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Era mais ou menos seis e pouco da manhã quando eu cheguei na rodoviária. Tudo vazio, só umas cinco ou seis pessoas sentadas por ali.
Fui direto no guichê da Viação Juína, perguntei pra moça quanto que tava a passagem pra Campo Novo. Ela disse que era trinta e dois reais e só saía ônibus as sete e meia.
Comprei a passagem e também sentei o cu num banco pra esperar. Dá-lhe chá de cadeira nessa porra. Cocei o saco solto embaixo do short, tava pregando já. Merda. Pior que tomei banho à toa pra sair de casa, porque tive que vir lá da porra do Dona Júlia até o Centro andando, aí chego todo suado. Adiantou de nada.
Só as oito que o ônibus encostou. Atrasado e eu que me foda. Entrei puto, cacei uma poltrona vaga lá no fundão, sentei, joguei a mochila do lado e simbora nessa merda.
Se o busão tinha uns dez gatos pingados, era muito. Tava vazio. Ainda ficou parado um tempo na rodoviária antes de sair.
O último filho da puta que embarcou antes da gente pegar a estrada veio andando o corredor inteiro pra sentar bem na porra do meu lado. Joguei a mochila no chão, entre as pernas, pra ele sentar. É foda. A porra do ônibus vazio e o viado me olha o número da poltrona na passagem e vem sentar logo do meu lado... Mas que se foda também, tô nem aí.
Eu puxei o treco do lado e desci as costas da poltrona pra trás, ficando quase deitado, joguei o boné em cima da cara e tchau. Puxar um ronco.
Um tempinho depois, ergui a poltrona de volta pra eu ficar sentado. Tava quase ficando de pica dura de ficar pensando putaria comigo mesmo, e eu tava sem cueca por baixo do short. Sentando, pelo menos dava de disfarçar o moleque querendo empinar.
Então o filho da puta do meu lado aproveitou que eu "acordei" pra puxar assunto. Falou qualquer coisa pra perguntar se eu era dali mesmo, falei que tava visitando um parente e só.
Aí quis saber de onde eu era, porque o meu sotaque era diferente e não sei o quê. Tava me dando maior papo e a gente ficou desenrolando.
Nisso, eu fiquei prestando atenção nele. Percebi que ele tava manjando meu pau meia bomba no short. De vez em quando, dava uma espiada, desviava o olhar e fazia outra pergunta. O filho da puta era bom de conversa, mas não sabia disfarçar que queria era ver rola.
Aquilo foi me dando um puta tesão, sério mesmo. Pior que eu gosto dessa parada de me exibir em público. Acho que é o motivo de eu só sair de casa sem cueca. Abandonei as cuecas, nunca me arrependi. Gosto de deixar o bicho solto, balançando.
Aí, eu tava falando: — Lá eu trabalho de operador na ADM. Sabe onde fica lá? Tô de folga hoje, né, mas amanhã já tô de plantão. Foda...
— Conheço o Franklin, ele trabalha lá, né?
— É. Figuraça, ele.
— Ele trabalha contigo lá?
— Não, ele é da mecânica.
— Ah. Gente boa demais. Não sabia que cês trabalhavam junto.
Enquanto ficava dizendo, a bolinha do olho dele ia e voltava do meu pau. Maluco, aquilo foi me deixando em ponto de bala! Sério. Eu já tava meia bomba antes, agora não tava mais conseguindo me controlar. Calção fino, ia ficar armado. Muito na cara.
Dei uma amassada lá, ajeitando o moleque de ladinho, tentando disfarçar, percebi que o cara nem piscou. Decidi testar logo esse viado e ver onde essa porra ia dar.
Eu falei: — Ficar manjando meu pau assim, de graça, aí tu me quebra, viado!
Ele riu. Eu também ri, a mão amassando o saco ainda. O busão sacudindo na estrada.
O papo seguiu desenrolando, ele pediu meu insta. Aí ele disse que era hétero, né. Que ficava com mulher só, mas tinha ficado com caras também umas vezes. Falou que só não liberava o cu, que tinha cisma demais, mas que pra mim sentiu vontade de liberar.
Eu sorri de canto, já conhecia esse papinho aí...
Falei pra ele assim bem baixinho: — Quer segurar, pô? Pode pegar.
Ele olhou por cima das poltronas antes de enfiar a mão dentro do meu short e começar a me punhetar. Porra, eu tava duraço.
Ele passou o polegar dentro do couro do meu pau, tava babando aquela porra. Surreal ser punhetado em público por um beta frouxo que nem aquele. Puta hora boa em que ele sentou do meu lado no busão e eu não tava ligado.
Ele puxou meu pau pra fora do short pelo buraco da perna pra ver e fez uma careta.
— Porra, que pauzão, mané!
Eu não falei nada, deixei ele se impressionar sozinho.
Aí, ele disse: — E tu é todo branquin', olhinho puxado, nem parece que tem isso tudo.
Aquilo tava bom, serião. A adrenalina, sei lá. Eu ficava olhando por cima das poltronas pra ver se tinha alguém ouvindo a gente. Depois, joguei os braços atrás da nuca e deixei aquele viado beta trabalhar no meu pau. Tava quase puxando ele pra pagar um bola gato em mim. Vi que ele ficou olhando meu sovaco. Vai se foder! O viado gosta de sovaco peludo também?
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