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Capítulo VI - No qual o Urso não desiste

A previsão de Berna fora acurada. 

No dia seguinte ao incidente na floresta, ela e Kyrah estavam tecendo na varanda. Eram obrigadas a ficar tecendo pelo menos uma hora por dia. Una já havia terminado sua tarefa, e partira para encontrar o coro da aldeia. Depois de algum tempo de tecelagem silenciosa, Kyrah foi direto ao assunto:

— Eu sei que você estava lá.

— Se quer contar o seu segredo, saiba que eu não prometo contar o meu em troca — advertiu Berna, em tom sereno, dando uma laçada no fio.

— Bom, não é o que você está pensando... — começou Kyrah. — Eu apenas quero ir para a guerra, para encontrar Maküsh. Pedi a Beowulf para me ensinar alguns truques — Berna deu um sorriso velado. Kyrah corou. — Não era pra ele ter... — Kyrah bufou de raiva.

— Você não precisa se justificar — Berna disse, calmamente.

Kyrah ficou em silêncio um instante.

— Quem estava com você? — perguntou, rapidamente.

Berna não respondeu.

— Era um homem, o Ur... Beowulf disse. Examinou as pegadas de vocês e disse que ia seguir todos os homens da aldeia até descobrir o miserável que teve a ousadia de nos espionar — Kyrah "deixou escapar" casualmente. Berna ergueu a cabeça, alarmada. — Vai matá-lo, ah, vai — comentou Kyrah.

— Eu e Tristan não estávamos seguindo vocês, já nos encontrávamos na clareira quando vocês chegaram — disse Berna, precipitadamente. Então corou. Kyrah se virou para ela bruscamente, com um brilho malicioso no olhar.

— O Tristan? - seus lábios de contraíram. Ela tinha um pouco de ciúme do amigo.

— Não, não! Nós estávamos conversando, apenas — disse Berna, nervosa.

— Sei... — disse Kyrah, descrente.

— Eu falei a ele sobre... aquilo, sabe — e ela completou a frase com um olhar, que Kyrah entendeu. — Eu nem gosto dele, desse jeito, sabe — afirmou, corando de leve e baixando os olhos para o trabalho, porque não tinha certeza se isso era verdade.

Kyrah não comentou sobre isso. Voltou ao trabalho e disse apenas:

— Não acho que Tristan se interessaria por aquilo — e com isto findou a conversa.

Tencionando esquecer o que acontecera na clareira, e que a tinha perturbado, Kyrah evitou encontrar o Urso Raivoso pelos dias que se seguiram. Devia tê-lo feito, uma vez que Tristan corria risco de vida sem saber, mas afinal, a culpa era só dele — foi o que Kyrah pensou. Contrariamente, o Urso estava procurando por ela. Por alguns dias, Kyrah logrou desviar-se dele; mas ele conhecia sua rotina.

Todas as tardes, ela dirigia-se ao salão dos bardos, para conversar com um grande amigo, quase irmão, Bragi Falkenbach. Ele era filho do bardo conhecido como Guardião Cego, e havia chegado à aldeia havia menos de dois anos. Os dois tinham se tornado amigos pelo simples fato de adorarem canções sobre batalhas sangrentas.

Numa dessas visitas, quando Kyrah estava quase entrando na cabana, Beowulf apareceu vindo da rua à esquerda; vendo que ninguém estava olhando, puxou-a para a sombra de uma parede sem janelas e perguntou:

— Você descobriu quem era o maldito? Andei o dia todo investigando, porém a maioria dos homens está em treinamento, se preparando para a próxima batalha.

— Urso, você tem que esquecer isso — disse Kyrah, e Beowulf olhou-a, surpreso — Eu vou te contar quem é, mas você tem que prometer que não vai machucá-lo.

— Rrr... — rosnou o Urso, desaprovando o pedido; mas não conseguia recusar nada para ela.

— Você vai prometer? — perguntou Kyrah, olhando nos olhos dele.

— Tá, eu prometo. Mas só porque você pediu — disse ele, esboçando um bobo sorriso apaixonado, o que deixou Kyrah com medo e raiva.

— Era o Tristan, e tenho certeza que você não vai querer liquidar o seu amigo — ela disse, rapidamente. — É melhor nós pararmos de treinar, você mesmo disse que eu já estava pronta.

Beowulf ficou tremendamente triste com isso, provocando certa pena em Kyrah; porém, ela lhe deu as costas e foi para a barraca dos bardos.

— Bom dia, mana! — cumprimentou um animado bardo de olhos verdes, de cabelo castanho crespo e estatura alta.

— Bom dia... — disse vagamente Kyrah. Então Bragi levou um susto, ao ver um homem corpulento adentrando o recinto.

— O que você está fazendo aqui? — Kyrah perguntou rispidamente ao Urso.

— Quero aprender a tocar harpa! — disse Beowulf, sem a menor ideia do que estava fazendo.

— Beowulf! — chamaram da outra ponta do salão. 

Ele se virou: lá estava Rincewald, um bardo baixo e magro, de cabelos curtos cor de milho e olhos azuis protuberantes. Curiosamente, ele raramente cantava, ocupava-se de lecionar - mas era um dos bardos mais conceituados da aldeia. Era chamado de Rincewald, o Sombra, porque vivia andando atrás do grupo de guerreiros formado por Beowulf, Tristan e Angus, o Huno; possivelmente era ele a base do grupo, pois os guerreiros estavam sempre procurando por ele. Não se sabia muito sobre a personalidade dele.

Antes de voltar à história, cabe retratar de passagem o quarto integrante do grupo. Angus, o Huno, era tão huno quanto Tristan era gaulês — tinha um pai em clã renomado e uma mãe capturada, uma huna. E ele também se vestia conforme o apelido que lhe haviam dado, apelido desdenhoso, pois, como já foi dito, os hunos eram considerados um povo de costumes estranhos. Angus Grillnborst era um rapaz calado e introvertido. Guerreiro competente, era inteligente e engraçado em suas observações. Era alto e esguio, de ombros largos e muito bonito. Possivelmente o melhor amigo de Tristan, os dois tinham gostos e traços da personalidade semelhantes; em algumas coisas, Angus era como Tristan levado ao extremo, mas em outras eram bastante diferentes. Grosso modo, podemos dizer que Angus era mais poético, enquanto Tristan era mais político. E também com as mulheres, Angus não tinha tanta desenvoltura. Apesar dos belos olhos castanhos, do nariz bem feito e dos lábios cheios e rosados, às vezes sombreados por uma leve barbicha, a única mulher com quem era visto circulando era uma moça prima de Beowulf, Ingra Donnerstag, por quem o próprio Beowulf já estivera meio caído. Era uma moça cheia de corpo, olhos esverdeados, sardas e cabelos negros espessos, de temperamento aparentemente sereno. Berna já os vira juntos e achava que eles combinavam, mas não tinha certeza sobre se eles próprios sabiam disso.

Beowulf se viu salvo quando Rincewald chamou pelo nome dele, tendo em vista que havia entrado na cabana dos bardos sem pensar direito e num movimento espontâneo de suas pernas. Dirigiu-se, feliz, até as sombras onde estava o bardo. Quanto a Kyrah, de repente ficou muito interessada pela canção que Bragi estava escrevendo, e ainda não estava pronta.

— Quando você começou a escrever esta? — ela perguntou ao amigo, que estava afinando sua harpa.

— Hoje de manhã... tive um sonho cheio de sombras e dragões, algo me disse que eu tinha que escrever sobre um dragão negro...

— Está ficando muito bom! — Kyrah sorriu para Bragi, esquecendo completamente da presença de um Urso que a fitava enciumado.

— Você poderia cantar enquanto eu toco, porque consegue transmitir a essência desse tipo de canção — comentou Bragi, olhando para a adaga que estava presa no tornozelo de Kyrah.

— É melhor outro dia, não estou com a voz boa hoje.

— Ok, já entendi, você não gosta de cantar com um bando de bardos olhando pra ver se você desafina — sussurrou ele, olhando em volta para Rincewald e seu convidado inesperado, e seu pai Njord, que babava na cama ao lado. — Então vamos para a floresta, não vai ter ninguém lá, você precisa cantar, eu fiz esse edda para você! — disse Bragi, um pouco mais alto do que o esperado, ao que Beowulf olhou enfurecido para Kyrah.

— Está bem, não aguento mais ficar nesta cabana escura... — disse ela, rapidamente saindo, para ficar longe de Beowulf, que esperou um bom tempo antes de segui-los sorrateiramente, para não ser percebido - coisa difícil de conseguir se você é um guerreiro de 2m x 2m.

Quando estava chegando perto da clareira que lhe trazia muitas lembranças, começou a ouvir um som de harpa e uma voz que encheu seu coração de temor e ao mesmo tempo alegria. Só pôde ouvir um pedaço da canção, em que Kyrah cantou:

"...Com garras e dentes afiados

Rubros olhos e escamas negras

Seu rugido afugenta os fracos

Os valentes são servidos em sua mesa..."

— Beowulf, Urso Raivoso! — Tristan surpreendeu ao Urso, ordenando que ele o seguisse, o que acontecia muito raramente, e portanto não podia ser boa coisa.

— O que foi? — perguntou Beowulf, constrangido por ter sido surpreendido. — Que é que você quer comigo?

— Eu nada — Tristan deu de ombros. — Quem quer é o poderoso chefão — disse, com um tom debochado. Eles se encaminharam para a casa do chefe, Beowulf gelado, pensando no que Heric poderia saber.

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