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Capítulo 26 - O Problema

America tinha certeza que seu rosto era o reflexo de todas as facetas do desespero. Com todos aqueles pares de olhos fitando-a com incredulidade enquanto estava abraçada ao rei, ela não sabia o que estava mais vermelho: seus cabelos ou seu rosto. Sentou-se em um salto e, tentando ignorar as pessoas paradas à porta, juntou a última gota de dignidade que lhe restava e chamou:

— Maxon! — Ele não acordou. — Maxon! — insistiu. — Maxon, por favor, acorde! Maxon! — chamou mais uma vez enquanto ela o sacodia.

A tensão do lugar estava insuportável, e piorou quando ele acordou.

— Bom dia, minha querida — Maxon disse com um sorriso bobo nos lábios.

Ah. Meu. Deus.

America enterrou o rosto entre as mãos.

Audrey que parecia a mais furiosa dali gritou, sem se conter:

— "Minha querida"? O que está havendo aqui?

Maxon despertou no mesmo segundo e se sentou, soltando um palavrão ao se dar conta do que estava acontecendo. O príncipe, mesmo espantado, riu, seguido pelos guardas.

— Do que vocês estão rindo? — Audrey os repreendeu. — Será que alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? — ela pediu, impaciente.

— Filha, se acalme — America pediu, tentando não começar uma briga ali.

— "Se acalme" como quer que eu fique calma vendo minha mãe agarrada ao rei?

O sangue de America ferveu, e ela estava prestes a repreender a filha, mas Amber tomou a frente, puxando a irmã pelo braço.

— Audrey, não fale assim com a mamãe!

Tudo que America queria naquele momento era cavar um buraco e se enfiar dentro dele.

General Jackson tomou a frente e, segurando o riso, disse:

— Bom, agora que já os encontramos podemos ir.

Enquanto o príncipe tentava se conter, Audrey estava furiosa e Amberly apenas encarava a mãe. Quando Maxon se levantou continuou recebendo olharem constrangedores, seu filho pigarreou e coçou a cabeça.

— Pai... a sua camisa — avisou, demorando um segundo a mais para notar o curativo. — O que aconteceu?

— Fui atacado por um rebelde — Maxon disse, enquanto se vestia. — Não se preocupe, não foi nada grave.

— E o que o senhor estava fazendo por aqui? Por que se afastou de nós para início de conversa?

Maxon engoliu em seco e disse, pousando os olhos em America.

— Eu fui atrás dela.

— Ah, isso está ficando cada vez melhor! — Audrey interveio, ainda irritada.

Maxon tentou acalmar a todos, mas America não conseguia se situar na conversa porque seu coração batia tão rápido que o barulho martelava em seus ouvidos. Estava tudo perdido agora.

— Soldado Barrow, leve as senhoritas para os seus aposentos — Maxon pediu, se dirigindo às filhas de America —, nos encontraremos em uma hora no meu escritório para... conversarmos. — Era nítido em seu tom de voz que ele estava tão assustado quando America. — E General — ele disse, trocando olhares com ela por alguns segundos antes de encarar Jackson —, leve America até o quarto.

America passou pelas filhas e Audrey apenas virou o rosto e saiu. Amberly se aproximou e disse com um sorriso no canto dos lábios, como se estivesse achando graça da situação:

— Penteie o cabelo e troque esse vestido rasgado, mãe, senão a Audrey vai surtar. Limpe esse batom borrado também.

A cada segundo aquilo ficava pior.

Trocou um último olhar com Maxon antes de seguir pelos corredores, e ele balançou a cabeça como que dizendo "vai ficar tudo bem", e ela queria muito acreditar nele.

Assim que todos saíram, Benjamin soltou a risadinha que estava prendendo. Maxon foi até ele, tentando bolar uma explicação, mesmo que o filho não tivesse pedido. Quando se aproximou, Benjamin tocou seu ombro, Maxon pensou que ele fosse repreendê-lo, mas ao invés disso ele falou:

— Boa, meu velho! — E riu, deixando Maxon um tanto quanto chocado.

— Benjamin! — Maxon exclamou, mas acabou dando de ombros. — Eu estou velho, mas não estou morto.

Seu filho balançou a cabeça e sorriu.

— Só precisa ter paciência para lidar com as filhas dela agora, Audrey pareceu bem furiosa, e ela... acho que vai ser mais difícil de lidar. Mas saiba que tem o meu apoio.

Maxon suspirou, esperando que seu filho continuasse lhe apoiando daquele jeito depois que soubesse a verdade sobre America.

America bateu a porta com toda a força e quando se virou as duas criadas a esperavam ansiosas. Ela inventou mil desculpas até conseguir tirá-las dali e ter privacidade. Foi até o banheiro, na esperança de que o constrangimento fosse embora com a água do banho. Quando se olhou no espelho entendeu a reação de Audrey, se ela visse sua mãe naquele estado também ficaria desconfortável. Seus cabelos estavam soltos e bagunçados, culpa dos dedos ágeis de Maxon em desfazer seu penteado, os lábios estavam inchados e, mesmo assustada, ela não conseguia tirar aquele sorrisinho satisfeito do rosto.

Quando saiu do banho enrolada em uma toalha, levou um susto.

— Marlee!

Sua amiga estava sentada em sua cama, as mãos cruzadas sobre a coxa, esperando.

— A porta estava destrancada — disse ela. — Eu soube do que aconteceu.

America sentou-se na cadeira de frente para a penteadeira e começou a escovar os cabelos.

— Elas nos viram juntos, Marlee — disse, baixando os ombros. — Não tenho outra alternativa senão contar a verdade. Audrey está furiosa, e vai ficar mais ainda.

— Eu sempre disse que era errado você esconder toda essa história.

— Marlee, não é hora de dizer "eu te disse", por favor.

— E o que você quer que eu diga? — perguntou a amiga. — Você passou a vida inteira se escondendo dele, e agora quer fugir outra vez? Todos sabíamos que a verdade viria à tona a qualquer momento, e esse momento chegou, então você precisa erguer essa cabeça e enfrentar isso se quiser ter uma chance de viver esse amor, entendeu?

America ainda não tinha certeza de como resolveria aquilo, então apenas assentiu, presa em seus próprios pensamentos.

— Vou pegar um vestido para você. — Marlee disse, indo até o armário. — A noite deve ter sido boa a julgar por essa sua carinha — provocou, voltando com uma peça cor de pêssego entre as mãos. Dianta do olhar um pouco constrangido da amiga, continuou: — Vamos, America. Não me diga que passou a noite inteira ao lado dele e vocês não fizeram nada? Vocês são adultos e solteiros, não tem nada de errado nisso.

America riu, pegando o vestido de suas mãos. Não havia como guardar segredos de Marlee quando ela era tão insistente.

— Você tem razão.

Quando Marlee saiu, America ainda não conseguia conter a alegria misturada ao nervosismo que a dominava. Sabia que a conversa que teria com suas filhas seria decisiva e elas poderiam nunca mais confiar na mãe, mas não podia mentir para si mesma e fingir que a noite anterior não havia acontecido. Reprimir seus sentimentos por tanto tempo a vez se jogar nos braços de Maxon e confessar seu amor por ele na mesma noite, e não havia como voltar atrás. Nem ela queria.

Estava terminando de se arrumar e pensando em maneiras de explicar a história às suas filhas, quando alguém bateu à porta. Foi um alívio ver que era Maxon. Ele entrou em silêncio e America o abraçou. Estava feliz, mas também estava com medo e com vergonha pela bagunça que havia feito ao mentir para as filhas, e não pode evitar as lágrimas que embaçavam seus olhos.

— Eu sinto muito pelo modo como elas descobriram — Maxon disse, inalando o aroma de seus cabelos. — Mas não me arrependo do que aconteceu — acrescentou rapidamente, olhando em seus olhos quando se afastou.

Ela sorriu, ainda abraça a ele.

— Eu também não.

Um dia não podia apagar vinte anos, mas depois da conversa que tiveram não havia mais sentido em fugir. Ela ainda o amava e ele amava ela, qualquer problema que surgisse os dois poderiam enfrentar juntos, e não um em cada canto do país se lamentando pelos erros do passado, imaginando como o outro estaria. America estava determinada a perdoá-lo como Maxon a perdoou.

— Preciso que me conte até onde suas filhas sabem — Maxon a tirou de seus devaneios.

Os dois se sentaram na cama e ela confessou, com pesar na voz e um sorriso triste:

— Elas não sabem de nada.

— Nada?

America balançou a cabeça.

— E como conseguiu esconder isso delas?

— Não foi fácil — admitiu. — Eu nunca falei nada sobre o palácio ou você, tudo que elas sabem é que Aspen e eu nos conhecemos desde a adolescência e nos casamos depois que ele foi para o recrutamento. Eu não costumava assistir aos jornais ou me envolver com algo relacionado a política. — Faladas em voz alta as omissões se tornavam ainda maiores. — Elas pensam que eu odeio a monarquia ou algo assim. Foi minha única alternativa — completou.

— Então vai ser mais difícil do que eu imaginei — concluiu, com um suspiro.

— E você? Benjamin sabe alguma coisa sobre mim?

Maxon negou.

— Ele não sabe sobre você, mas foi um pouco diferente, embora eu também tenha minha cota de mentiras — explicou. — Quando você foi embora todos ficaram muito tristes, mas Kris ficava furiosa quando alguém sequer mencionava seu nome. Quando Benjamin nasceu ninguém mais viu sentido em ficar relembrando o passado.

America estacou por um momento. "Kris" e "furiosa" simplesmente não combinavam na mesma frase.

— Como assim furiosa?

Maxon pareceu desconfortável com a pergunta, mas ainda assim respondeu:

— Bom... digamos que Kriss não era exatamente um doce de pessoa...

Então finalmente ela entendeu exatamente o que ele queria dizer.

Mesmo sem falar diretamente, America sempre soube que o maior medo de Maxon durante a Seleção era se casar com uma pessoa e no fim, descobrir que ela era exatamente o oposto do que parecia, e foi exatamente isso que aconteceu.

Kriss sempre aparentou ser uma dama, delicada e bondosa até o último fio de cabelo, mas parecia ter provado como o ser humano pode ser manipulador. Isso dava sentido ao porquê dos súditos, ao longo de seu curto reinado, não a amarem do jeito que amavam a rainha Amberly, e como não houve nenhuma mudança significativa enquanto ela usava a coroa, nem mesmo com a ajuda dos rebeldes a quem ela dizia apoiar. Ela provavelmente tinha os enganado também. O que fez America sentir um pesar ainda maior em seu coração.

Mesmo não amando Aspen como merecia, ele foi um bom marido. Soube respeitar seu tempo e seu espaço. Nunca exigiu que ela dissesse as três palavras até que estivesse pronta, e enquanto esteve com ela se esforçou para fazê-la feliz. Ele sabia que ela amava outro, mas nunca a culpou por isso, foi escolha dele, os dois tinham consciência disso e foram felizes enquanto puderam. Mas o mesmo não aconteceu com Maxon, que sofreu duas vezes, pela que ficou e pela que saiu.

Atento à expressão de America e temendo que ela fizesse mais perguntas, Maxon disse:

— Temos que ir.

Maxon e America chegaram em seu escritório juntos e sentaram-se de frente para Audrey, Amberly e Benjamin à mesa.

— Agora vocês podem explicar o que aconteceu? — Audrey pediu.

Maxon tomou fôlego.

— Bem, vou começar deixando claro que nem America, nem eu, estamos felizes com as mentiras que contamos.

— De que mentiras o senhor está falando? — Benjamin perguntou, estreitando os olhos.

— America e eu já nos conhecíamos — Maxon admitiu. — Ela foi uma das minhas Selecionadas. Uma das minhas favoritas, há muito tempo.

Suspiros de choque saíram da boca de Benjamin e Audrey. America sentiu o peso da culpa sobre os ombros.

— Então quer dizer que a senhora mentiu esse tempo todo? — Audrey perguntou, com a voz embargada. — Mas por quê? Por que mentir sobre tudo isso?

Maxon segurou a mão de America por baixo da mesa onde ninguém podia ver, como que pedindo permissão para abrir o jogo. E ela deu. Já não tinha mais nada a perder.

— America e eu nos amávamos, ela era a favorita, minha e do povo, pretendíamos nos casar. Mas então algo que não gostamos de nos lembrar aconteceu e eu a mandei embora, por orgulho, e me casei com Kriss — prosseguiu, se dirigindo ao filho. — Não que eu não amasse a sua mãe, Ben. Só queremos que vocês entendam o que aconteceu.

America e Maxon contaram apenas o necessário para que seus filhos compreendessem. Benjamin ficou triste pelo que soube a respeito do relacionamento dos pais. Audrey estava irredutível.

Maxon e Benjamin já haviam saído quando Audrey se levantou e foi até a porta.

— Se vocês estão pensando em ter... alguma coisa. Saibam que eu não vou aprovar isso — ela disse, firme, para a surpresa de America.

America estava exausta, mas não derramaria lágrimas na frente da filha.

Amberly que até então tinha se mantido neutra, levantou e foi até a irmã.

— Audrey você não tem que aceitar nada! — disse ela. — É a vida da nossa mãe, não sua!

— Amber, o que você acha que as pessoas vão pensar?!

— E desde quando você liga para o que as pessoas pensam? O que aconteceu com você, Audrey? Foi aquele principezinho? Não acredito que algumas semanas de roupas feitas sob medida e joias caras fossem mudar você tanto assim — retrucou Amberly, com um desprezo na voz que fez sua mãe engolir em seco e intervir.

— Já chega! Amberly arrume suas malas, vamos embora hoje à noite.

Depois de toda aquela confusão America só conseguia pensar em ir para o único lugar do castelo que a fazia sentir mais livre e, para sua surpresa, quando passou pela porta do jardim nenhum guarda a impediu. Andou até o banco mais afastado e se sentou. Passou uns bons minutos olhando para as flores e a floresta, pensando no que fazer.

Ouviu passos se aproximando e sabia exatamente quem era.

Maxon se sentou ao seu lado e a envolveu em seus braços.

— Algum problema? — perguntou ele, e ela podia sentir o sorriso em sua voz. Se ela não tivesse tão exausta teria rido. Haviam vários problemas.

— O problema é que eu te amo, Maxon — murmurou.

— E isso é ruim?

— Não, mas... nossos filhos estão com raiva de nós por conta disso.

Audrey está furiosa. Mas ela não tem ódio de você — garantiu ele —, só está preocupada com o que vão achar disso.

— Mas ela nunca foi do tipo que ligar para as opiniões alheias.

— É de família?

America sorriu, ainda abraçada a ele.

— Com "isso" eu quis dizer "nós" — Maxon continuou. — A essa altura você sabe a importância que Audrey tem para Benjamin, se o casamento entre os dois vier a acontecer ela tem medo do que vão pensar se fizermos o mesmo.

America se desvencilhou de seus braços e olhou em seus olhos.

— Isso foi um pedido de casamento? — perguntou, e ele levantou as sobrancelhas em expectativa. — Vamos devagar.

Maxon riu, passando a mão pela sua nuca e puxando-a para mais perto. Seus lábios famintos se encontraram, espalhando aquele calor estranhamente familiar pelo corpo de America quando ele levou os lábios ao seu pescoço, beijando um ponto que a deixou arrepiada.

— Maxon — sussurrou ela, ofegante, mas ele não a soltou. — Maxon, alguém pode nos pegar aqui!

Ele afastou os lábios da sua pele e disse:

— Pedi ao General Jackson que não deixasse ninguém passar.

— Ele é nosso cúmplice agora?

— Talvez — disse Maxon, com os lábios em sua orelha.

Com aquela estranha sensação de liberdade as minhas mãos de America escorregavam pelo seu corpo de Maxon enquanto sua boca fazia caminhos pela sua pele até os lábios dela. Seus beijos eram quentes e intensos, como se ele quisesse recuperar todo o tempo perdido de uma só vez. Quando ficaram sem ar ele se afastou, e America colocou a cabeça em seu peito.

— Maxon...

— O que foi? — ele perguntou, preocupado de repente com seu tom de voz.

— Eu sei que nos reencontramos agora, mas... eu tenho que ir embora.

Como assim? Ir embora? — Maxon perguntou, com um desespero evidente.

America segurou suas mãos para acalmá-lo.

— Mas não se preocupe — disse. — Não é pelo que aconteceu, eu juro. Preciso arrumar algumas coisas no trabalho e tenho que passar o Natal com a minha família.

— Mas você vai voltar, não vai?

America não precisou de palavras para responder, seus lábios tocaram os dele com a intensidade necessária para expressar seu amor, para que ele soubesse que não estava fugindo. Que ela não fugiria nunca mais.

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