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Capítulo 32

"I know it's hard, but take it easy... One step at a time, walk with Jesus, He made a way for you."

-Joy.

E se o seu coração parasse?

Não se assuste, é só uma pergunta. Eu não estou falando só de parar de bater, estou falando em todos os sentidos, sendo eles físicos ou figurativos. E se o seu coração parasse?

E se o amor se esfriasse em você? E se o seu coração não conseguisse mais receber amor? E se ele parasse de ter compaixão pelos outros ou parasse de acreditar no maior amor que existe? E se isso estiver acontecendo com você agora?

Eu sei, são muitas perguntas, mas... Somos amigos certo? Me diz, como está o seu coração? Está batendo lentamente como se você não tivesse mais força alguma para lutar? Não existe mais vida sendo bombeada para o seu corpo?

Eu quero pedir um favor, lute. Se estiver se cansando, lute. Se não tiver mais coragem, lute. O seu coração não pode parar, você não é uma máquina, precisa de emoção, amor e vida. Eu estou aqui, sentindo o Espírito Santo comigo dizendo para você lutar, porque não acabou... Você é muito mais do que apenas um corpo, você é alguém que precisa de amor, mas para isso precisa acreditar.

Sua vida não perdeu o controle, você não está só, você não é inútil ou medíocre. Acha que Deus morreria por alguém que não vale a pena? Acha que o Rei dos reis morreria por alguém pela qual não vale a pena lutar? Ou então acha que passou despercebido e ele amou apenas os outros? Você simplesmente foi incluído como um bônus no pacote?

Me lembro de que quando eu era criança, meu pai comprou uma rifa de loteria, não foi caro, na verdade era só um papel, com números aleatórios, ele nem lembrou de olhar o resultado. Mas pensando bem, é assim que nós somos, queremos pagar pouco por algo que talvez nos dê a garantia de uma coisa grandiosa.

Vou te contar, você não é uma rifa de loteria. Quando Jesus olhou para você, ele apostou tudo em você, na expectativa que ele tinha de você. Ele olhou e viu alguém que merecia o amor, ele foi e entregou, a fim de ter você. Um alto preço. Ele sabia, simplesmente sabia.

Ele sabe, simplesmente sabe.

***

Faz apenas alguns minutos que desembarcamos do avião, porém eu sinto como se fossem 80 horas sem me mover. Enam cai de joelhos no chão do aeroporto, levanta as mãos para o alto e diz:

-Eu estou vivo!- diz de maneira dramática.

As pessoas olham para ele de um jeito estranho e começamos a rir dele. A Éllida faz diferente, ela diz:

-Esse ai está maluquinho- ela diz se alongando parecendo uma ginasta se preparando para as olimpíadas.

Oramos a Deus, agradecendo pela viagem.

Depois de muita espera para pegar malas, pertences e acordar o Lucas, somos recebidos por um dos cristãos que vivem na Índia. Pelo que o Josh me contou, ele seguia a religião da Índia, mas se converteu, algo gravíssimo para os indianos.

Ele nos recebe de maneira muito gentil e infelizmente não fala português, por sorte, ele fala inglês e todos nós aqui sabemos também. Então, para o alívio de vocês eu irei traduzir as frases dele automaticamente, menos a primeira frase. Ele diz:

-Hello, welcome to India! My name is Radesh!

-Saúde- Éllida diz após ouvir o nome do nosso novo amigo, Daniel tenta controlá-la.

-What?- ele pergunta confuso.

-Nada- Digo rindo- Estou muito feliz por conhecê-lo, todos estamos.

[...]

No caminho, Clara pede que Radesh explique um pouco para nós sobre como funcionam as coisas na Índia para os cristãos.

-Aqui as coisas são muito diferentes do que vocês conhecem, aqui querem estabelecer apenas uma religião para todo o país: O hinduísmo. Os cristãos aqui são muito perseguidos, maltratados, vigiados ou até pior. - Ele respira- Mas o pior aqui é que ninguém pode mudar do hinduísmo para o cristianismo é proibido, ninguém pode se converter. Já tentaram de tudo, até mesmo tortura comigo, pois eu era Hindu desde pequeno e conheci Jesus á cinco anos... Minha família me rejeitou, minha esposa me abandonou e hoje eu luto com toda a minha vida para levar o evangelho ao meu país. Por isso, lutem, mesmo que sejam perseguidos... Aqui sabemos o que queremos, independente do risco, mas se tiverem a chance, corram o mais rápido que puderem.

Ficamos em silêncio refletindo sobre o que ele disse, somos tão ingratos às vezes. Nosso país não proíbe crenças, pelo contrário, tem igrejas em quase todas as esquinas e várias religiões. Essas pessoas deixam tudo para trás, dando mais valor ao evangelho do que a própria vida...

Lucas me mostra no celular uma pesquisa rápida que ele fez sobre a índia, resumindo tudo que ele me mostrou e que o Radesh nos contou:

A Índia está em 15º lugar na atual Lista Mundial da Perseguição, classificando-se como um dos países onde é mais perigoso seguir a Cristo. A violência contra os cristãos aumentou consideravelmente e a igreja tem sido alvo, principalmente, de extremistas hindus. O hinduísmo é defendido pelo governo, por isso as atividades nas igrejas são constantemente vigiadas. Há inclusive leis que proíbem os indianos de se converterem ao cristianismo.

São tantos casos de morte e incidentes, porém nem todos são registrados, o que nos deixa ainda mais apreensivos.

[...]

A Celly nos contou que nosso grupo vai ter que se separar, todos os jovens que foram escolhidos para a missão tem suas regiões designadas para alcançar mais pessoas. Eu, Lucas, Enam e Clara ficaremos com o Radesh, já a Éllida, o Joshua, Celly, Benjamin e Daniel irão para outro lugar.

Isso me deixa nervosa, em saber que nossos amigos não vão estar conosco, mas sei que Deus irá nos guiar, e que veremos eles de novo em breve. O Radesh disse que é temporário, depois visitaremos outros lugares e iremos rever os nossos amigos.

Chegamos á um lugar grande e amplo, com todos os jovens escolhidos para vir. Eu não esperava ver tanta gente... Os líderes vão falar conosco e em seguida iremos nos dividir.

-Bem vindos- Um moço alto e moreno diz sorrindo- Estou muito feliz em ver tantas pessoas indo levar o nome de Jesus a este país onde muitos perecem por não conhecê-lo... Eu quero pedir que lutem, que falem, que se deixem ser guiados pelo Espírito Santo. Todos vocês serão divididos em grupos, e mandados para uma região diferente da índia, é claro que conhecerão outros lugares depois, mas serão separados por alguns dias. Cada grupo terá um supervisor que vai te dizer tudo o que devem fazer e também irá traduzir o que disserem aos indianos. Não tenham medo, maior é o que está dentro de vocês.

[...]

Após a despedida dolorosa dos nossos amigos, pegamos nossas coisas e vamos junto com o Radesh para o lugar aonde ele mora. Ele vive em uma vila escondida, na qual alguns cristãos como ele também vivem. Vamos em um carro pequeno, mas cabe nós cinco sem problema.

Quando chegamos na vila, ficamos emocionados pelo fato de que todos estão de pé nos esperando. As crianças praticamente pulam de alegria e precisam ser seguradas pelas mães para que não pulem na frente do carro.

Quando descemos do carro eles começam a cantar uma música e a dançar, eu não entendo a letra, mas é muito bonita. Olho para os meus amigos e eles estão sorrindo, assim como eu.

-Isso é incrível- sussurro.

-Essa é a alegria que só Jesus proporciona, a alegria em meio ao caos- Radesh me diz.

[...]

Passamos a tarde toda conhecendo todos da vila, entrando em todas as casas. As casas deles são feitas de madeira e não estão em um estado muito bom, mas eles nem se importam com isso, o sorriso sem seus rostos parece o próprio sol.

Lucas e Enam e brincaram com todas as crianças da vila. Basicamente, só alguns falavam inglês, na maioria das vezes o Radesh tinha que traduzir tudo.

Porém, quando eu e a Clara fomos brincar com as crianças, não precisávamos falar, parece que já conhecíamos todas e não precisava de comunicação alguma.

Quando estava já anoitecendo, Radesh acendeu uma fogueira para nós cinco. Os indianos daquela vila nos deixaram a sós pois sabiam que havíamos tido uma viagem longa e precisávamos descansar.

Haviam duas casinhas bem pequenas reservadas para os missionários na vila. Nosso grupo foi o menor, então isso facilita a nossa divisão de espaço. Eu e a Clara ficaremos em uma das casinhas, e os meninos ficaram com o Radesh em outra.

Enquanto sentamos em volta da fogueira, um silêncio reina naquele lugar. Apenas o som das árvores que estão bem próximas e estrelas lindas.

-Nunca vi um céu tão bonito... - Enam diz.

-Vocês estão acostumados com a eletricidade, com as luzes e agitação, se tudo se apagasse, veriam quão linda é a criação de Deus- Radesh diz sorrindo. - Esse é um dos motivos para eu ter me apaixonado por Jesus, ele gosta do silêncio e eu também.

-O que quer dizer com isso?- Lucas pergunta.

- Quer dizer que não é preciso ir longe para encontrar Jesus, você só precisa parar e esquecer um pouco o que te cerca. Deus está nas coisas que você costuma ignorar no seu dia. No silêncio de uma noite, no vento suave que passa pelas árvores e na luz das estrelas que vocês esquecem de apreciar... As pessoas querem encontrá-lo no barulho, quando na verdade ele está nos lugares mais secretos e silenciosos.

Ficamos em silêncio, talvez porque queremos observar se Deus está nas pequenas coisas ali mesmo, isso me deixa feliz.

-Gente- Clara quebra o silêncio- E aquela notícia que tivemos do governante que quer proibir o país dele de ter qualquer tipo de crença? Principalmente a cristã.

-Eu não sei- digo- Infelizmente é muito comum nesse mundo...

-Acham que ele está longe? Soube que ele tentou conseguir aliados pelo mundo, mas não conseguiu- Enam pergunta.

-É impossível encontrarmos ele bem aqui na índia logo na nossa primeira viagem- Lucas diz.

-E se ele tiver capturado algum cristão que tenha passado pelo país dele?- Pergunto.

-Isso incluiria os meus pais?- Lucas diz cabisbaixo olhando fixamente para as chamas do fogo. Clara se aproxima dele e coloca as mãos em seus ombros.

-Vamos encontrá-los Luke- Enam diz- Você vai vê-los de novo...

-Eu acho que tudo pode acontecer, mas o importante é que fiquemos firmes na nossa fé... E orar pelos que vivem lá...

O clima fica tenso e eu resolvo cantar a música Closer, da Bethel:

-Your love has ravished my heart, And taken me over, taken me over, And all I want is to be, With You forever, with You forever...

-Bem vindos ao musical cristão em um tour pela índia- Enam ri. Porém logo todos começamos a cantar, Radesh parece não conhecer porém fecha os olhos e sorri.

- So pull me a little closer
Take me a little deeper
I want to know Your heart
I want to know Your heart
'Cause Your love is so much sweeter
Than anything I've tasted
I want to know Your heart
I want to know Your heart...

[...]

No dia seguinte, acordamos renovados e os indianos prepararam algumas comidas para nós. Eu não estava acostumada com o tempero indiano, mas até que é muito bom.

Radesh disse que amanhã vamos visitar o Taj Mahal em Dharmapuri, porém hoje iremos até uma cidade perto daqui. O Radesh falou que tem um rio muito bonito lá, mas eu não sei pronunciar o nome da cidade.

-Animada?- Enam se aproxima sorrindo, eu tenho que me acostumar com esse sorriso. Sinto a mesma sensação de quando vou apresentar um trabalho e o professor me chama.

-Muito!- Digo- A viagem ainda nem começou e eu já sinto como se o céu fosse o limite.

-Se importa se eu ficar aqui com você?- Ele pergunta- Não aguento mais ser ignorado pelo Lucas e pela Clara, eles agem como se só existissem eles no mundo- ele ri.

-Fique á vontade- Digo rindo- Me espera um pouquinho? Eu volto em dois minutos.

Vou até a casinha e pego o jarro com a plantinha que ele me deu. Assim que ele vê, se espanta.

-Como você trouxe sem que ela morresse?- diz.

-Digamos que eu tenho um dom para cuidar das coisas que gosto- respondo rindo.

-Por que trouxe?- Enam pergunta.

-Quero plantar essa florzinha aqui, em algum lugar- digo- Eu sei que vamos embora, mas quero deixar algo meu aqui.

-Você é tão diferente Jasmim- Ele diz me olhando.

-Quer dizer estranha?- Digo rindo.

-Quero dizer única.

Se eu tivesse um espelho aqui agora eu provavelmente estaria das cores dos temperos que comi hoje.

-Eu conheci muitas pessoas durante a minha vida- ele diz- Muitas garotas interessantes, mas nunca ninguém como você. O Leví fez certo em escrever um livro sobre tudo isso, as pessoas precisam conhecer você, eu sou muito sortudo por te conhecer... - digo.

-Você tem o dom de me deixar sem palavras e olha que eu nunca paro de falar- começo a rir e ele ri também- Como vai ser quando voltarmos? Quero dizer, será que nossa vida vai mudar? Para onde vamos depois? Teremos surpresas?

-Bom, não posso garantir nada sobre o futuro, mas sei que Deus está no controle da nossa vida... Mas você senhorita, se prepare para surpresas- ele diz se levantando.

-O que? O que quer dizer com isso?- digo confusa.

-Acho que ouvi o Lucas me chamando- ele sai rapidamente.

-Enam volta aqui! Eu não ouvi nada- digo rindo, mas ele finge que não me escutou.

[...]

No caminho para a cidade que iremos visitar, percebo um rio que atravessa a lateral direita da cidade e se estende ao longo do nosso caminho, é lindo...

Radesh está nos levando para um culto em uma igreja cristã nessa cidade, para vermos como as coisas são, estamos muito animados para conhecer todos eles.

Quando chegamos na igreja, ficamos chocados com a glória que emana daquele lugar, eu particularmente me senti atraída só de olhar. Quando entramos, somos recebidos por todos e eles ficam muito animados com a nossa presença aqui. Percebi que os indianos da cidade passam sem olhar para dentro da igreja, as pessoas nem olham para a gente. No caminho para cá, eu vi eles adorando á uns tipos estranho de estátuas de animais, era bem incomum. Acredito que seja disso que o Radesh estava falando sobre a divisão entre as duas religiões aqui.

Assim que nos sentamos, observo o Radesh indo á frente, o que me espanta é que ele chama o meu nome:

-Jasmim, venha, fale algo do Senhor á essas pessoas- Ele diz, eu não estava preparada para isso.

Me levanto e vou até a frente, eu terei que dizer ao Radesh e ele irá traduzir tudo que eu disser:

-Eu estou muito feliz de estar aqui, todos estamos- digo olhando para os meus amigos. Radesh traduz para os membros da igreja.

-Viemos para este país porque queremos levar a palavra de Deus para as pessoas. Esse ano foi um ano onde eu tive que aprender a confiar em Deus e tive que conhecê-lo mais uma vez. O que eu quero dizer a vocês é que eu me admiro com o amor de vocês... Estão dispostos á fazer qualquer coisa para ter Jesus. Muitos que estão aqui, foram abandonados pelos parentes, pelos amigos, foram perseguidos, e outros não estão mais aqui porque foram mortos pelo evangelho. Eu acredito em um Deus que ama, mas acredito também em um Deus que anseia por coragem de seus filhos. Estamos aqui para aprender, mas vamos lutar com vocês...

Assim que Radesh continua a tradução, vejo um carro preto passando em frente ao lugar de onde estamos, vejo pela janela aberta do carro um homem de terno, aparentando não ser daqui, muito arrumado e com olhos que se pudessem, me cortariam em pedaços. Meus amigos também vêem e ficam curiosos para saber quem é.

Quando me sento e o culto continua, Clara pergunta para mim:

-Aquele homem me deu medo, quem será?- diz.

-Não sei... Mas não parecia gostar do que estávamos fazendo.

[...]

Quando o culto termina e cumprimentamos a todos, começamos a andar pela rua, perto do rio em um lugar aonde não é movimentado. A vista é linda e o a borda é bem próxima ao rio.

Enam está do eu lado direito, já eu estou bem pertinho da borda do rio.

-Você sabe nadar?- ele pergunta.

-Não mesmo- digo rindo.

-Nem eu, nunca tive a chance de aprender, você sabe, cadeira de rodas... - diz- Troca de lugar comigo, não quero que você caia.

-Mas você também não sabe nadar e essa parte é funda- digo confusa.

-Antes eu que você- ele diz com um sorriso decidido e eu faço o que ele manda.

Enquanto caminhamos tranquilos, ouço sons de pneus derrapando e um o barulho de um carro vindo rápido em nossa direção. Mesmo percebendo que estamos na rua, ele não diminui a velocidade. Não temos para onde fugir, se cairmos, vamos direto para a água.

O carro simplesmente vem, e quando faz a curva, Enam se desequilibra e cai dentro da água.

-ENAM!- Todos gritamos ao mesmo tempo.

O carro para por um segundo e eu vejo o mesmo homem que passou por nós na igreja, ele me encara e dá um sorriso de lado, satisfeito. Ele acelera e o perdemos de vista.

Lucas pula na água atrás no Enam, não conseguimos mais vê-lo, ele realmente não sabia nadar.

Meu coração acelera e eu entro em desespero. Corremos o mais rápido possível para outro lado, onde é mais raso. Depois de alguns minutos Radesh pula na água também quando vê o Enam sendo carregado por Lucas. Eles dois o carregam até a borda, mas não Enam não está se mexendo.

Eles o colocam no chão e eu procuro pulsação.

-Ele não está respirando e eu não estou encontrando pulso- digo desesperada. Lucas começa a chorar e Radesh corre em busca de ajuda.

-Jasmim, começa, agora- Clara diz- Vai!

Eu desobstruo as vias aéreas e começo a massagem cardíaca.

-Vamos Enam, por favor- digo chorando, enquanto faço a massagem cardíaca.

-Jasmim, você tem que reestabelecer a respiração- Clara diz.

Olho para o Enam, inerte, com os lábios arroxeados e passo minha mão pelos seus cabelos. Continuo a massagem cardíaca e então assopro duas vezes em sua boca. Tento ouvir o coração.

-Nada ainda- digo.

Continuo fazendo isso até não aguentar mais os meus braços doendo, Clara faz a massagem cardíaca no meu lugar e eu continuo fazendo respiração boca-a-boca. Nada.

-Por favor Papai, nos ajude- digo chorando, não consigo parar de tremer.

Lucas volta com o Radesh, desesperados:

-Não achamos ninguém que quisesse nos ajudar, sabem que somos cristãos... Não tem nenhum hospital por perto.

Eu me desespero ainda mais. Lucas segura na mão de Enam:

-Volta cara, por favor... A gente precisa de você.

Ficamos fazendo isso e nada.

Clara para e eu vou para o lugar dela.

-Jas... Eu acho que... - Lucas diz.

-Não!- digo- Nem pense em dizer isso!

Continuo fazendo a massagem cardíaca e nada.

Eu paro e começo a chorar, eles começam a orar em voz alta, então, em meio as lágrimas eu sinto uma brisa suave passar pelos meus cabelos, e uma voz sussurrar no meu ouvido.

-Mais uma vez filha.

Quando eu escuto isso, continuo a massagem cardíaca e faço a respiração boca-a-boca mais uma vez.

Então vejo uma reação, viro ele de lado e ele cospe toda a água que engoliu. Começa a tossir e respirar com toda a força.

Todos suspiramos de alívio e eu não seguro o sorriso, começo a chorar, assim como todos. Radesh sobe para pegar as coisas que deixamos lá em cima e nós quatro ficamos ali parados chorando de alívio.

Eu abraço o Enam com tanta força que eu quase deixo ele sem ar de novo.

Ele deita no chão e começa a rir, dizendo:

-Não queria que nosso primeiro beijo fosse desse jeito.

Lucas e Clara começam a rir tão alto que acho que todos da cidade vão ouvir. Eu fico tão envergonhada que começo a rir também.

-Não fala besteira- digo rindo.

Quando Radesh volta, Lucas pergunta:

-Era aquele homem?

-Sim... - digo.

-Se não fosse Jesus, eu nem estaria mais aqui- Enam diz.

-Por que alguém faria isso?

-Bem vindos á Índia pessoal- Radesh diz olhando para longe- Bem vindos...

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