
Entre dois amores
** E caímos com tudo no chão fazendo assim um estrondo. Não tivemos coragem de abrir os olhos e desejávamos com todas as forças que aquela sala fosse apenas um armário de vassouras e, que estivesse vazia. Mas estávamos profundamente enganados...
Segundos depois de nossa queda, ouvimos arquejos e risadinhas de crianças... É, caímos em uma sala de aula!
Mas o que fez com que eu e Lino abrissemos os olhos foi a voz cortante de um certo professor:
"Como vocês ousam atrapalhar a minha aula?!"
Era Snape... **
Não sabíamos o que dizer ou melhor o que fazer...
- Vamos eu exijo uma explicação!
Continuamos calados diante daquela situação, então uma latejada forte invadiu a minha cabeça.
- Ahhhh... - Gemi de dor e voltei a encostar a minha cabeça no chão. A queda tinha sido forte...
- Pérola, você tá bem?- Lino perguntou.
- Imagina... É claro que estou bem! Eu só caí com tudo e bati a cabeça, mas mesmo assim estou ótima!
Outra latejada surgiu e então fechei os olhos para amenizar a dor, até que senti alguém segurar a minha mão (me causando calafrios) e dizer:
"Ela precisa ir pra enfermaria!"
Era Jorge.
- Eu levo ela! - Lino protesta.
- Eu que levo!
Os dois começaram a ralhar e, então Snape os corta:
- Como se já não bastasse interromper a minha aula, querem ter uma discussão por conta de ciúmes! senhorita Lupin é melhor você parar com esse teatrinho ou então...
- Ela não está fingindo, está mal mesmo! - Lino protestou.
- Exato, então com licença! - Jorge o acompanhou.
Senti os dois me ergueram e, ignorando os protestos de Snape, me tiraram da sala.
Agora me encontrava ainda com os olhos fechados nos corredores sendo apoiada por Lino e Jorge, que me seguravam pelos ombros.
- É tudo culpa sua ouviu! - Jorge diz.
- Minha? Que minha o quê! Foi um acidente se você não percebeu!
- SE você não tivesse agarrado ela daquele jeito, provavelmente ela estaria bem!
- Olha Jorge, eu não sei se você não sabe, mas é normal namorados se pegaram desse jeito!
- Ou você cala a boca ou quebro a tua cara!
- Vem então!
Os dois me soltaram para brigar, contudo ao perceberem que eu não me sustentaria sozinha, tornaram a me apoiar.
- Depois eu te pego! - Jorge rosnou.
- Não se preocupe, a pérola se encarregara disto! Só que de uma forma digamos... Caliente!
Quando Jorge iria ter uma recaída e partir pra cima de Lino, escutei a voz de Minerva que acabara e entrar no mesmo corredor:
- Então é verdade?! Senhorita Lupin você está bem?
Não a respondo.
- O que diabos aconteceu, hein?! Lino Jordan, Snape me informou sobre o ocorrido, como vocês dois se atrevem a...
Ela é interrompida pela chegada de meu pai:
- Merlin! Pérola você está bem?
Não o respondo também.
"você está bem" porque as pessoas sempre perguntam isso, se é óbvio que a resposta é não?!
- Venha comigo... - Sinto o toque de meu pai, me fazendo se apoiar nele e, então caminhamos em direção a enfermaria.
(...)
Depois de ter sido cuidada por Madame Pomfrey, me encontrava deitada em uma das camas da enfermaria, com meu pai sentado em uma cadeira a minha frente.
- Pai...- O tiro de seus devanios.
- Sim, pérola?
- Foi mal tá... - Finalmente consegui ter essa conversa, que o maldito Pirraça nos interrompeu.
- Foi mal por? - ele perguntou.
- Sei lá... Por tudo. Por ter falado com você daquele jeito, por só fazer merda desde que botei os pés aqui, por...
- Eu te desculpo. - Ele falou
- Mas... - O questiono.
- Pérola você é uma adolescente de quinze anos, é normal se comportar assim... É, até sair aos beijos com esse Lino... - Ele terminou a frase com azedume.
- Então você me perdoa mesmo?
- Sim, mas só totalmente se você for pedir desculpas para a Kátia Bell!
- Como?! Jamais! ouviu?! Nem sobe a maldição Cruciatos!
- Pérola você a agrediu!
- E ela me agrediu também!
- De qualquer jeito eu quero que peça desculpas a Kátia, vai que ela se desculpa também?
- "De qualquer Jeito eu quero que peça desculpas a Kátia, vai que ela se desculpa também?" - O imito com uma voz fina de deboche até ele me olhar feio.
- Pérola Ninfadora Lu...
- Tá bom eu vou! - Me rendo.
- Mas só se me der um Galeão! - Digo e ele volta a me olhar feito.
- Ok... Seu chato.
(...)
Ainda me encontrava na enfermaria, mas desta vez sozinha.
Estava pensando em tudo o que estava rolando dentro de mim... Especialmente essa confusão de sentimentos.
- Senhorita Lupin? - Madame Pomfrey me tirou dos devaneios.
- Sim?
- Ainda está doendo a sua cabeça?
- Não. Por que?
- Você está meio, digamos... Perdida?
- Totalmente... - Respondi.
- Posso saber o porque? - Ela perguntou.
Como sempre os meus planos e dos quatro malucos dão errado e, a maioria deles acabavámos na enfermaria, acabei meio que criando um laço de amizade com a Pomfrey.
- Eu estou confusa... Uma hora estou perdidamente apaixonada por uma pessoa, outra hora por outra, mas mesmo assim gosto da primeira... Viu? é confuso! - Desabafei.
- Bom, então é melhor primeiramente você explicar direito a situação: você gostava do Jorge, mas agora se encontra dividida entre o Lino e ele. Certo? - Ela adivinhou.
- Sim... Peraí, como você sabe?!
- Ora Pérola, até um cego veria isso! Está totalmente visível. - Ela continuou.
- Eu só queria saber o por quê... - Suspiro.
- Por que do... - Ela me estimula.
- Disso tudo! Como se já não bastasse ficar sofrendo pelo Jorge, agora tenho o Lino!
- Você tem certeza que gosta dele mesmo? Ou mehor, dos dois?
- Como assim?
- As vezes pérola, só sentimos empatia, afinidade, carinho e etc. com uma pessoa e acabamos confundindo as coisas. O melhor a se fazer é comparar o que você senti por ambos, para assim separar amor de amizade!
(...)
Depois do que ela disse, me deparava em um profundo estado de reflexão. Agora já no meu dormitório pensava o seguinte: Lino ou Jorge?
Com o Lino acabei sentindo um sentimento que nunca tinha provado. Senti as minha veias palpitarem e a minha respiração ficar curta, diante do seu beijo. Ele literalmente me tirou da realidade!
Mas com o Jorge é outro... Eu sinto um frio na barriga, uma feliciade quando os nossos olhares se encontram, calafrios quando me toca...
É, estou perdida mesmo víu!
E então me levanto com azedume para assim fazer valer o pedido me meu pai.
(...)
- Diga a senha por favor.
- Olho do furacão. - Respondo.
- Errada.
- Mas essa era a senha de hoje na manhã!
- Senhorita, não sei se você não percebeu, estamos em um momento de ameaça por conta da Fuga de Sírius Black, então temos que ter cautela! - Um Quadro de um cavaleiro metido a besta me respondeu.
- Maçãs carameladas! - Falei.
- Senhorita, esta é a sala comunal da Grifinória, não o escritório de Dumbledore!
- Ah, vai se lascar!
- Essa também não é a senha.
Como eu já estava sem paciência, empurro o quadro para o lado, apenas fazendo um brecha para dentro.
Todavia o suficiente para escutar uma conversa...
- Você víu como ele se declarou pra ela? Ele a ama, é visível! - Era Kátia falando com Lilá Brown.
- Calma... Você vai dar um jeito!
- Que jeito?! Se fingir estar namorando com o Jorge para fazer ciúmes aos dois não funcionou, quem dirá outro jeito!
Peraí... "fingir"?! Eles estavam fingindo?!
Porém o quadro foi mais rápido que meus raciocínios, fechando a brecha quase cortando os meus dedos.
- Quadro maldito! - Falei assoprando os dedos.
- Novamente senha incorreta.
Respirei fundo, girei os calcanhares e vazei dali.
Agora (como sempre) eu estava pensando no que acabei de escutar...
"Se fingir estar namorando com o Jorge para causar ciúmes aos dois..."
Então era tudo mentira, ele não a amava e sim... Ama a mim?
Antes eu estaria aos pulos mais agora isso é apenas mais um motivo para ficar entre os dois...
- Pérola! Pérola! - Era Jorge que vinha correndo até a mim. - você está bem?
- Ahãm... - O respondi.
- Você não vai acreditar no que acabei de ver! - ele falou entusiasmado.
- Pérola eu tenho que te contar algo! - Dessa vez era Lino que estava atrás de mim e corria para falar algo.
Assim que percebeu a presença de Jorge, o mesmo parou instantaneamente.
Agora me encontrava entre os dois. Eu falo com qual primeiro? Ou melhor...
Eu irei escolher qual para investir?
Jorge Weasley ou Lino Jordan?
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