Twenty eight
Noite das garotas
Ding dong!! Ding dong!!
Aperto duas vezes aquela bendita campainha, na esperança de não haver ninguém em casa. Como se não bastasse, o botão não é sensível como de outras casas, tocando de mansinho ou forte aquele barulho insuportável era o mesmo.
Finalmente escuto o ruído da fechadura sendo aberta. A mãe da garota no qual eu havia humilhado no colégio fica pasma sem entender o porquê da minha mãe está junto comigo na porta de sua casa.
— Boa noite, precisa de alguma coisa? — a mulher sussurra confusa enquanto nos encarava.
— Boa noite, mil desculpas pelo incomodo. É que minha filha aqui tem algo para retratar contigo e com sua filha. — a srta Penny sorri gentilmente apoiando suas duas mãos em meus ombros tomando a iniciativa.
Logo a mulher acena com olhares para a garota e a mesma se aproxima assustada com minha presença é óbvio. Cruzo os braços reviro os olhos, droga! Não acredito que vou ter que fazer isto.
—Minha mãe mandou eu te ....
— Chelsea Donner!! — sou interrompida pelos seus gritos. — Não foi isso o combinado. Peça desculpas direito!
— Tá bom mãe... — relaxei os ombros sacudindo a cabeça. — Peço desculpas pelo que fiz hoje no colégio. Não vai se repetir, prometo.
— Até parece!! Essa esquisita veio pedir desculpas forçadas mãe... — a garota retruca cheia de coragem apenas por está na frente da mãe dela.
— Fica quieta mocinha!! Apenas aceite suas desculpas, isto faz parte do processo de evolução, saber perdoar. — Sua mãe retruca o advertindo.
— Muito obrigada e desculpe mesmo pelo incomodo. — minha mãe agradece gentilmente.
— Tudo bem srta Penny, não quer entra e ficar para o jantar?
— Muito obrigada, mas tenho que resolver algumas questões com minha filha. Agradeço o convite.
Ao se despedir, entramos no carro e partimos em direção ao nosso doce lar. Minha mãe fica quieta enquanto dirige porém seu semblante não transparecia algum tipo de insatisfação.
— E aí filha? Doeu ter que pedir desculpas a coleguinha?
— Ah mãe, eu nem fui tão culpada assim, espero que não faça lista de pessoas que eu tenho que pedir perdão pelo amor de Deus né.
— Pedir desculpas não se trata de tá certa ou errada, se trata de virtude, ser inteligente, então pare de achar que é uma vergonha fazer isto a não ser que você prefira o castigo.
— Não tem a opção C não mãe? Essas duas opções não curti muito. — cruzei os braços com desdém.
— Você quem pediu mocinha!! Essa opção C você não tem escolha, e nós vamos fazer isto agora!! — ela freia bruscamente parando o carro. Confesso que me assustei.
— Mãe diga logo o que vai fazer comigo! Não gosto muito de suas ideias.
— Escuta srta Donner, você anda muito rebelde e afrontosa ultimamente bancando a bruxa má desta história. — tais palavras não me deixaram escolha para ter que aceita seu plano. — E nós duas estamos muito distante da outra desde que você ficou adolescente. Você só liga para o Bob, não o culpo então quero ter iniciativa.
— Fala sério mãe, lógico que estamos distante, você só se preocupa com seu namoradinho e nunca me contou uma verdade. Se você não percebeu, eu não sou mais criança.
— Escuta filha, eu vou conserta tudo isso. E outra, o Joseph não é meu namorado. Devo muito a ele por ter me ajudado, inclusive ele se preocupa muito com você. Vamos se divertir hoje, aí prometo que vou te contar toda a verdade quando chegarmos em casa combinado?
— Qual é a diversão? — questiono desconfiada.
— lá vai... — ela morde os lábios retirando algo de uma embalagem, era duas camisa, uma da mulher maravilha e outra da super girl. — Vamos fazer a noite das garotas!!
— Fala sério!! Eu não vou usar isto, primeiro, você não é uma garota, segundo, eu não sou mais criança.
— Olha mocinha, você está devendo essa hoje, pare de desfazer de sua mãe, e hoje você vai ser criança sim!!
Vesti a tal camisa da super girl e aquele boné idiota enquanto ela dirigia, não acredito que vou fazer isto, ainda bem que essas horas ninguém do colégio vai no parque com seus pais. Qual adolescente faz isso?
Chegamos no parque principal de Califórnia, a noite estava serena e muito bonita. Era o festival dos cowboys então eramos as diferentonas daquele lugar. Tinha uma banda tocando vários estilos, uma delas era country a principal da noite.
Por um momento esqueci de tudo e mergulhei na diversão junto com minha mãe, não poderia perder meu tempo reprovando tudo de esquisito, aliás, nós éramos uma delas.
— Mãe? Cadê você? — olho para todos os lados depois que saímos de um brinquedo bumerangue. Talvez deva estar vomitando em algum lugar.
De repente, olho para o palco e não acreditei no que vi. A doida subiu no palanque e pediu para cantar uma música. Todos tinham direito de fazer isso mas não acredito que minha mãe foi capaz disto.
— Boa noite gente bonita! —coloco minha mão na testa aí contemplar tal cena. ela ainda por cima se achando uma celebridade da noite. — Eu vou cantar um Rockey rooll para vocês! Mas antes quero chamar minha filhinha para cantar com sua mamãe, vem cá meu amorzinho sobe aqui. — ela me chama e todos olham para mim na torcida que eu subisse.
Sobe! Sobe! Sobe!
Subi no palco não sabia se estava branca ou vermelha de tanta vergonha, nunca fiz isto em público, só queria colocar um saco de pão no rosto, porém encubro com boné, porém ela tira expondo meu rosto.
— Ela não é uma princesa? Amo minha filha, não sei se estou pronta para ver os meninos atrás dela...
— Mãe, para de me fazer passar vergonha, canta logo essa música. — sussurrei rangendo os dentes em seus ouvidos.
— Relaxa filha, é a nossa noite!!! Solta o som djay!!
Ao ouvir as batidas da bateria e da guitarra, já sabia da música. Não acredito que fez isso, então ela começa solando toda desengonçada.
Hey, hey, you, you
I don't like your girlfriend
No way, no way
I think you need a new one
Hey, hey, you, you
I could be your girlfriend
Hey, hey, you, you
I know that you like me
No way, no way
No, it's not a secret
Hey, hey, you, you
I want to be your girlfriend
O guitarrista faz a batida, era minha parte favorita. Esqueci de tudo, soltei meus cabelos e comecei a cantar para delírio da plateia.
You're so fine, I want you mine, you're so delicious
I think about you all the time, you're so addictive
Don't you know what I can do to make you feel alright? (Alright, aright)
Don't pretend, I think you know I'm damn precious
And hell, yeah, I'm a motherfucking princess
I can tell you like me too and you know I'm right (I'm right, I'm right)
She's, like, so whatever
You can do so much better
I think we should get together now
And that's what everyone's talking about
Enquanto estava empolgada girando os cabelos com minha mãe feito umas doidas dando umas de artista, olho para baixo e me deparo com o chinês me olhando comendo pipoca. Não acredito que veio algum idiota do colégio me ver, que ódio, odeio pagar mico.
Tento me distanciar lentamente do palco sem que alguém me perceba quando escuto a voz daquele garoto me berrando enquanto me perseguia.
— Hey, espera!
— O que é idiota? Já riu o suficiente da minha apresentação? Espero que no mínimo não tenha gravado, e espalhar para o colégio. — tentei empurra-lo mas meus pulsos foram bloqueado pelas suas mãos.
— Calma marrentinha... — ele exibe aquele sorriso idiota bobo. — Não queria estragar seu lance com sua mãe, mas você canta muito bonito, não sabia que tinha uma voz afinada.
Ajeitei o cabelo enquanto sentia alguns certos arrepios na espinha, ao ouvir esse bobo tagarelar.
— É... fiz aula de canto, e essa o que você ouviu nesta apresentação foi apenas uma nostalgia de infância.
— Não conhecia este seu lado cantora senhorita Donner.
— Cantei na minha primeira apresentação do colégio no primeiro ano. Nem acredito que fiz isso. Perdi o prêmio porque joguei o troféu na cabeça de um gordinho que ficou rindo da minha fantasia. — falei com desdém enquanto riamos muito.
Ficamos por alguns instantes em silêncio enquanto tocava uma música do backstreet boys, tentamos desviar olhares ficando um pouco sem jeito pois parecia que tinha algum idiota que tocou está música de propósito.
— Não sabia que sua mãe e você eram tão amigas assim, legal esse lance de mãe e filha.
— Estamos fazendo as pazes, resolvi contar todas as minhas atitudes de vilã, e estou tentando me redimir.
— Poxa, sério? Contou tudo? — ele me questiona entusiasmado. — Eu sabia que você era uma boa garota, eu até me acostumei com seu temperamento, e até gosto.
— Você é um bobão sabia? — encarei enquanto mordia os lábios. — Não se engane com essa minha fantasia de super girl, eu ainda sou muito má.
— Minha malvada preferida...
Fiquei boquiaberta sem entender, porque sou a preferida dele? O que ele está querendo dizer com isso? Será que dou um soco nele ou saio correndo?
— Falei alguma coisa errada?
— Não, não... — me desperto de um segundo de desvaneio. — Você é um cara legal, vamos aproveitar o parque. Eu não tenho sido muito gentil com você, e peço desculpas por isto Yuki, obrigada por estar aqui mesmo vendo eu passando vergonha com minha mãe.
— Achei fofinho. Vamos aproveitar o parque então marrentinha.
Ele segura em minhas mãos e se aproxima de um jeito bem carinhoso no qual achei meio estranho, embora era bom, e sentia confiança nele, confesso que até segura embora eu não precisasse disto.
— Eu gosto de você, embora acho que não entende isto.
Joguei minha cabeça em seus ombros enquanto caminhavamos apressadamente para junto divertirmos.
Continua...
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro