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Capitulo 17


— Você é muito influenciado por seu avô, não é?

Charlotte perguntou com desdém, tomando um gole do seu refrigerante.

—Um pouco.

Eliel disse sorrindo.

—Seu avô não é perfeito, Eliel, e eu quero que você perceba isso.

—As vezes eu acho que você não gosta dele.

—Eu gosto, só não quero que você idolatre uma pessoa, não é certo.

Eliel a observou enquanto formulava uma resposta, ela parecia madura e certa do que falava.

—Por que você diz isso?

Charlotte deu de ombros e com um leve suspiro, respondeu:

—Ouça o que eu vou te dizer, pois é um conselho, nunca confie totalmente em alguém, sempre desconfie, nunca se entregue totalmente.

—Por que você diz isso?

Charlotte o olhou, e com a expressão séria foi sincera.

— Porque um dia eu confiei.

Eliel percebeu que aquela era a primeira vez que aquela garota deixava Eliel atravessar algum tipo de barreira, ele percebeu imediatamente que ela tinha um segredo.

Ele também sabia que não importava o que fizesse, Charlotte não falaria, era um segredo protegido muito bem, já que ele não havia percebido até agora;

—Eu confio em você.

Eliel declarou e a menina que estava com a cabeça baixa, levantou os olhos para olhá-lo, sem sorrir ou mostrar qualquer tom de brincadeira, ela respondeu:

—Não o faça.

Terminaram a janta e resolveram andar pela praia, Eliel pagou a conta e em seguida eles andaram até a praia, Lotte retirou as sandálias e o garoto resolveu fazer o mesmo, retirou seu tênis, e eles caminharam em silêncio.

O silêncio não estava incômodo para nenhuma dos dois, depois de algum tempo de caminhada, Eliel puxou Charlotte e a fez cair na areia ao lado dele.

—Vamos sentar aqui.

Disse ele, rindo da cara de Lotte que havia se assustado por isso caiu.

Ela sorriu encostou no ombro dele, olhando o mar a frente.

—Bobo! Quase me machucou...

—Desculpa;

Eliel disse já ficando com a respiração irregular ao pensar no que queria falar.

A noite felizmente ajudava ao clima, Charlotte estava ali no seu ombro e para Eliel não existia um motivo maior para felicidade, o mar a frente estava calmo, e não tinha ninguém andando na praia, apenas algumas pessoas nas extremidades.

—Lotte,

Eliel sussurrou no ouvido da menina.

—O que foi?

—Eu gosto muito de você...

—Eu também.

Charlotte disse com a voz delicada.

—Eu queria fazer melhor, mas estou ansioso demais para isso.

Charlotte riu, nervosa, Eliel suspirou.

—Eu quero você na minha vida, Lotte.

Ela desviou a atenção do mar, olhou para Eliel.

—Eu realmente quero você.

Repetiu de forma intensa.

—Eu também quero você.

Os dois estavam nervosos, e olhavam um para o outro, sorriam nervosamente.

—Você quer namorar comigo?

Charlotte riu, seu sorriso foi de canto a canto da boca.

— Você ainda tem dúvidas?

Ela perguntou, sem nem dar tempo para qualquer pensamento, o beijou na mesma hora;

Um beijo lento e demorado, um beijo como nenhum outro que eles haviam tido.

—Isso é um sim?

Eliel perguntou, quando enfim se afastaram e um pouco corado os dois se entreolharam.

—Não é apenas um sim, é um com certeza.

Eliel não se lembra se guardou todos os detalhes, mas aquela noite tinha sido perfeita.
Ele se lembra desde o momento em que andaram de mãos dadas como simples namorados apaixonados, dos beijos que foram trocados, da ida até a casa, de quando eles oficializaram o namoro para a família dela naquela mesma noite, e que com apenas um "tome cuidado com a minha filha" ele recebeu a benção de Fausto no namoro dos dois.

Eliel sorriu e disse que tomaria todo o cuidado com Charlotte, cuidaria dela como se fosse a própria vida. Estava sendo sincero.

Alice saltitou de felicidade e disse que ele era o tipo de genro que gostaria de ter, Daniel deu um soco nas costas de Eliel como cumprimento e disse "pô cara, agora você é meu brother", e Fernanda apenas cumprimentou e deu de ombros com indiferença.

No dia seguinte foi oficializado para a família de Eliel, Juliana sorriu e recebeu Lotte com um abraço apertado, Eliel não entendeu bem o porquê mas seu pai não foi tão caloroso.

Agora só faltava contar a novidade ao seu avô.
Três dias depois, Eliel e Charlotte tinham combinado de passarem na casa de Lucas para contarem algumas novidades sobre Katherine e também para falarem sobre o namoro dos dois.
A melhor parte seria a do namoro, porque no caso de Kathy eles estavam parados sem saber o que fazer, não havia nenhuma pista sobre onde ela poderia ter ido ou qualquer coisa desse tipo.

Charlotte saiu ao encontro de Eliel da porta de casa, ela carregava uma pequena bolsa que combinava com sua blusa bege e calça jeans simples, hoje ela estava com o humor em alta.

Saiu sorrindo, e deu um selinho nele antes de cumprimentar.

– Vamos, amor?

Eliel passou a mão pela cintura dela, e assentiu começando a perguntar como ia o dia dela que respondeu que estava normal, Charlotte também mostrou que estava ansiosa para ver o que Lucas acharia do namoro dos dois.

—Espero que ele fique feliz

Charlotte começou dizendo.

—Que a reação dele seja melhor que a de seu pai.

Eliel deu de ombros, não tinha como defender o pai, a reação dele realmente não foi boa e ele também não fez questão nenhuma de disfarçar.
Juliana morreu de vergonha mas tentou remediar a situação no entanto Charlotte era esperta, e percebeu facilmente que o Sr. Stanley não havia gostado dela afinal franzir o cenho, não dirigir a palavra a alguma pessoa não é um sinal de amor. 

Eliel brigou com o pai depois que a namorada havia ido embora, mas tudo o que seu pai disse foi "essa menina não me parece uma boa pessoa", o que gerou uma grande discussão em casa, Juliana tomando partido de Charlotte junto com Eliel, mas as coisas já tinham melhorado.

Charlotte percebeu o silêncio de Eliel, mas não se importou, as vezes não falar nada era a melhor resposta.

Chegaram na casa de Lucas uns dez minutos depois quando estava quase anoitecendo, Lucas ficou muito feliz em vê-los e com um abraço caloroso os convidou a entrar.

—Achei que vocês nunca mais voltariam a minha casa.

Eliel ainda de mãos dadas com Charlotte caminhavam para dentro da casa de Lucas, com o senhor a frente.

—Queríamos ter vindo antes mas estávamos um pouco ocupados, vovô.

Lucas assentiu, ainda com seu sorriso envolto pelas rugas.

—Entendo.

Os três se sentaram na sala para conversarem, Charlotte sentou com as pernas cuzadas numa cadeira enquanto avô e neto se sentavam no sofá.

—E como vão? —Lucas perguntou, enquanto se recostava no sofá. —Estão bem? O que andam fazendo? Contem-me tudo...

Eliel se empolgou, e olhou para Lotte que sorriu em cumplicidade.

—Temos duas notícias...

—Uma boa e outra ruim.

Lucas fez uma careta brincalhona.

—Comecem pela boa... Acho que é melhor
porque depois a ruim não tem tanto efeito.

Eliel olhou para Charlotte que devolveu o olhar de cumplicidade.

—Pode contar, Lotte.

Charlotte fez cara de assustada e negou com a cabeça.

—Prefiro que você conte.

Eles ficaram se encarando, e de repente ambos começaram a rir deixando Lucas confuso em seu lugar.

—Contem logo!

O velho pediu.

—O.k. —Eliel disse olhando para a amada. —Eu e a Lotte estamos namorando.

Lucas pareceu surpreso mas contente.

—Ora essa!? Mas que notícia maravilhosa!

—Obrigada.

Charlotte e Eliel agradeceram em uníssono e logo Lucas os encheu de perguntas, eles ficaram felizes em contar como tudo começou mais uma vez. Era bom lembrar.

Depois de alguns minutos falando sobre os dois, Lucas resolveu voltar ao assunto de origem.

—Vocês disseram que eram duas notícias, uma boa e uma ruim. Chegou a hora da ruim.

Charlotte deu um longo suspiro e voltou a olhar para Eliel, por meio de olhares os dois decidiram que ela contaria, e foi o que a menina fez, depois de passar a mão nos cabelos para os arrumar.

— Bom, a verdade Lucas é que nós não sabemos mais o que fazer, eu e Eliel estamos tentando, mas não temos mais nenhuma pista sobre sua amiga. Temos que lhe dizer que é impossível encontrá-la.

Lucas suspirou infeliz, aquela com certeza não era uma notícia que ele gostaria de ouvir.
O silêncio se seguiu desconfortável afinal Lucas não esboçou nenhuma opinião e apenas fechou os olhos recostando a cabeça no sofá.

Eliel e Charlotte se entreolharam sem saberem o que fazer, eles haviam desistido depois de olharem todas aquelas inúmeras investigações e não terem nada que o ajudassem.

Eram informações e mais informações, porém nada que realmente os levassem até Katherine.
"Eliel, estou cansada" dissera Lotte "Vamos ficar nos enganando numa busca que é praticamente impossível, nem sabemos se essa senhora está viva"

Eliel entendia sua namorada, eles tinham tantas coisas para fazer e aquilo não era nada fácil. Buscar uma pessoa que tinha sumido há tantos anos, sem nenhuma ideia de onde ela poderia estar, parecia coisa de filme e como eles não estavam em um filme isso não era tão fácil quanto parecia.

"O que você sugere? "

Eliel havia perguntado, voando em pensamentos.

"Eu sugiro que demos atenção a coisas reais, entendo o quanto você ama o seu avô e quer deixá-lo feliz, mas nem sempre essas coisas são possíveis"

Eliel havia concordado, mas agora com os três ali naquela sala e vendo seu avô tentando esconder as lágrimas que infelizmente haviam lhe escapado, ele tentava ver se não havia algum detalhe que eles tinham deixado escapar.

Apenas um detalhe.

—Mas talvez...

Eliel começou a dizer enquanto pensava. Ele precisava se lembrar, precisava.

Lucas abriu os olhos com aquele começo de frase um pouco esperançoso e Lotte ficou mais esperta.

—Eliel.

Charlotte o repreendeu.

Lucas encarou Charlotte e a observou, ela encarava Eliel como se fosse uma mãe preocupada com as ideias loucas de seu filho e por uns poucos instantes Lucas percebeu algumas feições familiares no rosto daquela moça.

Uma familiaridade que ele não tinha percebido. Mas da onde vinha aquilo? Com quem ela parecia?

—Talvez...?

Lucas perguntou já que aparentemente Eliel não pretendia falar mais nada e ao invés disso apenas olhava o chão e de vez em quando apertava os olhos como se forçasse a se lembrar de algo que esqueceu.

—Talvez exista algo que eu deixei passar, e que possa ajudar.

Charlotte voltou a aumentar a voz.

—Eliel nós já tínhamos conversado sobre isso.

—Não, Lotte!

Eliel respondeu se entusiasmando de repente.

—Esquecemos uma coisa muito importante! Jonathan disse que ela tinha um diário e ele pode nos ajudar! Talvez Katherine tenha dito para onde ia no seu diário!

—Eliel, já faz setenta anos é improvável que esse diário exista ainda!

—Existe cinquenta por cento de chance que ele exista, amor.

—Sim! E aonde vamos achá-lo?

Charlotte perguntou irritada, Lucas não pode deixar de ver que semelhança cresceu quando ela se irritou.

—Na verdade

Lucas interrompeu.

—O quarto de Katherine continua intocado até hoje, quando Jonathan morreu, o pai se mudou da casa e deixou as chaves e os documentos comigo.

—Poderíamos ir até lá?

Eliel perguntou mais feliz do que nunca.

—Se vocês quiserem, eu dou a chave e vocês podem ir amanhã mesmo.

Lucas respondeu sorrindo não só por ter mais uma esperança mas também pelo entusiasmo do neto, porém não deixou de perceber que Charlotte não estava muito feliz.

—Combinado então.

Eliel concordou rapidamente.

—Combinado então

Charlotte disse se levantando com a cara fechada.

—Podemos ir agora?

Eliel se levantou sem contrariar porque estava com vergonha da atitude da namorada e não queria passar mais tempo daquele jeito, se despediu do avô e foi atrás de Charlotte que saiu pisando duro pelas ruas, Eliel aguentou até certo ponto mas ficou irritado e quis parar com aquela pirraça boba.

Ele a puxou pelo braço.

—Ei, por que você está assim? Agindo como uma criança?

Charlotte bufou de raiva.

—Porque você decidiu tudo sozinho Eliel! Tínhamos combinado de parar de buscar por Katherine! Só que você não sabe se conter... será que não percebe que é uma idiotice? Vamos ficar a vida inteira buscando por uma pessoa que já morreu!

Eliel riu, incrédulo. Charlotte estava agindo como uma completa idiota.

—Você não sabe se ela morreu, Charlotte! Você não pode afirmar nada!

—Eliel—Ela diminuiu o tom de voz. —Eu gosto muito de você, mas não quero viver em mentiras, eu estou cansada de fantasia, tudo o que eu quero é ter uma vida calma e comum. Ter um namorado, uma família um pouco louca... eu não quero viver investigando a vida de uma pessoa, indo a delegacias e colhendo informações. Quero apenas paz.

—Mas eu não posso deixar meu avô sem realizar seu sonho...

—Esse é o problema, Eliel! Mas que droga... você tenta fazer as coisas para os outros, mas não faz nada para si mesmo. É quase improvável que encontremos essa mulher... E aí estamos nós feito dois loucos brigando por isso.

Eliel se aproximou dela e a beijou levemente.

—Me ajude só mais um pouco, se eu não conseguir nada, eu prometo que paro com isso na mesma hora.

Charlotte suspirou, cansada.

Olhou fundo nos olhos de Eliel e o abraçou.

—Tudo bem—Charlotte murmurou—Vamos até lá amanhã e será a última coisa que faremos se não conseguirmos nada com esse diário.

******************************************

Lucas estava olhando as estrelas daquela noite, na sua balança sentindo a brisa da noite batendo em seu rosto.

A casa estava silenciosa novamente depois da visita do seu neto e de Charlotte.

Ele sorriu ao lembrar dos dois juntos, sentia saudades da época em que era jovem assim. Das brigas, das futilidades. Passou tão rápido.
Ele se lembrou que houve uma época que a casa dele não tinha silêncio, e tudo o que ele ansiava era um pouco de paz.

Agora ele tinha tanta paz que queria ser um pouco estressado.

—Ei, Lucas.

Ele podia ouvir a voz de Renata até hoje o chamando, sempre que ele se sentava ali naquela balança antes de dormir quando as crianças já estavam na cama. Era uma coisa que ele costumava fazer quando precisava, porém, sempre que fazia, Renata saía de onde estava, preocupada, e ia até ele.

— Você não vai se deitar?

Ela costumava perguntar.

Ele sorria para a esposa e dizia que estava pensando um pouco, mas que já ia se deitar.

—E no que você está pensando?

Renata perguntava se sentando ao lado dele e recostando no ombro de Lucas, voltando sua atenção para as estrelas também.

As respostas variavam de dias para os outros, as vezes ele pensava nos filhos, outras vezes no trabalho, na igreja e as vezes ele apenas sussurrava no ouvido da sua esposa o quanto ele a amava.

Teve um dia que quem apareceu foi Henrique, seu filho mais velho, pai de Eliel, naquela época ele tinha apenas nove anos.

—Papai?

Henrique chamou da porta, com voz sonolenta.

—Fala, querido.

—Mamãe perguntou se você não vai deitar.

—Vou daqui a pouco — Lucas disse sorrindo.— Por que não se senta um pouco comigo?

O garoto assentiu e foi até a balança, estava apenas de cueca porque estava bem quente naqueles dias, seu cabelo estava curto mas no corte branca de neve. Era uma fofura, Lucas amava tanto seu filho, antes não sabia que poderia haver um amor daquele tamanho, o garoto se recostou no colo do pai e juntos olharam as estrelas em silêncio por um bom tempo.

—Papai?

Henrique chamou após um tempo, com a voz mais atenta do que antes.

—O que foi?

—Quando você se apaixonou pela mamãe, o que você sentiu?

Lucas se surpreendeu com a pergunta, e demorou um tempo para responder;

—Eu senti um frio na barriga, uma vontade louca de estar perto dela e sempre que eu falava algo de errado tinha medo de tê-la magoado. Era algo muito ruim e bom ao mesmo tempo.

—Por quê?

—Porque as vezes nos faz sofrer, o fato de você não saber se a pessoa sente o mesmo.

O garoto ficou em um silêncio, pensativo, fazendo um movimento com a mão incontrolável. Lucas resolveu não interromper aquilo, gostava desses tipos de silêncio que as vezes surgiam.

—Papai?

A voz de Henrique soou bem fraca depois de vários minutos, ele assentiu para que o filho falasse.

—Acho que posso estar apaixonado.

Lucas sorriu para seu filho que ainda era uma criança, apenas uma criança e abriu um sorriso gigante de contentamento.

—Quem seria a sortuda?

Bons tempos, Lucas pensou voltando a realidade, bons tempos.

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