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Capítulo doze

Gael

Eu saí puxando as ovelhas de cima da colina como um louco. - Ah, essa garota me paga! - precisei amarrar as ovelhas, uma a uma para que viessem mais rápido. Tudo porque a senhorita tempestade, não podia esperar,dado seu temperamento difícil. - Mas por que estou preocupado, afinal? - murmurei, enquanto puxava as ovelhas pelo caminho envolto por árvores - Que se embrenhe campinas afora e se depare com uma fera bem faminta por moças mal educadas!

Contudo, depois de ditas palavras ao vento, como forma de extravasar minha cólera, ouvi uma voz esganiçada gritar por socorro. Já estava escurecendo e eu temi ser Eva a dona da voz. Mas o temor logo se tornou desespero, ao ouví-la gritar o meu nome uma única vez. "Gaeeeeeel!!!!" Movido pelo instinto, soltei as ovelhas e corri. Passei as mãos na túnica, conferindo se estava levando a bolsa de couro que continha a espada e a funda com a alça atravessada no peito e estaquei ao ver três homens ao longe. Esgueirei-me pelas árvores, a fim de me esconder, enquanto sacava a espada de dentro da bolsa. Eles estavam "brincando" com Eva, jogando-a de um para o outro, enquanto ela parecia chorar com uma mão no rosto, provavelmente por levar um tapa. "Malditos desgraçados" murmurei, andando pelas árvores até ficar o mais próximo possível dos dois.

Quando eu estava exatamente atrás dos malditos, num gesto fulgaz, prendi um deles de costas para mim, pousando firme a espada em seu pescoço, enquanto chamava atenção dos outros dois que estavam com Eva.

- Se não quiserem que o amiguinho de vocês morra, soltem-na imediatamente! - exclamei o mais alto que pude, para que eles ouvissem bem.

- E se não soltá-lo, vamos matá-la! - respondeu o outro, segurando Eva que chorava muito, enquanto tinha seu pescoço na mira de um punhal. "Maldição, o que eu faço?" pensei e como se adivinhasse os meus pensamentos, aquele que tinha Eva na mira completou: - o melhor a fazer é soltar a espada, rapaz. Vamos! Ou solta, ou ela morre!

- Tudo bem.- respondi, soltando a espada que tilintou no chão - por favor, soltem-na - implorei, enquanto aquele que, anteriormente, estava em minha mira, agarrava-me pela túnica, forçando-me a ajoelhar.

- De joelhos rapaz, vamos!- olhei para Eva que soluçava sem parar, os olhos escuros brilhando em desespero e o rosto banhado em lágrimas. Até que senti a lâmina fria tocar meu pescoço e eu retesei, olhando os três.

- O que vocês querem afinal? Eu tenho ovelhas, muitas ovelhas, vocês podem levar todas. Só peço que a deixem ir.

- Onde estão as ovelhas?- inquiriu, o que segurava Eva, interessado no assunto.

- Solte-na e eu direi.

- Se não disser, eu a mato aqui, na sua frente.- aquelas palavras me encheram de temor, mas eu não recuei.

- Se matá-la, nunca saberá onde estão - o homem endureceu a cerviz, enquanto o outro apertava ainda mais a lâmina em meu pescoço.- conte logo, ou matamos os dois!

- Se matarem um de nós, jamais colocarão as mãos nas ovelhas - retorqui. O homem cuspiu no chão e fitou-me com fúria.

- Vamos matar os dois se não contar agora. Primeiro nos divertiremos com a sua namoradinha, depois a mataremos na sua frente. E depois mataremos você.- sorriu sádico, olhando de Eva para mim. Eu senti as lágrimas arderem meus olhos e fiz a única coisa que estava ao meu alcance fazer naquele momento.

- Barukh ata Adonai Eloheinu melekh ha‑olam...

- O que está fazendo!? Pare já com isso! - esbravejou, enquanto eu mantinha os meus olhos fechados.

- bendito és tu, senhor nosso Deus, rei do universo, que matou os egípcios que nos perseguia, que venceu os gigantes que nos afrontavam... ponha os nossos inimigos, por escabelos de nossos pés! - eu abri os olhos e pude ver as bocas dos homens se mexerem, proferindo maldições, mas eu não ouvia nada, pois a minha atenção estava voltada para os céus - dos montes, virá o meu socorro! - foi quando vi três flechas descerem dos céus e acertarem cada uma um dos bandidos. Eu e Eva os vimos sucumbirem ao chão, levantando o pó da terra. Nos olhamos atordoados e num lapso de instinto, corri e abracei Eva, virando as minhas costas para o local de onde vieram as flechas. Eu não sabia a quem pertenciam e o meu instinto foi de proteger Eva de um possível ataque filisteu. Ela tremia por dentro dos meus braços e eu afaguei os seus cabelos, pousando a lateral do meu rosto no topo da sua cabeça, enquanto olhava para os três corpos inertes no chão.

- Está tudo bem, Eva. Estou aqui com você, acalme-se.- tentei acalmá-la, mas no mesmo instante, senti seu corpo lânguido nos meus braços e eu tive que segurá-la para não cair.

- Eva! Eva! - Chamei-a, enquanto a segurava pela cintura e puxava seu rosto para fitar-me, porém ela não abriu os olhos- ah não, de novo não! - lamentei. De repente, ouvi passos corriqueiros movendo-se cada vez mais perto e ao olhar para trás, pude ver que se tratava de um soldado. Pousei o corpo inerte de Eva no chão e, ligeiramente, peguei minha espada caída ao lado de um dos bandidos mortos. O início da noite, já trazia certa escuridão, juntamente com uma brisa gélida. Mas a escuridão não foi suficiente, para que eu não percebesse que não se tratava de um filisteu. Continuei empunhando minha espada, até que ele chegasse mais perto e eu pudesse ter certeza. O terror já havia tomado conta de cada gota do meu sangue e eu não podia confiar em ninguém. Ao aproximar-se percebi a couraça, braceletes e cinto de couro, onde portava uma espada um pouco envelhecida, além de algumas flechas na aljava atrás das costas e um arco nas mãos.

- Vocês estão bem?! - perguntou atordoado, mirando Eva no chão.- ela está bem?

- Está.- respondi seco.

- De nada! - lançou-me um olhar de baixo em cima, enquanto se aproximava de Eva.

- Não se aproxime dela! - ordenei, com minha espada na frente de seu peito. Vendo-o recuar, ao passo que eu abaixava a espada.

- Você...- apontou para Eva no chão - tem certeza de que ela está bem?

- Então quer dizer que Saul, enfim, olhou para nossas fronteiras e designou soldados para vigiarem nossas terras?

- Saul...- bufou, com um sorriso sarcástico, enquanto meneava a cabeça de um lado para o outro, deixando-me por um momento confuso. - não sou um soldado de Saul - apontei a espada para ele no mesmo instante - Nem sou um filisteu. Acho que já percebeu isso.

- Então é o quê?

- Sou Aaron, soldado do rei Davi.- abaixei a espada, perplexo demais para assimilar as ideias.

- Da...vi? - ele acenou que sim com a cabeça.

- Agora, vai me dizer o que aconteceu à moça?- demorei alguns segundos, para lembrar-me de que Eva ainda estava absorta em seu desmaio. Deixei a espada de lado e ajoelhei-me ao seu lado, enquanto Aaron se aproximava do outro.

- Eva...- bati levemente em seu rosto, sem resposta.

- O que aconteceu?- perguntou Aaron, levando as costas dos dedos ao seu rosto, o que me fez bater em sua mão.

- Não encoste nela! - esbravejei, assustando-me com o meu tom de voz. Puxei Eva para o meu colo, apoiando sua cabeça em meus braços, enquanto alinhava seus cabelos para trás.- Eva...- chamei próximo ao seu ouvido, fitando o rosto pálido, iluminado pelo luar, que agora brilhava com mais intensidade, pela escuridão que se aproximava.

- Por que ela está assim?- Inquiriu, com o cenho franzido.

- Ela desmaiou pelo susto- respondi sem tirar os olhos dela - acontece com frequência... até por causa de uma abelha- dei um pequeno sorriso - quanto mais pela situação que passou, com esses desgraçados...- murmurei deixando o sorriso, pelo travar do maxilar ao pensar no terror que Eva passara - Eva...- chamei-a novamente, apertando-a no abraço. - "se eu não tivesse chegado a tempo... se esse soldado não tivesse atirado as flechas... o que teria acontecido? É tudo culpa minha, eu a encorajei a andar por aí sozinha..."

- Ela é sua esposa?- Estaquei ao ouvir a pergunta do soldado à minha frente.

- Não!- respondi, atordoado.

- Irmã? - balancei a cabeça em negativa - não, claro que não, pelo modo que olha para ela não poderia ser.

- O que está insinuando? - inquiri, estreitando os olhos. Foi quando senti Eva se mexer nos meus braços.- Eva?- ela sentou-se, ainda um pouco tonta, esfregando a têmpora com os dedos, enquanto balbuciava um 'o que aconteceu'- está tudo bem agora - ela olhou para trás, mirando os homens mortos e eu percebi a suas feições se contorcerem, provavelmente por se dar conta do horror que passou - está tudo, bem olhe para mim - virei seu rosto, trazendo seus olhos inundados para mim, ao passo que ela me abraçava com força.

- Você poderia ter morrido, Gael! - exclamou entre soluços.

- Está tudo bem agora - sussurrei, retribuindo o abraço e senti como era reconfortante poder abraçá-la, depois daquele caos - acalme-se Eva, se não vai desmaiar de novo!

- Quem é ele? - indagou, desfazendo o abraço, enquanto fitava confusa de mim para o soldado.

- Ele... é -titubeei, incerto - o dono das flechas que acertaram os bandidos - emendei, enquanto me levantava e puxava Eva pela mão, para que também se levantasse.

- Sou Aaron, senhorita - tomou a mão de Eva e curvou-se para depositar um beijo no dorso, mas antes mesmo que os lábios rodeados por barba encostasse na pele macia de Eva, eu puxei a mão dela do contato.

- Quem te disse que pode tocá-la?! - franzi o cenho, enquanto mantinha, inconscientemente, a cintura de Eva enlaçada em um dos braços. Ele ergueu as sobrancelhas, olhando de mim para ela.

- Vejo que seu cão de guarda é bem eficiente, senhorita Eva. Pena que não tanto para derrotar três homens.

- É um 'obrigado' que você quer?- ele deu de ombros, num gesto irônico - certo, obrigado.

- Por nada...- respondeu no mesmo tom irônico. Eva apenas nos fitava sem entender.

- Eva, preciso buscar as ovelhas, você vem comigo - disse segurando a sua mão.

- Não Gael, eu preciso voltar para casa.

- Vou buscar as ovelhas que ficaram no meio do caminho, levá-las ao cercado e a deixo em casa.

- Gael, você não está entendendo! preciso voltar imediatamente! O sol já se pôs!

- Eu posso escoltá-la, senhorita -  intermediou, Aaron.

- Eu não confio em você! - retruquei, mordaz.

- Acho que já provei ser digno de confiança.- num instante eu e o soldado estávamos a um côvado de distância, e eu senti os meus olhos faiscarem, assim como os dele.

- Eu não confio em soldados! - Atalhei.

- Já disse que não pertenço a Saul! - argumentou.

- Tanto faz, ainda é um soldado. E eu não vou confiá-la a você.

- Ora, ora...- cruzou os braços - diz que não é irmão, nem marido, mas a protege demais, não acha?

- Isso não é da sua conta. - dei um sorriso de esgar, repleto de incredulidade - O que ainda faz aqui, está querendo um prêmio?

- Que tal gratidão?

- Quer que eu agradeça de novo? não acha meio... egocêntrico?

- Seria egocêntrico se eu tivesse os deixado a própria sorte e seguido o meu caminho. E não, não precisa agradecer, só não me trate como o inimigo aqui.

- Não estou tratando-o como inimigo, só não o conheço o bastante para lhe deixar sozinho com ela.

- Ah é? - içou as sobrancelhas - e quem atestou o seu título de guardião dela? Como eu sei que você é de confiança? - bufei incrédulo dessa vez, aproximando-me mais um pouco. O embate estava longe de acabar.

- Por que todo esse interesse em ficar sozinho com ela, hein!?

- Ai... chega vocês dois - Eva entrou no meio, afastando-nos com as mãos, já recomposta de seu abalo emocional - eu sou a 'donzela em perigo' aqui. Será que vou mesmo ter que bancar mãe de vocês!? - olhavámos um para o outro, com as expressões nada amigáveis, enquanto ela bufava cruzando os braços - ora, vejam só... dois homens desse tamanho com os rostos cheios de barba, será que não se envergonham?! Vamos Gael, peça desculpas a ele!

- Eu - cuspi incrédulo- quer que eu peça desculpas? Pelo quê? Por tentar protegê-la?

- Não precisa me proteger dele, não está vendo que ele está do nosso lado?- Aaron me lançou um olhar coberto de sarcasmo que eu odiei - além do mais você feriu os sentimentos dele!? - dessa vez, ele olhou para ela incrédulo.

- Não, moça ninguém feriu...- titubeou

- Ah... nesse caso, perdoe-me, eu não sabia que eras tão sensível - zombei, vendo-o trincar os dentes.

- Ótimo, agora vamos rápido buscar as ovelhas Gael.

- E eu?- questionou o soldado, quando já íamos nos afastando.

- Você...- hesitou Eva, mirando os três homens mortos no chão, enquanto fazia uma careta - acho que tem bastante trabalho aqui, soldado.

- Ha... claro...- emitiu, com as mãos na cintura.

- Sinto-me imensamente grata por sua valentia - emendou Eva, fazendo uma breve reverência. - vamos Gael.

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