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Décimo Segundo Capítulo

Annabelle nunca entendera plenamente a teoria da relatividade do tempo até se mudar para a Inglaterra recém-casada com um ídolo pop. Ela achou que o tempo passaria lentamente, mas em duas semanas na terra da Rainha ela tivera tantas entrevistas em revistas, canais televisivos e até mesmo em uma rádio, que quando se deu conta que estava ali na Inglaterra há duas semanas chegou a se assustar. E então de repente, depois de toda essa correria e de estar ao lado de Howl o tempo todo no mundo dele, as coisas pareceram acalmar subitamente e ela encontrou-se morrendo de tédio na terceira semana.

É claro que eles ainda eram a notícia do país na área da música, mas as entrevistas gravadas começavam a sair por volta daquela época e não havia outras para gravar por enquanto. E se havia, era apenas com o Howl, que era quem importava na história. Annabelle era parte do escândalo por ser a esposa, mas se o Howl não fosse o Howl, aquele bafafá não teria a repercussão toda. E Annabelle, como ela mesma suspeitara desde o início, não era lá grandes coisas para chamar tanta atenção assim. Como sempre ficava muito quieta nas entrevistas, já passara sua mensagem principal: era uma garota tímida que não gostava da mídia e contava a mesma história sempre. Para que as pessoas do ramo da comunicação iriam querer ela quando poderiam ter a mesma história contada por um cara sexy e maravilhoso, que renderia muito mais audiência?

E então ela ficava em casa enquanto ele trabalhava e saía em entrevistas o dia inteiro. Ela checava as redes sociais e ler notícias e comentários com a tag Helle, nome do ship decidido pelas fãs de Compass~ acabara se tornando um hobby. Annabelle percebia que havia bastante apoio da parte das fãs, mas que a aceitação não era completa. Muitos daqueles comentários na tag não eram carinhosos e muito menos de apoio ao casal. Ela tinha que evitar deixar-se levar muito por eles, ou acabaria estacando na depressão.

Annabelle normalmente era bastante positiva e não se deixava levar por depressão ou sentimentos negativos, mas encontrava-se em um país completamente desconhecido, falando com seus pais e melhores amigas apenas algumas horas por dia por conta do fuso horário, sem ninguém por perto além de seu marido – que, aliás, era falso. Ela não conseguira descobrir nada em relação aos sentimentos dele ou avançar no relacionamento com Howl mais do que já tinha conseguido fazer. O motivo maior para isso, infelizmente, é que desde que as entrevistas que ela participava acabaram ela mal encontrava com o marido.

Bill dissera que mesmo que eles estivessem casados e tivessem que mostrar o lado positivo do casamento, aquela relação não deveria atrapalhar os compromissos do Compass~ e a agenda, principalmente por ser falso. Eles tinham que mostrar que o casamento era "real", mas ao mesmo tempo mostrar que Howl estar casado não afetava em nada a produção do Compass~. Assim, seria bem mais fácil que as fãs aceitassem aquilo também. Dessa forma, Howl seguia com o plano original como se não tivesse casado: depois das curtas férias nos EUA com a banda, ele produziria o novo álbum que seria lançado em breve.

Como Howl não era apenas o vocalista e guitarrista do grupo, mas também compunha e produzia as músicas no estúdio do grupo, ele passava a maior parte do tempo fora de casa para infelicidade de Belle. O tempo livre que o rapaz conseguia era preenchido por alguma entrevista ou sessão de fotos, e ele acabava retornando sempre tarde para casa.

Annabelle, sem emprego, sem entrevistas e ainda por cima deixada de lado por seu marido que acabara se mostrando um workaholic, passava os dias sendo uma dona de casa, limpando, cozinhando, lavando. O que a irritava profundamente, mas ainda lhe faltava confiança de sair na rua e explorar a cidade, principalmente por ficar um pouco assustada graças àqueles comentários maldosos da internet. E então, acabava afundando-se em tédio e tristeza durante seus dias na chuvosa Londres.

Em breve faria um mês que Annabelle encontrava-se casada com Howl, e ela assistia as notícias na TV, pois naquela tarde passaria uma entrevista breve que gravara há algumas semanas com Howl. Ela não gostava de se assistir na TV, mas devido à falta do que fazer, era a única opção.

Estava vestindo pijama ainda e dessa vez era Miles que estava em seu colo, espreguiçando-se e recebendo carinho. Como os gatos eram sua única companhia na maior parte do tempo e ela sempre os alimentava e cuidava da sujeira, os dois acabaram apegando-se bastante a ela, para sua alegria. Se ainda por cima os gatos a odiassem, ela não tinha certeza se sobreviveria mais dois meses naquele lugar. Olhou para a janela, um hábito irritante em sua opinião, como se esperasse que Howl aparecesse ali apesar de ela saber que ele estava ocupado no estúdio. Ela sentia falta de Howl. Depois do primeiro dia, não chegaram a dividir mais a cama então mesmo que ela estivesse dormindo, ela não o sentia chegar e ficar com ela. Umas três vezes apenas ela acordara antes de ele sair pro estúdio e pudera preparar um café da manhã pra ele, que acabou comendo apressado mas com um sorriso que a esquentou pelo dia.

Talvez estivesse ficando egoísta. Querendo mais do que poderia ter. Não era para Howl ser um marido até mesmo dentro de casa, o combinado era que eles pareceriam um casal para a mídia, mas dentro da casa que dividiam não era necessário toda a encenação. Só Annabelle, aparentemente, queria continuar com aquilo por causa de sentimentos.

Antes que pudesse começar a choramingar, afundou a cara no pelo de Miles que soltou um miado indignado.

- Tenho que ser forte, Miles! – ela disse, mais para si mesma que para o gato. – Howl conta comigo e eu preciso fazer meu melhor.

Desistiu de ver o programa no momento que viu sua cara estampada na tela plana, e depois de desligar foi até a cozinha ver o que poderia fazer. Tinha criado gosto naqueles dias solitários por fazer pequenos doces para um casal, apesar de Howl quase nunca prova-los por estar com pressa. Ela notava que às vezes ele levava para o trabalho alguma coisa que ela havia feito, mas não chegava a comentar nada sobre a culinária dela, e sem feedback ela não tinha certeza do que ele gostava ou não. Abrindo as despensas, percebeu que na verdade ela deveria era estar fazendo compras, já que havia várias coisas em falta.

- Parece que vou ter que sair. – murmurou, sem realmente estar animada com a ideia, correndo para o quarto para trocar de roupas.

Era a primeira vez que Annabelle saía de casa sozinha na Inglaterra. Lembrava o caminho do supermercado porque fora junto com Howl nos primeiros dias que estava ali, mas ir completamente sozinha era algo que a deixava insegura. Queria poder levar Bartholomeu e Miles junto com ela, mas sabia que não podia.

O supermercado perto da casa deles não era muito cheio, e ela não podia evitar pensar que Bill planejara tudo direitinho para que eles não fossem atrapalhados com frequência. Pensar nisso a deixava mais tranquila, porque realmente não sabia do que fãs eram capazes e nem queria descobrir da pior forma. Fazer compras tranquilamente era algo que nunca acontecera em sua vida, até porque quando fazia isso em Westcliffe sempre encontrava cerca de cem conhecidos fazendo compras ao mesmo tempo e tinha que parar para conversar e informar as pessoas de como sua vida andava.

Por isso, andar em silêncio por entre as prateleiras foi uma experiência incrível. Havia feito uma pequena lista antes de sair de casa mas acrescentara outras coisas ao vê-las no supermercado, e já havia quase acabado quando o inevitável aconteceu. Uma mão surgiu e segurou em seu braço, e assim que virou-se com o susto, encontrou uma mulher em seus quarenta anos que a encarava de olhos levemente arregalados. Annabelle não sabia se a mulher estava surpresa em encontra-la ou se aquilo era efeito de maquiagem. Maquiagem que, inclusive, a mulher parecia ter exagerado um pouco considerando que ela só fora ao supermercado e não a uma balada adolescente.

- Com licença. – sua voz era fina e o sotaque era bastante carregado, mesmo naquelas duas palavras. – Você não é a jovem do casal que se mudou recentemente para a Smith's Lane, no número 13?

- S-sou. – Annabelle hesitou, sem saber direito o que fazer. Aquilo era problema? Era para ser simpática? Por que Howl não poderia estar com ela ali para saber o que fazer? E se a mulher fosse uma fã de Compass~ e fosse causar algum infortúnio para eles?

Ao ouvir a confirmação a mulher sorriu largamente e virou-se para trás, de costas para Annabelle.

- Querido! Querido! – ela acenava com a mão freneticamente para um homem bem mais velho que ela, que aproximou-se em passos lentos como se tivesse alguma dor interna muito grave. – Eu falei para você que ela era familiar! É ela mesma!

Annabelle começou a sentir um mal estar por ter sido reconhecida e tentou fugir dali, mas a mulher virou-se de volta para ela naquele momento e segurou-a pelo braço. A garota surpreendeu-se não só pela força que a mulher possuía, mas também por todo aquele contato que ela achava que ingleses não teriam no primeiro encontro com um desconhecido.

- Meu nome é Leelah, e este é meu marido Robert, somos seus vizinhos do número 15! – a tal Leelah sorriu largamente, e Annabelle mais uma vez hesitou. Vizinhos? Estava tudo bem então, ou isso só piorava a situação?

- Muito prazer... – murmurou, sem saber o que fazer. Já estava com praticamente todas as coisas que precisava no carrinho, então poderia dar uma desculpa que estava com pressa e sair logo dali.

- Oras, ela é tão tímida! Isso é meio surpreendente. Seu marido parece ser bastante popular, não é? Eu vi vocês dois na TV. – Leelah sorriu e Annabelle não tinha certeza se a expressão que colocara em sua própria face seria um sorriso ou uma máscara de horror.

- Lee, você está assustando a coitada. – Robert finalmente pronunciou-se e segurou o braço da mulher para que ela soltasse a garota. Annabelle gostou bem mais de Robert do que de Leelah. – Desculpe. Ela fica entusiasmada quando conhece celebridades. Precisa ver o escarcéu que aconteceu quando pegamos o mesmo voo que a Adele em nossa viagem para os Estados Unidos da última vez. Achei que o avião ia cair.

Daquilo Annabelle conseguiu até rir. Já passara a timidez inicial agora que Robert acalmara Leelah e não sentia tanta vontade de fugir.

- Desculpe, não estou acostumada com essas abordagens. Não sou celebridade. – ela falou, apesar de não ter certeza do porquê estar se desculpando.

- Claro que é, querida! Você está na TV. – Leelah retrucou e Annabelle corou. Aquilo não era motivo suficiente para se virar celebridade, era? – E é casada com um homem famoso e lindo. – provavelmente, aquele era o motivo.

- Sim, mas... não sei. – ela soltou uma risadinha. Não podia falar que na verdade não estava exatamente casada com um homem famoso e lindo e que era tudo uma farsa. – Ainda não me vejo como celebridade, já que escondemos o relacionamento por tanto tempo.

- Ah, é mesmo né! Acho que li uma matéria sobre isso no cabeleireiro esses dias. – Leelah pareceu pensativa, mas logo pareceu esquecer o assunto. – De qualquer forma, nunca vejo você sair muito de casa, apesar de seu marido passar o dia todo fora?

Annabelle percebeu que a mulher parecia ter tempo livre suficiente para observar a vida dos vizinhos, e gostou ainda menos dela por causa disso. Antes que pudesse responder, Leelah continuou tagarelando.

- É estranho sabe, vocês são um casal tão jovem. E ele passa o dia todo fora, quase parece que não se importa com você. Trabalho é importante mas ele também deveria ter dar atenção. Para que casaram então? Meu Deus! – no meio da tagarelice ela pareceu surpreender-se e teatralmente virou-se para Annabelle, os olhos ainda mais arregalados do que a maquiagem permitia. – Ele não pode já ter arranjado um affair, não é?

- Claro que não! – Annabelle rebateu, ofendida. O que aquela mulher estava opinando sobre a vida dela e de Howl?

- É, seria difícil. Você nem parece tão ruim assim. Só acho um pouco estranho, porque, sabe, vocês são recém-casados mas ele nem ao menos parece se importar com você, coitadinha. Não passa tempo com você. Que horas ele costuma sair? E chegar? – a cada palavra que Leelah dizia, Annabelle gostava ainda menos dela. O que é que aquela mulher intrometida tinha a ver com Howl trabalhar muito ou não?

Robert interrompeu Leelah antes que a garota pudesse retrucar, o que foi bom, porque era bem capaz que ela fizesse isso de uma forma bem mais mal-educada do que o recomendado.

- Querida, não é educado falar assim da vida dos outros, eu já te disse. – Ele a afastou um pouco de Annabelle e lançou um sorriso apologético à garota. – Realmente, me desculpe por isso...

Robert realmente parecia um inglês, cheio de educação e desculpas, ao contrário de Leelah, que parecia um pouco confusa ao tentar avaliar o que estava fazendo de errado. Annabelle, porém, já tivera o suficiente daquilo. Falando que precisava retornar para começar a preparar o jantar em breve, despediu-se do casal. Leelah ainda ousou gritar para ela que fosse tomar um chá com ela um dia qualquer quando estivesse muito entediada. A garota ainda pôde ouvir naquelas palavras uma mensagem de "quando o seu marido lhe abandonar de novo" e saiu ainda mais apressada em direção ao caixa.

Aquela primeira experiência fora de casa não poderia ter sido pior. Annabelle ainda agradecia que não tinha encontrado uma fã louca que a perseguisse e a atacasse, mas Leelah fora uma pessoa... extravagante demais. Ela não tinha certeza se gostaria de encontrar a mulher de novo, e só pensar que eram vizinhas fazia-lhe o estômago doer. E ainda por cima, no caminho de casa ela não conseguia tirar as palavras da inglesa da cabeça.

E se Howl tivesse um affair? Annabelle nunca considerara a possibilidade de Howl já ter alguém que amasse na Inglaterra. Aquilo seria bastante triste, e a garota ia odiar ser uma personagem de uma tragédia dessas. Ainda mais a vilã. Eles nunca chegaram a entrar em assuntos pessoais demais além da família dele e dela. Ela não sabia sobre alguma namorada dele ou alguém que ele pudesse ter algum relacionamento antes de casar-se com ela em Las Vegas. Talvez ele não tivesse tanto trabalho quanto parecia e estava encontrando-se com aquela pessoa. Annabelle não poderia evitar tal coisa, não é? Principalmente se Howl julgava seguro manter o affair.

Mas que besteira estava pensando! Tudo bem que Howl tornara-se um workaholic assim que chegaram em Londres, coisa que a surpreendeu por ele ter sido tão atencioso e cuidadoso antes, mas ele não parecia estar se relacionando com outra mulher. Como a Compass~ era uma prioridade para ele, não devia estar afundando em outras distrações. Além do mais, era um pouco arriscado brincar com esse tipo de fogo no meio da turbulência que a banda estava passando. Ele não faria isso. Annabelle tinha certeza.

Mas ele de fato estava muito ausente de casa, e aquilo incomodava a americana. Ele realmente não se importava com ela? Depois de tudo que ele dissera, suas ações principescas, ele ia acabar se mostrando dessa forma? Não era possível, era? Aquele Howl pelo qual ela se apaixonava, o que ele seria então se o verdadeiro Howl era este que passava o dia fora e nem ao menos se preocupava com ela?

Parou em frente ao portão da casa e olhou-a, fungando. Não queria entrar lá e ficar sozinha de novo, só com Bartholomeu e Miles. Logo ela piraria e viraria uma louca dos gatos, se as coisas continuassem desse jeito. Talvez fosse bom se ela falasse com Howl sobre isso. Mas como ela podia se tornar egoísta dessa forma e falar "pare de trabalhar e fique comigo". Nem esposa de verdade dele ela era para exigir essas coisas. Quer dizer, no papel ela era, e no sentimento ela até seria, mas e ele? O que ela era para Howl além da salvadora de sua banda?

- Belle? – ouviu atrás de si e num susto virou-se, deparando-se com Howl saindo do carro. Estava tão absorta em pensamentos que nem sequer ouvira o carro parando atrás de si. – Está tudo bem? Por que está parada?

- Ah... – como explicar todo o seu monólogo e debate interior por culpa dele mesmo?

- Ah, as sacolas! – ele apressou-se a alcançar seu lado e segurar metade das sacolas que ela trazia e que já começavam a deixar os dedos vermelhos. – Você carregou-as todo o caminho sozinha? – parecendo um pouco preocupado, ele assumira as sacolas mais pesadas e guiava-a para a porta, já que uma garoa irritante começara a cair sobre os dois e era a típica garoa britânica que causava aqueles resfriados dos fortes.

- Sim, mas não teve problema... Eu não sabia que horas você vinha... – ela nem ao menos sabia que ele chegaria tão cedo.

- Desculpe, acabei esquecendo de avisar. – Howl sorriu carinhoso e fechou a porta atrás dela, depois de depositar a sacola no chão da entrada. – Vamos guardar essas coisas?

- Pode deixar que eu guardo. Já me acostumei com isso. – por algum motivo, agora que Howl estava em carne e osso na sua frente, ela não sabia mais direito como reagir, tendo toda a tagarelice de Leelah pipocando em seus ouvidos. Ele se importava ou não com ela? Gostava ou não dela?

- Eu ajudo. – ele ignorou-a, rolando os olhos mas mantendo o sorriso. Foram para a cozinha e na verdade ele acabou mais atrapalhando do que ajudando, desacostumado com os lugares das coisas. A maior parte do tempo ele pegava algo e imediatamente perguntava para Belle onde aquilo iria, fazendo-a rir e o clima melhorar. Ela achava incrível como ele tinha aquele dom de, de repente, fazer os problemas sumirem da mente da garota.

Depois que terminaram de guardar tudo, Annabelle guardava as sacolas e Howl sentara-se numa das cadeiras, tendo Bartholomeu imediatamente sentado em seu colo.

- O que você quer jantar? – ela perguntou, apreciando a chance de poder cozinhar algo para ele e finalmente ouvir o que ele pensava. O rapaz, compenetrado em acariciar os pelos espessos do gato sorriu para si.

- Estava pensando em sairmos e irmos em algum restaurante. – ele olhou-a. Ela sorriu, gostando da ideia, embora ainda preferisse a ideia de cozinhar algo ali mesmo. – Faz um tempinho já que saímos juntos e precisamos de mais umas fotos na cidade.

Então era aquilo. Ele não desejava apreciar um jantar na companhia dela, só conseguir mais provas de que o relacionamento deles era real. Annabelle sentia-se realmente uma boba. Ela se deixara tanto levar pelos seus sentimentos por Howl que esquecera que ele ter sentimentos por ela não era parte do plano. Howl faria o que era necessário para a banda, mas isso não incluía se apaixonar de verdade por ela. Aquele pensamento a deixava tão triste que ela desanimou com a ideia de jantar com ele.

- Na verdade eu não estava muito bem para sair para jantar. Por isso pensei em fazer algo em casa. – ela falou, baixo. Howl imediatamente levantou-se e aproximou-se dela, deixando Bartholomeu no chão.

- Você não está bem? O que está sentindo? – e ali estava ele de novo, o Howl que fazia sua mente rodar e preocupava-se com ela como no começo daquela história toda. Com um nó na garganta, ela baixou o rosto, envergonhada por algum motivo tolo, e deu ombros.

- TPM, acho. – resmungou qualquer coisa que lhe veio na cabeça, para não acabar dizendo "coração partido" ou coisa do tipo. Howl soltou uma risadinha e ela ia olhá-lo com irritação, se ele não a tivesse puxado para perto e a envolvido num abraço.

Annabelle sentiu o coração disparar com aquilo, sentindo a montanha-russa dar suas voltas no estômago, os sentimentos vacilando perigosamente. Por que ele agia daquele jeito? Por que passava o tempo todo ignorando-a e trabalhando como se nem ligasse para a existência dela, mas quando ela anunciava não estar bem ele se preocupava daquela forma? Suas dúvidas martelavam sua cabeça e ela resolveu que iria, sim, perguntar sobre os sentimentos dele pra resolver aquilo tudo de uma vez. Mas assim que afastou-se para olhá-lo, o olhar que ele lhe retornara era tão cheio de ternura que ela não foi capaz nem sequer de mover seus lábios para formular pergunta nenhuma.

- Se você não está bem, podemos ficar em casa. – ele disse, baixinho. – Mas você quer cozinhar?

- Eu não me importo. Acho que está tudo bem. Não estou com muita vontade de sair só. – ela só queria ficar com ele, sem flashes e câmeras ao redor incomodando. – Pode ser?

- Claro que sim. – Howl soltou-a para pegar um Bartholomeu chorão no colo de novo, sorrindo largamente para ela. – Se suas comidas salgadas forem tão deliciosas quanto os doces que você tem feito, Bill vai brigar comigo por eu passar a só comer em casa. – ele riu e Annabelle sorriu.

Mesmo que se sentisse uma tola, encontrava-se de novo em uma bolha de felicidade e decidiu adiar suas dúvidas e aquelas besteiras que Leelah havia enfiado em sua cabeça mais cedo. Porque com Howl sorrindo daquele jeito para ela, o que mais ela podia ter coragem de exigir dele?

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Nota da autora: Demorou (bastante) mas chegou, e espero que a atualização dupla tenha compensado!

O que acharam? Nenhum dos capítulos têm muita coisa _importante_ mas espero que tenham gostado! Estou preparando o terreno para as tretas que estão por vir hohohoho.

E esse Howl sendo menos principesco do que o esperado, hein? Há muitas coisas para comentar então espero o feedback de vocês!

Obrigada à Mari por ter me ajudado a postar a atualização! Minha salvadora da pátria (falta só ler a história agora /risos) <3 

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Beijos e até semana que vem! (Espero!)

Xx Anne

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