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Capítulo 31

“Nada pode acontecer que Deus não queira. E tudo quanto Ele quer, mesmo que nos pareça mau, na verdade realmente ótimo...”

-Anna Thereza.

***

Eu já perdi a conta de quantas vezes me encontrei sem direção, pensando que estava sozinha e que não possuía valor algum, a questão é que é quase impossível fugir de quem eu realmente sou. 

Posso gritar e dizer que eu quero desistir, parece ser mais fácil dizer que não sou importante de uma vez por todas... Mas não há como negar a minha identidade, ela está escrita nos meus olhos e no meu coração.

Toda vez que me olho no espelho, meu olhar me lembra de quem eu realmente sou. Toda vez que vou dormir e minhas lágrimas caem me fazendo fechar os olhos, meu coração me lembra que eu não estou sozinha. Isso para mim é a prova de que Deus estará sempre comigo, porque em qualquer lugar eu sei que Ele vai me chamar pelo nome, me abraçar com o seu amor invisível e avassalador.

Seu Espírito me abraça com consolo, ainda que eu não o veja, ele passa por mim como uma suave ventania de um sábado á tarde. 

Você pode fugir, se esconder e correr o mais rápido que puder. Você pode mudar o seu nome, mudar a sua aparência e mudar de cidade. Você pode tentar dizer a si mesmo que está na hora de parar, porque os seus esforços parecem não ter sido suficientes. 

Você pode tentar, mas te garanto, que no mais profundo vale, nos mais altos céus e nas montanhas mais distantes, você irá escutar uma voz em seu coração que parece fazer parte de você, dizendo:

-Está na hora de voltar para casa, eu te amo, sei quem você é. Vamos começar de novo.

***

Aconteceram algumas coisas bem malucas recentemente, vamos supor que o Leví teve a ideia de transformar a nossa história em um livro! Dá pra imaginar?

Ele pediu meus diários emprestados e vai conseguir montar a história com a ajuda dos jovens e da Charlie, afinal, eles conhecem a história desde o início. 

Outra coisa que aconteceu foi a notícia de um novo governante que proibe qualquer tipo de fé em seu país... Eu gostaria de alcançar essas pessoas, espero que Deus possa ajudá-las...

Estamos todos parados na frente do prédio da igreja, esperando o Joshua e os meninos.

Perdemos o ônibus ontem porque a Éllida trocou os horários sem querer, nenhum de nós ousou dizer nada, acho que ela bateria na gente. Temos que ir de carro para outra cidade nos encontrar com os demais escolhidos para a viagem missionária, depois disso pegaremos um avião.

Já que perdemos o ônibus, o Daniel conhecia um amigo de um primo de terceiro grau que tem uma Kombi, torcemos para chegar á tempo.

Todos os jovens estão aqui, os amigos da faculdade e os nossos pais também... Todos nós estamos emocionados e entusiasmados!

-Se cuida, coma direitinho e durma cedo- A tia de Lucas diz apertando as bochechas dele.

-Tia, a senhora está me deixando com vergonha- ele fala com dificuldade, pois suas bochechas estão sendo apertadas. Ela o abraça e logo depois ele ganha um abraço do Miguel, seu irmãozinho. 

Clara é abraçada pelos pais, primos e pela irmãzinha. 

Enam não desgruda dos pais por nenhum minuto.

E é claro que o Joshua faz questão de ir se despedir da Lavínia. 

-Será que eu vou ver você de novo? Afinal, vocês vieram para cá só para recrutar pessoas ao campo missionário, não tem motivos para voltarem... – Lavínia diz um pouco desapontada.

Joshua sorri.

-Vou levar isso como um “Eu vou sentir sua falta”- diz. Ele abraça Lavínia- E quem disse que eu não tenho motivos para voltar?- ele sorri, fazendo ela sorrir também.

-Ai Josué, é mais fácil derrubar a muralha de Jericó do que derrubar esse clima entre vocês- Leví diz revirando os olhos. Começamos a rir e a Lavínia tampa o rosto com as mãos.

Me aproximo devagar do Leví e sussurro:

-Pode usar o diário para a história, mas lembra do que combinamos, não pode escrever tudo que está lá- digo rindo.

-Relaxa, seu segredo está a salvo comigo- ele diz, dando uma picadinha.

Depois de abraçar um monte de gente, finalmente chega a vez dos meus pais:

-Sempre soube que não ir te ter em casa por muito tempo- meu pai suspira brincando com o meu cabelo- Jami, Deus tem coisas grandiosas pra você, eu nunca duvidei... Eu te amo filha, estarei orando por você. O mundo é um lugar perigoso para as pessoas que possuem fé, por isso me preocupo, porque eu nunca vi uma menina com tanta fé igual a você. 

Ele me abraça e eu não consigo segurar as lágrimas. Minha mãe segura o meu rosto com as mãos e começa a enxugar as minhas lágrimas.

-Eu estou orgulhosa de você querida- diz- Passou por tanta coisa e agora estou vendo os propósitos de Deus se cumprindo na sua vida. Eu te amo querida...

-Eu amo tanto os dois- digo os abraçando- Obrigada por tudo...

Me solto do abraço assim que ouço a buzina da Kombi. 

-Amor, me diz que o nosso carro está escondido atrás disso aí- Éllida diz para o Daniel.

-Ela só está um pouco velha- ele ri sem graça- Tenho certeza que dá para o gasto.

-Meu amigo, acho que essa Kombi já foi gasta á bastante tempo- Benjamin diz e todos nós começamos a rir. Os garotos levam as nossas malas para dentro da Kombi.

Juliana vem e me abraça:

-Obrigada por tudo Jasmim... Eu desejo o melhor para você.

Eu retribuo o abraço, dizendo:

-Você é uma pessoa maravilhosa Juliana, sei que está no caminho certo- digo.

Antes de viajar, todos oramos juntos de mãos dadas para que Deus cuide de tudo.

Faço uma lista mental de quem deve entrar:

-Clara, ok.

-Lucas, ok.

-Éllida, ok.

-Benjamin, ok.

-Marcela, ok.

-Joshua, ok.

-Eu, ok.

- ...

De quem eu estou me esquecendo?...

-Não vai entrar?- Enam chama aminha atenção sorrindo, como pude esquecer?

-Agora eu posso sim- digo sorrindo.

Antes de entrar, dou uma última olhada para todos e uma última olhada na minha cidade. Eu poderia dizer que estou dando uma última olhada no meu lar, mas meu lar é nos braços do meu Papai, e Ele está me chamando para um novo destino.

Nunca podemos duvidar do que Deus pode fazer, eu era apenas uma menina lendo em uma escada sozinha, agora estou indo viajar com os melhores amigos que alguém poderia ter.

-Obrigada Papai...

[...]

Durante o longo caminho, o silêncio parece reinar na Kombi velha, bom, tirando o barulho do motor que parece estar pedindo socorro. Ficamos olhando pelas janelas as plantações de soja, pois nesse país, não importa para onde você viaje, sempre vai ter uma plantação de soja em algum lugar durante o caminho.

-O clima aqui está muito silencioso- Celly diz- Dê um jeito nisso Daniel, por favor...

-Essa Kombi tem som pelo menos- ele ri.

-EU ESCOLHO A MÚSICA!- Éllida pula para o banco da frente antes que qualquer um tenha chance.

Então a música “Deus meu” do Israel Subirá começa a tocar.

De início, apenas ouvimos a música e não cantamos, Enam nos observa atentamente e diz:

-Pela primeira vez parece que isso não vai virar um musical- Ele diz.

Eu abro um sorriso, Clara e Lucas nos entreolhamos e os outros fazem o mesmo. Então o Enam diz:

-A não...

-O QUE TENHO EU ALÉM DE TI? E QUE CERTEZA HÁ NO AMANHÃ? E QUE MOTIVO HÁ PRA SORRIR? SE NÃO FOR VOCÊ... – cantamos alto movendo os braços.

Enam fica parado revirando os olhos e por fim abre um sorriso, se rendendo. Então ele começa a fazer como nós:

-O QUE TENHO EU ALÉM DE TI? E QUE SEGURANÇA HÁ EM MEU SER? E QUE MOTIVO HÁ PRA EXISTIR? SE NÃO FOR VOCÊ... – fazemos uma pausa- O QUE TENHO EU, DEUS MEU?

A Kombi silenciosa logo é preenchida pela música e por nossas vozes, até que...

-Que barulho é esse?- Joshua pergunta para o Daniel, que está dirigindo.

-É A MÚSICA, MUITO BOA NÉ?- Daniel grita, porque o som está alto.

-Não...- Joshua diz- É outro som, parece que...

Então a Kombi vai perdendo a velocidade, o som desliga e escutamos o barulho do motor morrendo. Daniel para de dançar.

-Ai não... – ele diz.

-Daniel, não me diga que... – Éllida diz com uma voz ameaçadora.

Daniel tenta ligar várias vezes o carro e nada.

-Meu Senhor Jesus Cristo, me salve da fúria desta mulher- Daniel fecha os olhos orando em voz alta.

-E agora? O que faremos? Estamos no meio do nada... – Clara diz preocupada.

-Vamos descer e ver o que houve- Lucas diz.

Nós descemos e os meninos fingem que sabem alguma coisa sobre arrumar um carro. Testamos os celulares, mas não tem sinal aqui, típico.

Celly, Clara e Éllida se aproximam:

-O que faremos?- Clara diz- Não podemos nos atrasar, se não vamos perder o avião, já devíamos estar chegando lá.

-Eu não sei... Estamos no meio do nada, sem sinal de telefone, longe de tudo e com essas cinco criaturas ali fingindo que sabem de alguma coisa- ela diz apontando para os meninos.

-Se tem uma coisa que eu aprendi, é que em todos os momentos batalhas espirituais acontecem, acredito que o inimigo quer tentar nos impedir de chegar no nosso destino – Celly diz.

-Tem razão, estamos indo fazer algo importante para o nosso Deus e queremos ajudar pessoas, com certeza isso não seria fácil... O que sugere que façamos?- pergunto.

-Você tem fé?- Celly sorri.

[...]

-Ei queridos- Éllida chama- Venham aqui!

-O que foi? Não vê que estamos tentando arrumar o motor? Somos homens de confiança!- Benjamin diz estufando o peito.

-Tá mais pra quinteto infantil- Celly diz rindo.

-Ah, vão dizer que possuem ideia melhor?- Daniel diz.

-Claro- Clara diz colocando as mãos na cintura.

-Estendam as mãos, nossos homens corajosos- Éllida diz com um tom de ironia na voz.

Eles estendem as mãos, curiosos. Todas fazemos o mesmo e então eu começo a orar:

-Papai, sabemos que tu podes todas as coisas, por favor Senhor, faça esta kombi funcionar, amém...

Termino e eles ficam me olhando.

-Só isso?- Benjamin pergunta com a sobrancelha arqueada.

-Ah, achou pouco? Espera aí então. –Celly diz, fechando os olhos e dizendo alto- AMADO SENHOR DE MISERICÓRDIA... Isso te lembra algo querido?- ela diz rindo.

-Isso nem foi engraçado, mas eu entendi- ele diz tentando não rir.

-Vamos, entrem no carro- Clara diz.

Todos entramos no carro, nos sentamos e colocamos o cinto. Assim que Daniel vira a chave, a Kombi volta a funcionar, fazendo aquele barulho ruim se tornar um som adorável.

Éllida coloca os braços nas paredes da Kombi em forma de abraço e diz:

-Que saudade desse som, não vamos mais te insultar querida...

-Obrigada Jesus, por cuidar de nós- Enam fala em voz alta e todos agradecemos ao Senhor.

Voltamos para a estrada novamente, então o Benjamin diz:

-Aonde paramos?

Nos entreolhamos, Éllida já aperta o play e cantamos:

-O QUE TENHO EU ALÉM DE TI? E QUE CERTEZA HÁ NO AMANHÃ? E QUE MOTIVO HÁ PRA SORRIR? SE NÃO FOR VOCÊ...

[...]

Graças a Deus chegamos á tempo, conseguimos arrumar tudo e fomos direto para o aeroporto com todos os outros. Era muita gente, foram em voos separados. E eu os meus amigos ficamos no mesmo avião.

Por coincidência, Enam acabou sentando do meu lado no avião, parece até que as passagens foram uma marmelada. Tento ignorar os olhares dos nossos amigos. Ele me ajuda a colocar algumas bolsas nos compartimentos em cima dos acentos e voltamos para os nossos lugares. 

Confesso que estou tremendo, só viajei de avião uma vez e eu era criança. Estou muito nervosa...

-Está tudo bem?- Enam se aproxima preocupado, deve ter visto a minha cara. Ele foi muito gentil em me deixar ficar na poltrona do lado da janela, afinal, era pra ser o lugar dele.

-Não muito, eu estou nervosa, faz tempo que eu não viajo de avião- digo- E, ninguém sabe mas, por mais que eu ame o céu, tenho medo de altura...

Ele segura a minha mão, sorri e diz:

-Não se preocupe, eu guardo o seu segredo- diz e nós rimos- Pode segurar a minha mão e fique tranquila...

Espero que ele não perceba o quanto meu coração está acelerado agora, parece o som daqueles hinos pentecostais.

Então depois de colocar os cintos e o piloto falar algumas coisas, o avião começa a sair do lugar. Ele ganha velocidade até ficar inclinado. Fecho os olhos e aperto a mão de Enam com força e começo a rir baixinho.

Não consigo abrir os olhos, mas sei que o avião já deve estar bem no alto, então Enam diz:

-Abra os olhos Jasmim, o pior já passou... – Abro meus olhos e me viro para ver seu sorriso.

-Eu sei que a janela está do outro lado, mas seus olhos são parecidos com o céu Enam- digo sorrindo. Ele sorri de volta e eu me viro para observar as nuvens, Deus é perfeito em tudo o que faz.

-Nem foi tão ruim assim, nem estou mais com medo... - digo vitoriosa.

-Ah é? – Ele diz rindo- Então por que ainda não soltou minha mão?

Olhos para as nossas mãos e fico vermelha na hora, mesmo assim, respondo rindo:

-É um segredo, não posso te contar.

[...]

Essa viagem parece infinita, foram muitas horas. 29 horas de voo para ser mais exata... Eu li, escutei música e conversei sobre tudo com o Enam, até sobre os cachorros do meu vizinho.

-Eu preciso pisar em terra firme o mais rápido possível- Enam diz dramaticamente.

-Nem me fale, eu não aguento mais ficar aqui- digo rindo.

Então ouço a voz de Josh nos chamando e dizendo:

-Hey dramáticos, olhem pela janela... Bem vindos á índia.




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