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Capítulo 23

(Hoje teremos participação especial de personagens que vocês amam, estou muito animada haha)

***

“You say I am loved when I can’t feel a thing
You say I am strong when I think I am weak
You say I am held when I am falling short
When I don’t belong, oh You say that I am Yours”

-Lauren Daigle.

***

             

Hoje eu só vou dizer uma coisa: Continue, vai ficar tudo bem.

Nem sempre precisamos falar muito, as pessoas só precisam de um incentivo, para se sentirem bem. Eu te desafio hoje, diga isso para alguém.

***

Se tem uma palavra que pode me definir agora é: Confusa. Como alguém pode esquecer de coisas tão importantes? Como alguém pode esquecer da pessoas que ama? Como eu pude esquecer que consegui quebrar barreiras que me impediam de ser corajosa e de buscar coisas como passar um tempo com os amigos?

Eu realmente não entendo o porquê disso tudo. Não sei mais nada e me sinto sufocada, como se eu estivesse dentro de um cofre e precisasse me  lembrar da senha para sair.

Eles até tentaram me explicar, me contar tudo que eu vivi... Mas a menina da qual eles falam, não sou eu. Eu não sou corajosa, não falo na frente de muita gente, meus únicos amigos são os meus pais.

Quem é Enam? Por que eu não consigo me lembrar dele e ao mesmo tempo sinto que o conheço como se pudéssemos ficar em silêncio por horas sem ser constrangedor? Antes de eu acordar, senti sua mão tocando a minha, aquilo me fez ter curiosidade de abrir os olhos, mesmo que eu tivesse que usar todas as minhas forças para isso. Antes de abrir os olhos eu senti que tocava minha mão, senti que conhecia aquilo, mas na verdade me surpreendi ao ver seu rosto... Era um completo estranho.

A primeira vez que o vi chorar me partiu o coração, os olhos dele tinham a minha cor favorita, mesmo estando cansado, era muito bonito. Ele segurou minhas mãos por horas, isso não me incomodou, eu senti que conhecia aquilo.

Porém, o que mais me destroçou foi um nome, um nome que eu senti que conhecia, mas nada me vinha a memória para formar recordações. Jesus.

Quem é ele? Por que todos falam dele? Que relação nós dois temos de verdade? Ele mora perto da minha casa? É algum parente meu?

Tentaram me explicar uma história sobre o sacrifício dele, sobre ele ser Deus, mas é tudo muito confuso. Me deram uma bíblia, acho que se chama assim, e um diário.

[...]

Amanhã eu terei alta e finalmente voltarei para casa, se bem que não sei exatamente se vou conseguir me acostumar... Agora eu tenho uma amiga, que me considera uma irmã e mora na mesma casa que eu.

Fico encarando o diário que os meus pais me deram, tem a minha letra escrita na capa, mas sinto como se não pertencesse a mim. A bíblia parece ficar me encarando como se dissesse “Não vai me abrir?”, acho que estou ficando louca, a ponto de imaginar uma bíblia me questionando. Pego o diário e finalmente abro... Está cheio de desenhos, post-its e frases com nomes e números, o que é Salmos 139?

-Vamos lá Jas, você consegue... – digo a mim mesma, suspirando.

Olho para a primeira frase e leio:

“5 de junho de 2018,

Hoje é o meu aniversário e eu meio que estou escrevendo no meu presente. Meus pais me deram esse caderno e eu decidi torná-lo um diário, tenho a sensação de que Deus vai começar grandes coisas na minha vida que não podem ser ignoradas, mas devem ser escritas.

Há alguns dias passei por coisas bem estranhas, mas que parecem estar me transformando. Tudo começou com um monte de palavras se movendo no quadro da minha faculdade e formando 1Pedro 3:15. Apesar de ter passado vergonha na sala, parece que ganhei um presente naquele dia, Lucas e Clara vieram falar comigo, tudo bem que pensaram que eu estava maluca, mas eu sei que eles pareciam sinceros em querer me ajudar.

Contamos para o meu pai sobre a experiência, ele disse que Deus estava querendo nos dizer que grandes coisas aconteceriam conosco e que precisaríamos saber responder o porquê de acreditarmos.

Lucas e a Clara estão andando sempre comigo agora, o que parece um milagre. Até fomos para a ação social juntos, o dia teria sido perfeito se o Lucas não tivesse recebido a notícia de que os pais dele desapareceram em outro país enquanto voltavam da viagem missionária.

Por enquanto isso é tudo que tenho a dizer, mas eu gostaria de deixar uma nota para mim mesma aqui. Se eu bem me conheço, sei que eu vou reler esse diário um dia, então lá vai:

Nunca se esqueça de que Deus está com você. Eu sempre fui solitária, mas percebo que Jesus tem me apresentado amizades incríveis... Sinto que posso ser sincera com as pessoas, que não preciso me esconder nas escadas durante os intervalos e sinto que Deus está me ensinando a ser eu mesma, a Jasmim que é amada por Jesus. “.

Fico parada, não consigo impedir que as lágrimas caiam. Eu escrevi aquilo, mesmo não conseguindo me lembrar, eu percebi que estava me tornando a pessoa que eu sempre quis ser.

Continuo lendo por horas, sem parar. Solto várias risadas ao ler sobre as piadas terríveis que o Lucas contou durante o dia, irritada com um tal de Matheus que era sempre um grosso e paro assim que leio o nome “Charlie”. É a menina que está morando na minha casa.

Ao ler sobre ela, me sinto triste, porque ao que parece, ela se cortava e estava triste o tempo todo, porém li sobre uma vez que eu deixei uma borboleta na mesa dela e fiquei feliz por vê-la sorrir. Ela parece ser incrível, espero que a história melhore.

Parece até que estou lendo um livro cheio de aventura, emoção, drama (Quando eu falo de drama, é o drama que o Lucas faz quando está com fome) e suspense. Nem parece que estou lendo minha história, parece até que eu não sou tão sem graça como eu pensava.

O que mais me emociona em cada coisa que eu leio, é a maneira como eu falo de Jesus. Eu sinto sinceridade em cada palavra, como se a minha vida dependesse de passar tempo com ele. A cada página que eu leio, sinto como se alguém estivesse do meu lado sorrindo, tentando me explicar tudo, mas sem precisar falar. Espero que eu realmente não esteja ficando maluca.

[...]

“11 de julho de 2018,

Hoje eu conheci alguém, foi de um jeito muito constrangedor, mas sei que vou rir muito depois. Meus pais pediram para que eu fosse com eles conhecer os novos vizinhos, eu os vi pela janela e pareciam muito animados. Eram americanos também.

Quando chegamos lá, descobrimos que eram adoráveis e cristãos também. Se chamavam Bob e Luíza. Eles tinham dois filhos, Amaya e Enen, Anem, Ínem, Anam, ... Enam! A pronúncia é tão esquisita quanto o nome. De início, eu não vi nenhum dos dois, e como eu sou apaixonada por jardins, eles permitiram que eu fosse dar uma olhada no jardim deles.

Era o jardim mais lindo que eu já tinha visto, e eu estava muito encantada, até dar um abraço no chão por tropeçar em alguma coisa. Quando eu parei de ligar para a dor, eu vi que um menino estava sentado em uma cadeira de rodas me olhando. Me desesperei tanto, a ponto de pensar que ele nem falava, porque só ficava me encarando como se eu fosse maluca. No fim de tudo, ele estava brincando com a minha cara, o que me deixou muito sem graça...

Eu estava prestes a ir embora por conta da vergonha, mas ele deixou a brincadeira de lado e me deu um “olá” decente. Ele parecia legal, e de uma coisa eu sei, nunca vou me esquecer daquele dia e da vergonha que eu passei.”

Bom, parece que eu não sabia mesmo das coisas... Eu acabei me esquecendo...

Lendo as páginas seguintes, encontrei muitas coisas novas e experiências que Deus mostrou: como flechas para todo lado, tempo com os amigos, visões de borboletas saindo de uma sala da faculdade...

Li bastante sobre a Amaya, a cada coisa que leio sobre ela fico mais apaixonada e admirada com tamanha fofura. Me lembro do dia em que ela veio me ver no hospital e chorou comigo, foi de partir meu coração, mas eu não medirei esforços para conhecê-la novamente.

Percebi que eu falava do Enam em quase todos os relatos, não vou pensar muito nisso. Mas como eu poderia me esquecer de alguém da qual eu tanto falava? Deus curou ele, o que me deixa ainda mais curiosa sobre esse Deus.

[...]

“12 de agosto,

Hoje fui até a casa do Enam, conversamos muito sobre muitas coisas... Para ser mais sincera, sobre como ele acha que Deus o enxerga. Eu o ajudei a ler Salmos 139 e ele chorou ao perceber o quanto Deus o amava... Comecei a olhar Enam de um jeito diferente, como um verdadeiro amigo, da qual preciso cuidar.”

[...]

Suspiro e paro de ler. Depois eu continuo, pois é muita informação... Mas de uma coisa eles tem razão: Eu me tornei uma Jasmim diferente.

Pego a bíblia e o diário. Decido dar uma voltinha pelos corredores do hospital. Não sei se é permitido, mas se eu ficar sentada mais um segundo, vou enlouquecer.

Caminho pelo corredor e passo por uma porta entreaberta e vejo uma mulher deitada, ela está com vários ferimentos, mas não parece em estado tão grave. Ela me parece familiar... Então me lembro! Ela é a coordenadora da minha faculdade, meus pais em contaram que ela foi a culpada pelo acidente.

-Jasmim...- nossos olhares se encontram- É você?-ela diz com a voz um pouco fraca.

Me aproximo devagar e me sento perto da cama dela.

-Está tudo bem?- pergunto preocupada- Se sente melhor?

Ela deixa uma lágrima escapar.

-Eu sinto muito pelo que houve com você- ela diz- Eu sei que você nunca vai me perdoar, mas eu só quero que saiba que eu sinto muito...

Ela chora e meu coração fica em pedaços. Eu sei que foi muito errado tudo o que ela fez, eu sei que estou passando pela pior sensação de toda a minha vida, mas algo dentro de mim me diz que preciso perdoá-la.

-Eu perdoo você...- choro e seguro sua mão.

-Você não pode fazer isso- ela diz- Não é justo, eu estraguei a sua vida, persegui vocês na faculdade, paguei para colocarem fogo na sua igreja... Nem Jesus me perdoaria...

-Eu não me lembro de Jesus- digo- Mas eu andei lendo sobre as coisas que ele fazia na minha vida e eu sei que ele te perdoa e te ama, e eu também farei isso...

-Ele me ama?- ela mostra esperança- Eu sei que vou pagar por tudo que fiz, mas será que ele me daria a chance de conhecê-lo de verdade?

Eu me levanto de mostro um grande sorriso.

-Podemos conhecê-lo juntas- digo.

[...]

Ela começa a me contar sobre a vida dela, sobre o pai tê-la abandonado e por isso não gostava de quando as pessoas chamavam Deus de pai, pois ele também podia abandonar a qualquer momento aqueles que confiam. Eu deixei ela ver algumas anotações no diário e ela pareceu emocionada, porque nunca tinha visto Deus daquele jeito.

Combinei de vir visitá-la todos os dias para que pudéssemos ler a bíblia juntas, mesmo que eu tenha alta amanhã. Ela me contou um pouco mais sobre os cultos e isso me deixou admirada.

Depois de um tempo, tive que voltar, antes que a enfermeira notasse que eu havia saído do meu quarto. No caminho, eu acabo dando de cara com uma coisa pendurada na parede em uma sala vazia.

Há um banco de frente para a porta, eu me sento e fico olhando para aquilo. Uma cruz. Por que isso me toca tanto?

-Jesus?- pergunto, segurando a bíblia- Eu só gostaria que pudesse me mostrar quem o senhor é... Eu quero conhecê-lo...

Choro e fecho os olhos por me sentir confusa e por sentir falta de alguém que eu não me lembro, mas que não consigo viver sem.

Quando abro os olhos, me assusto a dar de cara com uma moça de cabelos escuros, encaracolados, sentada no chão a centímetros de distância do meu rosto e comendo salgadinho. Há mais três rapazes sorrindo e outra moça que parece ser muito gentil.

-Olá- a moça diz com a boca cheia.

-Quem são vocês?- pergunto assustada.

Um dos rapazes, que parece ter a minha idade, diz:

-Me chamo Joshua, essa é a minha irmã Celly- ele diz apontando para a moça com rosto gentil- Esses são Daniel e Benjamim- ele aponta para os dois rapazes- E essa moça estranha te encarando de um jeito engraçado é a  Éllida, com o tempo você se acostuma.

-Olha aqui meu querido- Éllida diz balançando o dedo- Me respeita, estou no chão e dá para te dar uma rasteira se for necessário.

Rimos, e eu pergunto:

-Por que estão falando comigo?

O rapaz que se chama Benjamim diz:

-Sentimos que deveríamos vir aqui neste corredor e ouvimos você orando- ele diz- Não queríamos incomodar, mas...

-Mas... O que?- pergunto.

-Vamos te ajudar a conhecê-lo- Celly diz sorrindo.

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