Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

C A P Í T U L O VII

— Eu contratei outro lacaio.

Lady Abbey afirmou, mas para ninguém em especial, mas já que só estavam ela e Katherine na sala, Katherine era o ninguém especial. Ela estava lendo As Aventuras de Lady Dudley e nem se deu ao trabalho de tirar os olhos do livro.

— Eu sei. — Afirmou Kate.

Millicent estreitou os olhos. Lady Abbey estava especialmente bonita aquela manhã. Talvez porque estivesse mais natural. O vestido que usava não tinhas as costumeiras golas até o pescoço, mas ainda era escuro, e ver seus ombros livres e o cabelo preso a deixavam exalando uma luz própria.

— Mas eu não disse a ninguém. Eu só o contratei.

Katherine fechou o livro. Ela não queria ler sem concentração logo no momento de ápice do livro — quando Lady Dudley descobre que na verdade ela não está na Inglaterra, mas sim, no sul de Portugal.

— Bem, mas você disse que iria contratar um lacaio. E eu a conheço a tempo suficiente para saber que quando você diz que vai fazer algo, você faz.   

Millicent estava satisfeita. Ela empinou o nariz mais ainda e fitou Katherine, que agora não mais apreciando sua leitura, havia constatado que admirar o papel de parede da sala de estar — que estava lá há cerca de trinta anos — era mais interessante do que qualquer outra coisa. 

— Você vai amanhã para o campo, certo? — Millie pediu uma confirmação.

— Sim.

— Oh, que maravilha! — Millicent voltou para o seu bordado imediatamente.  

— Você realmente nos quer fora de casa — Katherine murmurou.

Se Lady Abbey ouviu, ela não demonstrou. Ela não era uma mulher expressiva, isso era fato, sempre que alguém a fitava ela parecia estar com a mesma expressão de desdém. Exceto pelas vezes no qual fazia caretas, mostrada desagrado, ou em momentos raros, sorria.

— Sinto muito que o seu rapaz não vá. Deve ser difícil estar apaixonada e longe dele.

Katherine não soube decifrar se ela estava sendo cínica ou não. Na verdade, essa era uma tática de Millicent. Ela dizia algo vago, mas que instigava. Nunca pedia nada, porque a própria pessoa já sentia a necessidade de conta-la sobre seus sentimentos. Principalmente a filha mais velha dos Abbey que parecia transbordar sempre que alguém mencionasse o nome de Neval.

— Eu consigo superar — arqueou uma sobrancelha — não deve ser tão difícil.

— Não mesmo. — Millicent disse dando de ombros.

Lady Katherine estreitou os olhos. Olhou para As Aventuras de Lady Dudley e depois para Millicent. E depois para o livro e para Millicent de novo. Foi uma decisão difícil, já que Kate adoraria saber como Lady Dudley apareceu em Portugal, mas por fim decidiu que tentar desvendar a cunhada era mais importante.

Ela sorriu.

— Você... — Katherine estava um tanto... Envergonhada? — Você já se apaixonou?

Millicent pensou por um tempo. Ela deixou de lado o bordado e olhou para Katherine quando negou. Não negou com veemência, desespero, tristeza ou decepção. Apenas negou. Ela de fato nunca havia se apaixonado.

— Quer dizer... — Katherine suspirou — Nós temos quase a mesma idade e eu já me apaixonei incontáveis vezes.

— Uma vez eu achei o filho de nosso cocheiro em Manchester muito bonito. Eu... — Ela riu de si mesma ao lembrar-se — Lembro que sempre vestia meu laço especial quando sabia que ele estava lá embaixo com o pai, mas... — Lady Abbey deu ombros, cansada — Eu nunca nem ao menos pensaria em me casar com ele. Como você consegue ter dezenove anos e incontáveis paixões?

— Minha família inteira é uma família de românticos, Millicent. Você deveria ter percebido.

— Florence anda com um caderninho para escrever poemas onde quer que vá.

— É claro que eu percebi.

Katherine riu. Florence um dia disse que queria se igualar a Shakespeare algum dia. Katherine tinha medo que ela realmente tentasse.

— Até... Arthur? — Millie ergueu os olhos.

Foi um olhar discreto, mas urgente. Ela subiu os olhos esverdeados devagar, fitando com cuidado a expressão de Katherine, temendo parecer curiosa, quando na verdade, ansiava pela resposta com todas suas forças.

— Humpf! — Katherine riu e acenou no ar como se aquilo fosse uma pergunta óbvia — Na última temporada, por exemplo, ele estava morrendo de amores por Danisha Collins. Ele nunca foi muito afável para danças, quer dizer, ele até gosta, mas é meio desajeitado, porém com Danisha ele queria dançar toda hora. — E como se realmente houvesse necessidade, completou: — A do baile, você a conhece.

Claro que sim. A alta, loira e cheia de atributos, Danisha Collins.

O sorriso de Millicent murchou.

Katherine percebeu.

— Oh, Millie. Eu não disse por mal. Ele já deve, de qualquer forma, ter superado esse sentimento tolo. Já faz bons meses e não levou a nada.

Lady Abbey levantou-se com pesar.

— Tanto faz.

— Você está bem? — Kate quis saber.

Millicent desviou o olhar.

— Vou tomar um banho. — Declarou, por fim. — E depois dormir.

— Pelo resto do dia?

— Talvez. Não tenho o que fazer de qualquer forma.

Katherine sorriu fraco. Antes que a cunhada deixasse a sala, ela pediu:

— Eu gostaria de te ver antes da viagem. Se puder passar no meu quarto antes de dormir, eu acho que ficaria, hum, feliz.

Millicent conseguiu sorrir.

— Passarei para desejar boa noite. E que sonhe com anjos. Até mais, Katherine.

🕎🕎🕎

Odelia além de ter uma coleção de insetos, tinha de laços azuis.

Katherine não entendia verdadeiramente o porquê dos laços terem que ser azuis, mas na segunda gaveta de sua penteadeira, havia dezenas de laços, todos azuis. Alguns com rendas, outros lisos, alguns claros e outros mais escuros, mas sempre azuis.

Era uma cor que ficava bem em Odelia, sem dúvida. Destacava seus olhos além de servir também para Katherine em diversas ocasiões. Durante a tarde quando ela terminava de preparar as coisas que levaria para a casa de campo dos Crentown no dia seguinte, se deu conta de que não tinha nenhum laço que combinaria para usar com o seu vestido número três. O vestido número três era muito bonito, com belos babados, um decote que deixava seus ombros a mostra e valorizava os seios, além de ser bem acentuado na cintura. Ficaria perfeito nela se ela tivesse um laço. Sim. O laço era estritamente necessário.

Todas as quartas as filhas mais novas dos Abbey tinham aulas com outras garotas da mesma idade em Belgravia. A babá delas, a Sra. Fraser, ficava responsável de leva-las e busca-las. Assim teoricamente o quarto delas deveria estar vazio e Katherine conseguiria pegar emprestado o laço sem grandes questionamentos e dias depois devolveria para a irmã como se nada houvesse acontecido — porque era óbvio que com tantos laços quase idênticos ela não iria reparar que justo aquele havia desaparecido.

Só que a porta do quarto estava trancada.

Katherine não tinha ideia de quem tinha tido a ideia, pois cabia a personalidade todas as irmãs quererem barrar a entrada de qualquer um ao quarto delas. Florence queria proteger seus poemas, Odelia seus insetos e Beverly suas bonecas. Já estava na hora de cada uma ter seu quarto.

Sem resmungar Lady Katherine dirigiu-se para o corredor dos criados. Apesar de não costumar andar por aquele lado da casa, ela o conhecia. Os corredores levavam aos quartos dos criados, algumas salas com produtos para a limpeza, dispensa, a porta dos fundos e em cima de um balcão havia uma caixinha onde eram deixadas as chaves. Arthur havia contado aquilo para Katherine há bons anos e por muitas vezes ela desfrutara de sua informação privilegiada.

Ela desceu as escadas, passou por um pequeno hall e entrou no corredor que levava para a porta dos fundos e que abrigava o balcão. Normalmente caminhou até lá. Não havia nenhum criado a vista. Provavelmente estavam ocupados fazendo compras ou limpando o andar de cima já que Lady Abbey havia insistido que a casa precisava ser limpa, pois Odelia havia até encontrado um grilo por ali.

Ela viu a chave. As chaves do quartos das filhas do marquês eram especiais. Foram cuidadosamente feitas para elas. Quando Lady Katherine estava prestes a tomar nas mãos a chave com as siglas FOB — Florence, Odelia e Beverly — algo a impediu. Um ruído.

Um gemido.

Um gemido abafado. Tão abafado que caso fosse apenas um, Katherine deixaria passar, mas não era. Eram vários. Seguidos de uma respiração ofegante e um som conhecido. O de duas bocas em contato. Além disso, ela também conseguia ouvir murmúrios. Não eram palavras audíveis, mas era perceptível que havia alguém ali, muito perto dela.

Ela olhou para um pequeno corredor á sua direita. Ele tinha vasão para apenas três cômodos. Em um ficavam guardados os uniformes das criadas, no outro algumas coisas que não eram usadas há muito tempo pela família, e por fim, no qual onde viam os ruídos, ficavam baldes e esfregões.

A curiosidade matou o gato. E a euforia de Katherine também.

Ela abriu a porta. Ela não poderia não ter aberto. Por mais que no fundo ela soubesse que não deveria, que além de ser invasivo era completamente inadequado, ela abriu. Aproximou-se com lentidão, tocou a maçaneta e sentiu receio em gira-la. Porém algo ainda mais forte a fez girar. Ela deveria, afinal de contas, ter feito aquilo.

Mesmo que aquilo tenha a destruído por completo.

Katherine ruiu. Desabou ali mesmo. Não literalmente. Na verdade o seu corpo permaneceu imóvel enquanto ela assistia a depreciativa cena.

— Oh, Deus! — Jane exclamou — Katherine!

Em questão de segundos o cenário se desfez. Neval Rodger retirou sua mão da coxa da Srta. Foster e abaixou seu vestido. Ela ergueu seu decote e cobriu o rosto, envergonhada, enquanto o rapaz afastava-se dela desesperadamente, como se o estrago não tivesse sido feito.

Como se o coração de Katherine já não estivesse quebrado.

Ela viu. Eles estavam se beijando. Estavam fazendo mais do que se beijando. Não fazendo aquilo — não que Katherine compreende-se plenamente o que aquilo significava — mas também não estavam apenas se beijando. Estavam em algum lugar entre os dois.

— Katherine, eu... — Jane Foster tampou a boca. Ela havia tentado tocar Katherine, mas Lady Katherine havia se afastado imediatamente.

O Sr. Rodger estava virado de costas tentando... Se recompor.

— O-o que você está fazendo aqui? — Katherine conseguiu perguntar.

— Você não deveria estar em Pembroville?! — Neval bradou.

— Você não deveria estar fora de minha casa? — Katherine gritou — Vá! Agora! Antes que eu faça um escândalo!

— Você já está fazendo. — Garantiu.

Katherine apenas rosnou.

— Vá.

Ele a obedeceu.

Katherine olhou para os próprios pés. Era uma tática. Ela sabia que se olhasse para Jane Foster iria chorar.

— Kate... — Jane chamou.

Katherine chorou mesmo sem olha-la. A Srta. Foster nem ousou se mover. Ficou parada, totalmente estática, olhando aturdida para o que havia acabado de causar.

— Katherine... — Ela chamou novamente. — Lady Katherine. Por favor. Você pode me escutar?

Não houve resposta.

— Estou indo para a casa dos Crentown. — Foi tudo que Katherine disse — Adeus Srta. Foster.

🕎🕎🕎

Katherine se deitou, porém não conseguiu pregar os olhos.

Além de não conseguir dormir pelos últimos acontecimentos dramáticos de sua vida — que agora geravam um ciclo sem fim de lágrimas — ela ainda esperava Millicent visita-la para desejar uma boa noite. Não que Lady Katherine achasse que Millicent tinha o poder de fazer com que a noite dela tornasse-se boa, mas ela precisava de alguém. Precisava que alguém fosse vê-la, desejasse uma boa noite e saísse. Alguém que não fosse a Srta. Foster.

Não que Katherine estivesse transferindo todo o sentimento de irmã mais velha de Jane detinha para a cunhada. Pelo menos não de maneira consciente.

Porém já eram nove da noite e Lady Abbey ainda não havia aparecido. Katherine a essa altura já não aguentava mais guardar as lágrimas e lamentos apenas para si, afogando o rosto no travesseiro, abafando os murmúrios e deixando que as lágrimas inundassem sua cama.

Ela nunca havia se sentido assim. Nunca, em toda sua vida, havia sentido uma angustia em seu peito tão grande. Exceto, é claro, quando seu pai partira, mas eram dores incomparáveis e colocadas em situações completamente distintas. Ninguém havia morrido. Ela apenas havia sido traída. As pessoas que ela mais amava, mas que não eram parte de sua família, haviam a traído. E por Deus, como isso doía! Eles foram tão cruéis com ela.

Exceto Heather. Ela não era de sua família, Katherine a amava e Heather nunca faria nenhum mal para ela. Katherine deveria ter desejado se casar com a própria Heather, não com o cafajeste do Sr. Rodger.

O que?! Era oficial. Katherine já estava louca.

Lady Katherine Abbey levantou-se de uma cama arrastando o lençol no chão. Cobriu-se com ele e caminhou apenas alguns passos até chegar ao quarto de Lady Millicent, que como de costume, estava com a porta apenas encostada e não trancada. Katherine abriu. Não bateu. Na verdade, ela nem ao menos pensou na possibilidade de bater antes de abrir. Qualquer regra de decoro havia sido esquecida e Lady Katherine agia apenas por seus instintos.

— Oh, Millicent! — Ela choramingou — Que crueldade!

Lady Abbey não pareceu surpresa com a invasão. Se ficou não demonstrou. Ela somente ergueu os olhos e fitou a pobre Katherine com curiosidade.

— Lady Katherine Abbey.

Millicent estava sentada no meio de sua cama, com as costas escoradas na cabeceira e com um livro sobre o colo. Ela usava apenas um quimono azul e uma camisola branca, comum para dormir. Seu cabelo já estava até preso para uma boa noite de sono.

— Lady Abbey. — Katherine respondeu com a voz engasgada.

Millicent estreitou os olhos.

— Você está chorando.

— Sim, estou.

E como um tsunami suas lágrimas voltaram a cobrir seu rosto e encharcar suas bochechas. Era só lembrar Katherine de que ela estava chorando que suas lágrimas voltavam a correr só que dessa vez com maior intensidade.

— Eu sei — Millicent guardou seu livro sobre um criado mudo e tentou fechar mais a frente de seu quimono — Eu estava afirmando.

É óbvio que Katherine chorou mais ainda.

Millicent definitivamente não tinha jeito com as pessoas. Em lidar com o sentimento das pessoas. Ela nunca precisara, é verdade, pois o que menos havia em sua casa em Manchester era expressão genuína de sentimentos. Tudo sempre foi bruto. Seco. Seus pais mal falavam com ela, ora iriam ter tempo para enchê-la de sentimentalismos. Ela passou a vida inteira sem saber o que era abraçar e beijar alguém, exceto pela Srta. Rosbery, mas Millicent nunca pensava nela. Quando a mãe finalmente há abraçou e beijou suas bochechas, muitos anos depois, era para despedir-se dela já que a mesma iria para Londres casar-se. Casar-se com um homem que os pais haviam escolhido — ao menos não era um velho alcoólatra, mas Millie ainda ficou receosa. Tanto que não conseguia negar o alivio que sentiu quando o encontro dos dois foi adiado, mesmo que em condições tão trágicas. Afinal, ela não sabia como...

Katherine.

Katherine ainda estava em sua porta e ainda estava aos prantos.

— Eu... — Lady Abbey não sabia o que fazer — Deveria chamar a sua mãe?

— Não! — Kate respondeu imediatamente — Não conte nada à ela, eu suplico.

— Certo. — Millicent concordou, mesmo não tendo certeza de que estava tão certa assim — O que houve?

— Mimi, você já sentiu seu coração quebrado?

Lady Abbey não respondeu. Nem disse mais nada. Ela se levantou e foi ao encontro de Katherine, que por Deus, mal conseguia ficar em pé. Ela tomou a mais jovem nos braços e aproximou-se, envolvendo-a em um terno abraço. Um abraço desajeitado, um pouco torto na verdade, mas completamente sincero. E era isso que Katherine precisava. Millicent não se importou em ser chamada de Mimi — não dessa vez — nem mesmo de receber algumas lágrimas em seus ombros. Ela só estava fazendo o que achava de deveria ser feito.

Como efeito Katherine acalmou-se um pouco. Ela encontrou alento nos braços da cunhada e não queria desvencilhar-se dela. Mesmo que Lady Abbey fosse bem magra e seus cabelos não estivessem soltos para que Katherine pudesse afogar seu rosto nele, aquele abraço estava perfeito. Seu coração se acalmou e suas lamentações que vinham com o choro deram lugar à soluços e lágrimas compassadas.

Millicent a guiou até sua cama onde Katherine deitou-se. Millie foi para o outro lado e sentou-se a suas costas, acariciando-as.

— O que houve? — Insistiu.

— O Sr. Rodger — Katherine respondeu entre soluços — Eu o amava.

— Já não o ama?

— E-eu não sei. — Ela deixou suas lágrimas no travesseiro de Millicent também.

— Apenas diga o que ocorreu. — Lady Abbey estava começando a ficar impaciente.

— Eu... — Kate não sabia por onde começar — Ele estava beijando Jane.

— Jane?

— A Srta. Foster. Na dispensa dos criados. Eu fui aos fundos procurar uma chave para o quarto das minhas irmãs... Eu precisava de um laço emprestado para usar com meu vestido azul e Odelia tem tantos laços azuis e então eu...

— Katherine. — Millicent chamou sua atenção.

— Sim, — ela continuou — e então quando eu estava pegando a chave eu escutei alguns... Barulhos. — A palavra ''barulhos'' foi pronunciada de uma maneira sugestiva.

— Meu Deus — Millicent prendeu a respiração.

— E quando eu abri a porta eu os vi. Oh, Millicent! A única coisa que escutei em seguida foi o meu coração se despedaçando.

— Eles estavam se beijando ou... — A voz de Lady Abbey vacilou — ou fazendo mais do que isso?

— Eles estavam em algum ponto entre. — Katherine respondeu convicta.

— Certo.

Jesus.

— E agora?

Katherine girou na cama para poder olhar diretamente para os olhos de Millicent.

— Farei algo a respeito. — Lady Abbey garantiu.

— Obrigada.

Elas ficaram em silêncio por alguns minutos. A mais nova deitada enquanto a cunhava acariciava suas costas em consolo. Era o melhor que Millicent conseguia fazer e Katherine nem sonhava em cobrar algo a mais. Ela só queria uma relação verdadeira. Genuína. Mesmo que fosse com a cunhada.

— Vou me deitar — Lady Katherine declarou um bom tempo depois — Na minha cama. Tenho que acordar cedo amanhã.

— Durma bem e tenha uma boa noite. — Foi o que Lady Abbey conseguiu dizer.

— Boa noite.

A noite nunca seria boa.

E antes que Katherine saísse, Lady Abbey lembrou-se do que havia prometido mais cedo.

— Katherine! — Chamou — Durma com os... Anjos? Sim, era isso. Durma com eles.

Lady Katherine sorriu. Depois de tantas lágrimas ela finalmente sorriu.

— Obrigada, Mimi.

E partiu.

Millicent, por sua vez, também sorriu. Mesmo que só depois de estar sozinha. 

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro