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35- Até logo

Um tempo já havia se passado. A festa continuava animada.
O buquê já havia sido jogado, o bolo já tinha sido cortado, e alguns convidados já tinham partido, mas ainda tinha um pequeno grupo empolgado, e querendo dançar até o sol raiar... Milena era uma dessas convidas, e pela cara de Enrico ele já estava pra pedir arrego.
Enzo sorriu ao ver a irmã feliz e empolgada, enquanto retornava a mesa onde Matteo e Rafael estavam sentados conversando.

- Vocês viram a Luna?

- Chamaram ela na cozinha. - falou Rafael tranquilamente.- Ela não deve demorar.

- Milena tá empolgada. - falou o moreno se sentando e colocando o casaco sobre a cadeira.-

- Empolgada é pouco, ela tá ligada no 320. - falou Matteo de maneira divertida no momento que a música parou, e ele viu o momento que Enrico se desvencilhou da namorar e retornou a mesa deixando ela com Alice. -

- Eu estou velho, não tenho mais idade para isso. - disse Enrico de forma divertida e pegando uma garrafa de água sobre a mesa.- Você realmente é irmão gêmeo dela, por que eu não consigo ver semelhança nenhuma... Você é tão calmo, e ela um furacão.

Matteo riu do comentário do cunhado.

- É melhor ir se acostumado se quiser passar o resto da vida ao lado da minha irmã.

- Acho que vale a pena o sacrifício. - falou Enrico sorridente.- Ela foi a melhor coisa que me aconteceu... A Milena me completa, e eu sei que apesar das maluquices, ela é uma pessoa admirável, linda, sexy e...

- Hei, hei, é melhor ir parando por aí... - reclamou Rafael para o cunhado no exato momento que Gabriel surgiu a mesa com uma cara de poucos amigos.-

- Ainda tem bebida, eu preciso beber para me ajudar a esquecer os problemas. - falou o loiro irritado.-

- Que bicho te mordeu? -perguntou Matteo, mas o loiro ficou em silêncio.-

- Eu já imagino qual é esse bicho. - falou Rafael encarando o primo.- Por acaso brigou com Laís.

- Não fale o nome dela. - disse Gabriel irritado.- Não sei por que eu aceitei a ideia de acompanhar a Alice nesse casamento. Eu poderia estar aproveitando a minha noite em Tóquio nesse momento... Olhem só o que aquela maluca fez com a minha camisa.

Rafael soltou uma risada curta e sarcástica, olhando para Gabriel com uma mistura de divertimento e reprovação. 

—Ah, então é isso, brigou com a Lais e agora a culpa é da Alice? Deixa de drama, Gabriel. Se eu fosse você, ficava bem quieto. A gente já sabe como as coisas são entre você e a Lais.

Gabriel bufou, passando a mão pela mancha de vinho ainda visível na camisa. 

—Você não sabe de nada, Rafael. Essa mulher sempre soube como me tirar do sério. E agora, além de arruinar minha camisa, ainda acha que pode me dar uma lição. Maluca!

Matteo, que observava a cena em silêncio, arqueou uma sobrancelha, inclinando-se para pegar mais uma bebida. 

—Cara, relaxa. Você está numa festa de casamento. Vai mesmo passar a noite remoendo isso? Lais é Lais, você sabia como ela era antes de aceitar vir aqui. Isso não te pegou de surpresa.

Gabriel olhou para Matteo, seus olhos ainda brilhando de irritação. 

—Você fala isso porque não tem ideia do que é lidar com ela. Eu... Eu não deveria ter vindo. Tóquio parece cada vez mais a escolha certa.

Rafael, no entanto, não deixou o comentário passar. 

—Ah, pronto, lá vem você de novo com essa história de Tóquio. 

—Você não entende Rafael. Ela sempre foi assim, sempre fazendo de tudo para me tirar do eixo. 

—Você diz isso agora, mas sabe que essa tensão entre vocês dois tem mais coisa por trás. Ninguém briga assim por nada.

Matteo deu um sorriso de canto, balançando a cabeça. 

—Exatamente. Vocês dois brigam porque se importam demais um com o outro, mas são orgulhosos demais para admitir. Toda essa raiva é só uma desculpa para não falar o que realmente estão sentindo.

Gabriel ficou em silêncio, seus dedos tamborilando sobre a mesa. 

— Ela é um desastre.

—Desastre ou não, ela foi o seu primeiro amor.— disse Rafael para a surpresa do primo.— 

— Eu não sei por que aceitei vir a esse casamento. — falou Gabriel revirando os olhos.—

- A Alice e sua irmã, e Samira nossa amiga, seria falta de consideração da sua parte não aparecer no casamento dela.- falou Rafael tranquilamente e dando uma leve cotovelada no primo.- desencana cara, e aproveita a festa.

- Eu vou desencanar quando estiver em Tóquio e bem longe daqui.

-Só não se esqueça que Laís é amiga das nossas irmãs, e convive na casa da nossa família, então você terá que trombar com ela muitas e muitas vezes. - falou Matteo para o primo.-

Gabriel fez uma careta.

- Acho que preciso de mais bebida... Será que ainda tem vinho na cozinha?

- Acho melhor não beber, Alice falou que pretende voltar cedo para casa porque vai estar de plantão amanhã. - falou Matteo tranquilamente para o primo.-

- O dia já está praticamente amanhecendo... São quatro horas da manhã, se ela vai estar de plantão hoje, é melhor pegar estrada bem agora... Acho até melhor, pois estou cansado.- falou se levantando da mesa.- Vou lá chamar ela para irmos embora. Está festa já deu o que tinha que dá.

***

Luna estava dando as últimas instruções para os garçons quando Laís entrou cabisbaixa enxugando seus olhos devido ás lágrimas.

- Tá tudo bem com você amiga?

- Sim!

Luna percebeu que Laís estava visivelmente abatida, apesar da resposta afirmativa.

- Tem certeza? - insistiu Luna, aproximando-se com um olhar preocupado. - Você parece triste demais para alguém que acabou de sair do casamento da melhor amiga.

Laís tentou sorrir, mas a melancolia ainda estava presente.

- É verdade, foi um casamento lindo e estou feliz por eles. Mas, sabe quando algo pessoal pesa tanto que acaba ofuscando a felicidade do momento?

Luna assentiu, compreensiva.

- Entendo.

- O que faz aqui na cozinha? Você deveria estar aproveitando a noite com o bonitão do Enzo De Lucca.

- Bom, na verdade, só vim aqui para dar as últimas ordens aos garçons. Sobrou muita comida, e a Samira pediu para guardar para servir amanhã no almoço, já que os parentes do Felippo só vão embora amanhã à noite... Ela também pediu para você dividir os doces que sobraram, entre os padrinhos.

- Claro, vou cuidar disso pessoalmente. - falou a morena andando até um armário e procurando por embalagens.-

- Você fez um trabalho incrível com o bolo. Todos estavam comentando sobre como estava maravilhoso.

Laís sorriu, genuinamente feliz com o elogio.

- Obrigada, Luna. Foi um prazer fazer parte desse momento especial da Samira.

- E agora vamos garantir que todos levem um pouco dessa doçura para casa. - disse Luna com um sorriso.

- Claro, essa é a minha especialização... adoçar a vida das pessoas. — disse de forma divertida—

-Você realmente está bem? Gabriel por acaso fez algo que lhe desagradou.

- Não aconteceu nada Luna, eu estou bem, não se preocupe.

- Essa sua cara não está me convencendo... Eu vi a forma que ele te olhava durante a cerimônia de casamento.

Laís arqueou uma sobrancelha, meio cética.

- E que forma seria essa?

Luna sorriu, um pouco divertida.

- Aquele olhar de bobo apaixonado.

Laís balançou a cabeça, tentando afastar a ideia.

- Você tá vendo coisas demais amiga...

Luna cruzou os braços e deu um olhar determinado.

-Eu sei muito bem o que vi... E você também não fica atrás, viu? Ficou mexida com a presença dele que eu percebi. É óbvio que vocês ainda são apaixonados. E ele gosta de você!

- Não sei se estamos falando do mesmo Gabriel.

- Laís, seja honesta, ok? Você sabe tão bem como eu, que o que vocês têm é único e especial. Não sei por que esconder os seus sentimentos... Eu te conheço desde criança, e sei muito bem o que estou dizendo. Até quando vocês vão fingir que nada aconteceu? Que nada é especial?

Laís desviou o olhar, sua expressão entristecendo.

- Não tem nada de especial, Luna, e ele deixou isso bem claro antes de ir embora para o Japão. Ele fez a escolha dele, Luna, e eu fiz a minha. Ele está vivendo uma vida perfeita no Japão. E eu estou vivendo no Brasil.

Luna balançou a cabeça, determinada a não deixar a amiga se enganar.

- Você e ele têm sim suas vidas, mas falta o fundamental, Laís.

Laís olhou confusa.

- Que seria?

Luna olhou diretamente nos olhos de Laís, sua voz suave mas firme.

- Amor e felicidade. Eu acho que nem você, e muito menos ele, são completamente felizes na vida que têm.

Laís tentou argumentar, mas as palavras de Luna ressoaram em sua mente. Ela sabia que sua amiga tinha razão. Apesar de todas as conquistas, havia um vazio que ela não conseguia ignorar.

- A vida é curta demais para viver com arrependimentos Laís. - falou a loira segurando a mão da amiga.- Eu tenho que te contar algo que nunca te falei - começou Luna, hesitante.

- O que foi?

- Você lembra da época do colégio, que eu fui trabalhar na floricultura e ele ficou na padaria da sua avó?

- O que tem?

- Era para ele ir trabalhar na floricultura, mas ele trocou comigo.

Laís franziu a testa, confusa.

- Como assim amiga?

- Era o meu nome que tinha caído para fazer trabalho voluntário na padaria, e ele trocou de lugar comigo porque queria te ajudar. Ele sabia que a padaria estava passando por dificuldades, e com a mesada dele, ele pagava para Milena, Alice, Samira, e eu irmos todos os dias tomar café na padaria depois do colégio, para poder te ajudar, e ajudar a sua avó.

Laís ficou boquiaberta, completamente surpresa com a revelação.

- Ele fez isso?

- Sim, ele fez, e nunca quis que você soubesse porque não queria que se sentisse em dívida com ele. Ele fez porque te ama, Laís. Sempre amou.

Laís sentiu uma onda de emoções a invadir, lágrimas escorrendo silenciosamente por seu rosto.

- Eu... eu não sabia... - sussurrou ela, tentando processar tudo. Luna segurou a mão de Laís, oferecendo apoio.- Por que ele não me falou...

- Ele teve os motivos dele amiga. E talvez agora, você possa ver as coisas de uma nova perspectiva. O amor dele sempre esteve lá, mesmo que ele tenha tentado esconder, e agir como um babaca.

Laís sentiu os olhos marejarem e as lágrimas começaram a rolar. Luna abraçou a amiga ao perceber que ela havia ficado abalada com a notícia.

- Calma, ok? Tudo vai ficar bem...

Luna não teve tempo de falar mais nada, pois Alice entrou na cozinha acompanhada com Gabriel.

- Hei meninas, vim me despedir de vocês antes de ir embora.

O comentário de Alice surpreendeu as amigas, que se afastaram rapidamente. Laís tentou secar as lágrimas, mas Alice e Gabriel notaram seu estado.

- Tá tudo bem com você, Laís? - perguntou Alice, preocupada ao ver a amiga.—

- Sim, estou bem... - respondeu Laís, desviando os olhos da amiga e andando até a prateleira onde estavam as bandejas de doces. - 

—Vocês já estão de partida?— Luna perguntou—

- Sim, só vim me despedir, amanhã a Alice vai estar de plantão. E vamos aproveitar para pegar estrada junto com Rafael e Matteo, assim podemos revezar no volante. — Foi Gabriel quem falou.—

Luna não teve tempo de falar mais nada, porque em frações de segundos o ambiente se encheu com a presença dos irmãos De Lucca.

- Laís, vim saber se você vai voltar comigo e o Enrico?

- Não vai dar, Mila. Eu tenho que organizar algumas coisas antes de partir.

- Pensei que você só iria amanhã bem cedo?- falou Luna para a amiga.-

- E já é cedo... São quase quatro horas da manhã... E meus pés estão acabados de tanto dançar.- falou Milena, e Enrico sorriu, aliviado abraçando a namorada.-

- Podem viajar tranquilos... A Laís pode voltar comigo e o Enzo, pois só vamos embora depois de tudo organizado por aqui. Eu também ainda tenho que resolver algumas coisas.

Laís assentiu, aliviada com a solução enquanto terminava de preparar as bandejas para entregar para os amigos sobre o olhar de Gabriel. Depois de uns minutos ela se virou com as bandejas e entregou para os amigos que conversavam.
Em seguida, ela pegou uma das bandejas e se aproximou de Gabriel, com um sorriso hesitante.

— Aqui, são para você... seus favoritos.

Gabriel ergueu uma sobrancelha, surpreso com o gesto inesperado, mas pegou a bandeja, ainda confuso.

— Obrigado, Lais.

Ela sorriu de leve, lutando para esconder a confusão de emoções que borbulhava dentro dela.

— De nada, Gabriel. Achei que você gostaria...

Gabriel olhou para os doces, reconhecendo os sabores que sempre o agradaram. Um sorriso nostálgico se formou em seu rosto enquanto ele passava os dedos pela bandeja.

— Você sempre soube exatamente o que eu gosto. — Sua voz saiu suave, carregada de lembranças, enquanto ele mantinha os olhos nos doces, ficando em silêncio por um segundo. — Obrigado!

— Eu que te agradeço! — respondeu Lais, com um sorriso calmo.

— Agradece por quê?

Ela o encarou com um brilho sereno nos olhos.

— Você sabe o porquê. — E então, de forma tranquila, acrescentou: — Me desculpe pela sua camisa.

Gabriel balançou a cabeça suavemente, seu semblante se suavizando.

— Tudo bem, não foi nada. Acho que eu exagerei um pouco...

Sem dizer mais nada, ele se inclinou e deu um beijo leve no rosto dela, pegando-a de surpresa. O calor do toque ainda estava ali quando ele se afastou.

— Nos vemos por aí, Lais. E obrigado pelos doces.

Lais ficou imóvel, sentindo o toque suave de Gabriel no rosto. Aquilo a pegou de jeito, e em questão de segundos, todas as emoções que ela havia tentado controlar durante os últimos anos vieram à tona. Ela o observou enquanto ele se afastava devagar, sem olhar para trás.

As palavras de Gabriel ecoavam em sua mente: "Eu exagerei." A tensão que parecia fazer parte constante da dinâmica deles havia se dissipado, mas as questões não resolvidas ainda pairavam sobre os dois. Ela sentiu um desejo quase irresistível de chamá-lo, de tentar resolver tudo ali mesmo.

Mas em vez disso, apenas sussurrou baixinho para si mesma:

— Até mais, Gabriel.

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