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Prólogo

  — Alguém pode me dizer o que é ansiedade?

Os sapatos da idosa rechonchuda e de roupa florida faziam um barulho estressante contra o chão de madeira, conforme ela andava entre as carteiras. Seus olhos cansados possuíam pequenas rugas ao redor, assim como suas mãos sujas de giz.

Ninguém se pronunciou, ninguém sentia vontade ou coragem de encarar aquela aula, o dia chuvoso colaborava para isso. Alguns debruçados sobre suas mesas, outros com fones de ouvido, alguns conversavam e poucos realmente prestavam atenção no que a pequena idosa falava. Dentre eles Dandara Saidi se destacava, por inúmeros e inúmeros aspectos, mas, de fato, um deles era a sua inteligência. 

— A ansiedade é uma patologia. Ela pode ser controlada ou normal, porém, quando os sentimentos se tornam excessivos, ela foge da normalidade, se tornando um indicador de doença subjacente. A ansiedade causa de reações mais simples, como uma respiração rápida, à reações mais graves, como desmaio, coma e, até mesmo, morte. Basicamente, ela consiste em uma preocupação intensa e persistente, que prejudica a vida do portador em situações cotidianas. 

A voz aveludada sempre satisfazia a professora exausta. Depois de um dia cansativo, na sua última aula, o interesse, a sensatez e a comunicabilidade da menina de cachos, a manteve ali, firme e forte por muito tempo, encarando adolescentes malcriados e irresponsáveis. Dandara era uma exceção e todos percebiam isso.

— Certa como sempre, Dandara — a senhora sorriu, deixando mais visível suas linhas de expressão. — A ansiedade não é nada fácil de se lidar — olhou seu relógio de pulso antigo, antes de continuar a falar: — Mas isso é assunto para a próxima aula, a pergunta foi apenas uma introdução. Sabem como é, a ansiedade! — se posicionou atrás de sua mesa velha e cheia de livros. — Se preparem para a próxima aula. Estão dispensados. 

A frase final, mal terminou de ser finalizada e os alunos já se aglomeravam na saída da sala, desesperados por suas casas. 

Ali não era uma escola particular e com certeza não podia ser considerada uma escola pública em bom estado.

As paredes pichadas e descascadas, as cadeira e mesas rabiscadas, banheiros sem portas e alguém se quer lembrava de quando um espelho ali existiu, professores que não se empenhavam em ensinar ou que tinham perdido a coragem de enfrentar aqueles quase monstros, denominados adolescentes. Uma grade curricular atrasada e uma biblioteca interditada diante de um desabamento de teto, causado por uma chuva forte.

Enfim, a escola São Hermano Morais não era esteticamente bonita e nem agradável de frequentar.

Após os abutres caminharem para fora da sala, Dandara, que já havia guardado seus materiais, finalmente se levantou. Com toda a graça que lhe era digna, com o cabelo cacheado esvoaçante e seu olhar sério, caminhou em direção à idosa, que agora recolhia seus livros.

— Senhora Julie? — deu a volta na mesa de madeira desgastada, receosa se a professora aceitaria seu pedido.

— Sim, minha querida — ajeitou os livros no braço e a alça da bolsa de couro marrom no ombro, sorrindo para a mulata na sua frente.

— Lembra-se daquele relatório que a senhora pediu? — enrolou um cacho no dedo, fazendo a melhor cara de meiga. A menina sabia que ninguém resistia ao seu charme.

— Lembro sim, Dara, mas por quê?

Dara se referia ao relatório pedido por Julie na aula passada. O pedido consistia em fazer um relatório sobre qualquer tema polêmico, algo pequeno, mas completo. Porém, a menina queria algo mais impactante, mais difícil. Ela não gostava de coisa fácil e igual. Gostava de desafios e exclusividade.

— Eu gostaria de saber, se a senhora permite que eu faça algo um pouco diferente do que foi pedido — Julie aceitaria qualquer coisa vinda da menina, sabia que ela era criativa o suficiente para sempre surpreender, mas antes de afirmar foi interrompida. — Estava pensando em algo longo, próximo de cinquenta páginas de conteúdo ou mais, não tenho certeza, mas não é só isso, tenho mais um pedido. Também sei que a senhora organiza as apresentações, raras, que acontecem por aqui. Eu gostaria de fazer uma apresentação diferente e com um público maior, na verdade, gostaria de apresentar para a escola inteira — a mulata falava rápido e quase fazia a senhora se perder no que era dito.

Aquilo era demais para São Hermano, Julie sabia, mas o olhar meigo e os olhos brilhantes da menina a faziam querer ceder.

— Pequena — os cinco livros grossos foram posto novamente na mesa e, assim, a idosa passou as mãos desocupadas pelo rosto harmônico e encantador da garota. — Sobre o relatório, estou completamente de acordo, você sempre faz coisas incríveis — sorrindo Julie apertou as bochechas enormes e rosadas da aluna.

— Sempre tem uma “mas”, né? Não vai ser possível a apresentação? — o brilho no olhar de íris negra começou a se apagar, fazendo a professora se apressar em continuar.

— Não depende apenas de mim, querida. Mas vou fazer o possível para que tudo saia como você deseja. Falarei com o diretor Daniel e irei pedir liberação, porém como você disse, sempre tem um “mas” e nesse caso é; “Mas a organização é toda sua. Esses ossos fracos não aguentam mais nada” — a senhora sorriu e se afastou, depois de ajeitar alguns cachos que pairavam no rosto redondo e encantador.

Aquele sorriso... aquele sorriso que Dandara lhe dirigia compensava qualquer coisa. Aquela menina iria longe.

— Obrigada, professora Julie. Você irá amar, tenho certeza! — abraçou forte a idosa baixinha.

Dara considerava muito Julie. Amava aquela professora como amava sua avó, que havia falecido há um ano.

— Eu sei que sim. Confio em você.

A menina se afastou depois de se despedir. Precisava chegar em casa e organizar suas ideias. Iria fazer valer a pena toda aquela confiança. Ela precisaria de ajuda para fazer o que tinha em mente, sabia disso e não ligava. Estava disposta a fazer o necessário para sair tudo perfeito, como sempre.

No final, seu charme ganhou novamente.

Com um sorriso enorme no rosto e saltitante, Dandara foi para casa.

Prólogo liberadoooo! E ? Gostaram? Da sua opinião aqui pra tia.

Bjinhos e até o próximo capítulo.

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