Capitulo 2
Charlotte veio sozinha de sua antiga escola até sua mais nova casa, no Areal do Taquari, mas isso não fazia diferença para ela, já estava acostumada a estar sozinha, confiante desceu no ponto de ônibus que lhe disseram, e viu o lugar.
Era um lugar pequeno, dava pra ver onde começava e onde acabava da parte alta da estrada que estava, observou também que toda a localidade era fechada por morros, menos atrás de si, que deveria ser o litoral, ela atravessou a rua e desceu uma curta ladeira, que dava exatamente de frente para um supermercado bem grande, e ao lado estava a igreja.
Bem do seu lado esquerdo, tinha uma quadra de esportes gigante, com telhado pra chuvas que pareciam ser alumínio e tudo mais, se virou para esse lado e foi.
O lugar estava bonito, para Charlotte, em frente a igreja da cor verde havia um lindo jardim, era tudo normal.
O que mais a incomodava, era o fato de não ter ninguém na rua, e o dia estar escuro, mas isso devia ser normal pelo fato de ser ainda seis horas da manhã.
Só se ouvia passarinhos, e alguns grilos delirantes.
Enquanto andava, Charlotte observava tudo, as poucas árvores, as casas que eram incrivelmente bonitas perfeitamente programadas.
De repente ela percebeu, não era o lado de sua casa, sua mãe havia dito: "Vire se a direita", mas ela havia se desconcentrado, e agora teria que andar um pouco a mais, não que fosse longe, não tinha nem cem metros, mas, com o peso das malas tudo ficava pior.
Continuou andando, enquanto perguntas pairavam sobre elas.
Eram tantas dúvidas, ao mesmo tempo, mas nada importante para deixá-la preocupada Afinal, ter uma casa novamente, uma família, depois de algum tempo fora causavam perguntas.
Seria igual a antes?
Depois de fazer o trajeto que sua mãe lhe dissera chegou em frente a uma casa diferente de todas as outras, não por ser mais bonita nem mais moderna, e sim mais normal... para Charlotte, digamos que comum.
Era um sobrado grande da cor marrom, uma cor que Charlotte não gostava muito mas que ainda assim, o deixava elegante e bonito, com duas janelas em cima pequenas na parte da frente, dos lados ela não conseguia ver, e duas gigantes janelas em baixo que tinha uma porta bem no meio, seguido de uma varanda pequena com uma cadeira de balanço, em sua frente um lindo jardim se fazia bem amplo e grande.
Ela observou tudo isso, através do portão de grades de ferro que tinha na entrada e quando pensou em gritar para alguém, o portão se abriu automaticamente.
Fernanda esperava Charlotte olhando pela janela, estava programado para que ela chegasse hoje pela manhã. Sua irmã, apesar de mais nova, era a mais ocupada da família.
Ela e Charlotte eram muito íntimas, não tanto quanto ela e Daniel, mas eram grandes amigas, então Nanda estava esperando que ela chegasse. Sem atrasar, os cabelos loiros de Charlotte apareceram na vista de Nanda.
Ela desceu as escadas, sentindo um cheiro de café fresco inundar a casa. Atravessou a sala já podendo ver Alice, com um avental sobre a roupa e os longos cabelos negros bem presos, ela sorriu quando viu Fernanda, sempre assim, um sorriso de boas vindas:
— Oi querida.
— Oi, mãe. — As duas sorriram, cada uma no seu papel. — Charlotte chegou, eu a vi chegando pela janela.
—Ótimo, abra o portão para ela. Cadê o Daniel?
Enquanto, Fernanda assionava o botão que abria o portão, Alice chamava Daniel para ver Charlotte e Fausto já aparecia na cozinha se sentando na mesa. Fernanda e Charlotte se abraçaram ainda no quintal trocando seus recados de saudades.
As duas entraram em casa, Charlotte sorriu para todos deixando suas malas no chão:
— Tenho saudades! E um monte de recados para vocês!
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