Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Momento Dois


A passagem foi rápida, assim como o meu sonho de vê-los mais tarde, quando eu estivesse deitado olhando para o teto do meu quarto, pensando em como seria se eu estivesse vivendo o mesmo momento que eles, ou como se tocasse com eles. Seria algo tão mágico. Mas o encanto se desfez antes do prazo imaginado. E logo eu vi o que foi planejado em um mês se esvair no ar, como fumaça dos fogos soltos ali perto, em comemoração à vitória de algum time. Acabei sentado, horas depois, em um dos degraus daquela escada. E se eles saíssem da mesma forma que entraram? Eu ainda teria uma chance. A esperança é a última que morre, a minha então... Eu tinha que tentar, ao menos. E não só eu, mais alguém tinha que tentar algo naqueles instantes.


Vi aquela moça saindo, pensei: ela deve ter visto eles. E se ela tirou uma foto? Talvez eu devesse... Mas, antes que eu pudesse me aproximar, ela largou suas mochilas perto dos degraus e sentou ao meu lado, e tinha uma câmera em mãos.

— Oi. — Disse, tirando uma foto minha.

Fui pego desprevenido, fiquei um pouco constrangido, mas ela logo apagou a foto, e mostrou que havia apagado. Não que isso me incomodasse, diga-se de passagem. Na verdade, poucas coisas me incomodam hoje em dia. Eu prefiro acreditar que há notas musicais flutuando de todas as situações que vivencio. E como eu amo essas notas!

 — Ah, oi. Bom te ver de novo. — Respondi fazendo uma cara de bobo. Eu não queria parecer interessado naquela conversa, mas eu estava. Como se esconde o que transborda em seus olhos? Os meus amigos têm razão. Sou o bobo da corte que fica feliz por tudo, e que sempre acaba gamando no que não pode ter, como a chance de tocar com as minhas inspirações. Mas faz parte, é o que faz um sonhador apaixonado.

— É, pensei que estaria lá dentro com os outros. — Ela disse, e me olhava de forma diferente. 

 Era como se ela realmente tivesse interesse em estar ali, ao meu lado, jogando conversa fora. Mas, o que faria ela não estar lá dentro? Digo, como a minha companhia era mais interessante do que a apresentação dos melhores músicos do país?

 — Tem muita gente lá dentro? — Questionei, e já estava pensando na minha apresentação, que seria às 22h30min.

Quando eu soube que a banda da escola tocaria no mesmo salão que Tony Abreu e companhia, eu simplesmente tive um surto. Era como se parte do meu sonho estivesse prestes a se tornar realidade. Depois disso veio a parte da ilusão, em que eu achei que conseguiria uma atenção dele, ou apenas uma foto com zoom, coisas de quem pensa que tudo é possível no natal.

— Tem uma galera, e eu cansei de tirar fotos. Acho que já tem gente demais fazendo isso por lá.

 — Mas não como você. 

 — O que disse? — Ela questionou curiosa. 

 — Que pode até ter muita gente tirando foto, mas tenho certeza que não tiram as fotos que você tira. Todos temos nossas particularidades. Um médico não atende sempre de uma única forma, ele é particular em sua forma de ser, e vai ser diferente de todos os outros. Não é porque tem milhões de fotógrafos pelo mundo, que a sua fotografia deve ficar em segundo plano. E eu já vi que é boa...

Sim, deveras. Acho que esse é o momento perfeito para perguntar se ela tirou uma foto do Tony Abreu.

— Isso foi muito legal! — Respondeu a menina de olhos brilhantes.

 Mas, pela primeira vez depois do ensino médio, eu travei. Foi como se as notas musicais que saíam de todas as situações que eu vivenciava se transformassem, em questão de segundos, em interrogações, que eu não sabia de onde vinham, mas que me deixavam sem ter muito o que dizer, e justamente quando o silêncio se fez presente. Isso é tão constrangedor; querer falar e não saber o que dizer, ou como dizer. E aquela menina me fazia pensar. Eu não podia dizer qualquer coisa, porque, talvez, ela acabasse me jogando escada abaixo, e até com razão, dependendo do que fosse dito. 

 Era exatamente 21h15, eu tinha quase 1 hora livre, e não conseguiria entrar no salão sem a minha banda. Então, eu não tinha muitas opções para aquele momento, e acredito que ela também não.

— Então... — Ela principiou a dizer.

Eu estava com a respiração um pouco ofegante, talvez não esteja acostumado com tanta pressão, o que é incrível. Eu me imagino tocando nos palcos do mundo, me apresentando para grandes estrelas da música. Mas, no entanto, não consigo esconder o nervosismo estando perto de uma completa estranha, que me faz acreditar que a noite de natal é mesmo encantada.

 — Então... — Eu fiz o que um bom papagaio faria: repeti.

— Não vai dizer nada?

"Nada", isso era exatamente o que passava pela minha cabeça naquele momento. 

 — Não quer dar uma volta pela cidade? Tudo deve estar bem enfeitado. 

 Finalmente! Quando menos espero eis que surge uma nota bem no canto do sorriso escondido daquela garota. Uma segunda nota perto da primeira dó (lorosa).

— Tá, pode ser legal.

 E aquilo, sem dúvidas, foi música para os meus ouvidos. Confesso que não sabia muito bem por onde caminhar. É estranho pensar no que pode ser divertido para uma pessoa que acabamos de conhecer, e eu nem sabia o seu nome ainda. 

O que esperar de um momento assim? É tão duvidoso.




Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro