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Capítulo onze

Gael

Já fazia dois dias que Eva não aparecia para os treinos e eu já estava ficando preocupado. Me perguntava o que havia acontecido para que a irritante justiceira, que tanto me amofinou para que eu a treinasse, desistisse enfim da sua ideia de vingança. "Será que eu fiz algo que a chateou? Será que foi por causa da suposta abelha, que tanto a assustou a ponto de fazê-la desmaiar? Não poderia ser isto, visto que ela apareceu no dia posterior ao incidente." Hipóteses diversas atordoavam a minha mente. "Será que está doente?!" Tal pensamento me sobressaltou sobremaneira, a ponto de eu deixar as ovelhas no curral e, inconscientemente, os meus pés já se encontravam fincados em frente a casa de Nabal. "Mas o que estou fazendo aqui..." pensei, enquanto subia os degraus da escadaria frontal. Mas bastaram um ou dois degraus, para que eu me deparasse com a figura presunçosa e sádica do senhor Nabal na imponente entrada. Ele me encarava com uma sobrancelha arqueada, num misto de curiosidade e divertimento.

- Devo supor que está procurando alguém e que esse alguém, não sou eu, certo?- engoli em seco, apenas encarando-o sem resposta. Ele desceu alguns degraus, parando a um palmo de distância enquanto exibia seu melhor sorriso de escárnio- seria uma jovem mulher, o objeto de sua procura? Ah o amor jovem! - sorriu - é tudo tão... mais fácil, você só precisa dizer para a jovem donzela que está apaixonado e ela cai em sua rede de sedução.

- Não é o que o senhor está pensando.- argui entre dentes, sabendo a que ele se referia.

- Ah não? - estreitou os olhos - e o que mais um homem pode querer de uma mulher- arrastou numa gargalhada abafada, pousando a mão pesada em meu ombro esquerdo em seguida, enquanto tomava ar. E num instante, ele aproximou-se do meu ouvido, completando sua demonstração de loucura - deixe-a para mim quando se cansar - sussurrou debilmente, virando-se em seguida em direção a entrada da casa. Bufei, sem acreditar nos meus ouvidos.

- Do que o senhor está falando?!- exclamei. Ele deu de ombros, numa olhadela sarcástica, enquanto continuava a subir - ela é só uma menina!!! - esbravejei, mais alto, sentindo fúria em cada gota de sangue - deixe-a em paz!!!

- Ora, não seja egoísta, rapaz! - retrucou, sem nem mesmo me encarar e então, adentrou sua propriedade, enquanto emitia uma risada estridente.

Fechei os punhos ao lado do corpo, apertando-os com tanta força, que senti as palmas sendo cortadas pelas unhas. Permaneci ainda por alguns instantes na frente da casa, sem saber o que fazer. "O que será que aquele maldito pensa em fazer com ela?" pensei, bufando de raiva. A minha vontade era tirar Eva daquela casa e fugir com ela para Adulão. Mas quem eu pensava que era? "Afinal tudo isso é minha culpa. Ela provavelmente fora descoberta, colocando em jogo a sua virtude, por se encontrar com um homem às escondidas." Escondi o rosto nas mãos, passando os dedos nos cabelos em seguida, enquanto descobria-me um tolo. " Eu não deveria ter alimentado a ideia absurda de treiná-la. Posso tê-la prejudicado com tamanha estupidez." Depois de alguns instantes plantado diante da casa de Nabal, na esperança de ver alguém que pudesse me dizer como ela estava, decidi ir embora dali. Me afastar dela seria o mais sábio a fazer e eu estava decidido a dar fim àquela tolice.

***

Eu amolava a minha espada com tanto ímpeto, ao ponto de ferir as mãos com alguns cortes. Por vezes, pensando na ideia tola de matá-lo com as próprias mãos. "Mas se Deus existe, por que deixa vermes, como esse, viverem sobre a terra? Eva só estava certa em uma coisa: vingança é o melhor caminho." Pensava nisso, enquanto imaginava a espada em minhas mãos, cortando as víceras do maldito Nabal. Era entardecer e tão logo o sol se poria no horizonte, então levantei-me do conhecido lugar ao pé da figueira, decidindo que já era tempo de levar as ovelhas de volta. No entanto, ao levantar-me, assustei-me com a figura de Eva chegando ao topo da colina, onde eu me encontrava.

- Eva? - emiti sem entender, vendo-a surgir no topo da colina em meio ao céu alaranjado, que já anunciava as primeiras estrelas da noite. A mesma figura delgada de cabelos negros e longos. Contudo o rosto contristado, denotava uma Eva, a qual eu jamais havia conhecido.

- Shalom...- ela disse, colocando os cabelos atrás da orelha, sem me encarar, num gesto de fragilidade.

- O que faz aqui?- franzi o cenho.

- Você foi à casa de Nabal...eu o vi... da janela - respondeu cabisbaixa. Fiquei um instante em silêncio, apenas ouvindo os sons das ovelhas, do vento, dos pássaros. Até que ela o quebrou.

- E-eu n-não posso mais vê-lo.- titubeou hesitante - mantendo os olhos fixos em qualquer outro lugar que não fosse eu.

- Eu ia dizer o mesmo.

- Perdão?- emitiu, fitando-me pela primeira vez.

- Foi um erro Eva. Nós dois. Aqui.

- Não é por sua causa, Gael, eu só... não posso mais sair ...

- E o que faz aqui, então?

- Eu só vim... lhe dar uma satisfação. Você foi me procurar, não foi?

- Eu não fui te procurar - menti, cruzando os braços - fui conversar com Nabal - ela me lançou um olhar tristonho, içando as sobrancelhas.

- Mas...eu pensei que...

- Olha Eva, foi tudo um erro.- despejei, mais uma vez, apertando os olhos e abrindo-os em seguida - o seu erro foi ter subido aqui desde o início e o meu, foi ter concordado com a sua ideia estúpida de aprender a lutar.

- Erro? Estúpida?- testou as palavras encarando-me com incredulidade.

- Sim. Eu lhe disse desde o começo. Uma dama deve se portar decentemente, sob a supervisão de sua tutora. No seu caso, de sua senhora...

- Gael, por favor...- sorriu incrédula - não precisa me dar lição...

- Preciso sim.- meneei a cabeça reiterando - Preciso, pois você me parece ingênua demais.

- Eu? Ingênua?- cuspiu a palavra.

- Definitivamente. Ingênua. Uma criança ingênua que não tem noção de coisa alguma. Esta é você. - ela bufou, incredulidade se apossando de suas feições.

- Você...- tentou arguir, mas eu a interrompi.

- Se não fosse ingênua, não estaria aqui agora, à esta hora. Não vê que não fica de bom tom, que fique aqui sozinha, comigo? Eu sou um homem, você uma mulher... deveria saber disso - provoquei semicerrando os olhos. Num instante seu olhar foi de incrédulo para ultrajado, ela cerrou os lábios e o vinco se formou entre suas sobrancelhas.

- Vejo que perdi meu tempo vindo aqui. Shalom - girou nos calcanhares, iniciando sua descida pela colina.

- Espere! - protestei indo atrás dela. Puxei-a pelo pulso, fazendo-a me olhar - eu vou levar você, já que foi tola de ter vindo aqui com o sol se pondo.

- Eu devo declinar - retorquiu em tom sarcástico, desfazendo o contato.

- E eu devo insistir - posicionei-me em sua frente, brecando o seu caminho.

- Saia da minha frente!

- Não seja infantil, você não vai chegar antes do sol se pôr! É perigoso!

- Eu não me importo.

- Não seja arrogante... deixe-me acompanhá-la, é o mais sensato a se fazer.

- Arrogante?- cruzou os braços - quem é arrogante aqui, hein?- passei os dedos pelos cabelos, impacientando-me com aquele impasse, ao passo que ela revirava os olhos, contornando-me em seguida. Num gesto fugaz eu agarrei seu braço.

- Espere pelo menos que eu junte as ovelhas, então posso acompanhá-la - ela olhou para minha mão em seu braço, lançando-me um olhar fulminante em seguida.

- Não fica de bom tom - escarneceu, num sorriso de esgar, enquanto soltava-se do contato - deveria saber - emendou.

- Eva!!!- chamei-a, enquanto se afastava, mas ela não quis ouvir e seguiu o caminho, enquanto o sol se punha no oriente - mas será possível!

***

Eva

- Pastorzinho de meia tijela ! - bufei- como ele ousa? Um erro? Estúpida? Mas que imbecil...- murmurei pelo caminho de braços cruzados enquanto exalava o máximo de raiva que meus poros aguentavam - quem ele pensa que é? E aquela história de "eu treinei Yarin e ela ficou melhor do que eu" ou " foi assim que nós aprendemos" - tentei imitar a voz grave de Gael, de forma escarnia, mesmo sabendo que ninguém ouviria. Ou quase ninguém.- Yarin, pra cá, Yarin pra lá. Arrrrg! - ralhei uma última vez e ao levantar os olhos, percebi que o sol já havia se posto e o céu tomara uma tonalidade azul escura. Passei as mãos pelos braços, mais pelo temor que me acometera do que propriamente pela brisa gélida que tocava a minha pele. Foi quando senti uma mão áspera tapar a minha boca. Por um instante, cheguei a pensar que fosse Gael com mais uma de suas brincadeiras inconvenientes. Contudo, ao avistar os três desconhecidos à minha frente, eu estaquei e o ar me faltou, juntamente com a voz que eu tentava encontrar para gritar.

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