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Capítulo 2

“Sejam sábios na sua maneira de agir com os que não creem e aproveitem bem o tempo que passarem com eles. Que as suas conversas sejam sempre agradáveis e de bom gosto, e que vocês saibam também como responder a cada pessoa!”

-Colossenses 4:5-6

***

Ontem assim que Lucas e Clara foram embora eu fui para o meu quarto, sentei-me no chão e comecei a conversar com Deus, no intuito de entender o propósito que ele tinha:

-Papai- digo abraçando os meus joelhos- Ainda não sei o que estás fazendo, admito que me sinto incapaz e eu tenho medo de não conseguir cumprir o que o Senhor deseja para mim...

Dou um suspiro e meu olhar vai em direção meu armário, levanto-me, abro a porta do armário, empurro as roupas presas nos cabides e analiso um quadro colocado lá por mim.

Não era um simples quadro, mas era o lugar onde eu coloco todas as fotos, listas e meus objetivos. Pego um papel dobrado preso em uma das tachinhas, abro e leio.

Quando eu tinha seis anos eu escrevi isso, não necessariamente escrevi, eu desenhei.

No desenho estávamos eu, meu amigo Espírito Santo, a representação do planeta terra.

Observo que no desenho as minhas mãos brilham e as dele também, pintei de amarelo para enfatizar o que eu queria dizer com aquelas letras desengonçadas e engraçadinhas: “Use as minhas mãos para edificar e construir...”.

Deixo uma lágrima escapar, pois isso me fez lembrar que muitas vezes Deus coloca coisas em nossos corações que não são apenas fruto da nossa vontade, mas fazem parte do propósito dele.

No canto da folha eu encontrei o desenho de uma borboleta monarca, sempre foi a minha favorita, me fazia entender que mesmo uma coisinha pequena pode possuir uma beleza única e pode desempenhar seu importante papel na criação...

Era assim que eu me sentia, e agora percebo que Deus quer que eu me lembre que eu ainda sou assim, que eu ainda desejo, através d’Ele, tocar o coração das pessoas...

[...]

Desço para o lanche da tarde e me sento com meu pai e minha mãe na mesa. Eles estão rindo de algo e eu começo a prestar atenção.

-Você se lembra de como foi difícil para ficarmos juntos, querida?- Ele diz para a minha mãe.

-Nem me fale- ela ri- Ainda mais naquela época...

Resolvo perguntar algo que eu sempre quis perguntar:

-Papai, quanto tempo você e a mamãe oraram juntos?- digo e eles caem na risada.

- 7 anos- meu pai tosse enquanto ri e eu faço uma cara de surpresa.

-TUDO ISSO?!- Digo ainda tentando assimilar- Minha mãe era tipo uma Raquel?

E eles riem de mim.

-O pai dela nunca concordou muito com a nossa união- meu pai diz- Não me preocupei em esperar tudo isso... - ele olha nos olhos da mamãe sorrindo e complementa- Valeu a pena...

Fico admirando isso que os meus pais sentem um pelo outro, a maneira como se olham e o fato de parecer que o amor entre eles nunca mudou.

-Mas vamos falar sobre você mocinha- minha mãe diz me interrompendo de comer um bolo maravilhoso.

-O que tem eu?- digo com a boca cheia, falta de educação, eu sei.

-Me diz como estão as coisas na faculdade... - Ela sorri, como se eu fosse a pessoa mais interessante daquele lugar.

-Digamos que eu nunca fui muito de conversar... - dou um sorriso tímido.

-Filha, você tem que parar com isso... – ela diz colocando a mão no meu ombro- Estou cansada de te ver andando sozinha para lá e para cá.

-Pai, pode me dar uma ajudinha aqui?- digo meio que sussurrando.

Ele me olha por cima do jornal que está lendo, olha para a minha mãe e diz:

-Sinto muito filha, mas sua mãe está certa... – ele responde- Você está sempre andando sozinha, não tem amigos na igreja e nem na faculdade... Poxa, nós te amamos, mas ter seus pais como únicos amigos é solitário...

Ele ri e minha mãe faz o mesmo.

-Tive uma ideia! - minha mãe abre um enorme sorriso... Começo a analisar o jeitinho dela, somos muito parecidas, tirando o cabelo encaracolado, isso é só meu.

-Lá vem... – afundo meu rosto nas mãos.

- Filha, eu vou inscrever você no grupo de voluntários do nosso ministério... – ela diz- Tem muitos jovens lá e eu sei que você gosta de evangelizar, então todos nós vamos sair felizes nessa história!- abre um enorme sorriso.

-Não devia ser “voluntário”?- digo rindo.

-Filha... – ela fala mais uma vez com uma expressão compreensiva, parece até que vai desistir da ideia, só que ela diz... – Você começa amanhã, vou falar com a irmã Rosa agora mesmo.

Ela se levanta e vai em direção ao telefone, eu respiro fundo...

-Jami... – meu pai diz- Deus sabe o que é bom para você, não tenha medo do que as pessoas vão dizer, se importe com o que o Senhor pensa ao seu respeito.

Guardo no meu coração as palavras do meu pai e começo a avaliar... Tudo bem, eu me rendo.

[...]


Acordo bem cedo, converso com Deus e peço que ele me ajude a encarar esse dia, pelo menos não tem aula na faculdade hoje, porque é sábado.

Tento prender o cabelo mas a tentativa é falha, logo desisto. Visto um vestido florido, um tênis, pego a minha bíblia, minha bolsa e saio.

-Não vai nem comer?- minha mãe pergunta me vendo sair.

-Na volta eu como... – digo, dou um abraço nela e saio.

A base ministerial de voluntários não era tão longe então eu preferi ir a pé, gosto de andar, ainda mais conversando com Deus (mesmo que me olhem como se eu fosse maluca).

Continuo andando e no caminho me surpreendo ao encontrar o Lucas e a Clara.

-Oi Jasmim!- Clara diz parecendo animada por me ver, o que me surpreendeu bastante, pois eles quase nunca falam comigo, só na igreja e olhe lá.

Lucas sorri e dá um simples “olá”.

-Oi gente- digo sorrindo- Estão indo para onde?

-Estamos indo nos juntar aos voluntários- Clara responde- Vamos lá todos os sábados.

-Eu estou indo também... A primeira vez hoje - dou um sorriso e Clara parece se animar, Lucas apenas continua sorrindo, como sempre.

[...]

O grupo de voluntários do nosso ministério funciona da seguinte maneira:

1-Eles se reúnem todos os sábados na base ministerial.

2-A maioria são jovens, pois tem mais tempo e ás vezes até mais disposição.

3-Os objetivos deles consistem em promover campanhas de arrecadação de roupas, agasalhos e alimentos para a doação.

4-Durante o período da manhã eles oram por um tempo e separam um momento para a reflexão da palavra, estando em jejum.

5-Durante a tarde é a arrecadação, dividida em grupos.

6-E durante a noite eles saem pela cidade entregando alimentos e coisas arrecadadas, enquanto evangelizam.

Sempre achei um trabalho lindo, porém nunca tinha pensado muito na ideia de participar, por conta da minha timidez e ás vezes pela falta de tempo, porém como o semestre está no fim e eu estou muito tranquila em relação aos resultados... Bom, por que não?

[...]

Quando chegamos na base, eu pego o meu crachá de identificação e recebo uma faixa azul no braço, Lucas e Clara também.

-Bom... Parece que estamos no mesmo grupo- Lucas diz animado.

Não sei como, mas o Lucas está sempre sorrindo, sempre... Eu o conheço desde os 3 anos, quando eu e minha família chegamos aqui e começamos a congregar na igreja local.

Lucas sempre foi muito gentil, engraçado e incrivelmente insistente. Não sei o motivo, mas de uns anos para cá, as coisas mudaram e eu só o vejo andando com a Clara e alguns jovens da igreja, nunca perguntei o motivo de ele ter se afastado...

Afinal, éramos como melhores amigos até os 12 anos, mas as coisas mudam não é mesmo?

Quer dizer... Duas coisas não mudaram nada: o sorriso que insiste em permanecer, e os olhos de cor cinza que nunca perdem o brilho da felicidade que ele tem.

[...]

Quando nos dirigimos ao salão onde iremos orar, Clara diz que vai beber água primeiro e Lucas parece aproveitar a oportunidade para perguntar:

-Jasmim- ele diz sério- O que você acha sobre aquilo que o seu pai falou? Sobre Deus estar tentando nos mostrar algo...

Me surpreendo com a sua pergunta mas tento responder:

-Acredito que Deus quer nos dizer que há algo grandioso vindo em nossa direção, algo que vai testar a nossa fé e precisamos estar convictos da nossa esperança... Convictos do que acreditamos- digo.

Ele suspira e continua me olhando esperando que eu diga mais alguma coisa, então eu complemento:

-“Tu, porém, permanece nas coisas que aprendeste e de que foste assegurado, sabendo de quem as tem aprendido.”- Digo sorrindo.

-2 Timóteo 3:14- ele responde dando a referência do que eu acabei de dizer, eu amava quando fazíamos isso quando éramos mais novos.

Então Clara chega e procuramos um lugar para nos sentar. O líder dá as boas vindas aos novos membros, na qual estou incluída, e então começamos o período de oração.

Porém, assim que eu fecho os olhos eu sinto uma força me puxando, não algo ruim, mas algo que me tira da realidade.

Abro os olhos e não estou mais no salão, agora estou no corredor da minha faculdade onde eu costumo ficar sozinha na escada. Saio andando sem entender bem o que está acontecendo.

Então começo a ver uma luz forte saindo de uma das salas do corredor, fico com medo de me aproximar, então começo a ouvir o som de um louvor maravilhoso saindo de lá...

-“Santo Espírito és bem vindo aqui, vem inundar encher este lugar, é o desejo do meu coração, sermos inundados por tua glória, Senhor...”- O louvor faz meu coração acelerar e então um pequeno pontinho laranjado  sai flutuando
daquela sala.

Uma borboleta, a borboleta monarca (minha favorita), pousa no meu dedo e naquele momento, mesmo sem ouvir, tenho convicção de que Deus quer que a mensagem dele chegue na minha faculdade, e é naquela sala que eu vou começar...

A borboleta voa e eu me lembro do que eu estava pensando hoje de manhã:

Ás vezes algo pequeno, com sua beleza única, pode desempenhar um importante papel na criação... Posso ser pequena, mas o meu Deus fará grandes coisas, não pela minha capacidade, mas pelo Espírito Santo que opera em mim...

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