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Capítulo 8

- Você não quer sair para beber, ou comer alguma coisa? - Pergunta Robert.

- Obrigada pelo convite mas estou muito ocupada. - Digo.

Robert tem a fama de sair com todas suas secretarias. Quando ele consegue o que quer as demite sem dar chance alguma.

- Eu insisto. - Sorri amarelo.

- Obrigada. - Digo séria. - Mas terei que recusar.

Robert se aproxima de mim, passa as mão em meu braço, e abre um sorrio enorme nos lábios.

- Gosto de ir a caça senhorita Parker.

- Pois comigo ira perder seu preciso tempo senhor Reed.

Puxo meu braço de sua mão áspera.

- Tenho certeza que posso te compensar de alguma forma. - Diz malicioso.

Robert é um homem atraente. Alto, cabelos loiros e olhos verdes, lábios carnudos e rosados.

- Você não tem nada a me oferecer que me interesse. - Digo irritada.

Era para o idiota do Philip ter chegado a sala de reunião quinze minutos atrás. Até agora não deu sinal de vida. Deve estar por aí se divertindo com uma gostosa peituda.

- Tem certeza? - Pergunta. - Acho que podemos descobrir.

Robert pega uma mecha de meu cabelo solto, leva as narinas e inala o perfume.

Me afasto dele mas é em vão.

- Vou buscar um café. - Digo tentando fugir.

- Não precisa meu anjo, não gosto de café. - Diz se aproximando de mim.

- Eu gosto, então com licença.

Me viro rumo a porta para sair de perto do idiota, mas ele me interrompe de continuar a andar quando segura meu braço.

- Que tal uma demonstração do que eu sei fazer?

- Me solta. - Digo irritada.

Robert gargalha e aperta meu braço.

- Se não o quê?

- Você não irá querer saber.

- Vou pagar para ver. - Murmura.

O imbecil puxa meu corpo para si e beija meu pescoço. Senti nojo e repulsa.

Piso em seu pé com toda a força.

- Ai sua vadia! - Grita de dor.

- Você me chamou de quê? - Pergunto entre dentes.

- Vadia filha de uma puta! - Cospe essas palavras.

Acerto um murro em seu rosto, chuto o meio de suas pernas sem dó nem piedade. O idiota cai no chão gemendo de dor.

- A próxima vez que ousar xingar minha mãe novamente, eu arranco suas bolas e faço você come-las! - Grito. - Me ouviu bem?

Robert geme no chão mas não diz nada. Eu queria socar a cara desse desgraçado até ele ficar irreconhecível. Diga o que quiser de mim, mas não mecha com minha família que o negócio fica violento.

- O que aconteceu aqui? - Pergunta Philip entrando na sala de reuniões.

- Presta mais atenção em que tipo de gente você faz negócios. - Digo irritada. - E acho que quebrei meus dedos.

Philip corre até mim, pega minha mão  dolorida pelo murro que desferi na cara do merdinha.

- O que ele fez? - Pergunta sério.

- Me fez propostas indecentes e tentou me beijar.

- É mentira dessa cadela Philip. - Diz Robert se levantando. - Quero que a demita agora mesmo.

- Fora de minha empresa. - Philip o encara furioso. - E não ouse colocar os pés aqui novamente.

- Mas a culpa foi dessa vadia que se insinuou para mim.

Avanço sobre o idiota mas Philip me segura.

- Quer apanhar de uma mulher novamente seu frangote de merda. - O provoco.

- Saia ou chamarei os seguranças Robert. - Diz Phil. - E pode esquecer nosso contrato.

- Você não pode fazer isso. - Diz.

- Posso e vou. - Phil o encara sério.

- Vocês me pagam. - Nos ameaça. - Vou acabar com essa empresa de merda.

- Você não será o primeiro e nem o último a tentar. - Diz Phil sorrindo.

Robert nos encara furioso, seus olhos parece que a qualquer momento irá explodir no rosto. Está vermelho feito um pimentão.

Ele vai rumo a porta mancando e andando meio torto, bate a porta com força ao sair da sala.

- Tome cuidado, ele irá querer te prejudicar de alguma forma. - Digo.

- Eu sempre tomo. - Diz Philip sorrindo.

Meus dedos estão latejando pela dor.

- Vou procurar gelo. - Digo.

- Eu te ajudo.

Vamos rumo a porta e saímos em busca de gelo.

- Agora eu sei o que Alice sentiu quando esmurrou a cara do Matt. - Sorrio.

Philip sorri abertamente, enquanto coloca o gelo em meus dedos.

- Tome. - Diz me entregando um comprimido.

- Está tentando me envenenar senhor Clark?

Phil revira os olhos com irritação.

- É para dor. - Diz colocando o comprimido em minha boca. - Pare de ser tão desconfiada.

- Eu não sou. - Retruco.

- Ah você é sim. - Sorri.

Desvio o meu olhar do seu e fico olhando para a parede.

Me assusto com Philip passando a mão pelo meu rosto.

- Ele poderia ter te machucado. - Diz preocupado.

- Sei me virar sozinha.

- Por que não deixa ninguém cuidar de você Khate? - Pergunta. - Não precisa ser forte sempre. Por que não dá liberdade para alguém ficar ao seu lado?

- Te faço essa mesma pregunta Senhor Clark. - Retruco revirando os olhos. - Está tão preocupado comigo assim? Sendo que é como eu em quase tudo.

- Não somos parecidos em nada. - Diz ríspido.

Começo a gargalhar de Philip.

- Duas pessoas solitárias e sozinha, que preferem viver sem companhia por medo. - Digo. - Somos muito parecidos.

- Não sou solitário, e não tenho medo do amor. - Diz. - É apenas minha escolha.

- Escolha? - Pergunto. - Nunca passou pela sua cabeça, chegar em casa depois de um dia cansativo de trabalho, encontrar seus filhos bagunçando a sala, e sua esposa na cozinha fazendo famosas receitas de família? - Sorrio fraco. - Nunca se sentiu triste quando chega em casa e não tem ninguém para te dar um abraço de boas vindas?

Philip me encara em silêncio por um longo tempo.

- Não preciso de nada. - Diz vantajoso. - Eu já tenho tudo o que quero.

- Tem mesmo Philip? - Pergunto. - Ou está apenas se enganando?

- Sou feliz assim. - Diz ríspido. - E ninguém irá mudar isso.

Sorrio triste porque eu sei que ele não é feliz, sei disso porque somos mais parecidos do que eu pensava.

- Você pode dizer a si mesmo que é feliz, mas está apenas se enganando. - Digo tranquilamente. - Eu não sou feliz Phil. Escolhi viver sozinha porque não quero acabar com sonhos e o futuro de um homem. - Sorrio fraco. - Mas eu não sou feliz com minha escolha de viver solitária. Você tem a chance de construir uma família, ter filhos, mas está jogando suas oportunidade no lixo. Essa solidão está acabando com nós aos poucos. - Digo. - E não venha me dizer que estou blefando porque não estou. Uma alma solitária reconhece a outra.

- Por que você não constrói a família que tanto deseja? - Pergunta curioso.

- Eu queria mais que tudo. - Digo. - Mas qual o homem com sonhos de ter bebês, irá querer se casar com uma mulher que não pode dar isso a ele?

Meus olhos se enchem de lágrimas, as deixo rolar pelo meu rosto.

Philip vem até mim e me abraça forte, não faz perguntas porque sabe que não tenho condições de responde-las nesse momento.

Apenas me aconchego ainda mais em seus braços, enquanto sou confortada por ele.

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Bom dia amores.

Tudo bem com vocês?

Espero que gostem do capítulo novo.

Khate sabe se defender de marmanjos inconvenientes 😂😂😂😂

Até amanhã 😍❤⚘

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