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VIII


- Alex! Preciso que você venha a empresa urgente - Jhony parecia aflito do outro lado da linha.

- Jhony, você sabe que não posso...

- Alex, por favor. O assunto é urgente e eu não posso falar por telefone, você tem que vir. - respiro fundo e passo a mão em meus cabelos, agora mais curtos.

- Está bem, eu irei - Ele parecia extremamente preocupado e tendo em vista que a empresa abre as nove e agora são sete e meia da manhã, é porque algo de muito grave estava acontecendo.

Flávia reclamou balbuciando algumas palavras desconexas. 

- Quem é a essa hora e o que quer? - foi a única coisa que eu consegui ouvir.

Levantei-me da cama indo direto ao banheiro, precisava de um banho pra poder ter ânimo de ir até lá.

- Alex, o que houve? - Flávia me pergunta.

- Jhony está com problemas na empresa.

- Que probl...

Eu fecho a porta do banheiro antes dela terminar dizer. 

O café já estava pronto logo que saí. Flávia estava sentada a mesa e eu não poderia tomar café com ela naquele momento. Coloquei apenas um gole na xícara e o bebi rapidamente, pegando um mini pãozinho que se encontrava na cesta. 

- Alex, onde vai querido? - Naná pergunta saindo da cozinha. Minha mãe a havia dispensado para que ela pudesse ficar em casa e cuidar de Miguel.

- Tenho um assunto sério para resolver.

- Alex, você só vai sair daqui quando me contar o que houve - Flávia grita interrompendo que eu saísse.

- Eu não sei, o Jhony só disse que era urgente. 

- Certo e precisava desse alvoroço todo sem me informar? - Flávia cruza os braços e Naná volta para a cozinha presumindo o que estava prestes a acontecer.

- Flávia, não vamos discutir por bobagens.

- Bobagens? Sabe quantas vezes nós conversamos um com o outro? Que você me conta o que está acontecendo com você, ou o que você fez de bom. Com quem você sai, aonde você vai. Alex, eu disse que eu não seria de ficar cobrando, mas acho que o mínimo de satisfação a sua esposa merece.

- Certo, depois conversamos.

- Alex! - ela me chama novamente - Nunca tem depois. 

- Tá legal, o que você quer que eu digo agora para você? Que meu amigo me ligou desesperado e está precisando de minha ajuda e se eu não chegar lá em dez minutos ele vai surtar?

- Já é um começo, não acha? - sorrio debochado pela sua insistência.

- Já posso ir?

- Vai. 


Chego na empresa e tento tomar coragem para ir até lá. Mais cedo ou mais tarde eu teria que enfrentá-la e parar de me esconder para sempre. Olhei para minha sala um pouco incomodado e encontro Jhony concentrado em seu computador e aparentemente perturbado. Ele se levanta logo que nota a minha presença e estende a mão para me cumprimentar.

- Alex, achei que não viria - ele se senta.

- Problemas em casa - aperto sua mão e me sento a sua frente.

- Está tudo bem com você? Miguel? Flávia?

- Estão todos ótimos só... nada demais.

- Certo Alex, as notícias não são boas.

- O que houve, Jhony? Você está me assustando - ele respira fundo e procura pelas melhores palavras.

- Todas as nossas transações foram canceladas.

- Como assim? - pergunto surpreso.

- Ninguém quer fazer negócio quando se está em crise.

- Podemos tentar com outras empresas - sugeri.

- Alex, você não está entendendo. Nós, estamos em crise. - o olho por alguns segundos tentando me convencer que era ilusão o que eu acabara de ouvir.

- Nós? - ele balança a cabeça. - Estamos em dívida Alex. Parece que houve alguma adulteração ou sei lá o que de materiais recicláveis e as pessoas estão devolvendo tudo o que fizemos em suas casas. E quando digo tudo eu não estou exagerando. 

- Como... Não faz sentido. 

- Cada espécie de material tem certa resistência a situações distintas. O plástico tem de diversas maneiras umas são mais fortes, outras são mais fracas e cada um tem um finalidade específica. Pode parecer óbvio, mas até que se descubra...

- E não podemos cancelar o contrato com a fornecedora?

- Infelizmente não, pois contratamos por três anos e enquanto não cessar esse prazo não podemos rescindir nenhum negócio. O problema é que estamos estocando tanto quantp a devolutiva quanto pela não entrega. A questão maior é: como vamos restituir todas as pessoas?

Estava sentindo meu mundo desabar naquele momento. Eu me vi completamente perdido e desesperado, pois eu nunca imaginei chegar nesse ponto. Aquela empresa era tudo para mim e para minha mãe, a vi com muito suor conquistando cada pedacinho daquela empresa e eu prometi que cuidaria dela. Não poderia abandoná-la e muito menos deixar que a situação piorasse. 

- Meu irmão e minha mãe já sabem? 

- Ainda não. Decidi informar a você antes.

Levanto-me e começo a andar de um lado para o outro apertando os cabelos e tentando raciocinar tudo o que estava acontecendo, em como eu agiria, como eu contaria para minha mãe. Se eu não tinha condições de assimilar tudo aquilo, quem dirá Sarah e eu praticamente não tinha nem sequer palavras naquele momento. Parecia que tudo já estava o caos, que tudo estava se esgotando, nesse momento, eu só conseguia pensar no pior e isso não ajudava nem um pouco.

- Alex, você tem que procurar um advogado primeiramente - Jhony parecia ter ouvido os meu pensamentos e se não fosse por ele eu estaria indo de encontro com o poço.

-  Claro. E eu que achei que nunca fosse precisar de um.

- Todos nós achamos isso.


Saí da empresa com a cabeça latejando. Eu não sabia a quem recorrer e mesmo que tivesse amigos advogados todos eles estavam se especializando no momento, e eu precisava de algo concreto. Sem falar que nenhum deles poderia resolver minha situação. Antes de ligar o carro eu tentei pensar em alguém que pudesse me ajudar e de alguma forma me mostrar soluções, porque eu só enxergava problema. Uma vontade imensa de chorar se instalou - tudo estava indo de mal a pior e o sentimento de fracasso e derrota veio a tona.

Paciência não era algo pelo qual eu tinha afeto e eu sabia que todo esse processo poderia levar meses e eu não fazia ideia se a empresa iria aguentar, se eu aguentaria. Abri o porta luvas do carro e meio que uma luz me veio a mente. Vasculhei algumas coisas derrubando outras, consequência do meu estresse, e finalmente eu achei o cartão que poderia me salvar. 

"Philips, advogados associados" 

A nossa empresa havia feito algumas reformas em seu escritório e consequentemente nós tínhamos o telefone dele. Rezei internamente implorando para que tivesse um horário para mim, e que a Becker's planejados tivesse o mínimo possível para poder pagar os honorários. 

- Advogados associados, bom dia! 

- Bom dia, eu gostaria de um horário com o Doutor Philips.

-  Infelizmente agenda dele está cheia no momento, temos outro advogado que está a menos tempos, ele tem alguns horário vagos, se quiser falar com ele.

- É que... Eu sou o Alex da Becker's planejados e nós fizemos algumas salas aí. Acabei tendo prazer de conversar com ele e criamos certa afinidade. Não teria um encaixe alguma coisa? - Não fazia ideia de quem era o outro advogado, Philips me dava mais confiança.

- Bom, eu vou ver com ele, aguarde só um momento.

Aquela espera me dava aflição. Queria resolver tudo o quanto antes mesmo sabendo que isso seria praticamente impossível.

- Hoje é o seu dia dia de sorte. Doutor Philips disse que você pode vir agora mesmo. - suas palavras soaram com esperança.

Consegui por alguns instantes respirar. Fui direto ao escritório sem prestar muito atenção no trânsito e fui entrando exacerbado. Subi todo aquele lance de escadas e meio perdido procurava pela moça do balcão de informações que chegou logo em seguida.

- Bom dia, eu tenho hora com o Doutor Philips agora. - digo com dificuldade recuperando o fôlego por ter entrado tão depressa.

- Alex? - consinto com a cabeça - O doutor está em uma audiência agora, mas não deve demorar, ele disse que o senhor poderia esperar na sala dele, eu só vou avisar a doutora que o senhor vai entrar.

Ela pega o telefone e informa que eu estou aqui e pergunta se eu poderia entrar.

- Pode entrar, ela irá lhe receber e o senhor pode aguardá-lo. Segundo andar sala 3

Agradeci a moça e fui até a sala. Apertei o elevador com pressa e xingando a todos internamente. Enquanto ia até o meu destino, vi uma sala sendo desocupada e cogitei que alguém estava se mudando.  Não tinha como o dia hoje ficar pior, mas mudei de ideia logo que dei de cara com Elizabeth na sala.

Fiquei paralisado quando a vi ali. Sempre era essa mesma reação. Nós dois parados um de frente para o outro sem conseguir desviar o olhar. Era sempre assim, minha boca secava e a vontade louca de tê-la em meus braços se alastrava involuntariamente e Deus, como ela estava sexy com toda aquela roupa. Uma saia executiva preta que evidenciava seu quadril e ia até um pouco a cima dos joelhos. Uma camisa branca por dentro da saia, com alguns botões abertos em seu decote. Seus cabelos soltos ondulados a deixava ainda mais encantadora. Era nítido o quanto eu ainda a amava. O quanto ela mexia comigo, e instigava os meus instintos. Ela parecia tão certa de si, tão diferente da garota frágil que eu conheci, mas eu sabia que boa parte era mera pose. 

 - Alex? - pergunta tão surpresa quanto eu.

- O que faz aqui, Elizabeth?

- Eu trabalho aqui agora. - por um instante eu pensei em desistir de contratar doutor Philips, afinal existem tantos advogados.

- Certo, eu volto outra hora - digo prestes a abrir a porta, mas ela me interrompe.

- Alex, espera! -  Mordo o maxilar, porque o ambiente estava pequeno demais para nós dois - Está tudo bem?

Ela parecia realmente preocupada, mas eu não podia contar a ela o que se passava. Queria mantê-la distante de tudo em minha vida, pois sabia que ela seria um problema e colocaria tudo a perder. 

- Por que a pergunta? - faço-me de desentendido.

  - Está abatido e você está num escritório de advocacia, não é muito comum procurar um advogado quando se está bem. - ela era esperta, mas eu não podia transparecer. Se fosse em outras épocas eu contaria tudo a ela e teria o seu colo como consolo, ela me faria um cafuné e eu diria a ela o quanto eu a amava, mas dessa vez não, ela não merecia.

- Deveria estar preocupada com o seu namorado e não comigo. - eu estava agindo como um completo idiota, e eu me sentia como tal. Elizabeth não ia deixar barato toda a minha agressão e foi logo dando uma resposta a altura. Incomodava-me com o jeito que ela defendia aquele rapaz, com o jeito que ela se preocupava com ele.

Começamos a discutir e a colocar verdades sobre a mesa. Queria fazê-la sentir um terço do que eu senti quando ela se foi. Ela não sabia ideia do quanto eu sofri. Tinha que mostrar o quanto ela era indiferente a mim, mesmo sendo traído pelo meu próprio coração que gritava descompassadamente, mas eu acabei colocando tudo a perder quando no calor da discussão eu confessei algo que estava entalado, e mesmo tentando consertar, ainda assim era bem provável que Liza estava pensando em mil e uma coisa. Mas que diferença iria fazer? Ela nem se importaria, e eu faria papel trouxa novamente por me entregar a alguém que nem liga com meus sentimentos.

Notei que os olhos delas estavam pesados com tudo o que eu havia falado, talvez estivesse com remorso ou coisa do tipo, mas quando eu vi as lágrimas tomarem conta de seu rosto a minha vontade era de abraça-la, era de protegê-la e dizer que iria ficar tudo bem, que iríamos ficar bem, mas eu me controlei porque senti o gosto amargo da realidade.

- Você não sabe o que é acordar todos os dias e procurar por você e... - sinto meu coração chegar a boca completamente constrangido por tais palavras. Xinguei-me por se tão fraco.

 - Você... - ela engole seco - Você pensa...

Balanço a cabeça em negativa e a interrompo antes dela concluir a frase.

- Não mais. E antes que eu me esqueça, eu não te odeio. Sua presença é indiferente a mim - ele olha firme em meu olhos.

- Claro, você demonstrou perfeitamente isso agora - Senti o tom de ironia em sua voz e fiquei ainda mais com raiva por isso - Só quero que você saiba que se precisar de alguma coisa eu estarei aqui.  

 Ela parecia tão sincera que por um instante eu pensei em contar tudo, mas eu colocaria tudo a perder. Qualquer aproximação que eu estivesse dela, eu não responderia por mim. Eu tinha certeza que em sua cabeça estava se passando várias coisas sobre o meu motivo de estar ali, mas eu disse simplesmente que precisava reformar a  sala que vi sendo desocupada.

Disse a ela que ia procurar o Doutor Eduardo. Sabia que eram especialidades diferentes, mas eu tinha que sair dali, eu precisava de ar.

Saí dala sala e fui direto a saída, por mais que eu quisesse conversar de imediato com o advogado eu não conseguiria esperar por ele no mesmo ambiente que Liza. Já estava no exterior do escritório sendo invadido pelos raios solares que penetravam em meu rosto sem piedade. 

Respirei com dificuldade e tentei afastar o sol com as mãos. Na verdade eu estava querendo tomar tempo enquanto eu pensava qual seria meu próximo passo. 

- Alex? - Viro-me em direção aquela voz e encontro com Doutor Philips. Ele se aproxima e estende a mão para me cumprimentar e eu o correspondo - Me perdoe, estava num audiência agora, mas como você disse que era urgente. Vamos até a minha sala.

- Se o senhor não se importa, eu prefiro conversar em outro lugar.

- Que tal um café? - ele sugere e eu concordo.


- O que houve Alex? Algum problema com a empresa - ele dá um gole em seu café e tem o cenho franzido.

Fico um minuto em silêncio, pois esse lance de problemas com a empresa estava sendo difícil de se acostumar.

- Há dois anos mais ou menos decidimos nos especializar em móveis utilizando materiais recicláveis. Foram várias pesquisas e descobrimos coisas incríveis que podemos fazer e decidimos que seria um bom negócio. Mas ao que parece, é que de uns tempos pra cá a nossa fornecedora está nos enviando materiais de determinada qualidade dizendo que são de outras. Cada material tem uma resistência diferente e a utilização destes devem se equivaler com o que eles podem oferecer. Não podemos fazer lustres se o material se derreter com a lâmpada, por exemplo. E é exatamente isso o que está acontecendo. As pessoas estão devolvendo e pedindo a restituição do valor ou de outro produto. Nós fizemos o contrato de fidelidade com a fornecedora por três anos e eu não sei se podemos cancelar, mas não podemos colocá-los no mercado, consequentemente acabaremos estocando e tendo um grande prejuízo.

Doutor Philips dá mais um gole em seu café e parece analisar os fatos.

- Se você cancelar o contrato isso vai gerar multa e a multa nesses casos é extremamente alta, consequentemente se não a fizer e estiver estocando não terá como pagá-los por tal. Antes de levar esse assunto a juízo é necessário tentar um acordo com a fornecedora, ver se eles concordam em mandar outro materiais, cessar o contrato sem a multa, ou qualquer outra coisa que possa agilizar todo esse processo.

- Quais a chances deles aceitarem? - pergunto impaciente.

- Mínimas. Dificilmente eles vão querer sair sem ônus, mas não custa tentar. Só precisamos que você tenha toda a papelada guardada, desde a cópia do contrato, as notas que comprovam o pagamento, até os contratos com os clientes seria interessante guardar. Qualquer coisa pode servir como prova. 

Passo as mãos nos cabelos completamente perdido. Fechos os punho e mordo o maxilar pensativo.

- Posso pedir uma coisa? - ele concordou com a cabeça.

- Não conte a ninguém sobre essa conversa, por favor.

- Tudo bem - ele parece estranhar o meu pedido. Eu não podia correr o riso de Elizabeth ficar sabendo.

A medida que doutor Philips me explicava o que era para ser feito eu ficava ainda mais preocupado. Precisava de alguma motivação para poder enfrentar tudo que estava acontecendo, mas não encontrava. Despedi-me do advogado e decidi ligar para Artur e informá-lo sobre o que estava acontecendo, se é que ele já não sabia.

- Alex! Que surpresa boa, irmão. Há quanto tempo não liga pra cá?

- Desculpa, tenho andado ocupado.

- Está certo, mas e Flávia, como está? Miguel está bem? Estou pensando em passar uns dias aí para que Alice conheça o Miguel, o que acha? 

- Pode ser, é até bom que você venha mesmo.

- O que aconteceu? Parece abatido. Mamãe e Naná estão bem?

- Estão sim. Mas a empresa, não.

- O que há de errado? - ele não sabia e eu teria que dar a notícia.

- Problemas - expliquei a ele tudo o que estava acontecendo e ele ficou surpreso e tão preocupado quanto eu.

- Mamãe já sabe disso Alex?

- Não contei a ela, Artur. Eu descobri a pouco, Jhony me contou, hoje cedo. A única coisa que eu fiz no momento foi conversar com um advogado e confesso que estou desnorteado.

- Eu te entendo. Mamãe vai ficar arrasada. Mas o que o advogado disse?

- Para tentarmos um acordo com a fornecedora, mas ele não deixou esperanças quanto a isso.

- Certo. Entre em contato urgente com ela para uma reunião. Eu iria aí só nas férias, mas acredito que consigo agilizar. Me informe a data exata que eu irei com você. 


Faltava apenas algumas horas para a empresa abrir e eu teria que encontrar minha mãe em casa rapidamente. Durante o caminho a minha mente estava vagando, ora ela ia para a minha conversa com Liza, ora para os problemas da empresa. Parei em frente a minha antiga casa e senti um forte dor no peito. Sabia que entraria lá e não seria recebido pelo Lucky. Ele esteve comigo boa parte da minha vida e falta dele era imensa.

Mamãe chegou de braços abertos em me receber. Fazia algum tempo também que eu estava sem vê-la. Seu sorriso e sua felicidade me desmontaram inteiro e me deixaram completamente covarde para dar uma notícia tão desagradável a ela.

- Como está Miguel? Estou pensando em fazer uma visita qualquer dia e apertar aquelas bochechas gostosas do meu neto.

- Ele está bem, mãe - sorrio desconfortável.

- O que houve meu filho? Parece abatido

- Tenho tantas coisas para te contar, mãe. Mas não quero te encher com preocupações - Espremo os olhos os sentindo arderem.

- Oh Alex! Sente-se aqui - ela segura minhas mãos e nós dois nos sentamos no sofá - O que houve meu filho. Está tão diferente do Alex que eu conheci. 

- Liza voltou - Não era esse o assunto principal, mas eu precisava desabafar com alguém ou acabaria enlouquecendo. Ela me olhou assustada e com os olhos de compaixão.

- Você ainda gosta dela? - apenas balanço a cabeça concordando - E por que não vai atrás dela, meu filho?

Minha vez de ficar espantado e surpreso com ao seu conselho.

- Mãe, Liza foi embora sem mais nem menos, sem dar satisfação e me volta com um alemão como namorado. Engraçado que pra quem disse que não acreditava no amor aquele tal de Franz conquistou o coração dela rapidinho, enquanto eu fiquei um ano tentando fazê-la feliz e mostrar a ela que jamais eu iria embora. E outra eu estou casado e tenho um filho.

- Alex, Liza em nenhum momento demonstrou que amou você? - Fico pensando em todos os momento que passamos juntos. Ela cuidou de mim quando eu bebei demais na casa do Daniel, ela me deu carinho quando descobri que meu pai estava mal e ainda me acompanhou quando fui visitá-lo. Ela me ajudou a fazer as pazes com ele, e ainda tem o e-mail. Meu coração salta pela boca com essa conclusão.

- Ela me mandou um e-mail quando estava na Alemanha disse que me amava, mas era tarde demais eu já estava com Flávia, e além do que ela teve tanto tempo para dizer aquilo.

- Uma pessoa que não acredita no amor, não pode oferecê-lo. Eu entendo o lado de Liza, ela tentou não machucar você, mas talvez ela não soube medir as coisas direito. Mas se em algum momento ela demonstrou por menor que seja, significa que ela te amou Alex. Infelizmente ela esteve pronta um pouco tarde, mas ainda assim ela amou.

- E como me explica o Franz? 

- Já pensou que ela pode estar passando pelo mesmo que você?

- O que quer dizer, mãe.

- Alex, qualquer um consegue ver que você não ama Flávia e mantém o relacionamento por causa de Miguel. Talvez Liza estivesse passando pelo mesmo dilema.

- Não. Liza o defende com unhas e dentes.

- Você não defenderia Flávia se alguém a ofendesse? 

- Sim, claro. Mas ainda tem o Miguel. Eu não quero que meu filho e nem Flávia sofra o que nós sofremos.

- Quando eu soube da traição de seu pai eu fiquei arrasada. Mas se eu o perdoasse nós dois viveríamos infelizes e consequentemente vocês e seu irmão também. Teríamos mais brigas, mais discussões e provavelmente eu não chegaria onde cheguei. Só estou dizendo que você está sofrendo e Flávia também. Com o tempo a discussão de vocês será infinita e o Miguel irá crescer num ambiente totalmente problemático e será bem pior.

- Não tinha pensado dessa forma.

- Alex, se você ama Liza, vai atrás dela. Pelo jeito que eu notava como vocês dois se olhavam eu tenho certeza que ela ainda te ama. 

- Eu... eu não sei mãe. Não quero criar expectativas e sofrer novamente.

- Você só vai saber se tentar, você pode escolher sofrer ou tentar ser feliz.

Respiro fundo. Era muita coisa a se pensar e algumas decisões a serem tomadas.

- Mãe, tem outra coisa ainda.

- O que foi?

- A empresa.

- Eu já sei - ela confessa.

- Sabe? Mas como? E por que parece tão feliz.

- Meu filho, eu não seria uma boa empreendedora se eu não soubesse os acontecimentos da minha própria empresa. Não é que eu esteja feliz, mas qualquer empresa está sujeita a entrar em crise, mas eu não posso deixar que isso me abale, ou não vou ter forças para salvá-la.

- Fico impressionado com você, Mãe. Toda sua garra, toda o seu jeito de ver as coisas, eu estou totalmente aflito e você parece tão calma.

- A vida nos ensina a ser assim. Se desespero ajudasse alguma coisa o mundo não teria problemas.

- Eu já falei com um advogado e ele disse para conversarmos com a fornecedora. Vou marcar uma reunião, Artur disse que iria vir também.

- Está certo. Nós vamos conseguir, eu tenho certeza.

Ela me abraçou e deu um beijo em minha testa. Sentia-me mais calmo e aliviado pela nossa conversa. Enquanto dirigia pensei em todas as suas palavras em relação a Liza e eu. Será que ela estava passando pelo mesmo problema que eu ? Lembrei-me do dia do acampamento quando eu falei a ela que correria o risco. Disse que na vida nós teríamos que se arriscar mesmo que a consequência seja cair em uma precipício. De certa forma, eu já estava em um e eu precisava reverter essa história. Seria mais fácil conquistar Liza agora se ela estivesse pronta para amar, se tudo o que ela havia me escrito fosse verdade. 

Eu teria que ter coragem de enfrentar Flávia. Eu cuidaria de Miguel com todo amor do mundo mesmo que separado de sua mãe. Daria todo apoio que precisasse e  seria um bom pai. Eu salvaria a empresa pensando nele e em seu futuro. Liza apesar de todo o seu jeito talvez daria uma boa madrasta. Rio com meu próprio pensamento e imagino Liza cuidando de uma criança. Provavelmente não teria muito jeito, mas seria diferente de sua mãe, eu tinha certeza. 

Pensar dessa forma tirava toda a tensão que eu estava e de certa forma eu me sentia animado. Cheguei em casa e fui direto ver o meu filho. O peguei em meu braços, tão pequeninho e tão frágil e prometi a ele que ficaria tudo bem. Que cuidaria dele sempre.

Assim que Flávia chegou do seu trabalho, eu deitei Miguel no berço e fui até ela.

- Alex, você já chegou?

- Precisamos conversar.


...

Guardem bem esse capítulo porque ele será revelado mais tarde. Não me matem, mas será necessário.

Até quinta.... ^^ 

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