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Capítulo XI - O aniversário das gêmeas

Enquanto Tristan se ocupava com suas operações de resgate, Kyrah voltara a treinar com Beowulf, com a condição de que ele ensinasse também a Bragi. Inicialmente, ele a mandara às favas e dissera que queria que ela sumisse de sua vida. Kyrah, para sua própria surpresa, ficara muito chateada com isso, tentando não demonstrar, porém. No outro dia, o Urso viera conversar com ela. Kyrah passou alguns dias a ignorá-lo, mas eles acabaram por retomar a amizade.

O Urso Raivoso conformara-se com a ideia da constante companhia intrometida de Bragi nos treinos, acalentando a esperança de matá-lo "sem querer" em alguma das esgrimas ferozes que eles travavam. Isso lhe abriu algumas liberdades com Kyrah. Agora eles conversavam muito, ele contava a ela toda a sua vida. No começo ela se aborrecia, mas passou a não poder suportar um dia sem esses relatórios. Ela chegava a conversar mais com ele do que com Tristan, agora. Isso acontecia porque ele tinha permissão para entrar na casa dela a hora que quisesse. Uma hora decente, bem visto.

Para quem não se lembra, essa permissão fora dada a Beowulf porque Heric queria vê-lo casado com Berna. Só que por causa da assiduidade de Beowulf, Berna agora passava pouco tempo em casa. Ora estava com Bjorn Coruja, algumas vezes com Tristan, ou na casa de Brunhild, ou então se metia pela floresta, carregando seus manuscritos e seu arco, e passava dias inteiros lá. Além de querer deixar claro para o pai que não tinha qualquer interesse em Beowulf, Berna percebera esse interesse na irmã mais nova, e saía para deixar os dois conversarem em paz.

Então chegou a festa das gêmeas. A aldeia animou-se incrivelmente. Era um evento mais importante que o solstício de inverno, ali. Os homens passaram vários dias nas florestas à volta, caçando para o banquete. A loucura que Una adquirira por música e dança fez com que o pai delas desse uma enorme ênfase nessa área naquela festa.

Houve música e dança durante o dia inteiro, mas a festa só iniciou oficialmente à hora do banquete. Uma hora depois dele começado, as mulheres e os músicos já haviam se retirado da mesa e os homens estavam bastante "altos".

As luzes das lanternas eram abundantes e estavam espalhadas pelas árvores. Essas lanternas eram feitas de velas com a chama protegida por aparos e eram necessárias, porque a noite estava nublada. A mesa era circular, enorme e larga, composta por uma enorme junção de mesas menores e retangulares, o que lhe dava uma impressão de irregularidade, mas ninguém reparava nisso. Estavam ocupados com a comida sobre ela. Havia javalis, carneiros e cabritos em abundância, frutas, compotas, bolos e muito vinho e hidromel. Agora restava pouco de tudo isso. As moças tinham entrado em suas casas para pôr xales e véus para a dança. As danças da noite eram as mais ansiadas, as mais belas e quentes. Os homens, cheios de vinho, também aguardavam-nas com impaciência. Resmungavam enquanto Rincewald regia o aquecimento dos instrumentos dos bardos, entre eles a harpa de Bragi e o saltério de Bjorn. Tristan estava entre os que queriam dançar. Pulou para cima da mesa com uma enorme caneca de hidromel na mão.

— Não precisamos das moças pra dançar! — gritou. — Precisamos apenas de pernas e de música, e já temos isso - ele deu alguns passos de dança em cima da mesa, em meio a gargalhadas dos outros, derrubando travessas para todo lado. — Vamos, venham vocês também, é divertido!

Angus pulou para junto dele e os dois deram alguns giros e pulos sobre a mesa, de braços dados, com a mesa balançando e as canecas derramando bebida. Havia outras duplas dançando, mas no chão. Eles chamaram Beowulf para junto, e ele relutou um pouco, mas subiu na mesa, que estremecia aos seus passos. Os homens riam e se empurravam. As coisas estavam assim quando as moças voltaram. Ingra Donnerstag, sob um olhar reprovador de seus pais, correu a subir na mesa para bailar com os amigos. Eles a rodopiaram por ali. Berna olhou com um desagrado inexplicável quando Ingra dançou com Tristan. Logo ela desceu dali e foi dançar com Angus no chão. Tristan, vendo as filhas do chefe, que observavam e riam ali perto, chamou-as. Havia outras pessoas já dançando em outras partes da mesa. Una pegou a mão de Kyrah e puxou-a para ir se juntar a Tristan e Beowulf. Kyrah não queria ir, mas divertiu-se muito dançando com os dois. Heric olhava com desagrado. Una saiu dali e rodou por toda a mesa bailando, chegando-se para perto do grupo de dança que dirigia.

Kyrah dançou um pouco com os dois, mas logo ela e Beowulf desceram. Tristan olhou em volta, vendo-se sozinho. Berna observava-o com um sorriso divertido.

— Berna — chamou-a. — Vem dançar!

— Eu não — ela disse, recuando um pouco.

— Ah, vem, você não está fazendo nada...

Ela hesitou um pouco, aproximando-se da mesa devagar. Tristan ajoelhou-se para ajudá-la a subir. Mal Berna acomodou os pés entre as travessas e se viu arrebatada numa torrente de pulos e giros. Ofegava e tinha dificuldade em acompanhar o ritmo acelerado do rapaz. Sentia formigar a cintura no lugar em que a mão dele a tocava. Estava tão perturbada que não percebeu o olhar feio do pai para eles.

Heric chegou onde eles estavam e berrou:

— Muito bem, chega de dança na mesa, isso é lugar de comida!

— Meu querido, não seja tão duro — murmurou Ondina. — Lembre-se de quando éramos jovens, você adorava dançar sobre a mesa comigo.

Ele se lembrava muito bem — e agora eles estavam casados.

— Saiam já daí! — ele exclamou. Berna, Tristan e os outros que estavam na mesa não tiveram alternativa além de descer dela. Tristan puxou Berna para o meio dos outros pares e continuou a dançar com ela. Isso irritou o chefe, mas ele não podia fazer nada até o fim da música.

Berna estava corada e incontrolavelmente alegre quando esta terminou. Esperava que Tristan pedisse para dançar também a próxima música com ela, mas nunca chegou a saber se ele faria isso, porque o pai aproximou-se puxando Beowulf, que expressava no rosto alguma contrariedade: Heric o arrancara dos suaves braços de Kyrah.

— Este rapaz está seco por dançar contigo, filha! — mentiu Heric. — Não vais dar a este digno guerreiro essa honra? — essas palavras continham uma ameaça velada, que Berna entendeu muito bem.

— Por certo, papai — murmurou, docemente, embora entre dentes, vendo com tristeza que Tristan se afastava. — Acontece que eu também estou seca; deixe-me apenas tomar alguma coisa.

Dizendo isso com um sorriso, ela aproximou-se da mesa, que continha jarras de água e vinho. Os bardos estavam ali, tomando uma bebida antes de voltar a tocar. Berna serviu-se de um pouco de água e se aproximou disfarçadamente do amigo Bjorn.

— Por favor, toque a mais curta que puder — pediu.

— Mas não está no programa. Agora deveria ser "Ode ao Hidromel".

— Por favor, Bjorn — ela insistiu, com um olhar suplicante.

— O que você tem? — ele preocupou-se.

— O Urso Raivoso — ela resmungou, afastando-se.

Bjorn atendeu a amiga. Tristan agora tirara Kyrah pra dançar. Beowulf manteve-se por perto, e tanto ele quanto Berna tentavam não tirar os olhos desse par, enciumados. Não trocaram uma palavra além do cumprimento. Terminada a música, Beowulf correu arrastando Berna para perto de Kyrah e Tristan.

— Tristan, meu camarada, o que acha de trocarmos de par? — ele pediu, ansioso.

— Destrocarmos, você quer dizer — riu Tristan, lembrando que Heric já os havia feito trocar de par antes. — Se elas quiserem, por mim tudo bem.

Kyrah relutou um pouco, porque também estava enciumada, mas aceitou o braço que o Urso lhe oferecia. Berna sorriu para Tristan, e ia pegar a mão dele quando lá veio Heric de novo, dessa vez trazendo outro rapaz de clã nobre. Berna suspirou e deu o braço a este. Tristan olhou com expressão insondável por um instante e então se resignou, indo procurar outro par.

Kyrah tinha permanecido com Beowulf, até que ele aproveitou o intervalo das músicas para tomar uma boa quantidade de hidromel, na tentativa de ficar mais ousado na presença dela. Só conseguiu falar absurdos sobre patos "peludos" e celtas, que, deixando Kyrah realmente irritada pela desconsideração do rapaz em embebedar-se até à loucura em seu aniversário, fizeram com que ela brigasse com ele e se afastasse, avisando de propósito que ia para junto de Bragi, para deixá-lo com ciúme. Beowulf discutiu com ela, tentando impedir a força que ela fosse, mas não conseguiu. Acabrunhado, ele procurou mais hidromel para se consolar e ocultou-se em um canto, tendo surrupiado um barril inteiro.

— Ele é um bebê grande — comentou Bragi, observando o Urso.

— Hum... — resmungou Kyrah, afirmando e tentando mudar de assunto ao afinar uma harpa.

— Mas na verdade sabe como lutar. É do tipo que nos dá assunto para músicas — continuou Bragi, sem perceber a indisposição da amiga para falar disso.

— Bragi, por que você não toca aquela música nova? Não está na hora de mostrá-la aos outros bardos?

Bragi corou.

— Eu não sei... não é boa — murmurou.

— Se bem que... já estão todos ébrios e ninguém vai apreciá-la tanto quanto eu... Bem, eu vou me deitar, esta festa está muito chata — falou, olhando para o Urso e se retirando antes que seu pai a carregasse para algum guerreiro, para que dançassem.

Berna aproximou-se dela no caminho.

— Kyrah! Asgard está doido pra dançar com você — disse, em tom suplicante, tentando se livrar de um rapaz que lhe comprimia o braço com força. — Por favor, socorro! — murmurou, para que só a irmã ouvisse.

Kyrah simplesmente puxou o rapaz pela garganta e jogou-o sobre um barril de vinho. Limpou as mãos.

— Resolvido — disse, tranquila.

— Seus métodos são sinistros — comentou Berna, com um sorriso divertido. — Aonde vai?

— Para casa — respondeu Kyrah, suspirando. — Não aguento mais esta festa.

— Não faça isso, você vai deixar o papai chateado — exortou Berna.

— Todos estão chatos, até mesmo Bragi — reclamou a irmã.

— E o seu amigo urso? — questionou a outra, sorrindo.

— Pra que você quer saber? — retrucou Kyrah, seca.

— Vou lá me declarar pra ele — ironizou Berna. — Deixa de ser ciumenta, Kyrah, perguntei só por perguntar — Kyrah corou.

— Eu não tenho ciúme daquele monte de pelo — respondeu, friamente. Após uma pausa — Ele já estava podre de bêbado, deixei-o em um barril de hidromel. Quem sabe lhe dá uma síncope de uma vez e ele para de me infernizar.

Berna, prudentemente, mudou de assunto.

— E Una, onde é que está?

— Adivinha?! — Kyrah respondeu.

— Grupo de dança — Berna disse, em tom monótono. Kyrah confirmou. — Você viu o Tristan por aí? — Berna perguntou, num tom indiferente, desmentido pelo rubor em seu rosto.

— Está dançando com Ingra Donnerstag — o tom de Kyrah denotava reprovação. 

Berna, apesar de lutar contra isso ferozmente, não pôde se impedir de ficar instantaneamente mal-humorada. Deixando que a irmã fosse para casa, juntou-se aos bardos. Tentou puxar conversa com Bjorn, mas ele só falava em música, novos tons, acordes, etc.. Berna achou-o insuportável naquela noite, apesar desse ser o comportamento normal do amigo.

Ela acabou ficando sentada perto da mesa, recusando qualquer convite para dançar e observando os pares que o faziam. Seguia Tristan e Ingra, e depois Tristan e Frida — uma amiga de Ingra — com um olhar severo. Quando ele, cansado, fora se recostar sozinho a uma árvore, seus olhares se cruzaram. Berna não retribuiu ao sorriso que ele lhe dirigia e, quando ele adiantou-se um passo em sua direção, ela levantou-se e foi para casa, deixando-o algo surpreso.

Mais tarde, na cama, Berna socava o travesseiro com vontade de socar a própria cabeça, com raiva de seu comportamento idiota e infantil. Rejeitava com todas as forças o sentimento que percebia nascer dentro de si por aquele rapaz. Tentou pensar em Wotan, mas a toda hora os cachos loiros eram substituídos por aquela cabeleira escura sobreposta por um capacete com asinhas. Ela adormeceu furiosa por não conseguir remover a interferência Tristan dos seus pensamentos.

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