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Capitulo 14

Charlotte chegou por volta das nove horas da manhã, o que deixou Eliel meio atordoado ao ser repreendido por sua mãe quando ela teve que acordá-lo.

—Você chamou a menina e não acorda, Eliel?

Eliel escovou os dentes, tomou um banho rápido e foi até a cozinha, sorriu ao ver Lotte batendo papo com a sua mãe, sentadas a mesa tomando café.

Sua mãe adorava aquela menina, e é claro que Eliel não conseguiu impedir os pensamentos de que seria uma família perfeita, Juliana gostaria de ter uma nora assim, mais uma vez Eliel freou sua mente imbecil.

Charlotte percebeu o amigo alguns instantes depois e como sempre sorriu de orelha a orelha.

—Eliel.

Disse a menina fingindo dar uma bronca.

— Achei que você já estaria acordado

—É bem cedo, Eliel observou.

—Foi o que eu disse quando me ligou ontem, só que você disse que seria melhor porque dava para aproveitar melhor o dia.

—Eu te liguei?

Charlotte parou se sorrir e sua feição parecia decepcionada.

—Sim, ontem a noite.

—Me desculpa, mas estava com muita dor de cabeça e não consigo lembrar.

Dona Juliana interrompeu a conversa espantada.

—Epa! Está ficando louco meu filho Esquecendo as coisas?

Eliel ignorou a mãe e foi até a Charlotte e falou, lhe deu um beijo no rosto e disse:

—Não importa se eu esqueci, meu eu sonâmbulo tem razão.

Charlotte corou
imediatamente.

—Quanto mais cedo que você venha melhor.

Juliana dissimulou uma tosse e começou a cantar uma canção inexistente em
ritmo desorganizado e voz desafinada sobre paixão.

O rosto de Charlotte ficou vermelho ao extremo e ela tentou rir para disfarçar a vergonha.

—Acho que não Dona Juliana, seu filho não pensa nisso.

—Então quer dizer que você pensa, Charlotte?

Juliana perguntou se empolgando com Charlotte, que segundo Eliel percebeu, já
não parecia mais envergonhada, parecia até que era alguma forma de ataque, algum jogo de conquista.

Ele se surpreendeu com aquela atitude, Lotte era imprevisível de vez em quando.

—Eliel é o melhor garoto que encontrei em anos, seria hipocrisia minha dizer que não seria a garota mais sortuda se o tivesse ao meu lado.

—Epa, é assim que eu gosto direta e decidida!

Juliana bradou, dando uma piscadela para Charlotte.

Pronto, Charlotte pensou, ela já havia conseguido a aprovação da mãe, e isso
com toda certeza era um ótimo início.

—Parem com isso! —Eliel cortou com irritação na voz. —Eu e Charlotte somos
amigos, mamãe.

Juliana levantou os braços como se estivesse se rendendo, e Charlotte apenas se calou, ela até tentou sorrir pelo que Juliana observou, mas a menina não conseguiu, o que deixou aquela mulher com vontade de ajudar aquele casal.

E ainda mais que se tratava de seu filho e Charlotte era uma ótima garota, tudo que Eliel precisava.

Tomaram café e depois de alguns minutos, Lotte voltou a sorrir.

Quando terminaram, os dois disseram a Juliana que podia deixar a louça por conta deles, e quando puderam parar, foram até o quarto do garoto, pegaram o computador para verem os testemunhos de amigos e familiares sobre o desaparecimento de Katherine.

Antes de verem eles viram como estava o caso quando foram gravados aqueles DVDs, naquela momento os policias acreditavam em sequestro e procuravam pistas para descobrir qualquer coisa.

Eliel tremeu ao perceber, que havia uma linha de acusação, que eles também acreditavam em assassinato no inicio e os principais suspeitos eram seus avós, Renata e Lucas.

Acreditavam nisso por causa dos ciúmes de Renata e da briga de Kathy com Lucas.

Eliel suspirou fundo, tentou ignorar e perguntou para Lotte:

—Qual vemos primeiro?

Eliel perguntou olhando a sacola de coisas que havia recebido de Marcos. Charlotte olhou para os DVDs e deu de ombros.

—Não sei. — ela respondeu. —Não faço a miníma ideia de quais são os mais
importantes.

Eliel pegou um sem escolher e disse:

—Já que vamos ver todos, não faz diferença.

O primeiro DVD era de uma amiga de Katherine, na imagem aparecia uma
menina sentada em uma mesa em frente a um delegado, ela era de pele branca com cabelos pretos e cacheados, a única parte de sua roupa que mostrava era o casaco preto e largo pois o resto a gravação não pegava.

A menina, cujo nome era Bruna, estava com o olheiras profundas como se não soubesse a muito tempo o que era dormir.

Na maior parte do tempo narrou um dia comum entre amigas, como era Katherine, o que ela gostava de fazer, não tinha nada de muito importante só que o que se podia perceber é que Bruna gostava muito de Kathy, pois chorou em praticamente todo o tempo que falava.

Quando terminou, Charlotte estava com os olhos emocionados.

—Ela era uma boa amiga, observou.

Eliel concordou e pegou o segundo DVD que era do moço que se intitulava pastor, foi bem pouco o tempo.

Ele falou de forma clara sem rodeios, sobre como ela era e estava, disse que não havia tido muita conversa com ela desde a disciplina, foi somente isso.

Charlotte deixou bem claro para Eliel que não foi com a cara daquele moço.

—Que homem frio, - falou ela pasma. —Falou com naturalidade, boas palavras mas nenhuma emoção, mesmo sabendo que se ele tivesse sido justo, pode ser que Katherine não tivesse ido embora.

—É, mas ele não tinha como saber o que era mentira, Lotte. Lembre-se que mentiram pro coitado do moço.

—Sim, eu lembro, foi seu avô que mentiu.

Eliel ignorou Lotte dessa vez, as vezes ela falava coisas sem pensar que podia magoar a pessoas, isso era irritante.

O terceiro DVD foi de Lucas, Eliel se surpreendeu com a aparência do avô, estava tão jovem naquela época.

Era um jovem com cabelos castanhos, naquele vídeo assim como Bruna, Lucas estava derrotado, mas ele estava um pouco pior, sua voz saía embargada quase sem forças, seus olhos estavam fundos e por nenhum minuto conseguia parar de chorar. Lucas falou sobre tudo o que aconteceu, os boatos, a briga dos dois, a raiva de Kathy, podia se perceber facilmente porque Lucas estava pior que Bruna, porque ele carregava o peso da culpa dela não ter o perdoado.

Lucas deixou bem claro em meio aos prantos que ele nunca faria mal a Katherine, que ele a amava muito, que eram amigos de infância, também garantiu que Renata nunca mandaria ele encostar em Katherine e que eles haviam terminado antes mesmo dela ir para França, antes mesmo de Kathy sumir.

Renata foi a próxima a depor, estava calma, não chorava mas estava um pouco triste, ela disse quase o mesmo que Lucas só que do próprio ponto de vista.

Eliel observou sua avó em silêncio, ele não se lembrava dela e as imagens vagas que tinha era de uma senhora, que apesar da idade não tinha cabelos brancos, ali era apenas uma menina bonita, com a pele morena, da cor do índio com cabelos cheios e cacheados.

—Ela parecia ser sincera.

Eliel disse, um pouco incomodado com o silêncio de Charlotte sobre os dois últimos depoimentos.

Charlotte deu de ombros.

—Eliel, são seus avós não são? —Ela perguntou. —Você nunca vai ter nenhuma opinião ruim a respeito deles.

—O que você quer dizer?

Eliel perguntou estranhando as palavras de Lotte.

—Que não vamos conseguir a verdade por trás deles, porque conhecemos e gostamos de Lucas e porque sua avó mesmo tendo falecido, é Renata.

—Você não parece ter uma opinião boa a respeito deles.

Eliel observou magoado.

Charlotte sorriu, e pegou a mão de Eliel e enquanto fazia carinho nela, disse lentamente.

—É claro que tenho boa opinião, e mesmo se eu quisesse e fosse óbvio teria boa opinião porque sei o que seu avô está passando para achá-la, é essa a questão. — Charlotte enfatizou. —Como eu poderia ter uma opinião ruim?

Eliel assentiu, com os olhos baixos, ele estava tentando entender o que Lotte dizia e no final quando tinha absorvido boa parte das palavras dela, começou a concordar.

O penúltimo DVD era do pai de Katherine, e Charlotte pareceu estar com um certo receio de ver aquele depoimento.

Os dois estavam sentados em frente ao computador, em duas cadeiras encostadas bem do lado um do outro, Lotte se recolheu na cadeira, como se estivesse com frio assim que a fita começou a rodar.

O homem que estava na sala, era um homem pelos seus quarenta anos, não tinha fios de cabelos brancos, pelo contrário era muito bem conservado.

Eliel tentou imaginar como seria aquele moço em seus dias normais, porque naquela gravação ele estava horrível, com a barba por fazer e os olhos com as piores olheiras até agora, seu corpo estava mole e assim que se sentou, parecia que poderia cair a qualquer momento.

Charlotte suspirou fundo e Eliel pode observar que ela já estava se emocionando.

—Boa tarde, Sr. Lefrever, — disse o delegado, casualmente como em todas as outras vezes. — Você pode me dizer como era sua relação com Katherine no dia a dia?

—Como qualquer outra relação de pai e filho, Kathy é uma menina muito responsável, cuidava dos estudos e estava sempre fazendo as coisas em casa. Faz o papel que a mãe dela deveria estar fazendo e aprendeu tudo sozinha na maior parte, eu trabalho quase o dia inteiro e ela estudava de manhã enquanto fazia as outras coisas a tarde, é muito dedicada e a noite quase todos os dias ia para igreja só que está afastada da igreja nesses últimos dias portanto ficava em casa, no geral nossa relação é muita boa, quase não brigamos e ela está sempre me apoiando.

—E a relação dela com Lucas?

O delegado perguntou sem nenhuma emoção na voz.

—Eles foram melhores amigos desde a infância até algumas semanas atrás, quando brigaram feio, pelo que minha filha disse, Lucas tinha mentido, não a defendeu quando ela mais precisou. Kathy estava muito magoada, não estava falando muito, e para quem a conhece sabe o quanto isso é estranho.

Nos três últimos dias que passou em casa, ela estava agitada, pensativa como se tivesse que tomar alguma decisão e não soubesse o que fazer, a amiga Bruna também percebeu e até conversamos sobre isso, cheguei a perguntar o que estava acontecendo umas duas vezes naqueles dias, mas ela não respondia, apenas dizia que me amava e que eu não precisava me preocupar.

—Katherine citou o nome de alguém desconhecido nesses dias?

—Não que eu me lembre.

—Ela falou algo sobre ameças ou coisas desse tipo?

—Não.

—Ela falou algo sobre Lucas ou Renata?

Sr. Lefrever pensou um pouco antes de responder, e com algum contrariamento respondeu, de forma sincera.

—Lucas estava a perseguindo na escola, tentava falar com ela todos os dias mesmo sabendo que minha filha não queria saber dele, já com Renata acho que não houve contatos, Lucas e Renata tinham terminado e ela não estava com muita vontade de falar com Kathy também, o trio de amigos havia se dissipado em pouco tempo, ninguém falava com ninguém.

—Falou com algum dos dois depois que sua filha desapareceu?

—Sim, falei com Lucas, ele estava desesperado, tinha acabado de defender minha filha e contado a verdade para todo mundo arrependido e Kathy simplesmente sumiu, na concepção dele, tinha agido tarde demais, e ele já não estava suportando isso. Acho que ele é uma das pessoas que mais querem encontrar Kathy, e a respeito de Renata conversei apenas com o pai dela, segundo ele Renata estava muito triste e se sentindo culpada.O Sr. Pereira falou para mim que ia mandá-la para França, assim que tudo isso acabar.

—Sr. Lefrever, você tem alguma opinião sobre o que pode ter acontecido com sua filha?

O pai de Katherine suspirou e com pesar na voz, falou:

—Em alguns momentos, chego a pensar que talvez Katherine tenha ido procurar a mãe, mas não acho realmente que ela tenha feito isso e volto a estaca zero, pois não acho que ela tenha ido embora sem avisar então o que me resta é doloroso demais, quem poderia fazer mal a uma pessoa tão boa como minha filha?

Não teve mais nada.

A gravação terminou ali.

Charlotte permaneceu em silêncio, e Eliel se incomodou com aquilo.

Com voz delicada perguntou:

—Tudo bem, Lotte?

Ela deu um pequeno sorriso forçado.

—Sim, só estava pensando.

—Quer falar sobre?

Eliel perguntou preocupado.

—Não, está tudo bem, vamos terminar de ver os vídeos.

—Só tem mais um, o do Jonathan.

Charlotte assentiu ainda forçando o sorriso, resolveu fechar a janela porque começava a chover e esfriar.

Pegou dois cobertores, jogou um para Lotte que agradeceu e se cobriu, Eliel fez o mesmo e colocou o DVD, Jonathan era um rapaz de pele branca, cabelos curtos despenteados, estava sério.

—Ele tem cara de suspeito para alguma coisa.

Charlotte fuzilou Eliel com o olhar.

—Não fale uma besteira dessa.

—Por quê?

—Ele é irmão dela, e se matou por ela ter ido embora, você não acha mesmo que foi ele né?

—Estamos falando como se Katherine realmente tivesse sido sequestrada, sendo que sabemos que ela foi embora.

Charlotte estreitou os olhos, o amigo já percebeu que a opinião dela era diferente.

—Ela pode ter sido forçada a escrever uma carta, Eliel, nada é certo.

Jonathan tomou espaço com sua voz no vídeo, o delegado cumprimentou como sempre e ele se sentou.

Tinha uma voz grave, quando respondeu a primeira pergunta.

—Eu e Katherine somos irmãos, e fico infeliz ao responder que não somos nenhum pouco amigos, nossa relação é a mínima possível...

Charlotte de repente parou o vídeo, como se tivesse feito uma grande descoberta.

—Eis, que te digo porque ele não é nenhum pouco culpado. —Ela sorriu em triunfo. —Está falando da irmã no presente, se ele tivesse certo de alguma coisa, falaria dela no passado.

—O.k, você venceu.

Eliel afirmou e deu play no vídeo,

— ... ela até tentava falar comigo, mas eu preferia me calar. Não gosto de contatos com as pessoas e achava que já mostrava o quanto eu a amava só trabalhando, me esforçando para dar as coisas a ela. Me arrependo muito, mal posso ver a hora dela voltar e eu recuperar o tempo perdido. Katherine é uma pessoa maravilhosa, ela vai com certeza ficar feliz se souber disso.

—E a relação dela com Lucas?

Jonathan fechou o punho e socou a mesa.
O delegado não se assustou, afinal ele parecia um robô.

—Aquele estúpido era melhor amigo de Kathy, só que o idiota começou a ficar com uma vagabunda, que também era amiga de Kathy, posso dizer que minha irmã não é boa em escolher amizades, a garota se chamava Renata, era uma fofoqueira do caramba, começou a inventar umas mentiras da minha irmã.VOdeio esse tipo de gente, é claro que a fofoca espalhou e quem ficou mal foi a Katherine, sempre tão boa... —Ele parou para pensar como se estivesse se lembrando— Quando Kathy soube já estava ferrada, e aquele idiota do Lucas, defendeu aquela namoradinha dele, é claro.

O delegado bocejou, e continuou com a próxima pergunta:

—Sua irmã citou o nome de alguém desconhecido para você?

—Eu mal falava com minha irmã, se ela fosse falar algo, não ia ser comigo.

—Ela falou algo sobre ameças ou coisas desse tipo?

—Claro que não, Jonathan disse com desdém, provavelmente se irritando com a
postura do delegado, Charlotte observou e sem querer sua boca sorriu com aquilo. Se recostou no ombro de Eliel enquanto ele podia observar algumas lágrimas no rosto da amiga.

—Falou com Renata ou Lucas depois que Katherine sumiu?

—Eu não falava com minha irmã, e você acha que ia falar com algum deles?

—Você tem alguma opinião sobre o que pode ter acontecido com Katherine?

—Não, mas sei que ela tinha um diário, talvez possa ajudar.

O vídeo terminou e Charlotte tinha algumas lágrimas pelo rosto, Eliel passou a
mão para enxugá-las.

—O que foi, Lotte?

Charlotte riu de si própria, mas resolveu ficar ainda encostada nele.

—Ele me lembra Fernanda — Ela olhou para Eliel. — e fiquei com pena dele e de Kathy, que nunca conseguiu saber que ele a amava tanto...

A voz de Charlotte falhou e ela começou a chorar, Eliel a abraçou tentando servir para alguma coisa.

—Está tudo bem, Lotte, está tudo bem.

—Não está nada bem, Jonathan se suicidou, Katherine sumiu, eles dois nunca mais vão ter uma segunda chance. E isso me deixa profundamente perturbada.

Nunca mais teriam uma segunda chance, disso Charlotte tinha razão.

Nunca mais.

Nunca.

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