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20.2

Me matando devagar com as palavras que você escreveu. O coração que você partiu.

- 5 SOS.

Depois de Tom tomar um banho quente, colocar roupas secas e aceitar o chocolate quente que a cozinheira deixou antes de ser dispensada, ele se sentou no sofá e nós o acompanhamos, atentos à sua história.

— Vamos lá, por onde começo?

— Pela tarde daquele dia seria uma boa. Você ficou de conseguir descobrir se o juiz Gutemberg estava envolvido em tudo isso — sugiro.

Tom respira fundo outra vez, tomando seu chocolate quente.

— Naquela tarde fui até a casa dos Gutemberg como havia dito que faria. A avó da Louise já tinha conseguido os arquivos das câmeras de segurança e precisei mentir para a senhora, inventei qualquer coisa e acreditou, não pediu provas e nem nada do gênero. Quando colocou as imagens para rodar, vi Zayn e Evangeline juntos, entrando na casa deles. A data era pouco antes de a garota ser empurrada da escada.

"Eles entraram na casa sendo recebidos por uma funcionária, em seguida esperaram o aposentado juiz na sala, que estava só o caco por causa da depressão e alcoolismo. As imagens mudaram para o escritório dele. Zayn tentava dizer algo para ele, já Evangeline aparentava estar exaltada."

— Por que Zayn iria confrontá-lo? Não faz sentido — Michelle interrompe.

— Pelo mesmo motivo que concordou em deixar a futura namorada ser empurrada da escada.

— Ele estava apaixonado por ela... — sussurro, juntando as peças. É claro que estava!

— É claro, por isso futura namorada — Chelle observa.

— Não por Louise. Zayn estava apaixonado pela Evangeline.

A boca da garota se abre em um perfeito "O" ao notar.

— Bingo! Até que estava bem óbvio, na verdade — ele opina, sorrindo. — Infelizmente as filmagens estavam sem som, mas no mesmo dia consegui encurralar o juiz. A minha sorte é que ele estava tão bêbado que me confundiu com alguém de sua família. Comecei a gravar nossa conversa e pretendia mostrar para Ana, mas a megera deu um jeito de acabar com tudo.

O garoto retira uma fita antiga do bolso — nem sabia que elas ainda existiam — e a balança no ar.

— Por sorte fiz algumas cópias, já que sou uma pessoa precavida.

Então, sem esperar mais, ele aperta o play.

"Mas sabe, filho, eu fiz uma coisa terrível. Concordei em inocentar uma garota culpada porque o pai do namorado dela era um grande amigo meu. Conhecia o doutor Campbell desde a faculdade, devia alguns favores ao velho. Acontece que a culpa um dia bate em nossa porta e foi isso o que aconteceu comigo, Pablo. Eu ia me entregar para as autoridades, perder minha licença para exercer a profissão, mas a garota descobriu e ficou louca! Ela disse que eu me arrependeria se contasse a alguém. Aquele infeliz que se envolvia com a minha filha estava junto e..."

A primeira sessão termina e Tom aperta outro botão.

"assinava embaixo tudo o que ela falava. A garota era uma Leblanc, seu pai sempre teve grandes poderes sobre todos nós, mas não era essa minha preocupação. Louise sempre foi o que me preocupava, o motivo do meu desejo de honestidade Infelizmente meus pesadelos se tornaram reais e ela se foi. Disseram que foi acidente, mas eu sabia que não havia sido! Consegui fazer aquele Gonzales ser preso, mas o infeliz foi solto logo depois."

Meu pai estava envolvido nessa sujeira, mas disso eu já desconfiava desde quando encontrei aqueles documentos em seu escritório. Não sei o que pensar, até porque ele sempre foi um bosta.

— Depois disso fui para casa me preparar para o baile. Junto com outras evidências estava certo que Evangeline era a única e verdadeira culpada disso tudo, mas que Lisa, movida pela sede de vingança, havia se descontrolado e matado Courtney. Passei tempo suficiente com ela para saber que a loira é instável e seria capaz de matar alguém, o que aconteceu recentemente pelo que eu soube.

— Você ligou para Ana para encontrar você no jornal, mas pediu que ela não me contasse. Por quê?

— Ainda não sabia a qual time você pertencia, mesmo depois da nossa conversa naquela lanchonete na semana anterior. Achei melhor não arriscar.

Concordo com a cabeça, mesmo sem querer.

— Evangeline foi mais rápida e chegou primeiro. A garota me encurralou contra a parede porque de alguma forma soube que eu tinha provas contra ela. Achei que não era possível ela ter descoberto, até porque eu só tinha contado para Ana, você e Flynn. Naquela hora meu sangue ferveu por ter a certeza de que você era o traidor, Jacob.

Ele respirou fundo, parecendo ter raiva de si mesmo por ser tão ingênuo e não notar o que deveria ser óbvio.

— Quando vi Ana, soube na mesma hora que ela iria tentar me ajudar e que morreríamos os dois, então dei um jeito de dizer para ela não ir. Ela pareceu decodificar a incógnita, porque ficou parada por um tempo. Evangeline não estava para conversa e me deu um tiro. Não tinha certeza se iria morrer naquela noite, mas foi o que pareceu. Dei um jeito de dizer para ela seguir, porque a garota com certeza encontraria as cópias que eu escondi.

Ele pausa, bebendo mais um pouco, parecendo recordar de cada momento. Tom pressiona os olhos com força, respirando fundo outra vez. Michelle se levanta, dando a volta no sofá e caminha até ele, apertando seu ombro em forma de consolo.

— Ainda consegui ouvir o grito de Ana antes que não passasse de uma mera alucinação. Lembro que caí no chão, pressionando meu ombro com uma das mãos, ainda tentando entender tudo o que havia acontecido. Soube que não morreria naquele dia porque o famoso trailer da sua vida de cinco segundos não passou, até que o vi...

— Flynn?

Ele concorda com a cabeça, transparentemente abalado.

— Quando o vi me acalmei um pouco, afinal, imaginei que ele fosse me ajudar já que disse algo para a irmã do mal. Sorri feito idiota, mas o garoto se levantou e ficou me encarando com uma expressão sinistra, como se, não sei, fosse outra pessoa. Foi ali que entendi meu erro e ele percebeu também.

"Flynn murmurou algumas coisas como eu ser tão inteligente, mas deixar meus sentimentos falarem por mim e eu me senti o maior idiota já existente. Evangeline quebrou meu celular e depois me vi em um diálogo em que eles se decidiam qual seria meu trágico fim, enquanto eu agonizava em dor."

— Deve ter doído tanto — Chelle o consola. — Dores físicas e emocionais por si só já causam um estrago, as duas juntas então, destroem tudo.

Tom a encara, como se dissesse que também sente muito. Não sei qual é a situação da garota ou quem partiu seu coração, mas conheço bem essa dor também. Antes de Ana tudo era mais complicado e os vestígios do que aconteceu com Jullie ainda me atormentavam.

— No final Flynn tentou me apagar, então fingi estar desmaiado. Ele e Zayn me levaram até um lugar estranho e me deixaram lá, o que eles não esperavam é que eu conseguiria voltar.

— Flynn é um psicopata que merece ser internado em uma clínica de reabilitação e Zayn... Não tenho o que falar dele — resmungo e todos concordam.

— Mas ele foi realmente genial em seu plano. Nunca desconfiaria dele, acho que nenhum de nós desconfiamos, só Lisa, mas só depois que tudo deu errado para todos, menos para ele — diz Tom, amargurado. — Agora Ana está na cadeia, sofrendo injustamente. Ela tentou me avisar que o amor poderia me levar à ruína, e, realmente, levou.

Tom está certo. Como Flynn mencionou, ninguém nunca desconfia dos figurantes. Caímos em cima de quem era mais óbvio e levantava mais suspeitas, mas nos esquecemos de seguir a linha de raciocínio dos detetives dos livros de mistério. Agatha Christie e Arthur Conan-Doyle sempre deixaram claro que o verdadeiro culpado é quem menos esperamos.

— Precisamos soltar a Ana. Agora que você está vivo, vão retirar as acusações contra ela — Chelle avisa.

— Sim, mas, e a Lisa? Tudo bem que Evangeline não era a única vilã dessa história, na verdade, acho que todos fomos vilões em algum momento, mas ela merece um final feliz.

— É, ela merece, mas não apoio que a decisão de tirar a vida de alguém tenha sido sábia. O máximo que podemos conseguir é que ela seja transferida para um hospital psiquiátrico por alguns anos, talvez a ajude — Tom sugere.

— Ela não merecia passar por tudo isso, foi só mais uma vítima dos irmãos malucos — lamento, lembrando-me de cada momento que passei ao lado da loira.

Ainda me recordo da promessa que fiz para ela, de que a salvaria, mas não consegui cumpri-la. As sessões com a psiquiatra não deram em nada e foi ali que comecei a notar que Lisa estava bem mais no fundo do poço do que parecia. Além da anorexia, ela também foi diagnosticada com depressão e problemas mais complexos.

Sei que independente do que acontecer com ela, um dia ainda verei o brilho em seu olhar e o sorriso em seu rosto. Acontece que é difícil pensar que levarão anos até acontecer e, apenas se, acontecer.

— Acho cruel trancar alguém em um hospital psiquiátrico. — Michelle se encolhe. — É como se tivessem desistido dessa pessoa, colocado em uma jaula com estranhos e jogasse a chave fora.

— Mas pensa, Chelle. Se não há mais nada que outras pessoas possam fazer, deixar a tal pessoa fora não seria ainda mais cruel?

— Jacob tem razão e, depende bem do hospital escolhido, da estrutura. Não há mais nada que possamos fazer por ela, acho que Lisa não sabe da vingança do Flynn, só desconfia que ele esteja envolvido em todos os assassinatos. Quando ela descobrir irá querer acabar com ele.

Concordo com a cabeça, o que realmente é verdade. A loira anda instável demais, o que pode ser um perigo até para si mesma. É uma pena que as coisas não tenham saído como planejamos.

Observo Tom, que continua encarando um ponto fixo, um ponto onde o papel de parede está querendo sair. Só agora me dou conta de que demorará anos até ele conseguir se entregar e confiar em uma nova paixão, o que é ainda mais doloroso de cogitar.

— E Scarlett? — Pergunto.

— Sendo dominada pela culpa — Chelle responde.

— Scarlett foi outra que traiu minha confiança há um tempo. Ela tinha acesso ao meu escritório secreto, estava presente nas conversas, mas não foi tão brilhante assim por sumir depois de tentar atacar Ana.

— É, desconfiamos dela por um tempo até mudarmos de alvo — concordo.

Encaro o relógio da parede, surpreendendo-me ao ver o quão tarde é. Chelle e Tom fazem o mesmo.

— Acho que chega de história por hoje. Amanhã teremos um longo dia pela frente, na luta para libertar Ana e transferir Lisa. Ela não vai gostar, mas é o que dá para fazer — Tom lamenta.

— Sim, é verdade. Preciso ir embora, aproveitar que a chuva deu uma trégua — Chelle avisa, levantando-se.

— Você vai sozinha? — Questiono, franzindo a testa.

A garota dá de ombros e eu balanço a cabeça, em negativa.

— Vamos, eu levo você. Tudo bem ficar sozinho por enquanto, Tom?

O garoto concorda com a cabeça e pego as chaves do meu jeep.

Michelle e eu saímos de casa, os dois com milhares de coisas na cabeça depois do dia turbulento, com certeza. Foram muitas revelações para apenas vinte e quatro horas e não sei se superaremos isso.

Afinal, quão perto estamos do fim? 

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