XXVII
– Em nossa última audiência a senhorita Elizabeth Walker alegou ter realizado a perícia dos materiais os quais lhe foram fornecidos em relação àqueles entregues a empresa. No entanto, a fornecedora alegou que não se poderia confirmar a veracidades dos fatos, sendo que esta poderia muito bem forjar os serviços de tal profissional. Sendo assim, ordenei que um engenheiro de nossa confiança fizesse a confirmação de que os papéis apresentados pela senhorita, coincidiam com a análise nova. Ao que constatamos, os resultados se equiparam e para tanto fica confirmada a acusação da autora. A parte ré tem algo a declarar?
– Provavelmente houve um erro talvez numa análise minuciosa. Em todo caso não agimos de má fé. – Doutor Osvaldo tenta se justificar no momento em que sinto meu sangue ferver.
– Doutor Osvaldo, entendo. Entretanto, acho uma falta de desconsideração com o cliente e com a sociedade o fato de tal empresa trabalhar com produtos sustentáveis e ter tal caráter de total irresponsabilidade. O fato de vocês não terem sequer a capacidade de verificar a demanda de vocês só comprova a omissão de sua cliente, e isso não só gera danos aos seus compradores, mas sim ao meio ambiente, o senhor sabia que um material reciclável pode levar anos para se decompor e por causa disso ele precisa estar devidamente separado dos demais materiais? Sabia que o modo como o senhor deixa determinados materiais podem causar danos extremos ao meio ambiente? Acredito eu que uma empresa desse nível deveria fechar.
– Senhor juiz, objeção, a autora está alegando que meu cliente esteja praticando um crime.
– Senhorita Walker, contenha-se ou posso acusá-la de calúnia.
– Sinto muito Excelência, entretanto, eu tenho aqui em minhas mãos, e acredito que não é preciso muito esforços para se descobrir que tal fornecedora aqui presente possui em seus produtos um selo cujo nome denomina-se coleta X. Não sei se o senhor conhece, mas não é de grande renome. Entretanto o que eu vi e o que não consta em sua descrição, é o fato de que a mesma possui um aterro onde todos os materiais recicláveis encontram-se a céu aberto e totalmente amontoados. No entanto, em seu site, há a seguinte frase: "separamos cada material de acordo com a sua classificação bem como na demora de sua decomposição". O que me diz?
O juiz conversa com um de seus assessores e pede para que esperemos um pouco. Dentro de alguns instantes, uma das assessoras lhe entrega um papel. O juiz olha para o réu bem como para o papel em suas mãos. Pigarreia e ajeita os óculos, enquanto Cláudio desata o nó de sua gravata.
– Os senhores tem algo a nos dizer?
Sorrio internamente quando eles começam a gaguejar. Eu sabia que não poderia gritar vitória antes do tempo, mas as minhas emoções estavam difíceis de serem controladas. Diante do silêncio da parte contrária o juiz profere sua decisão.
– Pelos fatos aqui presentes condeno a fornecedora que interrompa suas atividades o mais rápido possível visto que não possui capacidade alguma para tal exercício, em completo desrespeito para com a sociedade. É nítido que uma empresa que trabalhe com tais produtos e tem isso como usa subsistência, deve ter o mínimo de decência diante das circunstâncias, sendo assim, excluo a culpa e classifico tal atitude como dolosa. Pela má fé, condeno que a fornecedora efetue uma indenização a ser computada e somada pelo prejuízo da parte autora restituindo todo o valor pago durante o tempo de contrato, mais perdas e danos. – o juiz bate o martelo e pela primeira vez depois de todo esse tempo, eu consigo respirar aliviada.
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Durante essas duas semanas, conseguimos salvar a empresa. A indenização da fornecedora mais o pagamento da empresa italiana fez com que tivéssemos dinheiro suficiente para novos investimentos. Aquilo era uma vitória gratificante em todos os sentidos, tanto por Alex quanto para mim. E mesmo estando feliz diante dessa situação, meu coração estava apertado.
Alex melhorava a cada dia e conseguia falar cada vez mais fluente. Estava fazendo vários exames e tratamentos e em breve receberia alta. Entretanto ele teve certa paralisia nas pernas e Nick garantiu que era apenas sequelas do acidente, mas que com várias fisioterapias ele ficaria bem.
Eu ia visitá-lo regularmente. Ele não sabia que eu ia vê-lo, mas eu estava lá, observando-o fazendo os exames a fisioterapia. Estava parecendo uma mãe que torce pelo sucesso do seu filho e faz de tudo para que ele ficasse bem, mas acredito que amar seja isso. Cuidar, proteger e afastar o mal daqueles que são importantes a você.
Depois que ele já estava em casa, eu ligava a Sarah todos os dias e pedia para que ela me avisasse sempre os dias de consulta, e sempre a lembrava de jamais contar nada a ele. Nesse tempo que eu passei no hospital, Nick e eu nos aproximamos bastante. Viramos amigos e nos entendemos esquecendo o passado. O sentimento de alívio por ter, de certa forma, feito as pazes com o passado, tirava várias toneladas das minhas costas e isto me impulsionava a seguir em frente.
Estava olhando Alex tentando andar nas barras. Seus cabelos estavam mais compridos o que o deixava cada vez mais bonitos. A força com que ele fazia os movimentos era nítida e o cuidado que a enfermeira tinha com ele me causava um grande incomodo. Emocionava-me sempre que o via, era inevitável não chorar vendo que ele estava bem. Eu ia embora com o coração leve só por saber que o dele estava batendo. Dessa vez eu não queria ir. Eu tinha certeza que eu queria ficar, mas se para o Alex fosse melhor viver longe de mim, eu iria viver do outro lado do mundo. Queria que toda aquela dor que ele estivesse sentindo e tudo o que ele estava passando fosse transmitida a mim. Eu merecia estar no lugar dele, eu merecia passar por tudo aquilo.
– Ainda está aqui? Está chorando? O que houve Liza?
– Eu estou bem. Só... Feliz porque ele está bem.
– E triste porque você não pode estar lá. E provavelmente com ciúmes da enfermeira gata cuidando dele.
– Certo, Nicolas, você é um idiota. – soluço e rio do meu próprio estado.
Ele passa mão em meu rosto e eu me assusto um pouco com o seu toque.
– Eu fui um idiota.
– Nicolas, achei que havíamos deixado o passado para trás. – sorrio e ele segura meu rosto com as duas mãos.
– Não dá para deixar o passado para trás quando você percebe que perdeu uma garota como você. – meus olhos evidenciam surpresa pelas suas palavras.
– Nicolas, eu...
– Eu sei. Você ama aquele rapaz, mas se de repente vocês... Enfim, eu estarei te esperando. – ele diz e sai me deixando confusa com suas palavras.
Volto a olhar para Alex e o encontro sentando, com a respiração ofegante, rindo de alguma coisa com a enfermeira. Senti meu coração arder e resolvi que o melhor era sair de lá.
Eu não imaginava que voltar fosse trazer grandes reviravoltas em minha vida. Dar uma nova chance ao amor não é tão fácil quanto se parece e nem resolve seus problemas, pelo contrário, eles só aumentam. Entretanto esse sentimento lhe impulsiona a enfrentá-los, a lutar e não fugir. Com certeza eu estava em fase de teste, mas provavelmente eu não havia passado, ou o prêmio que mais me interessava eu não ganharia. Porém nesse um ano cheio de turbulências e grandes emoções eu aprendi pela primeira vez a seguir em frente.
Eu aprendi a fazer as coisas para aqueles que amamos. Não basta demonstrar, temos que dizer. Não basta sentir, tem que expor. Não basta dizer, tem que demonstrar. É complicado, mas ninguém disse que amar era fácil e talvez seja a tarefa mais difícil que um ser humano pode fazer.
Alex estava bem. Algumas atividades ele conseguia fazer sozinho, outras, ele precisava de ajuda. E por mais que eu quisesse estar ali, ao seu lado, lhe ajudando, eu só podia ficar long, apenas vê-lo distante. Jhony assim como os demais, não ousaram dizer nada sobre minha participação em relação à empresa. Vendo que tudo estava bem, eu marquei um jantar em casa, simples, mas o suficiente para dizer a eles sobre minha partida.
Eles me olharam assustados enquanto eu chorava sem parar.
– Eu sei que vocês irão me condenar, mas dessa vez é contra a minha vontade. A verdade é que eu sempre fui complicada. Acho que eu precisaria ser estudada – sorrio entre lágrimas. – Eu achei que seria fácil, depois de todo esse tempo com o coração fechado, poder transformar as coisas, assim que o abri. Mas voltar nunca me fez querer tanto seguir em frente. Eu queria seguir em frente em minhas decisões, em meus relacionamentos e olha aonde eu cheguei neste momento: indo embora novamente. Dessa vez é o Alex que não me quer, e por isso eu acho melhor eu ir embora, pois eu só trago problemas a ele. Jhony tinha razão, eu sou a culpada, a culpada por ele ter bebido, a culpada por ele ter se afastado dos amigos e por... por ter sofrido o acidente. Ele não me ama mais e eu não o julgo por isso, como amar alguém sem coração? Mas eu juro, juro que dessa vez será diferente. Eu não perderei o contato com vocês e virei algumas vezes fazer uma visita. Vocês serão sempre minha família, não importa onde eu esteja, vocês sempre serão importantes, porque eu amo vocês – soluço por finalmente conseguir dizer.
Minhas amigas choram assim como eu e eu acaba rindo por toda aquela cena. Elas sabiam que eu não iria mudar de ideia.
– Eu irei embora depois de amanhã. Já comprei a passagem. Então... conto com vocês no aeroporto mais uma vez. – não conseguia parar de chorar.
– Liza, não precisa fazer isso, Alex te ama.
– Jhony, eu queria muito acreditar nisso, mas creio que o amor dele acabou. Talvez tenha ido junto com o acidente. Vê-lo naquele estado, precisando de ajuda para algumas tarefas e eu não poder fazer nada, me dói.
– Alex está melhorando bem Liza. Ele já consegue andar sem muleta, e as mãos dele já está fazendo conseguindo vários movimentos. O médico disse que não demorará muito para ele ficar cem por cento.
– Cuida bem dele, tá? Eu sei que você vai cuidar. – meu olhos lacrimejam e Jhony me abraça.
– Ai Liza, você é bem complicada, sabia? Obrigada. E me perdoe mais uma vez pelas coisas que eu te disse, certo. Ainda torço pela felicidade de vocês.
– Quem sabe em algum futuro distante. – rio com um nó na garganta.
Assim que eles foram embora, chorei feito uma criança. Precisava aliviar minha alma e meu coração de algum jeito. O destino havia me dado uma segunda chance, mas as circunstâncias não estavam em meu favor.
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Eu preferi viajar a noite, pois assim teria mais tempo de ajeitar algumas coisas. Mamãe estava voltando de viagem e eu queria vê-la, antes de partir. Dessa vez eu não precisei procurá-la, ela veio até mim.
– Mãe! – ela entrou em meu apartamento me abraçando.
– Eu senti sua falta, minha filha.
– Sério? – quis me certificar porque tudo aquilo era novo para mim.
– Claro. Mas me diz que história é essa de você querer voltar para Alemanha?
– Alex não me ama mãe. Ele não quer saber de mim, e é o melhor a se fazer. – olho para o nada, mas é em vão não chorar. Mamãe se aproxima e me abraça.
– Filha, logo agora que nos entendemos. – lamenta. – Não acha que está se precipitando? Olha tudo o que você fez por aquele rapaz? Isso deve ter algum valor.
– Alex vai dizer que foi remorso, e eu não fiz nem um terço do que ele fez comigo.
– Escuta, ele sofreu um acidente porque viu você vestida de noiva. Certeza que aquilo mexeu com ele. E se tudo isso foi capaz de gerar toda essa bagunça, é porque ele ainda te ama minha filha.
– Mas ele não quer saber mais de mim, mãe. Ele me odeia.
– Escuta, você achou que ele te odiava quando você voltou, e olha no que deu. Ele não aguentou ficar longe de você.
– É diferente. Eu vi ódio em seus olhos. Ele foi bem claro. Foi diferente, ele nunca havia falado comigo daquela maneira. Foi tão fria e tão dolorida. – começo a chorar novamente e mamãe me abraça. Era uma delícia poder sentir seu cheiro e de certo modo, era reconfortante. Ela deu-me um beijo na testa e ficou aninhando em seu colo.
– Meu amor, eu preciso ir. Preciso resolver uns assuntos, prometo que irei de ver no aeroporto.
– Já? Fica mais um pouco – ela sorri.
– Bem que eu gostaria, mas eu deixei uma pessoa cuidando do meu apartamento.
– Tudo bem – consinto a contragosto.
– Você precisa arrumar suas malas, mocinha.
– Verdade! – dou um pulo por ter esquecido este detalhe que deixei para última hora.
– A gente se vê. – nos despedimos e mamãe saiu.
Encaro meu guarda roupa a minha frente. Lembro-me do dia em que fiz as minhas malas indo atrás do meu sonho, e agora estou na mesma situação, fugindo. Sem muito ânimo coloco as roupas em cima da cama uma a uma. Meu coração gela a cada peça de roupa tirada.
Fecho a mala e respiro pesadamente. Dou uma última vasculhada no guarda roupa e encontro encostada no armário o casaco de Alex. O casaco o qual ele havia esquecido quando fomos jantar na casa de sua mãe. Como iria devolvê-lo? Mais que depressa ligo para Jhony, porém o telefone vai para a caixa postal.
– Droga!
Eu poderia deixá-lo aí, ou levar comigo como recordação, mas ele poderia sentir falta ou coisa do tipo. Tirei ele do armário e vasculhei os bolsos caso encontrasse algo de extremo valor. Entretanto, a única coisa valiosa que eu havia encontrado, era um cordão. Um cordão cujo pingente era de uma lua. O cordão que eu havia o entregado no dia do seu aniversário.
Seguro ele em minhas mãos e o analiso sentindo meu coração arder. Olhei a mala em cima da cama e o pingente em minhas mãos. Seria um sinal? Balancei a cabeça em negativo, eu não acreditava nessas coisas, mas uma parte de mim insistia para eu ir embora e a outra para eu desistir dessa ideia absurda e ir atrás dele.
Sem pensar muito eu coloquei seu casaco no carro e parti em direção a única pessoa que poderia clarear a minha mente. Iria sem ligar mesmo, pois queria economizar tempo. Entrei na casa de vovó com tudo, desesperada em falar com ela.
– Vovó! – chamei-a.
– Liza! O que houve? Está querendo me matar? – vovó sai do quarto com uma mão ajeitando os óculos e com a outra repousada sobre seu peito.
– Deus me livre. Mas é que eu preciso conversar com a senhora. É urgente.
Ela me olhou de um jeito sério e espremeu os lábios.
– Se veio pedir conselhos, lembre-se, eu só te direi se resolver seguir alguns deles. – ela finge brava.
– Eu sei, eu sou teimosa, mas eu prometo que vou seguir. A senhora é minha única esperança vovó. – digo começando a chorar novamente.
– Está certo, não chore Liza.
– Sente-se. – vovó pediu para que eu me sentasse na cadeira. – Conte-me querida, o que houve?
– Senhora soube do acidente de Alex, não soube?
– Sim, ele está bem?
– Está. O fato é que ele me odeia. Depois de tantos empecilhos em nossa relação neste momento a única coisa que nos separa é o nosso orgulho. No caso o dele. Ele não quer mais saber de mim e por causa disso, decidi ir embora. Eu cansei de sofrer por ele vó, e cansei de fazê-lo sofrer e se a minha ausência lhe fizer feliz eu irei.
Vovó balançava a cabeça em negativo e percebi que ela repirava fundo.
– Lembra daquela história que eu lhe contei há quase três anos? – consenti – Depois que os dois se reencontraram a advogada sumiu.
– Sumiu? Como assim sumiu?
– Ela sumiu porque ficou com medo. Muita coisa havia mudado. Ela não era mais aquela garotinha indefesa. Pelo contrário, ela era autoritária demais e fechada para os sentimentos. No entanto, quando o garoto apareceu, sua pose despencou. Ele por sua vez, tentou procurar por ela, mas ninguém sabia mais onde encontrá-la. Ele estava com medo de machucá-lo. Com medo de que os monstros voltassem a atormentá-la. Ela tinha voltado a fazenda e ficado presa por lá. Seu pai havia morrido e consequentemente ela resolveu voltar para a cidade, mas quis manter a fazenda devido as lembranças do garoto. Fora até as macieiras e se lembrou dos momentos em que passaram juntos. Foi quando, em um momento de distração, alguém lhe cutucou ela assustada se virou para vê-lo e não acreditou que o rapaz estava a sua frente. Sua mão estava estendida e havia uma maçã nela.
– Toma, são pra você – disse o rapaz.
Ela encarou aquela maça e voltou a dezessete anos atrás. Relutante, ela pegou a maça de suas mãos e sorriu timidamente. Aproveitaram que estava lá e decidiram recuperar o tempo perdido relembrando os momentos que tiveram juntos. Sem perceberem, ambos se entregaram a uma paixão profunda e por mais que a garotinha tentasse fugir, ele estava ali, todos os dias tentando lhe oferecer maças.
O fato Liza, é que por muito tempo a garotinha que se tornou uma mulher fria, alimentou o garotinho arisco que cresceu com bom coração, mas depois de muito tempo separados, agora é ele quem a alimenta. Até que chegara um tempo em que ambos darão alimentos um para o outro. É simples, Alex correu atrás de você durante bom tempo. Agora, Liza, é a sua vez de ir atrás dele. Pense o quanto ele se humilhou bebendo todas as noites para poder esquecer você? Está na hora de você alimentá-lo, de você correr atrás dele nem que seja para se humilhar a ponto de pedir de joelhos. No amor, temos que ceder algumas vezes. Não é só o orgulho dele que atrapalha, mas o seu também. Vocês só serão felizes, se deixarem o orgulho de lado e permitirem que o amor fale mais alto. Ainda dá tempo, você tem doze horas.
Vovó diz olhando para o relógio de seu pulso. Respiro fundo. Aquilo ainda era difícil de entrar em minha cabeça.
– Não sei se consigo enfrentá-lo, vó
– Você prometeu que seguiria meu conselho e se esse você não seguir, esqueça-se deles. Para que eles façam sentido, as pessoas tem que segui-lo, senão serão apenas lindas palavras desperdiçadas com o tempo.
– Mas e se ele não me quiser? E se o orgulho dele falar mais alto?
– Liza, nas histórias da bíblia os homens venceram muitas guerras. Lutaram com gigantes, monstros, suportaram dores terríveis, entretanto, a única coisa que eles jamais conseguiram vencer foi o charme de uma dama. Pense Liza, se Alex ama você do mesmo jeito que ele diz e no qual eu acredito, eu tenho certeza, nada do que um belo charme, uma boa massageada em seu ego não resolva. Seduza-o. Liza, um homem apaixonado deixa o orgulho de lado quando o amor da sua vida parte pra cima dele.
– Mas...
– Chega de mas, Liza. Pare de colocar conjunções adversativas em todas as suas frases e procure usar advérbios de afirmação. E aproveita essas aulas de português que eu te dei e as use para a sua vida indo atrás do seu homem.
Sai da casa de vovó, determinada a lhe devolver a blusa. Meu coração estava apertado e eu sabia que seria fraca novamente. Fui até a casa de Sarah, pois ele havia se mudado para lá depois do divórcio. Sarah me recebeu com um sorriso no rosto e um forte abraço.
– Que surpresa, vê-la. Estou de saída, infelizmente, e é um pouco urgente. Alex não está – ela sorri desconfortável.
– Tudo bem – respondo decepcionada. – Eu só queria devolver a blusa dele.
– Claro, deixa lá no quarto dele, se não se importar. Eu preciso ir mesmo. Tchau Liza. – ela saí e eu franzo o cenho pela sua pressa.
Adentro a sua casa e olho para as escadas com medo de enfrentar seu quarto. Era idiota sentir isso, eu sei, mas o quarto dele teria seu cheiro e eu não estava preparada. Subi os primeiros degraus, quando fui interrompida.
– O que você faz aqui?
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Oiiii amoreees... como vocês estão com essa reta final? Eu disse que iria postar três capítulos apenas, mas eu andei tendo algumas idéias no decorrer da escrita, e teremos quatro, mais o epílogo. Então hoje foi o primeiro, amanhã será o segundo, sábado o terceiro, e domingo eu postarei o último junto com o epílogo, certo?
E sim, a história acabará essa semana.
Enfim, me conte o que estão achando, adoro ler os comentários de vocês...
Beijoooos amores.
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