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Capítulo 9

O almoço foi divertido, todos da família sentados, nem um pouco incomodados com a presença de Eliel, o que o fez notar que eles pareciam extremamente confortáveis com pessoas estranhas... ou talvez todos realmente o considerasse.

Ele sorriu diante disso, mas logo lembrou que Fernanda estava ali, ela com toda certeza não o amava muito.

Mas até mesmo ela sorriu algumas vezes com o que ele falou, era engraçado a dureza e a força daquela menina, Nanda estava sempre falando de forma dura com pessoas desconhecidas, até mesmo com os pais em algumas vezes, menos com Charlotte.

Com Charlotte era diferente, parecia que ela estava sempre tentando protege-la, Eliel via muitas vezes, ela repreendendo a irmã com o olhar como uma mãe mas Charlotte não se importava. Ele ficava feliz, pois pelo que entendia, as repreensões eram em parte por causa dele.

Já com Daniel, Fernanda era um pouco diferente, parecia ser amiga dele, porém desprezava as decisões e gostos dele.

—Hoje eu não lavo a louça, porque minha vez foi ontem a noite.

Fernanda disse ao terminar o almoço enquanto pegava um copo de suco.

—Eu posso ajudar, se quiserem.

Eliel afirmou.

—É uma ótima ideia.

—Mas é claro que não, Nanda.

Falou a Sra. Marly se dirigindo a filha.

— Eliel é nosso convidado, e convidados não lavam a louça. Quem vai lavar hoje é você e seu irmão.

Fernanda fuzilou Eliel com o olhar, como se tudo aquilo fosse culpa dele.

Charlotte sorriu e puxou a mão de Eliel para que os dois fossem para fora, ela convidou ele para se sentar num sofá:

—Não liga pra Nanda, não. Ela é assim com todo mundo, eu já te disse.

Eliel assentiu e sussurrou:

— Ela é assustadora.

Charlotte riu alto, achou engraçado, já ouviu garotos falarem muitos adjetivos sobre sua irmã, mas nunca esse.

— È o primeiro homem que tem medo da Fernanda.

Charlotte voltou a rir.
— Mas vamos falar sobre Katherine, eu estava pensando que a gente deveria sugar todo tipo de informação do seu avô, e depois vermos o que a gente pode fazer.

Eliel assentiu.

— Sim, você está certa. Aceita ir lá agora? E a gente fala com ele.

Eliel não percebeu a ocilação, mas Charlotte lutou para esconder o susto, seus olhos se encheram de medo.

— Agora? Acho melhor outro dia...

A principio, Charlotte se recusou a ir mas pela insistência de Eliel, ela aceitou.

—É estranho conhecer seu avô assim.

Charlotte sorriu um pouco nervosa enquanto eles já estavam na rua da casa de Lucas.

—Queria conhecê-lo de outra forma.

—Não se preocupe, meu avô é uma ótima pessoa.

Eles bateram à porta, e entraram na casa em seguida quando ouviram a voz de Lucas dizendo para que entrassem.

Eliel não pôde deixar de notar o quanto Charlotte parecia nervosa, quando ele perguntou, a menina apenas sorriu e explicou que ficava nervosa para conhecer pessoas novas, Eliel deu de ombros e apenas respondeu que ela com certeza não era assim antes de ter que conhecer o avô dele.

Lucas estava sentado em sua velha varanda, e lia um livro cuja capa era dourada e estava desgastada, pelo tempo o título da capa já estava o suficiente desbotado para que ninguém conseguisse ler.

O senhor sorriu para o neto porém não pôde ver Charlotte que por alguma timidez que surgiu de algum lugar desconhecido, ficou para trás de Eliel, estava com a cabeça baixa e com os braços cruzados, esperava no portão.

Eliel cumprimentou o seu avô e explicou porque eles estavam ali, chamou a jovem loira, que saiu de onde estava, esqueceu sua timidez e por fim chegou até a varanda. Estendeu a mão confiante enquanto se apresentava.

—Prazer Sr. Lucas, eu sou Charlotte.

Lucas parou por um segundo, seus olhos se estreitaram, a primeira coisa que percebeu foi a cor clara quase translúcida de suas pupilas.

— Nossa, Eliel não tinha me dito que você era linda assim.

Ela corou instantaneamente enquanto dizia:

—Afinal então você falou de mim para o seu avô, Eliel?

Eliel abaixou a cabeça como o costume, era óbvio que ele tinha falado dela. Eliel assentiu e contou a seu avô que havia contado a Charlotte sobre Katherine. O senhor foi hospitaleiro o quanto pôde e agradeceu ao interesse da menina, Eliel e Lucas trocaram algumas palavras sem muita importância durante alguns minutos, e depois disso, o dono da casa ofereceu um suco gelado.

Eles estavam na sala com suas respectivas bebidas.

—Eu não entendo... mas estou me sentindo um pouco incomodado.

Eliel olhou para Charlotte confuso, para os lados e em seguida para seu próprio avô.

—Como assim vovô?

Lucas suspirou fundo.

—Eu sinto um clima frio, um espírito pesado nessa sala.

Charlotte o encarou séria.

—Está velho demais.

Foram suas palavras, Eliel passou a observar como se não entendesse o que ela quis dizer, mas ela o olhou com carinho.

—Quando a alma fica cansada, é isso que acontece.

Eliel demonstrou sua preocupação perguntando o que ele quis dizer, o que sentia, Charlotte parecia não se importar muito com o que Lucas falava. Ela o ignorava, Lucas começou a falar que estava um clima fechado, como se tivesse espíritos ruins rondando a casa, ou que rondava até eles próprios.

Charlotte gargalhou.

—Deve ser Katherine... Tentando te assombrar.

Eliel a repreendeu com o olhar.

—Mas o que foi?

Perguntou em defesa.

—Estou só brincando.

Lucas suspirou como se aquela brincadeira estivesse o cansando.

—O.k! Vocês não querem brincar?

Perguntou irritada.

—Vamos, comece a falar sobre Katherine então.

Lucas deu de ombros e sentiu que era o melhor que podia fazer naquele momento:

"Katherine Lefrever nasceu vinte e três de abril de mil novecentos e noventa e oito, ela era muito arteira quando a conheci.

Vivia contando histórias engraçadas, respondia tudo com uma boa resposta. Era alegre, brilhante e muita viva. Acho que foi por isso que nos demos tão bem, eu também era assim, mas é óbvio que já perdi isso.

Brincávamos muito naquela época, passeávamos pelas redondezas do Areal, íamos na cachoeira do bairro ao lado, pegávamos Laranja do quintal das pessoas; éramos crianças felizes e livres, não tínhamos nada com o que se preocupar.

Fomos crescendo é claro, com tempo nossas características foram mudando, ao entrar na adolescência eu comecei a me encantar pelas garotas, pelo amor e todas essas coisas novas que surgem e com Kathy não foi diferente.

Nossas qualidades e defeitos mudaram, minha amiga deixou de ser petulante e teimosa para ser muito ativa, em todos os sentidos, na escola fazia tudo o que precisava, ajudava no conselho dos alunos, em grêmios e palestras, na igreja não era diferente, estava sempre com um projeto. Sua opinião sempre pesava na balança, e com o tempo ela foi sentindo o peso de ser um exemplo. Katherine foi percebendo que as pessoas a julgavam com muita facilidade, se um erro acontecesse, já era motivo suficiente para assunto em rodas de conversas.

Eu sempre estive do lado dela, sempre senti um pouco do peso por ser o seu melhor amigo, eu não sabia como ela suportava, mas ela era forte.

Mas também não quero deixar minha amiga com só qualidades, porque ninguém é perfeito, um dos maiores defeitos dela, sempre foi se irritar muito fácil. Ela logo começava a falar alto quando algo saía fora dos eixos, era algo que eu não gostava dela, uma certa falta de paciência em determinados assuntos.

Mas eu também mudei, eu por algum tempo, fui o melhor amigo de Katherine, aquele que todos olhavam, não era igual nesses filmes onde as mulheres babam, porém tinham muitas garotas que me achavam lindo e ficavam dando em cima de mim, eu saí com algumas garotas só que eu não ficava mais de um mês com nenhuma.

Kathy odiava isso, em suas palavras, era repugnante, eu a consolava dizendo que as meninas também não queriam nada comigo, só a minha beleza.

Enquanto Kathy era uma pessoa desavergonhada que falava com todo mundo, na maior simpatia, eu me tornei mais quieto. Eu falava sim, é claro, nunca fui tímido, mas não precisava, minha amiga sempre falava por mim.

Então eu fiquei acostumado entende, Eliel?
A sempre deixar que ela falasse mais.

Isso nunca foi algo que me incomodou e nossa amizade se fortaleceu muito com o passar do tempo.

Katherine teve apenas um namorado, durou poucos meses.

Ela se magoou muito em relação ao que aconteceu, ainda mais que saiu boatos
de que ele a estava traindo. Os boatos não se confirmaram nunca mas mesmo assim. Ela continuou a sua vida, apenas com seu pai e seu irmão como sempre, e eu.

Kathy e sua família haviam sido abandonados pela mãe, minha amiga não se lembrava dela porque era muito pequena quando isso aconteceu, mas seu irmão Jonathan se lembrava com toda certeza.

Katherine não tinha nenhum tipo de relação com o irmão, ele vivia trabalhando e segundo ela quando estava em casa, falava apenas o necessário. Isso entristecia muito, mas muito Kathy.

Uma vez, ela chegou a discutir com ele, perguntar porque ele a odiava, Jonathan apenas sorriu porém Katherine nunca soube a resposta, só depois que ela sumiu ele se prontificou a responder.

—Ele respondeu?

Charlotte interrompeu a narrativa.

—O que ele respondeu?

Sua voz saía ansiosa pela resposta.

Lucas sorriu, mas Charlotte não se mostrava a fim de sorrir.

—Eu vou chegar lá, espere mocinha.

Como eu ia dizendo, minha amizade com Kathy era imbatível, algum tempo depois, quando eu tinha 15 anos, eu me aproximei de uma garota do Areal, que apesar de já conhecer nunca tinha realmente parado para observar. Sua avó Renata, Lucas.

Renata era linda, morena, numa pele quase perto do negro com longos cabelos lisos, era amável e eu cheguei a me apaixonar por ela. Começamos a namorar e logo ela andava sempre comigo e com Katherine;

Se tornaram boas amigas, porém eu sempre senti da parte de Renata um tipo de ciúmes incontrolável.

E foi isso que aconteceu dois anos depois quando Renata começou a espalhar boatos de Kathy para as pessoas, ciúmes, apenas ciúmes.
Quando chegou a hora de eu revelar a verdade, defender Katherine, eu tive muito medo de perder Renata para sempre, então eu menti. Eu achei, pensei comigo que Katherine entenderia e me perdoaria mas ela não perdoou, como eu disse, ela se irritava com facilidade, imagine num assunto sério desses.

É por isso que até hoje eu me arrependo.
Porque Katherine não tinha feito nada e eu defendi a Renata.

—É mas você fez sua escolha... ficou com Renata, está ótimo.

Interrompeu novamente Charlotte.

—E agora que sua esposa morreu, você quer ir atrás dela, me parece um pouco egoísta.

—CHARLOTTE!

Repreendeu Eliel.

—O que foi, Eliel? Só estou sendo sincera! Ele não procurou por Katherine até hoje. Ou procurou?

Charlotte foi firme em sua opinião.

Lucas abaixou a cabeça.

—Ela está certa, mas eu sempre esperei que ela voltasse, eu só não queria deixar Renata triste, em achar que eu não estava feliz com ela.

—Sim, você pôs Renata na frente de tudo, sempre! Eu estou te ajudando, Lucas, porém não posso mentir, você não fez nada por ela esse tempo todo, apenas esperar não é muita coisa.

—É verdade, mas eu me arrependi.

Disse Lucas com a voz embargada, quase a ponto de chorar.

—Sim, um gesto nobre e é por isso que estamos aqui. Então, ela foi embora? Nunca mais deu notícias?

—Sim, ela deixou uma carta. Houve várias investigações mas ninguém nunca a
encontrou.

Seu pai ficou acabado, e alguns meses depois quando a investigação foi encerrada, seu irmão respondeu com a maior prova de amor que ela nunca poderia ter imaginado.

—O que ele fez?

Eliel perguntou.

—Jonathan não suportou a falta da irmã, se sentia pior a cada dia segundo o pai, ele já havia sofrido muito com o abandono da mãe. Quando Kathy também se foi, ele se sentiu culpado, por nunca ter demonstrado amor.

—O que ele fez, Lucas?

Charlotte repetiu a pergunta de Eliel com a voz firme.

—Ele se matou.

—Oh que horror!

Disse Eliel espantado, Charlotte parecia espantada demais para falar qualquer
coisa, mas acabou por falar:

—Nossa...
A conversa seguiu um rumo inesperado, Eliel queria entrar na casa de Katherine pois descobriu que Lucas ficava com a chave só que o avô inventava desculpas e mais desculpas para que eles não fossem.

Eliel levava na boa tentando convencer o avô, que simplesmente dizia que eles tinham que fazer outras coisas primeiro.

—Você não quer que a gente vá lá é isso?

Charlotte tomou a iniciativa, já irritada.

—Não, é só que... É um lugar importante pra mim, ainda não estou pronto pra deixar alguém entrar lá.

A menina bufou:

— Pode nos mostrar a carta pelo menos?

Lucas assentiu e entrou numa porta da sua casa, voltou com um papel na mão que entregou para Charlotte, ela abriu na vista de Eliel:

"Aqueles a quem devo explicação... 11 de junho de 2013
Peço de todo meu coração, que não fiquem chateados comigo pelo que, bom, eu fiz. Papai eu sei que é uma injustiça o que fiz, já que o senhor se dedicou tanto a cuidar de mim, na ausência da mamãe, e agora quem está te deixando sozinho sou eu.
Papai me perdoe, por favor, eu te amo, te amo mesmo.
E o mesmo vale para meu irmão mais velho Jonathan, que eu tanto amo, vou sentir falta de você.
Apesar de tudo.
Eu não quero ir, o fato é que eu simplesmente não aquento mais, estou triste, chateada e não quero parar a vida de vocês por causa de um problema idiota como esse, não quero e não vou!
Eu vou resolver as minhas coisas por conta própria, eu vou embora – quando lerem eu já fui na verdade – e me dói muito isso, porque eu não quero deixar vocês, vocês são minha família, mas eu preciso ir.
É necessário pela justiça!
Vou fazer o que tenho que fazer, e te peço que façam o mesmo.
Minha amiga Bruna, obrigado por ser a amiga que eu preciso.
Você é incrível.
Ao meu cachorro o querido, bagunceiro e esquisito, Bingo.
Você não vai comer mais minhas sandálias.
Eu queria dizer que amo todos vocês meus amigos – que não citei, porque é muita gente – e que não precisam me procurar, porque eu estarei sonhando. No mundo dos desacordados.
Perdoem-me, e saibam que eu te amo,
Ops...! Eu esqueci de alguma coisa?
Não, porque pra você meu querido Lucas, deixo apenas essas palavras.
Eu voltarei.
Saudades
Katherine Lefrever"

A carta deixou tanto Eliel quanto Charlotte meio tristes, eles tinham quase todas informações agora.

Eles se retiraram algum tempo depois, conversaram um pouco mais, tomaram um café e deixaram Lucas sozinho com seus pensamentos e o clima pesado logo se dispersou.

Eliel foi andando em silêncio até chegar à casa de Charlotte.

—O que foi, Eliel?

Ela perguntou de forma carinhosa, um tanto preocupada.

—Não sei.

Eliel disse.

— Você foi um pouco indelicada com meu avô hoje...

—Você achou?

Charlotte perguntou com os olhos fixos em Eliel.

—Um pouco.

—Eu não acho querido.
Ela passou a mão no rosto dele lentamente.

—Eu fui sincera, gostei muito do seu avô, só que eu não vou mentir para agradá-lo.

Eliel refletiu nas palavras de sua amiga. Não sabia o que pensar, por fim, ele
sorriu.

—Você está certa, Lotte.

—Lotte?

A jovem perguntou com uma expressão divertida no rosto

—É, um apelido bobo. Deixa pra lá!

O garoto já estava de cabeça baixa todo corado, Charlotte levantou o rosto dele.

—Assim está melhor, não gosto que você olhe para baixo.

Eliel suspirou e lentamente foi se formando um sorriso, eram quase 17 horas da tarde, havia demorado na casa do avô.

—Vou ter que ir para casa, amanhã a gente pode se ver?

—É, claro.

Charlotte disse e o abraçou em despedida, finalizando com um beijo no rosto. Ele voltou para casa, enquanto ela entrava na sua.

Charlotte cumprimentou os pais e subiu para o quarto, pelo que percebeu seu irmão Daniel ainda não estava em casa, Charlotte também não viu Fernanda, deveria ter saído.

—Charlotte?

Nanda perguntou ao entrar no quarto em seguida.

—Ei, o que foi?

A irmã se sentou ao lado dela na cama preocupada.

—Por que você está chorando?

O quarto estava escuro por causa das janelas fechadas. Charlotte não havia percebido que Fernanda estava ali, se não com certeza, não teria demonstrado fraqueza. Charlotte continuou chorando.

—Foi aquele idiota? Ele te fez alguma coisa?

A menina não disse nada, só soluçava sem parar.

—Que merda, Charlotte! Como eu te ajudo assim?

Fernanda abraçou Charlotte e elas ficaram assim por um bom tempo.

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