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Capítulo 24

(Dedico esse capítulo á todos os meus poucochinhos)

***

“Continue a nadar, continue a nadar, continue a nadar, nadar, nadar... Para achar a solução, nadar, nadar...”.

-Dory.

Tenho uma coisa para contar para vocês hoje, uma coisa pessoal, importante e que muita gente também sente. Eu sou tão insegura, sobre tantas coisas... Eu passei anos assim, hoje eu até estou melhor, mas antes era complicado. Eu ainda não sei lidar totalmente com essa insegurança, mas eu só quero dar um conselho a todos vocês, meninos e meninas.

Eu sei que você acha que não é bom o suficiente, inteligente suficiente, bonito(a) o suficiente, acredite, penso isso todo dia. O problema é que eu fico imaginando como Deus fica ao me ouvir dizendo isso... Todos os dias vamos á escola, faculdade, emprego, igreja e etc. Ficamos preocupados com o que as pessoas estão pensando de nós, se gostamos muito de uma roupa e alguém caçoa dela, paramos de usar ou ficamos chateados. Sei que nem todos são assim mas eu sei que muitos aqui se acham “quebrados”, como se não conseguissem fazer nada direito.

Quero que imagine que Deus está ao seu lado e que na sua frente, está outra versão de você, de 10 anos atrás. Agora, quero que diga para essa sua versão tudo o que você diz para si mesmo todos os dias, que ela é feia, burra, ninguém gosta dela, ela faz tudo errado e ninguém nunca vai amá-la de verdade, nem mesmo Deus.

Agora, se você ainda estiver imaginando Deus ao seu lado, você acha que Ele diria essas coisas para a versão que está na sua frente? Acha que Ele diria isso para você? Olhe para você quando era mais novo, uma criança, consegue dizer isso para ela de maneira tão fria? Até nós, que somos falhos, sabemos que é uma criança e que está aprendendo. Deixa eu te contar um segredo:

Você é uma criança para Deus, uma filhinho ou uma filhinha que está aprendendo e com certeza vai cair muitas vezes até acertar. Não coloque sobre si mesmo um fardo que nem Deus coloca sobre você.

Vocês são lindos, espertos, inteligentes, maravilhosos! Encontrarão amigos que gostem de vocês pelo que vocês são, você encontrará alguém que ame você (no momento certo), alguém que te faça rir, que te mostre o amor de Deus, que te ensine e que vai te amar como você é, porque ela vai saber que você é uma obra prima de Deus...  E Deus nunca comete erros.

***

Fiquei horas conversando com Daniel, Joshua, Celly, Benjamin e principalmente a Éllida (Ela come bastante besteira, e não divide com ninguém, nem com o Daniel.

Eles me contaram toda a história deles, pareceu até um livro! Uma mistura de emoção, drama, comédia(A maioria vinda da Éllida) e aventura.

Eles viveram coisas incríveis e a maneira como a Celly e o Ben se apaixonaram me dá a esperança de que isso aconteça comigo um dia também. Eles são tão engraçados que eu precisei me esforçar para não chorar de rir.

Eles realmente lutaram pelo que acreditam e me mostraram Deus de uma maneira diferente. Benjamin me contou de algo que ele viveu e eu comecei a chorar. Comecei a sentir uma chama dentro de mim se acender novamente, porque cada coisa que ele dizia, fazia vir á tona algo dentro de mim que eu já conhecia. É como se ele estivesse falando sobre um amigo meu, sobre alguém que amo e anseio ver.

Contei á eles sobre tudo o que aconteceu comigo, pelo menos a parte da qual me lembro. Eles disseram que vão me ajudar até eu conseguir me lembrar! Isso me anima, pois terei eles por perto por mais tempo. Contei sobre o Enam, sobre como ele foi curado e sobre os meus amigos, Éllida fez uma cara engraçada nessa parte.

-Ainda não me contaram o porquê de estarem aqui nessa cidade- pergunto. Estamos sentados no jardim, na área de lazer do hospital. Éllida e Daniel imploraram de joelhos para a enfermeira me deixar sair... Eles são bons nisso.

-Meu sonho é viver pela missão- Josh diz- Eu tive a oportunidade de viajar por muitos lugares, ajudar pessoas e levar o evangelho, agora eu estou aqui para ajudar a escolher os próximos que irão conosco na próxima viagem. Tem uma ação social cristã aqui na cidade e eles me pediram para vir ajudar. A Celly, Ben, Daniel e Éllida vão na viagem, então já vieram comigo.

-Sabe- suspiro- Tudo que eu tenho é um diário que escrevi e lá dizia que meu sonho era fazer missões, aliás, antes do acidente eu participava da ação social cristã também... Eu queria me lembrar, quem sabe eu fosse escolhida?

Eles me olham de um jeito confortante, como se dissessem que vai ficar tudo bem.

-Estamos juntos nessa batalha...- Benjamin diz e eles se entreolham, como se significasse algo para eles.

-Sabe, se tem algo que eu aprendi é que tudo tem um propósito- Celly diz- Te conhecemos pouco, mas já gostamos de você... A Éllida não costuma implorar de joelhos á toda.

Rimos e a Éllida continua tomando o açaí. Onde foi que ela conseguiu isso aqui no hospital? Estou aqui faz tempo e tudo que recebi foi sopa e comida sem sal.

-Eu gosto de você Jas- Éllida diz- Mas eu sinto que você está com medo, de acabar perdendo sua personalidade com isso tudo... Eu costumava ser tímida, então comecei a pensar que vale a pena rir de coisas bestas e confiar que é muito melhor ser eu mesma do que parecer com outras pessoas.

Por mais que ela fosse muito engraçada, dava ótimos conselhos. Ela encheu tanto o saco do Benjamin e da Celly que os dois acabaram se aproximando mais. Ela está junto com o Daniel e os dois são uma mistura de fofura e risadas. Um completa o outro e se olham de um jeito muito especial.

O que dizer da Celly e do Ben? Eles se olham de um jeito familiar, como se eu já conhece aquele olhar... Como se alguém já tivesse olhado para mim daquele jeito...

-Eu sei o que você está pensando- Josh ri olhando para mim- Eles quatro não se desgrudam, e eu só seguro vela aqui... Vela não, seguro um poste. Não penso muito nessas coisas agora, mas espero conhecer alguém um dia, alguém que Deus mostre ser a pessoa que vai me ajudar a caminhar para o propósito.

-Cadê seu escolhido?- Éllida diz com a boca cheia apontando para mim.

-Escolhido? An?- pergunto confusa e os outros riem.

-Você sabe- ela ri- O menino que você gosta!

Eu devo estar mais vermelha do que um pimentão.

-Eu não...- digo- Quer dizer... Eu...

-Ai, para- ela revira os olhos e finge indignação- Tá me dizendo que não tem ninguém? A sua história dá um livro! Você é linda, cheia dos encantos que Deus te deu. Preciso dos detalhes para quando eu contar a sua história para uma amiga minha, ela é escritora e parece com você. Qual é o nome daquele menino mesmo? Naman, Enem, Enin...

-Jasmim!- Enam aparece correndo e parece feliz por estar fazendo isso- Eu te procurei por todo lugar... – ele diz ofegante.

Carlos, Charlie, Lucas e Clara chegam logo atrás. Só que Enam chega bem mais rápido. Os outros me olham e Éllida faz uma cara muito engraçada e diz:

-Ahhhhhhhh- Ela ri, como se tivesse desvendado uma charada.

-Enam!- digo me levantando- Esses são meus novos amigos.

Apresento cada um deles aos meus amigos e vice-versa. Clara senta perto de Éllida, por coincidência estão comendo a mesma coisa. Quando percebem isso, se olham como se dissessem “Já gostei de você”.

-Gostei do nome- Enam diz sorrindo para o Joshua.

-Também gostei do seu- Joshua ri de volta.

Enam se senta perto de mim. Conto para eles sobre meus novos amigos e todos parecem gostar bastante deles. O que me espanta é o que Éllida faz, ela se aproxima de Enam, bem perto mesmo e começa a encará-lo.

Enam fica tão assustado que segura minha mão forte. Ele dirige a fala á mim, mas sem tirar os olhos da Éllida.

-O que eu faço?- ele pergunta baixo e engole o seco.

Lucas e Carlos estão amando isso, porque não param de rir.

-Só obedece- Daniel diz comendo o salgadinho da Éllida- Eu aprendi a não questionar.

-Eu vou fazer perguntas agora e você precisa ser sincero e tem que responder rápido, me ouviu?- ela diz bem perto e bem séria. Enam apenas balançou a cabeça devagar.

-Quais são as suas intenções com você sabe quem?- ela pergunta rápido.

-As melhores- Enam responde rápido.

-Ela sabe do que eu já sei só com o seu olhar?- ela diz.

-Espero que não- Enam responde.

-Toddy ou Nescau?- Éllida arqueia as sobrancelhas.

-Nescau- Enam responde confuso.

Ela se afasta dele e senta rapidamente, dizendo:

-Gostei dele, está aprovado.

Todos rimos. Eu entendi isso tudo, mas prefiro fingir que não entendi. Já estou confusa demais com muitas coisas. Enam parece se sentir igual, eu acho.

Rimos bastante e Ben repete toda história que me contaram, fico feliz que queiram compartilhar com os meus amigos tudo o que viveram. Todos os meus amigos ficam maravilhados e riem muito também. Por um momento, sinto como se eu me lembrasse de tudo, porque cada um deles é um lembrete de que eu posso sim ser feliz.

Enquanto eles conversam, Enam pede para que eu vá com ele, pois quer conversar.

-Você sabe que eles vão ficar rindo né?- digo sussurrando enquanto os outros estão falando sobre missões.

-Eles já fazem isso sempre- ele retruca rindo.

-Aonde vamos?- Pergunto curiosa.

-Você confia em mim?- Ele pergunta sorrindo, como negar esses olhos? Sorrio de volta e o acompanho.

[...]

Por incrível que pareça, estavam tão entretidos que nem notaram a gente saindo. Enam me faz subir várias escadas. Muitas, muitas escadas. Se eu não morri depois disso, acho que já posso ir para casa. Enam corre e passa na minha frente.

Quando eu dou começo a admirar o local, tropeço em algo no chão, porém antes de ir ao chão, sinto ele me segurar firme. Fico assustada com a rapidez e ele penas me encara sorrindo, ainda com seus braços.

-Pisca duas vezes se houver algo errado- ele diz sorrindo.

Automaticamente me lembro do que li no diário e dou uma risada.

Chegamos até o topo do hospital, aonde dá para ver a cidade toda e onde o vento insiste em fazer meus cachinhos balançarem loucamente.

-Que incrível...- digo sem fôlego- É lindo...

Enam se aproxima e me leva até mais perto dos muros baixos que ficam na beirada, mas de uma distância segura é claro.

-Por que estamos aqui?- pergunto.

-Você vai descobrir- ele diz sorrindo. O vento está bagunçando seu cabelo e aqui está bem mais frio. Ele passa as mãos pelos meus braços em movimentos rápidos para tentar me aquecer e isso me deixa vermelha de vergonha, mas agradecida. – Mas antes, me conte o que você fez depois que eu fui para casa.

Conto para ele sobre ler o diário (Menos a parte de ele ser mencionado bastante), conto sobre a diretora e ele se surpreende com a minha atitude... Conto sobre como encontrei os C.B.E.D.J (Vou usar só as iniciais dos nomes deles, porque são muitos nomes).

Depois que ele me conta as novidades sobre o Matheus, o que causou o incêndio, eu percebo que eu e meu pai fizemos boas escolhas ao perdoar. Ficamos apoiados no pequeno muro, olhando para a cidade, em silêncio... Quer dizer, eu estou olhando para a cidade, Enam está olhando para mim.

Tento não me virar, se eu fizer isso eu posso ter o infarto, pois meu coração está tão acelerado que tenho medo de que ele escute as batidas. Meus cachinhos batem levemente no meu rosto e é quase impossível ficarem quietos.

Enam estende a mão devagar e afasta as mechas que caem sobre meu rosto, colocando-as atrás da minha orelha. Dessa vez é impossível não olhar para ele. Os olhos dele e o céu parecem ter combinado para ficarem em harmonia de tonalidade hoje.

-Enam- digo- Por que estamos aqui?

Ele pega minha mão e instintivamente eu me lembro sempre da mesma palavra, vocês sabem.

-Eu sei que não se lembra de mim- ele diz sério, mas passando tranquilidade- Mas eu sim, lembro de tudo, tudo o que vivemos, tudo o que eu te disse quando você ainda não tinha acordado...

-O que você me disse?- pergunto curiosa, ele sorri e olha para o chão.

-Isso eu vou te dizer de novo futuramente- ele diz sem graça, me deixando ansiosa- Continuando... e  calma! Não vou te pedir em casamento e nem nada do tipo- rimos- Mas eu quero te dar um presente.

Ele tira uma caixinha do bolso, de veludo azul e abre para mim. Como ele diz que não é nada do tipo se ele está me dando um anel? Arqueio uma das sobrancelhas.

-Calma- ele ri- como eu disse, não estou te pedindo em casamento e nem te pedindo para ser minha namorada... Mas, eu estou te dando isso como um lembrete, para nunca mais se esquecer do que temos.

-Enam... É lindo... – digo olhando para o anel, com desenhos de flores gravados nas laterais. Ele coloca em meu dedo e segura minhas mãos novamente.

-Sei que não se lembra de mim aqui- ele diz apontando o dedo para a minha cabeça- Mas eu posso lembrar por nós dois- ele coloca minha mão no coração dele, que por sinal está mais acelerado que o meu.

-Mais uma coisa- ele diz indo até o canto e pegando um jarrinho de barro com uma pequena flor, a minha favorita, e me entrega.

-Tão frágil e ao mesmo tempo tão linda- ele diz, acho que está se referindo á flor.

-O que nós temos?- pergunto, ainda olhando para ele fixamente.

-Temos um ao outro, cuidamos um do outro e só Deus sabe o futuro- ele sorri- Eu não tenho pressa.

[...]

1 SEMANA DEPOIS

Eu tive alta do hospital faz alguns dias, mesmo assim, fui até lá todo dia para ler a bíblia com a coordenadora. Não demos queixa, mas o conselho da faculdade se recusa a recebê-la de volta novamente.

Tem sido extraordinário ler as escrituras, existe alguém com um caráter melhor do que o de Jesus? Eu fico maravilhada com tudo... Não sou só eu, a coordenadora tem demonstrado uma paixão incansável por mais.

Meus novos amigos tem me ajudado bastante nesse processo, parece que a seleção da viagem só começará daqui dois meses, então eu poderei aproveitá-los já que não serei escolhida.  

Hoje eu voltei para a faculdade, Enam e Charlie seguraram nas minhas mãos e não me soltaram jamais. Haviam vários olhares, mesmo assim, muitas pessoas vieram me dar apoio, muitas mesmo. Pela primeira vez acreditei de verdade que eu tinha me tornado alguém importante ali. Porém, eu não fui o centro das atenções, Enam foi. Todos ficaram maravilhados, porque viram ele por meses na cadeira de rodas sem mover um dedo e agora ele estava andando.

Até os professores foram até ele. Muitos foram ao culto só para ver o que havia de tão especial lá. Antes mesmo de atravessar a porta eu já sentia que conhecia aquela sala, como se fosse minha segunda casa.

Quando eu entro, há várias pessoas segurando margaridas laranjadas, a cada passo que dou eles me entregam uma e mais uma e mais uma... Meus olhos se enchem de lágrimas. Todos ficam em silêncio sorrindo. A diretora está lá, agora ela voltou e me recebeu com um abraço bem apertado.

Então começam a cantar a música “House on a hill- Amanda L. Cook”, está em inglês, mas possui uma frase que me toca profundamente agora:

-“Permita-me apresentar-me novamente

Eu sou o único que te conhecia antes do tempo começar

Eu estive esperando por você para me deixar ser seu amigo

Tudo o que você precisa é tudo que eu sou

Eu sou”

Quando a música acabou, todos começam a bater palmas e gritar. Sorrindo e com muita euforia.

-O que eles estão aplaudindo?- pergunto para Enam.

-Você- ele sorri.

-Eu? Por que?- pergunto surpresa.

-Porque você foi a faísca que começou toda essa explosão de mudança aqui... Jasmim, você foi usada por Deus. E nós nunca esqueceremos disso.

[...]

Depois de toda a emoção maravilhosa, tivemos que esperar na saída meus pais para nos darem carona. Amaya chegou no carro do meu pai e veio correndo me abraçar. Ela disse que queria muito me ver.

Porém, algo estranho aconteceu. Clara ficou observando a cintura de Amaya. Quando Amaya me abraçou, deu para ver um sinal de nascença na cintura dela, com um formato parecido com um coração.

-Desde quando você tem isso?- Clara pergunta trêmula.

-Desde que nasci, eu acho fofo- ela ri.

Lucas se aproxima da Clara preocupado com ela, pois ela parece nervosa e seus olhos estão cheios de lágrimas.

-Amaya- Clara diz com lágrimas caindo- Você sempre teve esse nome?

-Na verdade, eu tenho um segundo nome, mas quase ninguém sabe- ela diz- É...

-Lily... – Clara diz e todos nós a encaramos surpresa.

-Sim- Amaya diz sorrindo- Como você sabe?

Clara se aproxima sorrindo e dizendo:

-Porque é o nome da minha irmãzinha que desapareceu á 12 anos...





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