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28 - Lua de Mel (Charlotte)

O quarto era lindo, tinha uma cama espetacular de tão grande e macia, as luzes eram laranjas dando um ar exótico ao quarto.

As malas foram deixadas no chão pelo empregado do Hotel junto com uma taça de vinho em cortesia ao casal em Lua De mel, mas não agradou muito porque nem eu e nem Eliel bebíamos ou talvez ele passasse a beber a partir daquele dia de desgosto.

Estava dado o pé inicial, eu sentia o nervosismo dele e vacilei por alguns segundos, me concentrei na vingança. Era o que eu tinha que fazer, me concentrar no ódio por Lucas e até mesmo pelo fruto de tudo aquilo, que era Eliel.

Ele segurou a minha mão com carinho, havíamos chegados naquele Hotel a meia hora atrás, e eu sentia Eliel e sua ansiedade de longe. Meu marido tentou me beijar, e eu o afastei sem compaixão nenhuma.

—Não me toque.

Murmurei, demonstrando repulsa. Eu precisava fazê-lo sofrer, minha missão dada pelo conselho era essa, fazer Eliel duvidar de Deus, um exemplo na geração que eu deveria fazer cair.

E assim, eu realizava meu desejo fazendo Lucas sofrer pelo seu tão querido neto. Eu preferia atingir Lucas diretamente, mas se o Conselho preferia assim, para mim tanto faz.

—Lotte, o que foi?

Ele perguntou, compreensivo e resolvi o empurrar para longe

— Eu não quero que você me toque apenas.

Disse, por entre os dentes.

—Eu fiz alguma coisa?

Ele perguntou assustado, e com um temor eminente na voz.

—Você não deveria ter nascido e você fez isso. Entendeu? Você é um idiota, Eliel e eu não... deixe-me dizer direito e claro para que entenda: eu não te amo! Estou aqui por obrigação!

Eu senti que ele se afetou, me encarava assustado como se aquilo fosse uma brincadeira ou um pesadelo estranho.

Seus olhos correram meu corpo desesperado, ele não fazia a mínima ideia do que fazer ou dizer. Eu vi algumas lágrimas descerem pelos seus olhos, e ele balançar a cabeça como se dissesse que não.

—Charlotte, esta noite eu te chateei ou algo assim? Estávamos tão bem...

—Não estávamos bem! —Eu interrompi, com uma risada. —Nunca estivemos, e eu nunca gostei de você, entendeu?

—Lotte...? Amor, eu te amo... Eu não sei o que está acontecendo...

E de repente, eu vi Eliel caindo no choro inconsolavel, eu senti meu vacilo por alguns segundos, apenas uma vontade de o abraçar.

Eu senti a antiga Katherine em mim, durante dois segundos curtos. Respirei fundo, me recompondo, para o meu novo eu voltar, com raiva.

Eu não podia de forma nenhuma me arrepender, então ignorando os soluços dele puxei um cobertor e deitei para dormir.

Sem sucessos por causa do choro incensante de Eliel, pedi com voz dura:

—Eliel, pare de chorar, não consigo dormir,
está me incomodando.

Ele não conseguiu me obedecer.

********************************************

Acordei pela manhã, e vi Eliel dormindo deitado na poltrona do outro lado do quarto, no mesmo lugar que estava quando fui dormir.
Levantei-me e fui tomar banho, peguei uma roupa bonita, uma das melhores que eu tinha e entrei dentro de uma enorme banheira com espuma.

Devo ter ficado quase uma hora no banho, mas depois daquela noite, eu merecia isso e muito mais.

—Lotte?

Eu ouvi aquela voz insuportável, me chamar carinhosamente e então me esforcei, eu puxei o ar para dentro dos meus pulmões e lentamente abri os olhos que de forma relaxante estavam fechados.

—O que foi que você quer, agora?

—Eu queria ver se você melhorou, amor.

Eu gargalhei da pior forma que pude, para demonstrar que aquilo não foi apenas um ataque de mal humor, e que eu não estava nem aí para ele mesmo.

—Desde quando eu estava mal?

Fui o mais dura e irônica que pude ouvi sua voz dizer da forma mais doce e também desesperada, eu nunca o havia ouvido assim.

Mas aquilo não era minha culpa, Lucas fez por merecer, se não tivesse me machucado e traído como fez, seu neto não precisaria passar por aquilo.

—Ontem você...

—Ontem eu fui sincera pela primeira vez desde que te conheci, e me sinto muito bem.

—Eu te espero aqui fora amor, tome seu banho e relaxe.

Ele não disse mais nada além daquilo, e me poupou de ouvir sua voz melosa, mais uma vez, fiquei aliviada. Sua paciência era insuportável e me irritava.

Demorei mais algum tempo no banho, todo tempo era precioso e evitar aquele garoto era o que eu mais queria fazer.

Coloquei um vestido muito bonito e florido, eu queria causar desejo nele e mostrar que ele nunca poderia me ter.

Saí do banheiro e percebi que o quarto estava arrumado, provavelmente uma camareira havia passado por lá. Eliel não estava em nenhum lugar a minha vista, será que ele havia ido embora? Havia me deixado ali, sozinha?
Aquilo não estava no projeto, ele não podia ter ido embora, ele simplesmente não poderia ter feito aquilo.

Meu coração acelerou, sem motivos.

Por que meu coração estava agindo daquela forma idiota? Aliás, se Eliel tivesse ido embora não seria bom? Ele sofreria ficando ou não, era uma decepção de qualquer forma.

Mesmo com esses pensamentos, suspirei aliviada ao perceber que ele estava na varanda fazendo alguma coisa. Fui até lá, e observei da porta, Eliel com os cabelos bagunçados e a roupa amarrotada, tinha uma linda mesa com café da manhã e rosas vermelhas por toda a varanda. A vista também era maravilhosa, em frente a uma piscina maravilhosa e um belo jardim.

E eu me imaginei sentada ali, abraçada com ele sussurrando coisas e coisas em frente a uma lua maravilhosa, ou apenas as estrelas... Não seria tão difícil assim, seria? Só dizer que aquilo foi um erro na noite passada, só um pouco... só durante um dia.

Depois eu volto pro plano... O que eu estou pensando? Tenho que me concentrar no que devo fazer.

—Ei, você está sorrindo...

Eliel afirma, um tanto aliviado ao me perceber, e eu vejo realmente que estou sorrindo. Droga! O que eu estava pensando?

—Fiz isso pra você.

Ele diz sorrindo, todo orgulhoso e feliz ao me mostrar aquela mesa tão bonita, até parece uma criança diante da sua primeira construção de brinquedos ou sua primeira atividade na escola que faz sucesso.

Me pego sorrindo de novo... Mas que droga é essa?

—Ontem você estava meio mal, e eu não entendi o que aconteceu, então sei lá... resolvi tentar melhorar o seu humor.

E eu parei pra observar seus olhos castanhos tão esperançosos em me fazer feliz, tão preocupados em não me deixar infeliz.

Desviei a atenção dele, eu precisava achar um alvo de atenção e de repente uma ideia que me atinge com um ataque do meu coração, que acelerou tanto que perdi o ar.

—Ei, Lotte?

Sua voz suave volta a se preocupar.

—Isso é extremamente brega, como pode achar que isso me comoveria a ficar com alguém como você?

Eu digo, olhando para a mesa com cara de nojo, e puxando o pano florido faço toda a arrumação dele cair no chão, se tornando inútil. Vejo o jarro de suco quebrando, pedaços de bolo e rosas caindo, se misturando a uma total bagunça.

Eliel fica sem reação, olhando para o que acontece na sua frente, depois sua primeira atitude foi me olhar, vi as lágrimas se formarem nas bordas dos seus olhos.

—Isso estava horrível! —Eu grito, com um aperto estranho no coração. —Se quer fazer algo, Eliel, para me agradar, faça direito!

E me retiro sem olhar para trás.

Pego apenas o meu celular, e bato a porta do quarto, saindo para o corredor do Hotel vendo o sol forte iluminar todo o lugar, e imagino a cena novamente dos olhos de Eliel se enchendo de lágrimas.

O que mais me incomoda naquele exato momento, é que não me sentia tão satisfeita quanto deveria, eu sabia que estava fazendo as coisas certas então não fazia sentido para mim aquele aperto no peito. Durante todos aqueles meses de plano, eu nunca havia sentido aquilo, eu sempre senti um ódio tão grande.

Devia ser apenas uma parte boa em mim desconhecida, porque até ali em nenhum momento eu tive que ser dura daquela forma, só com Lucas em alguns poucos dias. Era só novidade mesmo, ter aulas de atuação era uma coisa, agora ter que fazer na prática era bem diferente. É, eu estava sendo mesmo muito dura logo de início, eu já podia ir diminuindo a dose a partir daquele momento, ser fria mas nem tanto pra não ter que me sentir daquela forma estranha.

Eu respirei, e finalmente cheguei até a rua mas achei melhor continuar no pátio do Hotel pois eu não conhecia aquela cidade e não estava muito a fim de me perder.

Sentei em um lugar perto da piscina e comecei a pensar na gravidez falsa que arrumei para fazer Eliel pausar sua vida de vez. Aquilo não seria tão difícil de resolver, segundo as expectativas dele, eu estava grávida de três meses e então eu tinha mais um mês para o enrolar e ter uma ideia, ou até mesmo contar a verdade, afinal eu pouco me importava com ele.

Olhei a minha volta, só que ainda não tinha muita gente na piscina porque não passava das dez da manhã, era um lugar amplo com árvores e bem cuidado. O sol estava bem quente, e eu vi do outro lado da piscina um casal abraçado, eles conversavam despreocupados da vida. Riram de alguma coisa boba e depois de beijaram, eu desviei o olhar para cima e em um dos quartos do terceiro andar, vi uma camareira limpando a varanda.

Uma mesa, um pano de mesa florido que eu logo reconheci, também resolvi desviar o olhar e novamente minha atenção vai até o casal se beijando, resolvi sair dali em seguida, mas para onde eu ia? Para o quarto de novo?

Eu sabia que era essa a melhor ideia, por isso que o que faço em seguida é subir as escadas até o terceiro andar, bati à porta porque somente naquela hora percebi que eu não tinha chave.
Ele não demorou muito para abrir a porta, e ficou aliviado a ver que era eu, talvez estivesse achando que eu tinha resolvido ir embora.

—Oi.

Eu disse, querendo puxar o assunto para conversar, e então dar meus motivos para agir daquela forma, percebi de imediato que os olhos deles estavam inchados, Eliel fez um gesto com a cabeça em cumprimento e então eu disse com voz neutra:

   —Precisamos conversar.

Ele concordou com a cabeça, e se sentou no mesmo lugar que dormiu na noite anterior, sua expressão triste demonstra um certo cansaço, Eliel puxa ar do fundo dos seus pulmões, e me olha.

  —O que você quer falar?

Ele perguntou, sem forças.

—Quero conversar com você, sobre tudo.

  —Sobre tudo ou apenas sobre seu ódio por mim?

—Sobre tudo.

Eu enfatizei, sem demonstrar preocupação com sua tristeza, Eliel estava horrível em sua aparência. As olheiras eram visíveis, os cabelos despenteados não era um costume.

—Pode começar...

Ele disse depois de um tempo que nós ficamos em silêncio.

—Não me arrependo da forma como eu agi, muito menos do que eu disse na noite passada e até mesmo hoje de manhã... talvez eu tenha exagerado. Mas já estava exausta e precisava liberar o que estava dentro de mim.

Eliel coçou a cabeça, e esperou que eu explicasse porque claramente aquilo não fazia sentido para ele, e eu continuei:

—Não te amo, Eliel, sinto muito por isso... Você retirou todo amor que eu tinha naquela noite que me... —Eu fiz questão de fingir que era difícil falar sobre, para que fosse o mais real possível. —Bom, você sabe o que aconteceu, e eu não preciso relembrar... O que eu sei é que o meu amor era fraco demais e não suportou aquilo, pois sempre que eu olho pra você agora, eu me lembro e sinto... nojo.

Eu parei para observar como ele estava absorvendo tudo aquilo, e não consegui entender de imediato o que a expressão dele significava. Seus olhos estavam fechados, e ele tinha a mãos na cabeça, parecia acreditar que aquilo era um pesadelo e que acordaria a qualquer momento.

—Só que eu não podia dar esse desgosto aos meus pais, de ser mãe solteira e tudo isso, por isso me casei com você. Só que eu ainda tenho raiva de você, e não é pouca. Eu não te amo, Eliel, isso para mim é tudo uma grande obrigação.

—Eu já te perdi perdão e eu já disse que nem me lembro disso tudo, eu nem devia estar em mim naquele momento.

Ele disse, sem muitos argumentos, apenas com um desespero tão grande na voz que cortaria o coração de qualquer um.

—Eu não consigo te perdoar e a culpa é sua. —Eu afirmei, sabendo que Eliel se sentiria muito culpado a partir daquele momento. Era exatamente o que eu queria e precisava, fazê-lo se odiar. —Você me deu lembranças horríveis.

Eliel abriu os olhos e suspirou derrotado.
—Charlotte, o que eu faço para você perceber que sou a pessoa que mais te amo nesse mundo e que nunca me passou pela cabeça te machucar? Eu não me lembro do que fiz, e me dói todos os dias pensar que eu realmente fiz isso. Você tem noção de como isso me faz sentir culpado? De como estou tentando me regenerar? Oh céus, Charlotte! Eu desisti de tudo por você, você é tudo que eu mais quero e... droga! Será que eu não posso implorar seu perdão e você me dar ele? Será que eu não posso ter um final feliz como tantas pessoas?

Eliel estava desesperado, seus olhos estavam vermelhos e eu vi as lágimas rolarem pelos seus olhos, descendo pelo rosto e as bochechas até caírem na sua própria camisa.

Aquela cena era angustiante.

— Você foi a pessoa que tirou o meu final feliz, por que então eu lhe daria um?

Eu falei olhando duro em sua direção, e sim eu vi as palavras o atingirem.

Eu senti ele entendendo que ao seu lado, eu não tinha um final feliz e imaginei que saber aquilo não devia trazer uma sensação boa. Eu vi que ele percebeu que eu não o amava, e dei graças aos céus por isso, já estava cansada de fingir que gostava dele. Durante todo aquele tempo, eu havia dito palavras falsas sabendo que era necessário, mas eu gostava mais de ser sincera e demonstrar que não, eu não amava Eliel e isso era fato. Amá-lo era tão impossível quanto eu conseguir carregar uma montanha na palma da mão sem me esforçar ou cansar.
Percebi a dor insuportável com a qual ele teve que lidar naquele momento.

Eu senti o triunfo de estar quase conseguindo o objetivo da minha missão, eu sabia que ia vencer naquele momento. Eu era uma vencedora!

Depois de tanto tempo esperando o meu momento, eu estava saindo por cima, estava chegando ao fim do que tanto ansiava e queria.

Minha vitória estava garantida, Lucas sofreria por causa do neto. Sofreria de verdade ao ver que alguém havia destruído a coisa que ele mais amava. Tudo teria sido bem melhor naquela hora, se a voz quebrada de Eliel não rompesse os meus pensamentos, falando:

—Eu tirei seu final feliz, mas não vou tirar sua honra, todos terão orgulho de quem você é e vai ser. Eu prometo.

Eu nem parei para pensar em como ele cumpriria aquilo.

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