One Shot↠Para o resto de suas vidas juntos
── Daniel LaRusso Lawrence, eu já disse que não vou nessa maldita festa. ── Johnny disse pela quinta vez.
── Vamos, Johnny, não é tão ruim. ── Daniel falou assim que eles desceram do carro, Johnny ainda muito emburrado.
── Não é ruim, é horrível, se eu não te amasse tanto já tinha socado sua cara. ── Daniel riu e Johnny ignorou a mulher que arregalou os olhos ao passar perto deles.
A primeira coisa que Johnny fez ao entrar no salão foi revirar os olhos. Ele sabia que o lugar era tão adoravelmente disfarçado quanto as pessoas nele.
Ele queria beber, mas de jeito nenhum ia deixar Daniel sozinho, apesar de saber que o marido descia no nível deles tão bem quanto dava um boquete.
── Acho que prefiria morrer. ── resmungou e Daniel sorriu para ele, o que melhorou um pouco seu ânimo.
O que Daniel não pedia com seus olhinhos irresistíveis que Johnny não faria resmungando?
── Vou pegar um drink pra você. ── Daniel apertou seu braço e Johnny notou o brilho em suas íris, sua recompensa no final da noite. Johnny não pôde deixar de sorrir, talvez a festa não fosse um grande pé no saco afinal. ── Pode pegar uma mesa? ── ele assentiu lambendo os lábios e Daniel se afastou, e Johnny definitivamente não olhou para sua bunda.
── Feliz natal, Brett. ── Daniel cumprimentou o rapaz atrás do balcão assim que chegou perto, apoiando-se contra a superfície sólida. ── O mesmo pra mim e pro Johnny.
── É claro, já tá saindo. ── o homem começou a preparar suas bebidas e Daniel estava distraído quando uma voz feminina chamou seu nome.
── Daniel com um l. ── ele demorou quase cinco segundos para identificar a mulher, sorrindo ao se virar para ela.
── Não acredito. Ali. É você mesmo.
── Eu acho que sim. ── ela sorriu ainda maior, não tinha parado de fazer isso desde que chamou por Daniel. ── Poxa, eu estava pensando se ia trombar com você alguma hora. É curioso que seja bem aqui. ── ele balançou a cabeça, um pouco incrédulo ainda.
── É verdade, um garoto de Reseda, sócio do clube.
── Não precisa ficar mais olhando lá da cozinha. ── ela riu e Daniel sorriu, mesmo que não tenha gostado de suas palavras.
"É tão sexy quando você faz isso, finge que se importa." Daniel podia ouvir a voz de Johnny dizendo, algo que era bem provável que ele dissesse se estivesse com ele agora.
── Me desculpa, você está ótima.
── Ah, obrigada, você também.
── Eu tô muito feliz em ver você. ── feliz não era a palavra apropriada, era mais como um sentimento maior do que Daniel conseguia controlar, como se quisesse mostrar para todos o que tinha se tornado, que fez de todos os não que recebeu, um sim.
── Eu também. ── eles se abraçaram e Daniel falou algo parecido com: "Eu tenho tantas perguntas" antes de Johnny aparecer, segurando uma bandeja de canapés.
── Atrapalho? ── ele tinha franzido o cenho ao ver Daniel abraçando uma loira qualquer, já que ele evitava fazer isso porque a maioria queria algo a mais com ele, mesmo Daniel deixando claro que era casado e demonstrando seu amor por Johnny.
── Johnny? Oh meu Deus, quanto tempo. ── ela se lançou nos braços do loiro e ele ficou irritado porque quase derrubou sua bandeja.
── Te conheço, mulher? ── se posicionou ao lado do marido assim que Ali se afastou e Daniel teve que conter a risada.
── Sou eu, a Ali. ── ela falou sorrindo e Johnny arregalou os olhos, quase se engasgando com a comida.
── Porra. ── foi a única coisa que conseguiu dizer.
── Bom, suponho que não é a primeira vez que vocês se vêem desde o colégio não é? ── ela tinha notado a intimidade de ambos quando Daniel entregou um drink para Johnny.
── É isso o que acontece quando você se casa com o inimigo. ── Daniel revirou os olhos com um pequeno sorriso nos lábios e Ali franziu o cenho.
── Como assim? ── eles mostraram suas alianças e Ali arregalou tanto os olhos que Johnny quase esperou que eles pudessem saltar de seu rosto.
── Vo... Vocês... Vocês se casaram. ── soou mais como uma pergunta do que uma afirmação.
── Seus olhos vão cair se eu te disser que temos filhos? ── Daniel cutucou a cintura de Johnny e o loiro sorriu inocentemente.
── Vocês. ── sinalizou para os dois, Daniel que bebia seu drink em pequenos goles e Johnny que já tinha virado o seu e estava quase acabando os canapés. ── São casados e tem filhos. Como isso aconteceu? ── ela piscou compulsivamente e Daniel suspirou, sabendo que era ele que ia ter que falar porque Johnny era péssimo contando as coisas.
── Uau. ── Ali falou após Daniel contar tudo. ── Isso é bem... Bem.
── Pois é. ── ele deu de ombros e um garçom parou perto deles assim que Johnny pegou um vol-au-vent de camarão.
── Johnny, por que veio sem jantar? A comida aqui não satisfaz ninguém. ── Ali comentou e o casal a encarou, Daniel querendo rir.
── Eu jantei. ── ela soltou um "Ah" parecendo desconfortável e corou fortemente.
── Ele não gosta desse tipo de lugar. ── Daniel sorriu, passando os dedos entre as mechas loiras do marido.
── Prefiro a morte.
── Deixa de ser exagerado. ── Daniel beijou sua têmpora e Ali sorriu pelo modo como eles se tratavam, era tão diferente de suas lembranças, mas ela precisava se lembrar que isso já fazia muitos anos.
As horas se passaram com menos lentidão com Ali presente, ao contrário das últimas vezes. Eles conversaram sobre tudo o que aconteceu nesses anos, Johnny bocejando de vez em quando e escondendo o rosto no pescoço de Daniel, só realmente falando quando Sam e Robby estavam no meio.
Agora eles estavam do lado de fora do Country Club, parecendo ser os primeiros a sair.
── Foi muito bom encontrar vocês, meninos. ── ela olhou com doçura para eles, Daniel abraçado ao marido porque Johnny sentia frio. ── Obrigada por me fazerem sentir como adolescente de novo. Às vezes é bom visitar o passado para entender o presente. ── Daniel sorriu assentindo antes de ambos abraçarem Ali.
── Quer uma carona? ── Johnny perguntou no automático, desejando mentalmente que ela recusasse já que isso atrasaria sua recompensa.
── Preciso encontrar meus pais. ── ele não disfarçou o sorriso aliviado. ── Quem sabe a gente não se encontra algum dia. Até mais, garotos. ── eles se despediram antes que ela entrasse de novo e Daniel se virou para Johnny, que tremia um pouco de frio.
── Vem. ── ele estendeu sua mão e Johnny a pegou rapidamente. ── Vamos para casa, meu loiro. ── Daniel puxou o marido para mais perto e estava pronto para seguir até o carro quando Johnny o beijou, começando um beijo lento e apaixonado.
Daniel abraçou a cintura do marido assim que a surpresa passou e Johnny colocou as mãos em sua nuca, acariciando seu cabelo macio. O vento frio batendo contra seus corpos não era o suficiente para que eles se afastassem. Não tinha luxúria ou agressividade no beijo, apenas seus corações batendo na mesma velocidade e o amor correndo por suas veias.
── Ficou carente? ── Daniel perguntou assim que o beijo terminou.
── Idiota. ── Johnny bateu em seu peito. ── Eu amo você.
── Eu também te amo. ── o moreno colou suas testas.
Eles entraram no carro assim que Daniel sentiu Johnny estremecer de frio, dirigindo para casa e consequentemente para o resto de suas vidas juntos.
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