Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 34

"Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós."

-João 2:14.

(AVISO, ESTE CAPÍTULO POSSUI CENAS FORTES, ENTÃO NÃO TENHAM UM ATAQUE DO CORAÇÃO POR FAVOR)

***

Arrependimento. Você já se arrependeu de alguma coisa na vida? Já se arrependeu de ter feito algo hoje? Já se arrependeu de não ter aproveitado ou se esforçado o suficiente?

Arrependimento é algo que todos nós conhecemos, sem falta. Mas arrependimento é tudo que eu não tenho agora.

Faz 15 minutos que estamos nesse carro sem saber onde estamos e porque. Aquele homem apenas nos encara de longe enquanto conversa com seus dois guardas.

-Eu estou com medo- Clara diz- ninguém sabe aonde estamos, nem mesmo a gente.

-Não se preocupe, vamos sair dessa...
- Lucas diz.

Estamos aqui sem dizer nada. É a segunda vez que passamos por uma situação ruim dentro do carro de alguém que nos odeia. Enam parece perceber minha expressão de medo.

Então, como sempre, ele abre um sorriso de lado, me fazendo esquecer qualquer problema e mesmo estando com as mãos amarradas, segura as minhas mãos.

Começamos a orar baixinho.

-Pai, que seja feita a tua vontade.

Então os homens que estavam lá fora, nos puxam com força do carro e nos jogam no chão cheio de terra.

Vejo aquele homem rir da nossa cara como se fôssemos uma atração de circo.

Eles nos carregam para dentro da casa velha de madeira, e nos amarram nas cadeiras. Não tem absolutamente nada aqui dentro, apenas quatro jovens torcendo para não serem torturados.

-Me digam crianças- o homem diz- Por que vocês são tão burros? Por que se arricar tanto assim?

-Eu respondo se você disser quem é- digo o encarando.

-Não sabem quem eu sou?- ele ri de maneira sarcástica- que tipo de pessoa não vê TV?

Dou um sorriso.

-Acredito que seja o tipo de pessoa que você odeia- respondo, ele fica sério. - O que quer com a gente?

-Essa garota é atrevida, não é?- ele me olha sorrindo- Gostei dela. Eu me chamo Mark, mas podem me chamar de senhor Mark se quiserem.

-Para de brincar com a gente, diz logo o que quer- Lucas diz.

-Eu quero apenas fazer um acordo com vocêsp - ele sorri.

-Que acordo?- Clara pergunta.

-Venham para o meu país, se juntem a nós... Somos um país em desenvolvimento, precisamos se apoiadores. Quando as pessoas virem os cristãos desistindo de suas crenças e preferindo ir para o conforto da minha nação, saberão que eu estou certo- ele se aproxima o suficiente para eu sentir o cheio seu hálito de menta.

-Sem chance!- Enam diz- não vamos fazer isso.

-Por que está fazendo isso?- pergunto.

-Simples, a fé é uma das maiores causadoras de desordem no mundo. Eu não suporto os cristãos, acho que deveriam ser exterminados- ele diz segurando meu queixo.

-Não faremos- digo firme.

-Tudo bem- ele sorri- Mas, vou deixar você pensar mais um pouco. Talvez os meus amigos Tico e Teco ali te ajudem- ele olha para dois caras enormes e fortes- Desamarrem ela, façam ela aceitar.

Meu coração acelera, meus amigos ficam aflitos. Eles me desamarram e quando acho que vao me machucar Enam grita:

-Não!- ele diz- Ela não, por favor... Eu vou, façam o que quiserem comigo, mas não toquem nela.

Mark solta uma gargalhada, isso me dá arrepios.

-Soltem o garoto, adoro o amor adolescente. É tão dramático- ele diz e os dois homens pegam o Enam.

Não, por favor, o Enam não. Começo a chorar, os meninos imploram.

Os homens começam a chutar ele com tanta força, Enam passa por tudo sem dizer nada. Eles batem tanto nele que Enam perde a consciência.

Eu grito, não consigo me segurar. Os dois homens saem e o Mark diz:

-Vou te dar mais alguns minutinhos para pensar- sorri- se não, decidam quem será o próximo. Fique aí com ele um pouquinho querida, tome o tempo que quiser. Para melhorar o clima, vou deixar vocês dois sozinhos... Os outros dois vão lá pra fora- ele diz fazendo sinal para os homens levarem Lucas e Clara.

Eles soltam minhas mãos, mas ficam do lado de fora da porta para não me deixarem fugir. Seguro o rosto de Enam com as mãos, apoio sua cabeça em meu colo. Passo as mãos por todos so machucados, analiso os hematomas, com medo de ter alguma hemorragia interna.

Não consigo controlar minhas lágrimas.

-Vai ficar tudo bem- choro- eu estou aqui, estou aqui com você.

Beijo sua testa, quando faço isso vejo ele abrir os olhos. Meus coração se enche de alívio.

-Não fala nada- digo baixinho- Não se esforce tá bom?

-Jasmim...- ele diz.

-Enam, não diga nada por favor- digo chorando.

Ele, sendo teimoso, iniste dizendo com dor:

-Eu não estou com medo deles, eu confio em Deus, sei que faria qualquer coisa por ele. Mas, você precisa ouvir de mim, fiquei com medo de me matarem e nunca ter dito- ele diz.

-Dizer o que?- pergunto.

Ele sorri, mesmo com dor, seus olhos são os os olhos mais lindos do mundo.

- Eu te amo Jasmim...- vejo seus olhos ficarem cheios de lágrimas- Eu amo muito você, precisa saber disso. Você, depois de Jesus, foi a melhor coisa que já me aconteceu... Eu pensei que nada mais no mundo conseguiria me fazer feliz, porque eu não podia me movimentar, mas você mexeu com o meu coração de uma maneira que só Deus poderia explicar. Você é a pessoa mais linda do mundo pra mim, eu só quero que sabia isso tudo bem?...

-Enam...- tento dizer, mas ele me interrompe.

-Eu não consigo olhar para você e não ver Deus, isso só me motiva a ser parecido com você e com Jesus... Eu vou esperar você o tanto que for necessário, mesmo que a gente não saia daqui, eu só queria dizer isso pra você...

Ele segura meu rosto com as mãos, tentando enxugar minhas lágrimas.

-Eu também te amo Enam- digo sorrindo- eu não sabia como era amar alguém, até conhecer você e ver que as coisas eram fáceis e naturais, como se você fosse meu presente... Eu amo você...

Ajudo ele a sentar, com dificuldade ali no chão.

Ficamos parados olhando um para o outro, sorrindo, como se não estivéssemos no meio de todo esse desastre. Ele passa uma das mãos nas mechas do meu cabelo, depois segura meu rosto delicadamente, como se analisasse cada detalhe meu para deixar guardado na memória.

Vejo lágrimas rolarem pelos seus olhos, assim como nos meus. Ele as enxuga.

Enam se aproxima com cautela, como se tivesse medo de ultrapassar uma linha invisível entre nós. Quase posso sentir sua respiração, meu coração acelera tanto que tenho medo de que ele escute, mas assim que vejo seus olhos esqueço de tudo isso.

Então:

-Acabaram?- Mark entra pela porta- Não tenho mais tempo para os seus casos românticos minha lindinha.

Enam solta meu rosto, mas segura minha mão, pronto pra me proteger ali.

-Não me chame de lindinha- digo- e não vou falar.

-Nenhum de nós vai aceitar- Enam diz.

Mark suspira com uma falsa decepção e diz:

-Uma pena- diz- Pois bem, quem é o próximo?

***

Eu estou aqui com a Clara. O Tico e o Teco (como o Mark os apelidou) estão nos encarando.

-Então, me falem sobre vocês- digo sorrindo (ironicamente claro)- já que vão nos espancar, digam pelo menos alguma coisa sobre vocês para que sejamos amigos.

Tico e Teco ficam em silêncio nos esmagando com os olhos.

-Quem é o Tico e quem é o Teco?- pergunto de novo.

Eles não dizem nada.

-Só você pra fazer piada em uma situação dessas?- Clara ri, mas vejo a preocupação que ela está sentindo.

Vi meu melhor amigo ser espancado até desmaiar e talvez eu seja o próximo, antes eu do que a Clara.

-Ei... - digo chamando a atenção dela- Provavelmente a Jasmim está lá protegendo o Enam e dizendo o quanto o ama, porque a fé dos dois é maior do que o medo.- digo.

-Eu estou me sentindo fraca, por ter medo. Pensei que em momentos assim eu seria corajosa- ela responde.

-Ser corajosa não significa viver sem medo, mas lutar mesmo diante do medo- digo sorrindo.

A Clara é com certeza, um dos maiores presentes que eu poderia ter. Quando meus pais não estavam comigo e a Jasmim ficou distante das pessoas, a Clara esteve ao meu lado todos os dias. Nunca entendi bem o que se passa entre nós, eu só sei que quando ela não está por perto, o mundo não é o mesmo.

-Sabe Clara, também tenho medo de morrer aqui... Prometi ao Miguel que voltaria, mas eu sei que só Deus sabe... Mas... Eu...- digo.

-Vai dizer que me ama?- ela começa a rir- porque acho que o Enam estava fazendo esse discurso, é típico dele.

Olho para ela.

-Eu não preciso dizer- digo- você sempre foi muito esperta Clara.

Ela fica completamente sem reação, mas logo vejo uma pontinha de um sorriso tímido aparecer.

-Como eu disse- ela diz- Só você para fazer essas coisas em momentos assim.

[...]

Logo, Tico e Teco nos levam de volta para a casa velha de madeira.

-É impressão minha ou só tem casal nesse grupo?- Mark diz rindo- Dá para escrever um livro viu?


De repente o telefone dele toca:

-Oi querida- ele diz, mudando o tom de voz, que se torna agradável- Não posso falar agora, estou em reunião... Talvez eu demore... O comandante Ross está com a filha dele conhecendo o Taji Mahal, a Zoe implorou para ir e eu permiti que ela fosse com o pai... Tudo bem,  Também amo você.

Ele desliga e nos olha. Enam ri:

-Sua esposa nem sabe o que você está fazendo né?

-Para mim os meios não importam- ele responde- Bom... Quem é agora?

Ninguém diz nada.

-Ah, amo escolher... Pena que sou indeciso- ele diz com um sorriso falso- Uni duni tê, o escolhido foi você...

Ele aponta para mim.

Os dois guardas me desamarram, e diferente do que fizeram com o Enam, eles trazem um chicote.

-Vamos para o nível 2- Mark ri.

Clara começa a chorar, eu não gosto de ver ela assim. Enam e Jasmim choram também.

-Estou com você Lucas- Enam chora.

Então, tiram minha camiseta, e eu apenas aguardo a dor.

Na primeira vez, a dor é insuportável, eu travo os dentes e começo a tremer.

Na segunda, é ainda pior.

Na terceira, quarta e quinta, mal consigo respirar.

Na sexta, na sétima e na oitava, sinto como se minha pele rasgasse.

Na nona e na décima, eu já estou gritando de dor. Nunca vi meus amigos chorarem tanto, por cada grito meu.

Então Mark se abaixa e diz:

-Por que Ele não vem aqui te ajudar? Por que te deixa sozinho? Por que te deixa passar por tudo isso sozinho?

-Eu nunca disse que estava sozinho- olho para ele, com meu rosto suando.

-Mas por que tanta dor? Que Deus é esse?- ele questiona com raiva.

Sorrio, desafiando-o com os olhos.

-Você sabe que Deus é esse.

Sinto o chicote mais uma vez.

-Vai continuar acreditando em Deus mesmo se eu matar você e os seus amigos? - pergunta.

-Para mim, viver é Cristo e morrer é lucro.

[...]

Depois de 15 açoites, ele me olha mais uma vez.

-Sabe, você parece com alguém que eu tenho visto- ele diz- Qual era o seu nome mesmo? Lucas? Sabe Lucas, sua mãe orou por você... Enquanto torturávamos ela e o seu pai.

Quando ele diz isso, meu coração se rasga como se tudo doesse mais do que os açoites que levei.

-Para de brincar comigo! Você está mentindo!- grito.

-Estou?- ele ri- Seus pais passaram perto das fronteiras do meu país com um grupo enorme de cristãos tentando corromper minha nação com bobagens... Eu apenas os convidei para entrar e gostei tanto deles que não os deixei sair...

Grito, mas os dois homens me seguram com força.

-Peguem a ruivinha agora- Ele diz, se referindo à Clara.

-Não, ela não!- grito.

Ele me ignora, coloca ela de joelhos no meio da sala e os dois homens pegam um tanque de água e trazem para dentro.

Seguram a cabeça dela e antes que eu possa fazer qualquer coisa, enfiam a cabeça dela dentro da água. Um dele me segura, enquanto o outro segura a Clara se debatendo em busca de ar.

Eu não me seguro, começo a chorar. Enam e Jasmim gritam para ele pararem.

Eles levantam a cabeça dela, ela respira por 2 segundos, mas repetem o mesmo processo.

Fazem isso várias vezes, até que Jasmim consegue se soltar e agarra o homem para que ele solte a Clara.

Ele então dá um tapa no rosto dela, ela cai no chão, mas se lavanta de novo e o segura. Ele começa a bater muito nela, Enam tenta se soltar mas não consegue.

Jasmim fica no chão e acaba cospindo sangue.

-Já chega- Mark diz- Pelo visto, não vou conseguir nada de vocês.

Paramos e olhamos para ele, todos nós.

Ele pega o celular e liga para alguém. Faz sinal para os dois homens, que nos amarram e nos deixam no chão. Eles ficam do lado de fora da porta, esperando seja lá qual seja o comando.

Mas por incrível que pareça, diante de tudo isso, enquanto estamos no chão chorando, rangendo de dor. Enquanto minhas costas latejam, Clara tenta respirar, Enam se contorce de dor por causa dos chutes que levou e Jasmim treme de dor pela surra.

Posso sentir que assim como na fornalha, não estamos só nós quatro aqui... Jesus se fez presente conosco para passear no meio do fogo e no meio da dor.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro