Humanidade Civil - Eduarda D.S.
A neblina da manhã embriaga,
E a poluição sufoca,
Cidade urbanizada,
Caos restaurado,
Onde é que jaz a natureza?
Morre-se aqui qualquer tipo de beleza!
O cenário das ruas é decadente,
Culpa desta sociedade indolente
Que emoldura à outrem
Fechando os olhos para o mundo.
É na neblina da manhã que a cidade acorda,
Transeuntes mascarados,
Ninguém sabe quem é quem,
Apenas percorrem sem conhecer o caminho,
Será que um dia voltarão para casa?
É que as pessoas se perdem,
Seja no mundo ou dentro de si,
Aqui não há felicidade,
Nossos fantasmas dominaram tudo,
Fizeram da vida, por vezes, disforme
E o viver mais duro que uma rocha.
Nós, seres incompreendidos,
Vivemos em guerra
Pensando em revolução,
Somos autores de contos de terror
E de ficções banais,
Ao longo dos anos escrevemos a história da humanidade.
Ao longo dos anos
Dinheiro e poder é maior que tudo.
Quanto é que custa a dignidade?
Quanto que é preciso ter no bolso para ser respeitado?
Com dinheiro posso comprar o amor,
Dinheiro é o que compra tudo,
Qual o teu valor?
Ao longo dos anos
Vivemos a base de (pré)conceitos
Predomina-se aqui a futilidade,
Quando o que vale é a cor da pele,
E não, já não importa o caráter.
O mundo está escuro,
As nuvens choram,
É melhor não olhar!¹
Viramos todos robôs,
A engrenagem não cessa;
Jovens,
Crianças
E adultos:
São só mais um tijolo no muro²,
É melhor não olhar!
Morre-se aqui qualquer tipo de humanidade!
¹ referência a música da série "Desventuras em Série"
² letra da canção Another Brick In The Wall, da banda Pink Floyd.
Autora: Eduardaah_
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