Capítulo 1
16 anos depois
-Mas mãe eu não quero ir
-Mas tem que ir
-Eu não vou, já disse que não vou
-Majestade a sacerdotisa está a sua espera na sala das mulheres,-Disse a dama de companhia da minha mãe , interrompendo assim a discussão.
-Esta bem Judite, diga a ela que já estou indo, assim que colocar o juízo da Princesa no lugar estarei lá- Minha mãe falou determinada porém para o azar dela eu também estava determinada.
- Então a Sr pode ir agora, bem sossegada porque o meu juízo esta sempre no lugar.
Eu disse convicta, com o nariz empinado e de cabeça erguida, mostrando a ela que a minha decisão estava tomada, afinal de contas não existe uma pessoa com o juízo no lugar do que eu.
-A mesma discussão de sempre?- perguntou a Judite, visto que além de ser dama de companhia de minha mãe ela é amiga dela, por isso ela tem alguns privilégios, como este, falar com a Rainha sem grandes cerimónias
- A mesma Judite, porém, dessa vez a Princesa vai sim- Falou a minha mãe num tom de ordem.
-Eu não vou não, se a senhora acha que eu vou esta muito, mas muito enganada.
-É Claro que vai! é uma ordem não um pedido entendeu? Além de ser sua mãe sou sua Rainha e você me deve obediência- ela disse
-Mas não vou mesmo!
Eu Disse com os braços cruzados e bastante irritada
A Judite saiu dando um sorriso, ela sabia que tendo começado a discussão entre mim e a minha mãe para terminar seria difícil. Porém sempre terminava com a minha vitória, aliás quase sempre, teve algumas pocas vezes que ela venceu, mas isso agora não importa. O que importa é que eu não vou!
- Mas filha...
-Olha mãe o melhor é a senhora ir ao encontro da sacerdotisa porque este assunto termina por aqui.
-Filha não a nada que eu possa fazer, sinto muito princesa- Minha mãe disse com pesar- Mas tens de ir.
-Mãe eu já disse que não vou, saia do meu aposento agora , por favor eu quero falar com o meu pai
Eu disse já impaciente, minha mãe me deu um beijo na testa e saiu.
Chamei uma das minhas criadas a Melba para que me retocasse a maquilhagem.
-Alteza, quer que eu te retoque para uma ocasião especial?- Perguntou ela de cabeça baixa.
-Melba levante essa cabeça pelos Deuses, nos somos amigas não somos?
-Claro alteza- Ela disse sorrindo- Mas e a maquilhagem é para uma ocasião especial?
-Não exactamente, quero passear no jardim, use os produtos novos!, Arla traga o vestido vermelho, Melba faça uma maquilhagem bem forte para durar todo dia.
-Claro alteza, o batom esta bom assim?
-Não, passe mais um pouco. Porque estão todas caladas?
Perguntei olhando uma por uma
-Geise vá buscar uma... Alteza quer uma tiara ou coroa? Perguntou a Melba
-Quero que me respondam, porque estão com esses rostos de funeral? Onde estão as minhas criadas?
-Nada não Princesa, vou colocar a tiara de diamantes e safiras, pois combinam mais com o seu vestido, a senhorita viu o novo vestido que as costureiras reais trouxeram? Nossa como ele é lindo vossa alteza, Nos dispensamos as suas criadas. Quer que eu as chame?- Disse a Melba
-Eu quero que vocês digam o porque de estarem caladas.
-Princesa veja bem, é o seguinte... nossa esse colar combina com a sua pele...
-Chega!! Calada!
Ordenei bastante irritada elas estão a esconder alguma coisa de mim e sabem que não gosto que me escondam nada sou muito curiosa.
-Vão me dizer ou terei que invadir vossas mentes?
-Princesa não pode fazer isso o Rei...- Disse a Arla
-O Rei o que ? Me proibiu de ler pensamentos alheios?-RI com sarcasmo-Pos saiba que eu posso ler os seus pensamentos e manipula-los como eu bem entender, agora me digam o que tanto escondem!! - ordenei
-São só fofocas Princesa, nada que mereça sua atenção- Disse a Melba
- Existe uma nova profecia- Despejou a Geise
- O que ? o que ela diz ? Porque não me disseram nada ate agora?
-Princesa não temos muitas informações por enquanto é um segredo do Reino. Estamos proibidas de falar- Disse a Arla
-Meninas eu sei que estão a me esconder alguma coisa e eu quero saber o que
-Porque vossa alteza não pergunta o Rei?
-Meninas podem me deixar sozinha?
-Não !!! - responderam todas em uníssono
-quer dizer, você vai ficar aqui até aproveitarmos a sua banheira falando nisso Princesa, a senhorita tem uns aromatizantes de tirar o fôlego. ela disse indo directo a minha minha banheira , gesto esse que foi seguida pelas duas.
Para muitos damas de companhia são simples ajudantes, aquelas que estão ali para servir, muitos confundem dama de companhia com criadas. Minhas damas de companhia são da nobreza filhas de nobres, porém por mais que elas fossem filhas de minús elas seriam minhas amigas, nos crescemos juntas, partilhamos tanta coisa com certeza elas são umas das pessoas mais importantes da minha vida. Minhas criadas também são importantes as pessoas que me ajudam no dia-a-dia independentemente se é por obrigação ou por espontânea vontade, as que fazem por espontânea vontade me fascinam e muito. Agora vendo minhas damas de companhia aqui comigo isso me emociona.
- Terra chamando princesa Leyzilla- A Melba disse me causando um pequeno susto que não foi despercebido pelas três. Que riram de mim
- Gente parem de rir, fiquei assustada - Elas continuaram rindo de mim- Gente eu sou a vossa Princesa me obedeçam.
Elas continuaram a rir, o que me fez rir também é acabamos gargalhando todas
-Você é uma das pessoas mais protegidas de todos os reinos- continuamos rindo- O que te assusta? O que aconteceria? Perguntou a Arla- O que nos fez rir.
Meninas chamem os guardas e as minhas criadas eu quero falar com o Rei antes de ir passear no jardim real.
-Claro vossa alteza real, Geise compra a ordem da Princesa- Disse a Arla a chefe da minha comitiva, Ou seja, todos que me servem de forma directa, desde as criadas até as damas de companhia recebiam ordens da Arla. Eram cinquenta pessoas no total, das quais quinze são guardas Reais, Sete são minhas costureiras pessoais, vinte criadas e oito damas de companhia, três vocês já conhecem e as restantes vão conhecer ao longo da trama. Como foi ordenado foi feito, toda a minha comitiva estava preparada para obedecer ordens.
Quando cheguei no escritório do meu pai ele estava com alguns contadores que me fizeram uma breve reverência e foram embora. Pelos vistos o Rei já estava a espera da minha chegada. Fiz uma breve reverência, gesto esse que foi seguida pela minha comitiva.
- Vossa Magestade, senhor meu pai...
-Leyzilla é com você mesmo que eu quero falar- Disse o Rei me interrompendo.
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