poder tomar aulas na graduação por não passar no teste de habilidades específicas. Ele tinha noção que aquilo era uma possibilidade real, mas não sabia o que fazer para lutar contra ela.
Provavelmente deveria virar advogado, assim como seus pais eram e queriam que fosse. Quem sabe depois de uma carreira bem sucedida na advocacia ele tivesse liberdade de pagar as próprias aulas de dança e finalmente poderia viver como queria? Não seria tarde demais para ele?
Incapaz de prover respostas para as inúmeras dúvidas de sua mente, Jungkook simplesmente dançava. Incerto, desajeitado, porém dedicado e belo de seu jeito. Suas poucas horas sozinho naquela sala eram o único traço de cor em seu dia cinza, e ele não estava disposto a abandoná-las mesmo que fosse o mais racional.
O tempo passava tão rápido que mais parecia água de um rio caudaloso. Logo os tons alaranjados no céu ficavam visíveis através da janela da sala e Jungkook sabia que o seu momento feliz chegaria ao fim. Só mais uma música, só mais um passo.
Porém, suas tímidas tentativas de prolongar aquilo apesar do horário que sabia ter que respeitar foram interrompidas com a porta da sala sendo aberta. Jungkook parou estático, em choque, olhando a movimentação como um animal silvestre prestes a ser atropelado em uma via expressa. Não era possível que, depois de anos, quase formando-se, seria descoberto, não?
Era possível.
E lá, emoldurado pelo batente da porta estava Park Jimin, aprumado em cima de suas botas de plataforma, pretas como a jaqueta que quebrava o ar tão inocente do rosa de suas roupas. O coração do Jungkook estava tão desesperado que os batimentos pulsavam em seus ouvidos enquanto observava um sorrisinho esboçar-se entre os lábios brilhosos de gloss do Park Jimin.
Ele... tinha visto alguma coisa?
Como se lesse a mente do Jungkook, Jimin ergueu seu celular, brilhoso e chamativo por causa da capinha que ele mesmo parecia ter decorado. O olhar do Jungkook acompanhou o movimento do aparelho, esperando que dele viesse uma resposta.
— Gravei tudinho. — Foi Jimin que a deu, balançando o celular mais uma vez antes de guardá-lo dentro da cueca, já que o short que usava tinha bolsos pequenos demais. Apoiou as mãos o quadril, a postura ainda mais vitoriosa do que o normal, trocando o peso entre as pernas desenhadas cobertas pela meia.
Jungkook não foi capaz de responder de imediato, ainda estava tentando processar a informação de que alguém o tinha visto... dançando. Primeiramente porque sua dança sempre foi algo muito pessoal, mesmo que o motivo para tal fosse sua impossibilidade de revelar a alguém sem ameaçar seus sonhos. E como se aquilo não fosse o suficiente, estava plenamente consciente de que sua técnica estava longe de ser aceitável. Era vergonhoso dançando.
E, mesmo assim, Jimin tinha gravado. Por quê?
— Achei que poderia ser útil ter algo contra você — Jimin novamente respondeu seus pensamentos.
Então aquilo era uma ameaça. Jungkook começou a desesperar-se mais ainda. Além de ser pego no flagra, ele aparentemente tinha feito algo contra Jimin. Porém não lembrava-se de ter feito nada de errado e aquilo apenas piorava a situação..
— Eu te fiz algo? — Jungkook conseguiu perguntar com muito esforço, completamente preocupado. Jimin foi pego de surpresa, arregalando brevemente os olhos delineados antes de trocar a expressão por um sorriso malicioso.
— Ah, Jungkook... Que inocência — falou com a voz mansa e doce enquanto aproximava-se do garoto suado, pé ante pé, como se desfilasse. Levou as mãos até suas bochechas, roçando as unhas com cuidado sobre a pele macia, o olhar como de um caçador avaliando a qualidade de sua presa. — Você se engana se acha que o único motivo para alguém te fazer mal é vingança... Para a vingança existir, alguém fez o mal só de maldade pela primeira vez, não acha?
— Então isso é só porque você é mau?
— Não sou? — Jimin devolveu a pergunta, sorrindo. Com os rostos tão perto, Jungkook era capaz de sentir o aroma de morango vindo do gloss brilhoso que recobria os lábios fartos de Jimin.
— Não sei, não te conheço... Você que deveria saber responder.
— Eu sou — confirmou. — Porém além de maldade, faço isso para poder te chantagear depois ao meu bel prazer. Maldade e praticidade, talvez.
— Ah, então é só chantagem — Jungkook suspirou, genuinamente aliviado. Jimin soltou o rosto alheio, confuso, e cruzou os braços na frente de seu cropped rosa.
— E isso deveria ser bom?
— Não é bom, mas é melhor do que se fosse só maldade, e não praticidade também — tentou explicar, mas percebeu que não soou claro. Era um pouco difícil para Jungkook falar, até porque ainda sentia seu coração martelando no peito do susto que tomou anteriormente. — Seria o fim para mim se você espalhasse esse vídeo, então fico um pouco aliviado de poder fazer algo para impedir, mesmo que contra minha vontade.
— Eu posso muito bem espalhar seu vídeo depois de me aproveitar de você — Jimin contestou e Jungkook murchou imediatamente, porque era verdade. Subitamente fraco das pernas com a ideia de realmente ser exposto, foi sentar-se em uma das carteiras.
Jimin observou o garoto estranho enterrar as mãos no rosto. Observou também a sala, suas cadeiras empurradas e a música clássica que ainda tocava, tão discretamente que só percebeu agora que prestava mais atenção. Aproximou-se de Jungkook, encaixando-se provocativamente entre suas pernas abertas, inclinando seu corpo para cima dele.
Jungkook tomou outro susto, tentando afastar-se, mas sem conseguir por estar sentado. Jimin riu dos olhos arregalados do rosto agora descoberto. Os olhos do Jungkook já eram grandes, ainda mais daquele jeito... era uma graça. O de cabelos rosa levou sua mão novamente até o rosto dele, dessa vez segurando o queixo com a ponta dos dedos.
— Vamos fazer um trato, gracinha... — Aproximou os rostos perigosamente, porém não tocou os lábios. — Vou pensar em uma missão para você realizar para mim e deixo você apagar o vídeo do meu celular.
— Só uma?
— Só uma.
— E vai apagar de verdade o vídeo? — Jungkook estava desconfiado. O próprio Jimin falou que poderia enganar-lhe mais cedo.
— Claro, sou um cara mau, não um mentiroso. — Jimin sorriu, cheio de confiança. Jungkook franziu o cenho, porque aquilo não fazia sentido para ele, porém permaneceu quieto, com medo do outro desistir da proposta que poderia salvar sua vida. Contudo, o menor pareceu perceber sua dúvida. — Acho mais prazeroso quando eu faço alguém humilhar-se seguindo regras claras, é como se eu ganhasse um jogo. Se eu trapacear, a vitória não tem o mesmo gosto. Não minto.
Jungkook ficou em silêncio, porque aquela afirmação era perigosa. Tanto um cara sincero quanto um mentiroso falariam aquela mesma frase. Ninguém poderia logicamente falar "eu minto".
— Está duvidando de mim, é? — Jimin riu. — Que tal uma contrapartida? Você pode tirar uma foto constrangedora minha. Se eu estiver mentindo, você tem uma arma contra mim para vingar-se minimamente. Depois da sua missão, se você aceitar, eu apago o vídeo e você apaga a foto.
— Por que você daria isso a mim? — Jungkook perguntou, subitamente confuso.
— Porque eu tenho certeza de que você tem muito mais medo do seu vídeo vazar do que eu teria de uma foto. — Deu de ombros. — Seria desagradável para mim, é fato, mas eu sou mais cascudo do que você.
— Ah... — O bailarino nem sabia o que dizer, confuso com os significados das palavras do Jimin e com o fluxo de acontecimentos.
Diante a estaticidade de Jungkook, Jimin simplesmente suspirou e pôs-se de joelhos entre suas pernas. Tirou os tênis do mais alto para que ele estivesse apenas usando o uniforme e que as pernas não fossem reconhecíveis para quem visse as fotos antes de levar as mãos até as coxas dele, apertando-as.
— Bem, essa é sua foto. Avise quando estiver tirando que eu faço uma cara bem de safado — comentou como se aquilo não fosse nada. Jungkook continuou em silêncio, os olhos completamente arregalados. — O que foi, não tá bom o suficiente? Eu posso tirar minha blusa...
— Eu... eu não quero tirar foto disso, Jimin — Jungkook finalmente conseguiu responder, fraco e gaguejante com a situação que mudou rápido demais.
— Por quê?
— Porque é errado com você... Também não quero vazar uma foto assim.
— Jungkook! — Jimin gargalhou. — É menos importante do que você acha, todo mundo da escola já espera que uma foto minha desse tipo vaze. É só uma garantia boba, porque seria inconveniente pra mim, mas não o fim do mundo.
— Mas eu não quero vazar!
— Você não vai vazar essa foto, Jungkook. Você vai fazer a missão, eu vou deletar o vídeo e você vai deletar essa foto, não vai ter passado pela mão de ninguém.
— Não, Jimin. — Jungkook respirou fundo, tomando coragem para continuar o que queria fazer. Era arriscado, pois não queria irritar o Jimin e queria, muito, que seu vídeo dançando não vazasse. Mas também recusava-se a abaixar o nível a ponto de tirar uma foto sexual de alguém, muito menos de quem nem estava fazendo nada sexual de verdade. — Eu não vou tirar essa foto. Mesmo que você vaze o vídeo depois, vou ficar tranquilo com minha consciência. Sem contar que você nunca me fez nada.
— Claro que fiz! — Jimin retrucou, frustrado ao sentir as mãos do Jungkook em seus ombros puxando-lhe para cima. Vasculhou o garoto, desconfiado e desacreditado de suas ações, porém percebeu que ele não estava nem de pau duro. Aquilo era inédito. — Eu estou te chantageando.
— Verdade, agora você fez. — Jungkook não pôde negar, mas sentia-se mais tranquilo em ver Jimin em pé. Afastou o protagonista da sua cidade dele, descendo da mesa para calçar os tênis de novo, um pouco confuso sobre o motivo de Jimin tê-los tirado. — Acho que eu simplesmente não gosto de vingança mesmo, desculpa.
— Mas... — Jimin balbuciou, confuso. Observou a expressão de Jungkook acender-se em uma lembrança que parecia preocupante. Ele correu para desligar a caixa de som, pegar o celular e olhar as horas antes de enfiá-lo apressadamente no bolso da calça e a mochila nas costas. Estava atrasado.
— Eu tenho que ir pro trabalho agora... — Jungkook comentou, baixinho e sem graça, correndo para a porta. — Depois me conta qual é a missão e, por favor, não vaze o vídeo.
— Eu... — A fala de Jimin não teve convicção o suficiente para impedir Jungkook, tão apressado, de sair.
E Jungkook correu para o trabalho, o coração na boca, os pulmões clamando ar. O caminho com o qual estava tão habituado parecia completamente diferente com aquela correria e a bagunça em sua cabeça depois de todos aqueles acontecimentos estranhos.
Percebeu, espantado, que uma parte cinza do seu dia fora estranhamente pintada com uma cor que não sabia qual era, nem se gostava, porém não era monocromática. Concluiu, então, que como esperado aquela era a consequência de ter cruzado o caminho do personagem principal de sua cidade.
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Voilà! Esse foi o primeiro capítulo!! Espero muito que tenham gostado! E para quem pode estar se perguntando, todos os títulos são passos de balé! Tendu é um dos passos base hihi!
Têm algum pressentimento de qual vai ser a missão que o Jimin vai dar? Acho que a sinopse não entrega tanto ela fhdsakljhfsjka
Qual foi o detalhe favorito de vocês desse capítulo? O meu é o Jimin marrentinho e todo provocadorrr, amooo escrever meu filho assim!
Muito obrigada por ler, de verdade! Não esqueça do seu voto e sinta-se à vontade pra surtar comigo tanto aqui quanto no #EstrelandoOCoadjuvante no twitter! Sou a @callmeikus por lá!
Beijinhos de luz e até 29/01 às 19:00!
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