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Último capítulo

Três anos depois.

– Alex! Não aguento esse ciúme bobo, pelo amor de Deus.

– Ciúme bobo? Aquele cara estava te secando. Eu vejo o jeito como ele te olha, com desejo nos olhos e agora você vem me dizer que vai viajar com ele?

– É para trabalho. Qual é a parta que você não entendeu?

– Claro, sempre o trabalho – ele reviera os olhos e bufa.

– Achei que tivéssemos superado isso?

– Eu também achei, mas acho que você não superou porque fica o tempo todo infernada naquele escritório. Faz dois meses que não transamos e dois meses que você só fica alterada. O tempo todo discutindo, reclamando, o que é? Certeza que tem a ver com aquele cara.

– Alex Becker, a sua carência não te dá o direito de me ofender. Sabe muito bem que isso não é da minha índole, então faça o favor de jogar suas ofensas a outra pessoa.

Miguel começa a chorar interrompendo nossa terceira discussão do dia. Nosso relacionamento estava conturbado a uns dois meses, tudo por motivos fúteis.

– Quer saber, acho que precisamos de um tempo. – Alex diz.

– O que? Você está brincando, certo?

– Não. Sabe que eu não brincaria com uma coisa dessas, mas sei lá, esse negócio de viver juntos, acho que não com a gente.

– Alex – chamo-o engolindo seco. – Não faça isso.

– Vai ser melhor, até, você se acalmar.

– Claro, porque agora é culpa minha. Então vai, vai embora.

– Pois é, estávamos enganados, nem sempre depois de uma briga terminaríamos na cama. – ele diz e sai levando meu coração junto e toda a minha raiva.

– Alex, espera! Alex! – grito, mas já era tarde. Ele já havia ido, levando Miguel consigo.

Respiro fundo e tento controlar a falta de ar. De fato eu andava meio estressada ultimamente e deveria ser por causa do trabalho. As meninas e eu abrimos um escritório, e a cada ano ele crescia mais e mais. Eu me dedicava ao máximo e tentava fazer de tudo para cuidar de uma casa e de Alex, além do pequeno Miguel. Alex quis que morássemos juntos para quando fossemos dar início a vida de casados, mas eu não sabia do tamanho das dificuldades que uma vida assim traria. A princípio eu concordei, quem iria perder a oportunidade de ver Alex Becker andar pela casa somente de toalha? Depois as coisas começaram a se complicar e durante dois anos e alguns meses pareceram dar certo.

Respiro fundo. Era só uma crise. Todo casal passa por uma crise. Uma vontade incontrolável de chorar tomou conta de mim, mas eu não podia borrar minha maquiagem ou iria perder uma audiência. Toda aquela discussão havia derrubado a minha pressão e me deixado enjoada. Respirei fundo de novo e fui até o escritório. Tentei me concentrar ao máximo nos afazeres para não conturbá-los com a vida pessoal, mas estava quase impossível. Ver Alex sair por aquela porta, incomodou de todos os jeitos possíveis.

– Liza que cara é essa?

– A de sempre, Kate

– Alguém aí acordou de mau humor.

– Não enche Sam.

– Liza, parece abatida – continuou Back.

– Ok, vocês não vão me deixar em paz, certo?

– Quanta grosseria – Sam revirou os olhos e girou a cadeira.

– Ela está assim ultimamente, dando patada em todo mundo. – Kate soltou uma indireta.

– Já ouviu falar de problemas? Então estou tendo eles, por isso estou abatida, por isso estou estressada, e se vocês não pararem de me encher eu vou ficar mais estressada ainda.

Elas ficaram em silêncio e novamente sinto meus olhos fraquejarem. Estava assim, uma raiva incontrolável e depois a vontade de chorar. Deveria estar passando por uma TPM infinita.

– Certo, estarei em reunião com o Rodrigo, não me interrompem.

Entro na sala de reunião e o doutor já estava me esperando para conversar. Queríamos abrir outros escritórios com o nosso selo e essa conquista com toda certeza seria gratificante.

– Doutora Elizabeth, gostaria de lhe fazer um convite?

– Outro? – franzo o cenho.

– Sim. Ao invés de irmos para o Rio, o que me diz de irmos a outro canto?

– Como assim Doutor Rodrigo? Seja mais claro.

– Ontem a noite recebi um telefonema de uma empresa nos Estados Unidos que encontra em crise. Sabendo o que a senhorita fez pelas Becker's não poderia escolher pessoa melhor para me acompanhar.

– Acompanhar você, nos Estados Unidos? Quanto tempo?

– Dois anos

– Dois anos? Eu... Doutor, não sei se posso aceitar. Eu preciso consultar com meu namorado.

– Entendo – ele abaixa a cabeça um tanto frustrado. – Mas essa é uma grande oportunidade, e o valor é milionário. – ele pisca. – Seu namorado pode ir junto.

– Alex não ria querer.

– Se quer um conselho, não deixe de fazer as coisas pensando nas outras pessoas, pode se arrepender. E se seu namorado a ama tanto assim, ele com certeza entenderá. – ele diz se levantando. – Eu vou indo, sabe onde me encontrar – pisca e sai.

Fico pensando nas palavras de Rodrigo. Um turbilhão de coisas se passou pela minha cabeça. Era fato que eu amava Alex mais que tudo, mas uma proposta como essa não era de se perder. Voltei há alguns anos e isso me causou uma grande angústia. Ver Alex saindo, essa proposta, não pode ser que tudo iria começar de novo.

Meu estômago embrulho só de lembrar em como era viver sem Alex. Lembrou do acidente e de tudo o que passamos para chegar até onde chegamos. E agora, ele me pede um tempo e em seguida recebo uma proposta como essa. Aquilo era demais para mim. Corri em direção ao banheiro mais próximo e coloquei tudo para fora. Eu odiava vomitar e a raiva por ter que fazer aquilo veio no exato momento.

Lavei minha boca e tentei chupar alguma bala, mas ela me enojava ainda mais. Senti meu corpo tremer, mesmo ele estando quente e novamente a queda de pressão. Respirei fundo tentando recuperar o oxigênio e voltar para a minha sala, mas quando eu passei pelo corredor, eis que tudo escureceu.

Acordei tempos depois em um hospital. Minhas amigas estavam ao meu lado cochichando alguma coisa a qual eu não conseguia entender. Minhas vistas estavam embaçadas e enjoo parecia querer voltar.

– Certo, porque estou aqui?

– Liza! Que bom que acordou, que susto você deu na gente. – Kate se aproximou.

– Agora respondem minha pergunta.

– Você desmaiou, simples assim.

– E por que?

– Eu não sou médica Liza. Ele virá daqui a pouco fazer alguns exames. – Sam me explicou.

– Espero que não demore.

– Com licença. Sou o doutor Fernando, como está nossa paciente?

– Enjoada, zonza e com raiva. – respondo em total desânimo.

– Ela está irritada assim faz um bom tempo doutor – confessou Back.

– É o estresse do dia a dia.

– Senhorita Liza, você disse que estava enjoada, chegou a vomitar?

– Sim, acho que antes de desmaiar.

– Isso já aconteceu algumas vezes?

– Vomita? Faz um tempinho que sim. Mas não é frequente. Deve ser porque ando me alimentando mal. Desmaio é a primeira vez.

– Suas amigas disseram que você está com o humor alterado.

– Não. Elas são exageradas.

– Como é isso? Explique. – dou uma bufada pela insistência do médico.

– Sinto raiva constantemente e depois uma vontade de chorar imensa.

– Certo, nós iremos fazer um exame de sangue e um exame de urina.

– Pra que tudo isso?

– Já você saberá.

Depois de incansáveis horas de espera em uma cama de hospital e de aguentar minhas amigas dando gritinhos histéricos sem eu ao menos saber o motivo, o médico chega com os resultados.

– Fala logo Doutor, não aguento mais esperar. Preciso trabalhar.

– Senhorita Elizabeth, meus parabéns, você vai ser mãe.

Enquanto minhas amigas dão pulinhos e risadas eu fico estática. Eu, grávida. Como seria possível? Tá, eu sei como, mas ainda assim era um susto.

– Eu... o que?

– Você está grávida de dois meses.

– Oh meu Deus! – começo a me desesperar. Eu estava parecendo uma adolescente que acaba de descobrir uma gravidez indesejada e tem que contar para os pais. Ou aquela que nem sabe quem é o pai.

– Liza, é importante que se acalme. O seu desmaio se deu devido a um aumento de pressão. Teremos que marcar o seu retorno para sabermos se o bebê está bem.

– Doutor, deve ter sido algum engano, eu tomo anticoncepcional.

– Não é cem por cento eficaz. Você foi premiada. – ele sorri e minha vontade é de tacar o travesseiro no rosto dele enquanto ele ri do meu desespero.

– Vou deixá-las as sós.

– Ai meu Deus! Ai meu Deus! Ai meu Deus. – grito inconformada e com os olhos cheio d'água.

– O que foi Liza? Alex vai ficar tão feliz. – vibrou Sam – Nós seremos as madrinhas, nem adianta.

-- O que foi? Não gostou? – preocupou Kate.

– Eu não sei o que pensar. Eu nãos sei o que sentir, eu estou assustada. Alex e eu tivemos uma discussão hoje e ele... Ele disse que queria um tempo. E junto com isso eu recebi uma proposta para ir aos Estados Unidos.

– Liza, a viagem está mais do que cancelada. O médico disse que você precisa se acalmar. Pressão alta nessas condições é perigoso para você e para a criança.

– Back, você não tá ajudando. Eu to com medo.

– Liza, a primeira coisa que você tem que fazer é contar ao Alex.

– Eu sei Sam, mas... ai eu estou tremendo. Eu quero minha mãe.

– Acalme-se Liza, não vai fazer bem para o bebê. Respira fundo – Sam pede e eu a obedeço.

As meninas não me deixaram trabalhar. Disseram que a partir daquele momento eu trabalharia em casa, e o número de processos seria reduzido. Elas cuidariam de tudo. Ainda estava assustada com tudo aquilo, assustada com a novidade. Olhei para minha barriga virando de um lado para o outro para ver se havia alguma elevação e nada. Meu coração pulava em descompasso, ainda mais depois que eu havia mandado uma mensagem ao Alex pedindo para que ele viesse, pois tínhamos que conversar.

No começo ele disse que não iria. Que era para eu respeitar o espaço que ele havia criado em nós, mas eu disse que era urgente. Caso de vida ou morte. Tá eu havia exagerado um pouquinho, mas eu estava tão assustada que talvez fosse exatamente isso.

Assim que ele chegou os hormônios da vontade de chorar tomaram conta de mim. Segurei o mais firme que pude e então ele entrou.

– O que foi?

– Oi pra você também – digo parecendo uma criança boba. – Cadê o Miguel?

– Está com minha mãe. Me diz o que você quer Liza? Espero que seja sério.

Ando pelo apartamento tentando procurar pelas palavras sem que eu despencasse a chorar toda vez que tocasse nesse assunto.

– Sabe o que é? Acho que Miguel deveria ter vindo que daí conversávamos os três. Ou os quatro.

– Quatro? Do que está falando?

Homens são tão lerdos que as vezes cansa.

– É que... Droga eu vou chorar de novo – sinto as lágrimas escorrerem. – Miguel vai ganhar um irmãozinho.

– O que? Como assim?

– Alex, você é lerdo ou o que? Eu estou grávida, grávida, esperando um filho seu. Grávida de dois meses, por isso meu humor está alterado, por isso estou com raiva o tempo todo e por isso que eu vomitei o tempo todo e por isso que... – coloco a mão na testa sentido meu corpo cambalear – Por isso que eu preciso de repouso.

– Você toma anticoncepcional Liza.

– Eu sei, eu expliquei isso ao médico. Caramba Alex, eu achei que você ficaria feliz. Não é possível. – começo a chorar em descompasso pela reação de espanto em sua cara. – Se não acredita dentro da minha bolsa está o exame. – falo indo me sentar e chorando ainda mais.

Alex me olha com cara de bobo, enquanto eu me desmanchava em lágrimas. Ele se aproxima e se ajoelha ao meu lado.

– Se eu estou feliz? Liza, eu sou o homem mais feliz do mundo. Não sabe a alegria que é ter um filho seu. Eu estou bobo, sem reação, meu corpo inteiro está tremendo.

– Alex eu to com medo. Eu nunca imaginei sendo mãe. E se eu não conseguir cuidar dele? Eu sou teimosa, eu sou orgulhosa, insensível, eu só faço besteira, Miguel passa mais tempo com Flávia, mas ele já vai fazer quatro aninhos e Flávia vai embora a qualquer momento, serão duas crianças eu... não serão, você vai embora. – olho para baixo.

– Oh Liza – o encaracolado senta ao meu lado e me abraça. – Eu jamais a deixaria sozinha neste estado.

– Claro, é seu filho.

– Não sua boba. Agora eu sei que você estava estressada só por causa dos hormônios. Eu terei que lidar com isso, aliás se for uma menina serão duas mulheres a me dar trabalho na TPM. Você sabe que eu não conseguiria ficar longe de você por muito tempo, não sabe?

– Não sei não, pode repetir?

– Eu te amo, sua boba. – ele sussurra.

– Eu também te amo, seu bobo. Meu encaracolado.

Beijamos-nos e ele passa a mão em minha barriga beijando-a logo em seguida.

– O médico disse alguma coisa?

– Que eu preciso agendar os exames. Disse para eu ficar de repouso porque eu acabo de descobrir que eu tenho pressão alta.

– Meu Deus, Liza. Agora não descuidarei de você um segundo. Vou pedir para o Jhony segurar na empresa e ficarei o mais tempo possível aqui. Naná vai adorar saber que terá mais um netinho, minha mãe e meu pai ficarão bobos. Meu irmão então, ainda mais agora que ele voltará a morar aqui.

– Jura?

– É sim, a família toda reunida.

– Não sei como será a reação dos meus pais. Meu pai sei que vai gostar, mas minha mãe. Eu tenho medo.

– Ela mudou muito Liza. Creio que será uma boa avó.

– Agora mudando de assunto, sabe o que eu ouvi dizer sobre mulheres gravidas?

– Não, o quê?

– Que a libido delas só aumenta – sussurro em seu ouvido e ele engole seco.

– Pode?

– Pode!

– Agora?

– Já! – digo correndo para o quarto e Alex vem atrás.

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Ansiedade definia o nosso estado dentro do hospital. Eu estava na décima quinta semana e já conseguiríamos saber o sexo do bebê. Minha barriga havia crescido absurdamente, por mais que eu achasse que era cedo demais.

O médio chegou levantando minha blusa até a altura dos meus seios. Despejou aquele líquido gelado e logo colocou o aparelho. Ele percorreu o aparelho em todo o meu ventre e em questões de segundo um barulho tomou conta do ambiente. Olhei para Alex que sorria e o médio também, enquanto estava quase entrando em pânico.

– O que é isso, Doutor? Me diz que está tudo bem?

– Esse é coração.

– Coração? Dá pra ouvir assim?

– Sim, meu amor. Só escute o coração do nosso filho.

E então como música todos os meu sentido foram anestesiados, exceto meu ouvido que insistia em escutar aquilo. Eu tremia por dentro e por fora. A cada "tum" era um arrepio e quando eu percebo, eu estava chorando feito criança.

– Ele está bem?

– Estão.

– Estão?

– Tem dois bebês aqui.

– Dois? – Alex e eu falamos juntos.

– Sim. E ao que tudo indica, serão duas meninas.

– Oh meu Deus! Minha nossa senhora! – penso alto.

– Você viu, meu amor, duas meninas.

– Acho que viverei novamente no mundo dos contos de fadas – rio e choro ao mesmo tempo e Alex me beija.

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Repira!

Respira!

Respira!

Respira!

Dizia a mim mesma ao sentir as primeiras dores. Eu estava sozinha em casa, pois Alex tinha que resolver uns assuntos urgentes na empresa, mas disse que voltaria logo. Desespero que consumia, meu corpo suava e meu coração acelerava . Laura e Clara estavam gritando e chutando dentro de mim e o desespero só aumentava. Não poderiam nascer agora, ainda faltava uma semana.

– Droga Liza, se acalme. – pedia a mim mesma na tentativa de controlar me controlar.

Sento uma forte dor no pescoço e aquilo aumentou ainda mais o meu medo. Tentei com dificuldade me levantar e pegar o telefone. Naquele instante a bolsa havia estourado. O nervosismo aumentava e com dificuldades alcancei o telefone. Tentei Alex, mas deu ocupado, e então, foi para única pessoa que poderia me ajudar.

– Mãe!

Enquanto aguardava minha mãe chegar eu tentava respirar. Pedia para que dessa vez os mantras funcionassem comigo.

– Laura, Clara, por favor, ajudem a mamãe. Por favor. Espero o papai chegar, por favor. Escuta, se algo acontecer comigo, saiba que apesar de eu ficar assustada e as vezes irritada, eu amo vocês. Amo muito, tá. Papai cuidará muito bem de vocês, eu juro. Mas nunca se esqueçam que mamãe cuidará de vocês onde quer que eu esteja.

– Liza, pelo amor de Deus.

– Mãe, me ajuda, elas estão nascendo.

– Walter faça alguma coisa!

Não era hora de perguntar o que os dois estavam fazendo naquele momento. Minhas meninas não me deixavam.

– Venha, com calma querida.

– Mãe, eu estou com medo, estou com dor no pescoço, por favor.

– Vai dar tudo certo, minha filha, vamos. Walter, pegue a bolsa dela.

– Liga pro Alex, avisa ele, por favor, pai.

– Está bem, filha, acalme-se!

Enfrentar um elevador quando se está prestes a dar a luz não era algo agradável. Por sorte ele não parou em nenhuma andar, mas as pessoas do hall de entrada olhavam assustadas e isso me fazia chorar ainda mais. Eu queria ver Alex, eu precisava vê-lo.

Cheguei sendo encaminhada as pressas a sala de parto. Pedi para que mamãe entrasse comigo. E assim ela fez.

Ela segurou minhas mãos, enquanto os médicos se preparavam para dar início ao parto. Mamãe avisou da minha dor e a preocupação deles aumentaram. Pedi pelo encarecidamente para que mamãe fosse ver se o Alex havia chegado. Quando então ele aprece na porta com os olhos cheios de lágrimas segurar minha mão.

– Não se preocupa Liza, vai dar tudo certo.

– Cuida delas se caso acontecer algo comigo, por favor.

– Não diga isso Liza. Nem de brincadeira. – ele me dá um beijo. – Nós vamos criar essas duas princesas juntas.

– Liza, minha filha, olha para mim, seja forte, pela suas filhas, pelo seu namorado e pela sua mãe. Não é justo terminar assim, eu ainda preciso cuidar de você minha filha. Por favor, não está certo que seja assim, eu lhe peço, seja forte, por todos nós que te amamos, e principalmente, pelas suas filhas. Você é tão teimosa minha filha, seja agora mais uma vez e não admita desistir. Elas precisam de alguém tão forte e determinada quanto você. Deus te concedeu a graça de duas meninas e de brinde um filho do coração não foi a toa.

– Só de chegar até aqui, eu já sei que o final da minha história será feliz.

– Mas ela não acabou Liza, ela só começou agora. Essas duas crianças são sua esperança. Esperança de continuar a seguir em frente. Por favor, use toda a sua garra para salvar vocês três. Por nós Liza. Pelas meninas que precisam de uma mãe, tenha fé. Eu sei que você será uma mãe melhor que eu, e a prova disso é que você será forte por vocês três. Prometa que será forte, prometa Liza.

– Prometo.

Eu estava fazendo uma força descomunal. Eu queria poder ver o rostinho de minhas filhas e queria poder cuidar delas. Sabia que não seria fácil, mas eu queria ter esse privilégio. Esse é o maior amor de todos, não seria possível que eu fosse sem poder cumpri-lo. Sem poder senti-lo.

Foi quando meu choro se misturou a outro que eu me senti mais leve.

– Essa é a pequena Clara. – o médico levou ela ao meu lado rapidamente só para que eu olhasse seu rostinho. Não tinha como explicar tamanha emoção. Alex, mamãe e u chorávamos feito crianças. – Liza, preciso que faça mais força. Encontre-a no seu âmago, a pequena Laura está com dificuldades, por favor.

Respirei fundo mais uma vez e assim como ele pediu eu gritei tentando trazer meu segundo presente a vida.

– Mais um pouco Liza, está quase lá.

Foi o último grito e então Laura nasceu. Mas dessa vez eu não consegui vê-la direito, apenas uma borrão a minha frente sendo erguida pelos médicos.

Eu escutava apenas choro e um desespero vindo dos médicos, Alex e de minha mãe. De repente, não se ouviu mais nada.

Mergulhei num sono profundo. Sentia-me mais leve, mais tranquila e era como se eu estivesse flutuando. Estava descansando. Uma paz reinava em todo o meu ser e era como se eu estivesse voando. Mas ao fundo era possível ouvir um choro, aliás eram dois. Sorri por escutá-los. Eles eram tão gostosos mesmo sendo tão ardidos eles me traziam sentimentos maravilhosos. Eu sentia como se meu corpo estivessem indo até eles, e eu caminhava, caminhava, caminhava. Era como se meu corpo estivesse sido eletrocutado pela quantidade de arrepios que eu dava. Meu coração estava acelerado e eu tinha uma vontade de imensa de se chegar até lá. E então eu acordei. Acordei, mas ainda não abri os olhos. Apenas escutei um conseguimos de uma voz desconhecida, quando adormeci novamente.

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– Liza, abre os olhos, por favor! – escuto a voz de Alex e me animo por ele estar ao meu lado.

– Alex – digo com a voz fraca e sorrio. –Por que está chorando?

– Porque achei que iria te perder. Nunca mais faça isso, por favor. Não sabe como eu fiquei preocupado, como eu desesperado pensando que eu iria te perder.

Levo minha mão até seu rosto sorrindo.

–Está tudo bem. Eu estou aqui.

– Que bom. Eu te amo Liza.

– Também te amo.

Alex respira como se tivesse descarregado um peso.

– Elas são tão lindas.

– Devem se parecer com você.

– A Clara tem os cabelos avermelhado iguais de sua mãe e a pequena Laura é loirinha – rio por imaginar como elas seriam e em como eu consegui gerar toda essa mistura.

– Eu queria vê-las. Quase não vi Laura.

– Não se preocupe, Liza. Daqui a pouco eles irão trazê-las para você amamentar

– Ai! Como será que é isso?

– Eu não faço ideia, mas não se preocupe, Clara e Laura terá duas avós e dois avôs babões. Sem falar dos tios.Estão todos namorando elas.

– Roubaram toda a atenção. – rio.

– Com licença – chega a enfermeira segurando minhas princesas no colo. – Mamãe estamos com fome.

Volto a chorar novamente, no momento em que as vejo em meus braços. Minha mãe, meu pai, minha sogra e sogro, assim como meus amigos, chegam ao quarto para me ver, ou melhor, para vê-las.

– Oh, minha filha, quase me matou do coração.

– A mim também.

– Todos nós.

– Mãe, Sarah, pai, e amigos que se esqueceram de mim, eu estou bem, certo.

– Ainda bem Liza. Ficamos preocupados –Jhony se aproxima.

– Mãe, como faz isso? – pergunto assustada e ela ri.

– Primeiro você terá que tirar essa blusa e deixar que elas fazem o seu papel.

– Certo, Jhony, Daniel e Carter principalmente, virem seus rostos enquanto a minha mulher tira a blusa. Isso é uma ordem e eu não estou brincando – Alex ordena e todos riem obedecendo meu namorado ciumento.

Ter Clara e Laura em meus braços e o amor de Alex eram a coisa mais maravilhosa que eu poderia ter conseguido na minha vida. A vida me deu uma segunda chance e eu não poderia perder.

– Licença, sem querer atrapalhar a família. – Flávia aparece segurando nas mãos de Miguel que solta logo que vê Alex.

– Papai! – ele corre para abraça-lo.

– E aí, garotão.

– Essas são minhas irmãs?

– São sim. Duas meninas para você cuidar e não deixar que nenhum rapaz chegue perto, ok? Promete?

– Prometo.

– Elas são tão pequenininhas.

– Vem Miguel, chegue mais perto – pedi.

Ele vem e olha para suas irmãs que sugam meu peito esfomeadas.

– Elas são lindas. Parabéns. – Flávia diz emocionada.

Minhas filhas estavam vestindo um body cor de rosa cada uma. Dentro deles havia um bolsinho e um bordado em cima. Notei que dentro deles tinha uma leve elevação e resolvi passar para ver o que era e no mesmo instante me assusto.

– O que foi, filha? – meu pai pergunta preocupado.

Olho para Alex que tem um leve sorriso no rosto.

– Alex, você... Oh meu Deus, não acredito. – tiro de dentro de cada bolsinho uma aliança e eu que quase não tinha chorado nessas últimas horas, coloquei-me a chorar novamente.

– Achei que esse seria o melhor momento. Não há dúvidas do que eu quero na minha vida. Eu quero você, quero as minhas filhas, o nosso pequeno Miguel. – ele beija o filho. – Quero a nossa família. Obrigada Liza. Obrigada por ter feito a escolha certa. Aceita se casar comigo e viver felizes para sempre.

– Aceito.

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Oii meus amores, como você estão? Querem um lencinho? Um chocolatinho? Um abraço?


Vou deixar para falar mais depois.... Beijiiinhooos

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