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VII


É estranho você enxergar uma pessoa a sua frente e acreditar que ela é extremamente feliz. Pensar que ela tem uma vida boa, que vive bem, é amada, e tem tudo daquilo que é o mais essencial. As vezes, ou melhor, em todas as vezes, eu tentei transparecer força, equilíbrio e indiferença. Mas a verdade era que meu mundo sempre esteve desmoronando. 

As pessoas não conseguem entender o tamanho do seu sofrimento. Algumas começam a fazer comparações, a medir qual problema é mais grave que o outro. Pode ser que o seu problema seja de extrema insignificância diante das situações no mundo, mas só você sabe onde o calo aperta. 

Não podemos ser egoístas a ponto de não se interessar pelas dificuldades alheias e nem de dizer que ninguém no mundo já sofreu como você, pois acredite, sempre tem alguém que talvez precise mais e as vezes você precisa esquecer os seus problemas e se dedicar ao outro, não somente por uma questão de solidariedade, mas de amor. Amor. Palavras tantas vezes renegada por mim e agora que eu o aceitei, é tão difícil demonstrar.

...

Doutor Eduardo finalmente havia entrado em contato comigo e para  minha sorte eu estava a um passo de começar a minha carreira. Um dos sócios dele passou num concurso e acabou desistindo de advogar, isso significa que era a minha grande chance. Durante a semana eu atendi alguns clientes e já tinha quase tudo encaminhado. Era só encarar as audiências, e confesso, era o que eu mais temia. Doutor Eduardo só alertou que eu me especializasse logo para poder passar maior confiança aos clientes, mas isso estava encaminhado.

Eu teria que dividir a sala com o Doutor Philips enquanto a minha estaria sendo desocupada pelo antigo advogado. Algumas coisas seriam reformadas e outras mudadas de lugar. As vezes, eu ia dormir sem acreditar que eu havia conseguido agradar bons advogados na minha época de estágio a ponto de ter uma sala só para mim e me tornar uma das sócias. Claro, ainda faltava resolver algumas papeladas, alguns contratos, mas já estava tudo encaminhado.

Eu estava sozinha na sala, pois Doutor Philips estava em uma audiência. Tentava colocar alguns processos em dia já que por enquanto não eram muitos, mas já davam um grande trabalho. Os livros nunca estiveram tão presentes, a todo instante era preciso consultá-los para uma grande defesa, e tudo começava com uma excelente petição, estava concentrada quando o telefone toca.

- Pois não?

- Doutora, tem um rapaz aqui que quer falar com o Doutor Philips, mas como a senhora já deve saber ele está em uma audiência. O doutor disse que eu poderia encaminhá-lo a sala dele que a senhora o recepcionaria, posso mandá-lo entrar?

- Claro, pode sim.

Não demorou muito para que eu ouvisse batidas na porta. Pedi para que entrasse e assim o fez.

- Com licença, eu...

- Alex? - Pergunto o óbvio por estar extremamente surpresa. Ele era uma das últimas pessoas que eu esperaria encontrar ali. Levantei da cadeira ainda tentando assimilar o fato dele estar a minha frente e fiquei meio sem saber o que fazer. Ficamos em silêncio por um tempo, nós dois estávamos assustados com a presença um do outro.

- O que faz aqui Elizabeth? - ele pergunta não muito feliz. Seus olhos estavam inchados e deduzi que estava chorando. Alguma coisa estava acontecendo.

- Eu trabalho aqui, agora. 

- Certo, eu volto outra hora - ele diz se afastando, mas eu o interrompo.

- Alex, espera! - o encaracolado para com a mão na maçaneta e relutante se vira a mim - Está tudo bem? - pergunto extremamente preocupada. Não podia simplesmente virar as costas a ele se ele estivesse precisando de alguma coisa, mesmo sabendo que Alex era extremamente orgulhoso. Certamente eu não poderia julgá-lo por tal aspecto, pois essa era uma característica a qual tínhamos em comum.

- Por que a pergunta?

- Está abatido e você está num escritório de advocacia, não é muito comum procurar um advogado quando se está bem. 

- Deveria estar preocupada com o seu namorado e não comigo - Certo, já tinha me esquecido do Alex idiota e agora ele estava vindo com força total e mai uma vez Franz tinha que estar no meio.

- O meu namorado está em casa trabalhando e não está com os os olhos vermelhos. Ele está muito bem, me mandou uma mensagem a pouco. Agora, a menos que esteja aqui a trabalho, alguma coisa está acontecendo para você querer falar com um advogado.

- Não é da sua conta. E mesmo que fosse o que você iria fazer? Me ajudar? Claro, estamos falando de Elizabeth, a mulher sem coração que não acredita no amor e na primeira dificuldade vai virar as costas e ir embora como se nada tivesse acontecido - percebo certo aborrecimento em sua voz enquanto eu tentava assimilar todas aquelas palavras.

- Está sendo injusto Alex. Eu estive com você quando seu pai estava passando por dificuldades e...

- Sério que você acha isso o bastante? - ele ri debochado - Pois eu estive com você quando seus pais se separaram, quando você encontrou aquele canalha do Bill. Eu tentei dar a você aquilo que você nunca teve que foi amor, e o que você fez? Ora, Liza, você não esteve ao meu lado no almoço que eu tive com a família do meu pai e todos a mesa estavam com sua família e eu não pude te apresentar como minha namorada. Você não estava comigo no dia em que inauguramos nossa nova linha de móveis feitos de materiais recicláveis e sabe, eu só compareci porque Jhony foi até a minha casa me levar a força, você não esteve comigo quando eu me formei, e nem quando o Lucky morreu... - ele bate a mão na porta tentando controlar o seu nervosismo. Eu estava em choque com a notícia da morte de Lucky e senti meus olhos pesarem na mesma hora. 

- Lu... Lucky morreu? - meu corpo inteiro tremia.

- Descobrimos um tumor em nível avançado. Ele morreu seis meses depois que você foi.

- Eu pedi desculpas Alex. Eu voltei atrás em várias de minhas decisões, mas...

- Foi tarde. O que você queria que eu fizesse? Largasse uma mulher que estava grávida de um filho meu pra viver um grande amor na Alemanha?

- Sabe, talvez eu estivesse certa e o amor não durasse o tempo que dura. Você casou, teve um filho e veja só, você me odeia agora. - rio debochada sentindo algumas lágrimas invadirem meu rosto.

- Cala a boca! - ele diz e eu me arrepio com sua agressão - Você não tem o direito de dizer isso, porque Elizabeth, você não faz ideia do que é olhar para a pessoa ao seu lado, no momento em que você está ditando seus votos, e procurar por outra pessoa, você não sabe como eu me senti um completo idiota por olhar a minha esposa com toda aquela barriga e desejar que o filho que estava esperando fosse nosso, e não de uma mulher que eu não amava. Eu queria que fosse você a mãe dos meus filhos. Você não sabe o que é acordar todos os dias e procurar por você e... - ele para de falar totalmente transtornado balançando a cabeça como se estivesse perdido. Em parte eu sabia perfeitamente o que ele estava sentindo porque eu fazia isso com Franz. 

- Você... - engulo em seco - Você pensa...

Ele balança a cabeça exasperado.

- Não mais. E antes que eu me esqueça, eu não te odeio. Sua presença é indiferente a mim - ele olha firme em meu olhos.

- Claro, você demonstrou perfeitamente isso agora - sou irônica porque minha vontade era de esganá-lo - Só quero que você saiba que se precisar de alguma coisa eu estarei aqui. - falo enxugando as lágrimas.

- Claro, se você não decidir ir embora outra vez. - ele morde o maxilar 

- Se você não me contar o que está acontecendo eu vou pensar em mil e uma coisas

- Não me interessa o que está pensando. Já que não tenho o Doutor Philips tentarei a sorte com o Eduardo.

- Sabe que são especialidades diferentes, não sabe? - Alguma coisa estava evidentemente errada e eu iria descobrir, de um jeito ou de outro.

Ele respira fundo e percebe que não tem outra saída.

- Estão com uma sala vaga, certo? - consinto com a cabeça - Agora você já sabe o motivo - ele sai e me deixa falando sozinha.

"Idiota". Não sabia se chamava a ele ou a mim. Quem sabe os dois, ele por ser tão arrogante ou eu por ter mandado aquele e-mail. Está na cara que ele nem se importou com todas as minhas palavras, mas também, se estivesse já era tarde. É, a idiota da história sou eu.

Sentei-me na cadeira e bati minhas mãos contra a mesa num mix de tristeza e raiva. Uma vontade de chorar me invadiu mas eu segurei. Até o simples toque do telefone me deixou irritada.

- Alô - simplesmente grito.

- Engel? - respiro fundo tentando me controlar.

- Franz - tento pronunciar o mais doce possível sem que pareça superficial.

- Está tudo bem? Parecia irritada.

- Não. Não é nada, esquece. O que você queria?

- Estava pensando se você não queria comer fora? Eu terminei meu trabalho mais cedo e dei uma volta pela cidade. Claro, com ajuda de um GPS, achei alguns lugares que fazem porco no tacho, o que acha.

- Ok, tudo bem, você que sabe - digo, não muito animada, esfregando meu peito a fim de liberar todo o ar que me domava.

Não conseguia me concentrar em nada. Essa história de Alex ter ido ao escritório a trabalho estava difícil de eu engolir. Eu o veria mais vezes no escritório e saberia se estava mentindo ou não, mas se não fosse a trabalho e colocando os pingos nos "is", ele estava com problemas na empresa. Balancei a cabeça negativamente, não procuramos um advogado só quando estamos com problemas, ele só poderia querer para uma consulta, ou para celebrar um contrato, alguma coisa. Mas onde entra o Doutor Eduardo aí? É, realmente era um problema, provavelmente deu algum na empresa e esse problema iria gerar uma indenização. "Liza, você está no ramo certo". Vibro com minhas próprias conclusões, até que a "fixa cai".

- Meu Deus. A empresa está com problemas. - Desespero-me no mesmo instante e volto a me concentrar na possibilidade de ser só o planejamento da outra sala. Comecei a pensar em Sarah, Jhony e Alex, aquela empresa era tudo para eles. 

Doutor Philips chega e eu nem sequer percebo sua presença, estava falando sozinha completamente distraída tentando ligar os pontos.

- Liza! - ele chama - Ei! Liza - tenta ele novamente - Elizabeth! - ele grita.

Dou um pulo pelo susto e solto um "Ah".

- Me desculpa, eu não queria te assustar, mas você estava distraída.

- Tudo bem, eu que peço desculpas - digo quase sem voz.

- Mas o que houve pra você ficar assim, tão perdida?

Não respondo de imediato. Ele olha pra mim esperando a minha resposta e eu penso se deveria ou não perguntar.

- Doutor, posso lhe fazer uma pergunta?

- Claro que sim.

- Aquela sala vaga, estão pensando em planejá-la?

- Não. A única coisa que pensamos em fazer era renovar a pintura. Os móveis ainda estão em perfeitas condições, mas aquela sala será sua, se você quiser...

- Não, ela está perfeita. Sabe, aquele rapaz que veio aqui mais cedo e queria falar com o senhor...

- Sei, eu o encontrei quando estava chegando e ele saindo. Disse para tomarmos um café junto, por isso eu demorei. Ele parecia abatido, meio disperso.

- O que ele queria? - pergunto torcendo para não parecer indelicada.

- Sinto muito, não posso dizer.

- Achei que os processos fossem públicos.

- E são, mas ele me pediu sigilo.

- Claro. - Me dou por satisfeita. Era óbvio que ele sabia que eu perguntaria. Alex era mais esperto do que eu pensava, mas de um jeito ou de outro eu acabaria descobrindo.


Estávamos Franz e eu sentados um de frente para o outro. Ele se deliciava com seu prato e ficava e estava querendo conversar. A minha comida estava intacta. Eu deslizava o garfo sobre a comida, olhava para ela sem prestar atenção e tentava esboçar um sorriso sempre que Franz terminava um assunto. Expressões como, "sério, impressionante, legal, hum, certo", foram usadas em sequência sem ao menos eu fazer ideia do que ele estava falando.

 Eu estava totalmente distraída ainda pensando no que poderia estar acontecendo com a Becker's planejados. Senti como se eu fosse uma das sócias e estivesse passando por dificuldade, aliás eu vivi bons momentos naquela empresa, Sarah era uma grande amiga, Jhony apesar do seu jeito desprezível nos últimos dias era como um irmão, e Alex, bem, não preciso nem dizer. Eles deveriam estar arrasados e eu estava de mãos atadas. O que eu podia fazer pra ajudar? Alex e Jhony me odiavam, e eu nem sei qual seria a reação de Sarah. Não tinha dinheiro para emprestar e não era muito boa com a área empresarial mesmo tendo aprendido muito depois de trabalhar lá e ter que fazer aquela matéria novamente. Mesmo que eu pudesse fazer alguma coisa, eles seriam orgulhosos demais em aceitar minha ajuda. 

- Liza?!? Ei, Liza. Elizabeth!

- Hum? - Levanto o rosto para finalmente olhá-lo. - Oi... desculpa, o que você dizia? - pergunto completamente perdida.

-  Disse que eu iria precisar viajar. Preciso comparecer em uma audiência em Franca. É coisa de três dias, nada mais que isso.

- Franca? Quando você vai.

- Daqui um mês - ele dá ênfase na frase, pois provavelmente já tinha falado isso. - Você prestou atenção em alguma coisa que eu disse? 

- Não - dou um leve sorriso e ele pareceu decepcionado - Franz me desculpa - peguei sua mão - Mas eu estou com a cabeça cheia, hoje.

- O que houve?

- É que... - coloco a mão na cabeça e encaro o nada - Acho que fique mexida demais com um cliente que apareceu hoje no escritório.

- Cliente? Mexida? E por que?

- Ele parecia tão abatido. Chegou lá querendo falar com o doutor Philips e depois com o doutor Eduardo.

- E o que tem de errado nisso?

- São especialidades diferentes. Claro uma completa a outra de certa forma, mas sei lá.

- Uma completa a outra?

- O doutor Philips é de empresarial e o doutor Eduardo é de civil. Provavelmente esse rapaz está com algum problema na empresa e esse problema gerou o dever de indenizar, aí entra o doutor Eduardo.

- E o que tem de tão errado nisso?

- Ele me disse coisas terríveis - volto a olhar o nada lembrando de cada detalhe daquele momento

- O que? Ele te faltou com respeito? Pois se foi isso, ele vai ter motivos para procurar outro advogado e é bom que ele tenha um bom plano de saúde.

- Acalme-se Franz. Sem violência, está tudo sob controle.

- Mas se está tudo sob controle, por que você está nesse estado?

- Acho que... - tento procurar alguma coisa para dizer sem ter que entrar em detalhes - TPM?

- Quando chegarmos em casa, farei uma massagem em seus pés, certo?

- É melhor não - sorrio constrangida.

- Por que? Não gosta?

- Digamos que me sinto desconfortável. 

- Quem fica desconfortável com uma massagem nos pés? - ele pergunta estranhando.

- Eu, tá legal. Não gosto - praticamente grito e sinto o gosto do arrependimento logo depois.

- Esse mau - humor todo se chama Alex? - Eu estremeço. Será que ele sabia de alguma coisa.

- Alex? O que tem Alex nessa história?

- Eu não sei. Ele fazia massagem nos seus pés também? 

- Não era Alex quem fazia massagem nos pés. Aliás, porque estamos discutindo sobre isso?

- Tem mais gente com quem eu devo me preocupar além daquele projeto de GUGA?

- Projeto de Guga?

- Foi o único apelido que me veio a mente.

Involuntariamente eu começo a rir e Franz me acompanha, e acabamos por quebrar todos aquele clima pesado que tinha se instaurado.

- Como conhece o Guga?

- Eu adoro tênis. E já o vi jogar algumas vezes.

- Entendi. Mas respondendo a sua pergunta, a massagem nos pés, é uma longa história. Mas se te alivia, eu odeio essa pessoa com todas as minhas forças. Por causa dela eu me tornei uma pessoa tão insensível, como dizem minhas amigas.

- Tudo bem. Não vamos mais falar sobre massagem nos pés. Você vai comer isso? - ele pergunta apontando para o meu prato.

- Não, pode comer - rio de sua atitude enquanto trocamos os pratos - Sabe, eu me contentaria com uma massagem no pescoço.



...

Por que um capítulo hoje? Bem, estou mega feliz porque estou de férias e eu queria compartilhar essa felicidade com vocês. Era para eu ter postado antes, mas só agora deu tempo. E não se preocupem que teremos capítulos amanhã também.

Ate amanhã amores..

Beijoooooosssss.....

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