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Capítulo 1 - Ficarei feliz com a sua partida


America voltou a procurar pelas Selecionadas e viu Celeste, que lhe fazia uma pergunta com os olhos "Por que a preocupação?". A ruiva apenas maneou a cabeça, um movimento quase imperceptível, para que Celeste soubesse que ela tinha perdido. A morena abriu um sorriso discreto e disse, apenas mexendo os lábios, que tudo ficaria bem. America fez que sim com a cabeça, tentando acreditar nela, que se virou para rir de algo que alguém dissera. Finalmente, olhou para a sua direita, prestando atenção no rosto do soldado mais próximo da mesa.

Era Aspen, porém estava distraído. Ele olhava ao redor como outros tantos homens de uniformes ali presentes, mas parecia pensar em alguma coisa. Era como se tentasse resolver um quebra-cabeça. America desejou que olhasse para ela, mas não olhou.

— Tentando marcar um encontro para mais tarde? — Maxon perguntou, fazendo-a olhar imediatamente em sua direção.

— Não, claro que não.

— Não importa. A família de Kriss virá aqui esta tarde para uma pequena comemoração, e a sua virá buscá-la. Não é bom que a última perdedora fique sozinha. Pode fazer algum drama.

Ele estava sendo tão frio, tão distante. Nem parecia Maxon.

— Você pode ficar com aquela casa se quiser. Está paga. Mas quero minhas cartas de volta.

— Eu li todas elas — America sussurrou. — Adorei.

O príncipe bufou, como se fosse uma piada.

— Não sei onde estava com a cabeça.

— Por favor, não faça isso. Por favor. Eu amo você — America implorou, começando a fazer cara de choro.

— Não ouse — Maxon ordenou, com os dentes cerrados. — Sorria sem parar até o último segundo.

A moça piscou para segurar as lágrimas e abriu um sorriso frágil.

— Serve. Fique assim até vocês duas saírem do Salão, entendido?

America fez que sim com a cabeça, Maxon a olhou nos olhos e disse:

— Ficarei feliz com a sua partida.

Depois de praticamente cuspir essas palavras, ele voltou a sorrir e retomou a conversa com Kriss. America baixou os olhos por um bom tempo enquanto desacelerava a respiração e tentava melhorar sua cara.

Felizmente, ela conseguiu disfarçar a tristeza até o fim da festa, quando Maxon anunciou para todo o país que Kriss tinha ganhado a competição e que se casaria com ela. Depois de receber olhares tristes, inclusive de Celeste, correu para o seu quarto, tropeçando em alguns guardas no caminho, e quando chegou, as criadas a esperavam na porta. Lucy estava com o maior olhar de lamentação que America já vira em alguém. As criadas não disseram nada, apenas deixaram-na deitar-se na cama e chorar. America lamentava tudo, ter perdido Maxon, ter perdido Aspen, tudo que nunca pensou em ter e que, no momento em que começou a cogitar a hipótese, lhe foi tomado, e, sobretudo, sentia raiva de si mesma por ter sido tão burra.

Depois de um tempo as criadas a levantaram, banharam e pentearam seus cabelos.

— Qual vestido a senhorita quer para a partida? — Anne perguntou, estendendo alguns modelos na cama.

America foi até a cômoda e abriu a gaveta, pegando a muda de roupas simples que havia trazido de sua província e que, de início, havia guardado exatamente para aquela ocasião, quando imaginava um desfecho diferente para sua participação na Seleção — não exatamente diferente, mas menos doloroso. Vestiu a calça e a blusa floral e calçou suas sapatilhas vermelhas. Tinha entrado com elas e com elas iria sair.

— Obrigada, meninas. Vocês me ajudaram tanto! – America abraçou as três criadas. — Eu eu não sei o que seria de mim aqui no castelo sem vocês.

— Eu não sei o que a senhorita fez para que o príncipe não a escolhesse, estávamos certas de que seria a nova princesa — Anne lamentou, afastando-se um pouco e segurando o choro. — Deve ter sido algo grave, ou nós nos enganamos, mas saiba que não importa o que a senhorita tenha feito, nós nunca vamos esquecê-la.

— Nós amamos você, America — Mary completou. — Achamos que seria nossa princesa, mas mesmo que não seja, a senhorita estará sempre em nossos corações. Ninguém nunca nos tratou como você e somos eternamente gratas.

A criada puxou America junto a si para mais um abraço, envolvendo Lucy e Anne. As quatro ficaram ali grudadas em meio as lágrimas se despedindo, quando Maxon adentrou o quarto, sem bater, sem se anunciar ou pedir permissão.

America sentiu um frio subindo pela sua espinha.

Mary e Lucy se afastaram lançando-lhe um olhar de preocupação, deram um último adeus e reverenciaram o príncipe antes de passar pela porta. Anne ficou e deu mais um abraço em America, lhe passando um pedaço de papel discretamente.

— É um bilhete de Marlee, ela me cercou no corredor e implorou que eu lhe entregasse. Guarde no bolso.

A ruiva obedeceu e despediu-se pela última vez.

Anne saiu e Maxon se aproximou. Seu rosto mostrava decepção, mas também traços de raiva, que fizeram America estremecer, imaginando o que ele diria. O príncipe caminhou até ela em silêncio, com os braços atrás das costas.

— Veio pisotear em mim mais uma vez? Me humilhar? — America indagou, na defensiva mais áspera do que esperava, quebrando o silêncio.

— Não — ele disse, frio. — Não sou eu quem gosta de pisotear, enganar e humilhar as pessoas.

— Então veio buscar suas cartas? — America correu até a mesinha, pegou os envelopes e os estendeu para ele. — Pegue.

— Pode ficar com elas, não tem mais nenhum significado para mim, não importam mais. Eu estava cego quando as escrevi, cego por um amor que me enganou. Esses papéis não valem mais nada.

America sentiu a garganta se trancar e os olhos ameaçaram encher-se de lágrimas, mas engoliu o choro. Maxon estava cometendo um erro e ela não iria mais derramar lágrimas na frente dele.

— Mas isso foi culpa sua — O príncipe continuou, o tom gélido sendo substituído pela dor. — Por que fez isso comigo, America? Eu te amava, te dei tempo, te dei tudo e olha o que você fez! Destruiu o nosso amor, nossa história que agora eu nem sei se foi real!

— É claro que foi real! — America exclamou, tentando salvar aquilo de algum modo. — Maxon, por favor, me deixe explicar. ­— America esticou os braços em sua direção, mas ele se afastou. Foi como uma facada. Apesar de seus esforços, as lágrimas irromperam.

— Não me faça mais de bobo, America! Eu fiz de tudo por você e você me manipulou! Não sei como fui tão burro em achar que você sentia alguma coisa por mim de verdade. — Maxon por fim respirou fundo e se recompôs. — Vim aqui só para dizer que sua família já está aqui para buscá-la. Você tem a casa e uma pequena quantia em dinheiro em sua conta. Seja feliz. — Era clara a ironia em sua voz.

Maxon se despediu e simplesmente saiu. America sentou-se na cama tentando absorver os últimos minutos.

Como a paixão tinha sido substituída tão rapidamente pela raiva?

Ela não tinha ideia do que faria agora, de como encararia sua família, o país inteiro, e a si mesma. Estava totalmente perdida, sem chão, e permaneceu ali, esperando que alguém aparecesse e lhe dissesse que tudo havia sido um terrível pesadelo.

Pouco tempo depois, alguém bateu à porta. Mas não era para atender seus desejos.

— Eu já sei de tudo. — Foi o "olá" de Celeste.

— Kriss espalhou para todo mundo, não é? — America indagou, imaginando o que estariam pensando dela e abriu a porta e convidando Celeste para entrar. Celeste assentiu, com um olhar triste.

— Não a culpo, ele é um gato mesmo — Ela forçou um sorriso e deu uma piscadinha, no fundo compreendendo muito mais a situação de America do que a garota imaginava. — Mas sei que você sabe que foi muito burra — acrescentou. — Pela sua cara a história é bem mais do que Kriss contou, mas não vou perguntar, não quero aborrecê-la.

— Obrigada.

— Já sabe o que vai fazer? Vai ficar em Angeles? — Celeste perguntou, puxando America para que as duas se sentassem na cama.

— Não, de jeito nenhum. — America não havia sequer pensado nessa hipótese.

— Vai voltar para sua província?

— Lá todos me conhecem, eu não suportaria — e fez uma pausa. — Mas não sei para onde ir.

Celeste ponderou sua ideia por alguns segundos.

— Então o que acha de ir para Clermont comigo? — sugeriu.

— Está falando sério?

Celeste fez que sim com a cabeça.

— Vou começar uma nova vida agora, assim como você — disse, tomando a mão de America. — Você foi a única pessoa que tive mais próxima de uma amiga em toda a minha vida, e sei que vai ser difícil para você se acostumar com as coisas que virão e superar essas decepções. Me deixe ajudá-la.

Os olhos de America se encheram de lágrimas e ela abraçou Celeste. Parecia que ela estava chorando também, mas logo começou a rir e tentar se afastar gentilmente.

— Tudo bem, tudo bem, chega — ela disse, secando o canto dos olhos. — Vai borrar minha maquiagem.

As duas sorriram.

— Obrigada, Celeste. De verdade. Vou aceitar sua proposta, mas primeiro tenho que resolver as coisas com a minha família.

— É claro. — Ela passou os olhos pelo quarto até encontrar um bloquinho e uma caneta em cima de uma mesinha, pegou-os e começou a escrever algo. — Assim que chegar em Clermont me ligue — instruiu à America e lhe passou um pedaço de papel, que continha seu endereço e telefone.

— Obrigada, Celeste, não sei como te agradecer.

America abraçou-a novamente e alguém bateu à porta. Dois guardas entraram. Eram Aspen e Avery.

— Viemos levá-la, senhorita. Seus pais a esperam do lado de fora do palácio — Avery anunciou.

America assentiu e se despediu de Celeste. Pegou a pequena mala e se virou para dar uma última olhada no quarto. Respirou fundo e saiu, caminhando ao lado de Aspen e Avery o mais firme que pôde, impedindo que os guardas carregassem sua mal. No caminho, despediu-se de Silvia e dispensou jornalistas. Naquele momento, ela decidiu que nunca mais queria aparecer em uma televisão novamente. Queria ser esquecida. Fingir que aquilo nunca tinha acontecido.

Avery foi na frente para abrir os portões e Aspen que estava calado ao seu lado, disse:

— Sinto muito, America.

Ela não respondeu.

— Eu juro que não queria que isso acontecesse — continuou.

America apenas levantou os olhos.

— Me perdoe — Aspen implorou, mais uma vez.

America suspirou, feliz ao ver que tinham chegado até o carro que a levaria ao aeroporto, onde pegaria um avião de volta para Carolina. A família a esperava do lado de fora, May estava visivelmente triste e sua mãe tinha o olhar vazio.

— Adeus, Aspen — America disse finalmente, se afastando dele.

Foi sua última palavra, e o guarda não disse mais nada.

Ela sabia que teria que enfrentar a tristeza e a decepção da família. A dor por ter perdido Maxon talvez nunca cessasse. Mas ela também sabia que teria que tentar, ainda tinha a vida toda pela frente e apesar de tudo não poderia jogá-la fora. Apertou a alça da pequena mala um pouco mais e caminhou a passos firmes.


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