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Capítulo 7 - Máscaras e Verdades (Luca)

Eu não sabia como Isabella e Alexandra podiam ser tão irresponsáveis. Os ciganos da Romênia eram assíduos em roubar e enganar pessoas, principalmente os turistas. E eu percebi que aquela festa tinha cheiro de encrenca, quando encontrei Ian indo naquela direção, com uma expressão facial nada amigável.

Ian era um grande amigo meu, que trabalhava na polícia. Não estávamos nos vendo tanto desde a morte de Sofia. Ele era apaixonado por minha irmã e me culpava por não ter cuidado tão bem dela. E no fundo eu sabia que ele tinha toda razão. Nos últimos tempos eu só estava prestando para fazer burrada.

No entanto, estava decidido a acertar dali para frente e era por isso que estava caminhando para a festa dos ciganos, decidido a levar minhas duas hóspedes de volta para casa, nem que fosse na marra.

Quando avistei um sujeito cigano cheio de dentes, sorrindo para Isabella, a fim de conquistá-la com seu ar galanteador, eu me irritei completamente. Mas Ian — que eu já tinha colocado a par de tudo —, me pediu para ir com calma.

Mas como Isabella era tinhosa e não queria ceder, tive que colocar ela sobre meus ombros. Eu precisava fazer antes que socasse a cara de pau daquele cigano, que estava tentando conquistar ela sabe-se lá com quais intenções. Decidi que Isabella iria para casa, nem que fosse amarrada. Contudo, as coisas ficaram complicadas quando ela se aproximou do meu ouvido e disse:

— A máfia está aqui!

Ali eu entendi porque ela não se debatia sobre meus ombros.

E eu percebi que aquele era um momento crucial, que eu não podia agir no impulso e colocar tudo a perder. Então apenas desci Isabella para o chão vagarosamente, como se aquilo fosse apenas uma brincadeira.

No entanto, Alexandra e Ian perceberam o momento de tensão e nos olharam inquisitivos. Mas ali não era lugar para esclarecimentos. As nossas palavras poderiam ser carregadas pelo vento. Então todo cuidado era pouco.

Não deu tempo de falarmos nada, pois logo começou um tiroteio. Eu toquei no ombro de Isabella a fim de guiá-la para longe e então senti que ela tremia por completo. No entanto, não havia tempo, logo puxei ela e Alexandra para longe, pedindo ao céu que nos protegesse da sequência de tiros que foram disparados.

Ian caminhou em direção à confusão, pois era seu dever apaziguar a guerra.
Quando nos aproximamos do carro, pude ver como Isabella estava assustada. Ela envolvia o próprio corpo, como se estivesse com muito frio. Alexandra se aproximou e a abraçou.

— Foram eles — Isabella disse, olhando diretamente dentro dos meus olhos. E dava para sentir pelo seu olhar um calor descomunal. — O mafioso é quem atirou!

Alexandra nos encarava, sem saber do que estávamos falando. Isabella parecia não se importar com os riscos. Não estava com medo de se expor na frente da ex-babá da minha filha.

— O Ian vai cuidar de tudo — eu disse. — Agora vamos para casa. Eles podem te encontrar se ficarmos aqui!

— Isso se tudo isso não estiver acontecendo por minha causa! — ela disse e pude ver que Isabella se culpava internamente.

Ela e Alexandra entraram no carro e o silêncio reinou. Ninguém perguntou nada. Seguimos mudos até a minha casa e somente ao entrarmos porta adentro foi que Alexandra resolveu se manifestar:

— O que está acontecendo?

— Eu estou aqui na Romênia porque precisei fugir da máfia italiana — Isabella disse, como se aquilo não fosse nada.

— Você tem uma dívida com eles? — Alexandra perguntou, mas não demonstrou sentir medo.

— Digamos que é um pouco pior que isso — foi tudo que Isabella disse.

Eu preparei um refresco para cada uma delas, pois achei que o açúcar cairia bem naquele momento. O tempo pareceu correr devagar, enquanto cada um afundava em seus próprios pensamentos. No entanto, também nos esquecemos de tudo ao nosso redor. Nos assustamos ao ouvir a campainha tocar.

Poderia ser uma emboscada.

Eu caminhei em direção à porta e pedi que elas ficassem onde estavam. Quando cheguei mais próximo da entrada, pude ouvir uma voz familiar:

— É o Ian.

Abri a porta e meu amigo entrou como um foguete em minha sala.

— A Máfia italiana matou um cigano na festa — ele disse e parecia preocupado. — Eu sei que eles têm poder para estar em toda parte, mas nunca estiveram tão envolvidos com a Romênia assim. O que será que eles estão procurando?

Eu vi Isabella congelar ao lado de Alexandra. Eu confiava em Ian, mas não iria entregá-la. Apesar de que eu achava que não íamos poder esconder aquele fato por muito tempo.

— Eles estão me procurando — Isabella confessou, para a minha surpresa.

Ian a encarou e assobiou, pois parecia não esperar por aquela reviravolta.

— No que você se meteu? — ele perguntou, mas seu tom de voz estava longe de julgamentos.

— É complicado... — foi tudo que ela disse e pude perceber que Isabella estava escondendo algo grande, até mesmo de mim.

— Se eu fosse você ficava longe dos ciganos então — Ian disse. — A suspeita é que os ciganos estavam prestando serviços informacionais à Máfia e agora os italianos vieram “queimar os arquivos”.

— Fica longe daquele sujeito! — eu disse, cheio de ódio daquele cigano sorridente. — Aquele seu amiguinho pode estar querendo é te entregar!

Naquele instante Isabella saiu irada de onde estava e veio até a mim, para me peitar.

— Pode deixar que eu sei me cuidar! — ela silvou.

Ao ver que um clima tenso estava se instalando entre nós, Alexandra resolveu se manifestar.

— Alguma notícia de Dimitria? — ela perguntou, mudando o foco da conversa para o que lhe dizia respeito.

Dava para sentir um ar de ressentimento entre ela e Ian.

— Não — ele disse e deu para ver como meu amigo estava chateado por minha causa. Afinal aquela era a assassina de minha filha. — Estava vindo aqui justamente dizer que ela desapareceu no mapa.

Instantaneamente Alexandra ficou taciturna e Isabella se aproximou para acalmá-la. Eu senti minhas veias fervilharem de ódio. Eu queria aquela assassina atrás das grades. A verdade é que eu nunca me perdoaria por não ter feito a coisa certa quando era devido. Agora Dimitria poderia nunca pagar pela morte da minha filha.

— Mas fique tranquila, Alexandra — Ian disse. — Você jamais voltará a ser presa!

Era possível sentir o pesar nas palavras do meu amigo. Não havia sido ele quem havia julgado Alexandra culpada, mas meu amigo também não havia facilitado a vida dela, pois acreditava que ela era a assassina de sua afilhada. E mais uma vez a culpa era minha e eu precisava tentar amenizar os estragos que a minha apatia havia causado.

— Não tenho medo de voltar para a cadeia! — ela sibilou. — Eu quero é que ela pague por tudo que fez! Eu era a babá de Anastasia. Ela era importante para mim.

Eu me culpei por nunca ter pensado nisso. Eu estava tão focado no meu sofrimento, que havia me esquecido que tinha diversas outras pessoas convivendo com o impacto e a dor que aquela perda havia causado.

— Nós vamos encontrá-la! — Ian prometeu.

Vendo que a situação estava ficando pesada demais, Isabella anunciou que iria até o seu quarto, que antes era o quarto de minha irmã. Nós não dissemos nada, pois ela parecia estar exausta com o tanto de informações que aquele dia tinha nos reservado.

Contudo, após menos de três minutos que ela havia subido, todos nós a ouvimos gritar desesperadamente. Eu fui o primeiro a correr e em menos de um minuto, venci as escadas e invadi o quarto de Sofia, com o coração aos solavancos.

Avistei Isabella sentada no chão, chorando copiosamente com um bilhete na mão. Não dei espaço para ela me repelir, apenas me aproximei e a abracei apertado. Ela ficou estática nos primeiros segundos, mas acabou cedendo e me agarrou com força, enquanto suas lágrimas molhavam minha camisa.

— O que está acontecendo? — Ian perguntou.

Ele e Alexandra chegaram ao quarto logo após a mim.

— A Máfia matou a Bianca! — Isabella berrava, completamente desconexa. — Eles entraram aqui e deixaram esse bilhete. Eles sabem onde eu estou e já começaram a punir quem eu amo!

Isabella se soltou dos meus braços e começou a balançar o bilhete, como se fosse uma bomba. Ela andava de um lado para o outro e parecia perdida.

— Eu tenho que ir embora daqui! — ela declarou, em desespero.

Eu me aproximei dela e a segurei pelos ombros, para que olhasse para mim.

— Você não vai a lugar nenhum! — eu afirmei e nem me importei se Isabella daria uma de marrenta naquele instante. — Pode ser uma emboscada!

Ian caminhou até nós e retirou o bilhete de suas mãos. Ele pareceu sério e pensativo.

— Não acho que esse bilhete seja verdadeiro — ele disse. — E quem é Bianca?

— Ela era a minha vizinha — ela disse, parecendo voltar ao seu modo sério e focado. — Eu cuidava dela quando era criança.

— Por que acha que o bilhete não é verdadeiro? — Alexandra resolveu se manifestar.

— Porque esse tipo de facção tem o costume de atrair suas vítimas com sentenças falsas — ele disse. — Não acho que deixariam um bilhete desse só para avisar da morte de alguém. Acho que eles querem que a Isabella perca as estribeiras e vá até eles. E se a máfia não te matou ainda, é porque você tem algo que é importante para eles.

Isabella ficou calada. A partir daquele momento ela nem piscou e nem se movimentou. Ela não queria arriscar o seu segredo com a gente. A máfia podia estar nos espionando ou ter colocado escutas.

Minha hóspede era esperta e sabia melhor que nós como eles agiam, então ela não nos contaria o trunfo que tinha, que era interessante o bastante para a máfia não a ter matado.

— De qualquer forma, para que fique aliviada, vou consultar minhas fontes e me certificar de que esse bilhete não é mesmo verdadeiro — Ian disse e logo começou a mexer em seu aparelho celular.

Eu não saí do lado de Isabella. Eu sabia que era arriscado, mas não estava nem aí. Eu também não me importava com o que Isabella estava escondendo, mesmo que fosse uma bomba nuclear.

Depois de alguns segundos, Ian nos confirmou que nenhuma Bianca havia sido assassinada na Itália e que aquela era mesmo uma emboscada. Ele vasculhou a casa atrás de escutas e não encontrou nada, mas para sermos cautelosos, escreveu um bilhete e nos mostrou, avisando que naquela noite não podíamos ficar ali. Precisávamos sair e nos misturar com os turistas e romenos. Naquela madrugada iríamos precisar encenar e agir como se nada estivesse acontecendo.

Não podíamos arriscar de que a máfia não tentaria sequestrar Isabella para pegar o que ela escondia, na marra.

Eu tive uma ideia e então sem falar nada, retirei do guarda-roupa de Sofia um punhado de fantasias e máscaras, que ela costumava usar com seus amigos para ir no Baile do Gelo.

E naquele ano em homenagem a ela e pela nossa segurança, era para lá que iríamos.

Saímos com nossos disfarces em uma sacola e no caminho paramos em um restaurante que estava lotado e vestimos nossas fantasias e máscaras. Ian nos indicou que deveríamos agir normalmente, como se fôssemos mesmo pessoas que estavam no baile para festejar.

A máfia deveria estar espalhada pela cidade e agir estranho seria muito suspeito. Então entramos na festa, decididos a dançar como se não estivéssemos na mira de bandidos profissionais.

Ali no baile e com máscaras, Alexandra se aproximou e me perguntou:

— O que você e a Isabella são?

A pergunta me pegou desprevenido. Eu realmente não esperava por aquilo.

— Isabella era amiga da minha irmã — eu respondi, sem saber o que mais dizer.

— Sei — ela disse e se afastou de mim com um sorrisinho debochado na face.

Logo Ian se aproximou dela e puxou papo:

— Você daria uma segunda chance para nós nos conhecermos verdadeiramente?

— Sim — ela respondeu e eu pude perceber que ela não fazia aquilo com um pé atrás.

— Que tal uma dança então? — ele perguntou, decidido a fazer o seu papel e curtir a festa de verdade.

— Claro! — ela respondeu e eles se afastaram e começaram a dançar e a conversar.

Eu então me aproximei de Isabella, que estava quieta e silenciosa.

— Você não está fazendo isso certo! — eu disse, tentando fazer ela relaxar.

— O quê? — ela questionou, com uma sobrancelha erguida.

— Fingir que tudo que você queria era estar nessa festa — eu disse.

Isabella se virou para mim e mesmo estando de máscara, pude ver que ela estava chateada.

— Eu preciso ir embora, Luca — ela disse, quase em um sussurro. — Não posso arriscar a vida de vocês!

Eu a puxei para perto de mim e a fiz olhar dentro de meus olhos.

— Você não vai a lugar algum! — eu disse. — Eu estou nessa porque eu quero e não me diga para deixar você fazer isso sozinha, pois apesar de eu saber que você é forte e capaz, eu quero te ajudar a enfrentar esses bandidos!

Eu tentei descontrair, mas não funcionou. Porém, ela não tentou se afastar.

— E se eles voltarem à sua casa? — ela perguntou.

— Nós vamos dar um jeito — eu disse. — Você é inteligente!

Ela sorriu e por instante eu pude ver alguma decisão passar pelo seu rosto. Ela não estava com medo por si própria. Isabella só não queria levar ninguém para o buraco junto com ela.

— Que tal se a gente dançasse um pouco? — ela perguntou.

— Eu não danço muito bem, mas acho que é o que devemos fazer — eu disse.

Eu a enlacei pela cintura e ela começou a puxar a dança, para que eu pudesse imitar o seu ritmo. Logo estávamos em sintonia. Isabella encostou a cabeça em meu peito e eu senti meu corpo arrepiar ao pensar que ela podia simplesmente sumir.

Da mesma maneira que havia chegado, Isabella podia partir de repente.

— Isabella — eu a chamei e ela lançou seu olhar sobre mim. — Por que você não entrega o que a máfia está querendo?

Ela me olhou, como se eu não compreendesse nada mesmo.

— Se eu estou arriscando a minha vida a cada dia é porque é por algo muito importante — ela disse. — E mesmo que eu pudesse fazer isso, eles me matariam logo após.

— Eu não me importo com o que seja, mas quero te ajudar a lutar essa guerra — eu supliquei. — É importante para mim e era para a Sofia também!

Isabella concordou e voltou a dançar e então de repente começou a tocar uma música com um ritmo tocante e pude ver que aquela canção era importante para ela. Naquele instante Isabella parecia eufórica e até mesmo feliz.

* música do capítulo que está anexada.

— Essa era a música que eu dizia que dançaria quando fosse a um baile — ela confessou. — Mas infelizmente a vida é difícil e eu não tive essa oportunidade. Mas não me importa que o tempo tenha passado, quero aproveitar esse segundo!

— Viva o seu sonho — eu disse e sorri. — Amanhã você volta a se preocupar com a realidade.

E então começamos a dançar ao ritmo da música que era calma e envolvente ao mesmo tempo. Eu a abracei com força e Isabella se apertou com firmeza contra mim. De longe eu pude ver que Ian e Alexandra viviam também aquele instante como se não houvesse amanhã.

Quando a música entrou no refrão, Isabella me encarou e eu devolvi o olhar com a mesma intensidade. Eu não sabia o que, mas algo nos conectava intensamente, de uma maneira que fazia minha pele arrepiar.

Contudo, nada havia me preparado para o que Isabella iria fazer. Eu não imaginava que ela iria mergulhar tão profundamente naquele instante e viver ele como se nada a preocupasse.

Isabella ergueu um pouco mais o seu corpo e puxou meu rosto para perto do seu, no entanto, eu não pude esperar que ela me beijasse, pois uma vontade insana fez com que eu colasse meus lábios nos dela, antes mesmo que ela conseguisse fazer o mesmo.

Isabella correspondeu ao meu beijo com ardência e eu tive certeza que eu nunca havia vivido algo tão insano e delicioso como aquele beijo. Eu não deixei que ela se afastasse de mim e a beijei profundamente por vários minutos.

Eu não queria que aquele momento acabasse e Isabella voltasse para seu modo frio e distante. Eu sabia que aquele era apenas um momento para ela, mas de uma maneira quase dolorosa, eu não queria que acabasse.

Eu percebi que ela me atraía de um modo voraz e aquilo era perigoso demais. Mas eu não tinha medo.

Quando nossos lábios se separaram, eu segurei o rosto de Isabella e olhei profundamente dentro de seus olhos. Ela não desviou o olhar, mas senti que ela tremia. Eu não sabia se era de frio ou por algum sentimento incontido.

— O que foi? — eu perguntei.

— Eu preciso proteger o que eles estão procurando — ela disse e eu pude ver que Isabella havia voltado a pensar na máfia.

— E onde está agora o que eles querem? — eu perguntei no seu ouvido, por precaução.

— Está comigo — ela disse, me olhando profundamente, sem desviar um instante.

— O que é? — eu perguntei, quase em um sussurro.

— Luca, eu estou grávida — ela anunciou e eu percebi que Isabella estava arriscando a sua vida simplesmente por estar carregando dentro de si, outra vida.

Eu não sabia porque a máfia queria tanto aquele bebê, mas sentia que ela queria aquele filho com cada célula de seu ser.

Eu esperava ouvi-la dizer que estava carregando uma bomba, um documento roubado ou até mesmo drogas, mas nunca esperei que Isabella estivesse carregando uma vida.

Aquilo era muito maior e acho que ninguém estava preparado para isso e Isabella sabia desse fator melhor que todo mundo.

Boa tarde!!

O que será que vai acontecer agora que a Isabella despejou essa grande verdade? O que será que a máfia quer com ela? Será que a atração que ela e Luca sentiram vai prosseguir?

Até o próximo!

Beijos da Thay.

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