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13.2

...de agora em diante. Você pode esquecer de nossos futuros planos.

- Klaxons.

O que era para ser uma festa descontraída e divertida tornou-se um centro de investigação. Afinal, quem matou Courtney Baker? De todas as amigas do Jacob, ela era a que eu menos ouvia falar. Recordo-me que Tom, Michelle e Scarlett me disseram uma vez que, de todos, ela era a que se salvava.

Paro ao lado de Tom, que continua imóvel e assustado assim como todos nós. A ambulância já veio para levar o corpo da garota para o hospital, mas presumo que esteja sem vida, já que não vi nenhuma água saindo pela sua boca. Provavelmente os pulmões devem ter enchido, isso se ela não já estivesse morta quando foi jogada na água.

Jamais vi Evangeline agindo da forma que agiu. Completamente alheia a tudo, desesperada, em choque. Ela sabe de alguma coisa, mas tenho quase certeza de que dessa vez não foi ela, o que só deixa tudo ainda mais complicado.

— Perceberam que estão eliminando um a um dos demons? — Michelle pergunta, quebrando o silêncio torturante.

Todos já foram embora e nós já fomos interrogados pela polícia, que não fez de nós suspeitos em potencial. Eles levaram todo o círculo de amigos de Courtney para a delegacia e isso incluiu Jacob e Lisa.

— Primeiro foi a Beatrice, depois o Henry e agora a Courtney — Tom concorda.

As coisas estão ficando mais sérias do que meses atrás e esse quebra-cabeça parece não ter solução. Se não foi Evangeline dessa vez, isso pode significar que não foi ela das outras também. Talvez tenha mais alguém envolvido nessa história.

— E se estivermos caçando a pessoa errada? — Sugiro e todos me encaram.

— A pessoa errada? — Scarlett pergunta.

É a primeira vez que ela abre a boca desde que tudo aconteceu.

— Sim! Olha, vocês viram a cara de Evangeline, não viram? Ela estava em choque, devastada. Nunca a vi assim. Quando Henry morreu ela nem fez questão, deixando evidente que era uma suspeita em potencial.

— Quando Beatrice morreu também.

— Está vendo! E se foi outra pessoa que matou Courtney e os outros?

— Ana, isso é loucura — Chelle opina, sentando-se em uma das banquetas da cozinha.

— Não. Não é. Ana está certa em partes. Tenho certeza de que Evangeline matou Henry e Beatrice, mas acredito que não seja a assassina de Courtney — Tom concorda.

— Se não foi ela, quem foi?

Tenho três suspeitos em mente, mas não posso dizer em voz alta porque Scarlett faz parte da minha lista. Ela, junto com Lisa, Zayn e Evangeline sumiram por horas. Então me recordo da postura de Lisa enquanto a música suspeita tocava, dos olhares entre ela e Evangeline. Da forma como Jacob a puxou até um canto e eles discutiram.

— Preciso ir pra casa ou meus pais me matam — Chelle avisa, pegando a bolsa e colocando sobre o ombro.

— É, eu também. Lá fora já está organizado, Ana. No andar de cima também — Scarlett avisa e eu sorrio.

— Tudo bem. Avisem quando chegarem em casa.

Abraço as meninas e as acompanho até o portão. Quando vejo elas sumirem noite adentro, retorno para casa com Tom, que está mais pensativo do que o normal.

Sirvo um café para nós dois e coloco os acompanhamentos — leite e açúcar — sobre a bancada, sentando-me ao seu lado e bebericando um pouco do líquido escuro.

— Você pensou em Scarlett, não foi?

Pega de surpresa, coloco a xícara na bancada e o encaro, notando seu olhar investigador. Confirmo com a cabeça, voltando a pegar a xícara e beber meu café.

— Também achei estranho o comportamento dela e seu sumiço repentino. Assim como o de Lisa.

— As duas estão na minha lista de principais suspeitos, mas não minto, desconfio mais de Lisa do que de Scarlett.

Tom concorda com a cabeça, com seu olhar concentrado na bebida. Sua testa está com um leve vinco e sei que suas engrenagens estão a todo vapor. Tenho certeza de que ele seria um detetive e tanto.

— Evangeline e Zayn também sumiram.

— Mas ela pareceu realmente surpresa ao ver o corpo da amiga boiando na piscina — opino.

— Sim, realmente, mas nem tudo é o que parece ser. Há muitas peças faltando nesse quebra-cabeça, Ana. Nós nem conseguimos descobrir ainda quem tentou te empurrar do penhasco.

Flashes voltam à minha mente. Lembranças, sensações, adrenalina. Branco. Ela usava um moletom branco e seus olhos eram verdes, mas se eu pudesse observar por tempo o suficiente poderia ver que não eram lentes.

O timbre de sua voz tinha um sotaque forçado, mas ainda sim, era uma voz familiar. Lembro-me que seu corpo era torneado, mesmo com a roupa disfarçada. Se forçar bem a mente, consigo ver os fios ruivos escapando da máscara que cobria toda a sua cabeça no exato momento em que a questionei.

— Ana? Você está passando mal?

— Foi ela, Tom — consigo dizer, ainda em choque.

— Ela quem? Você está me assustando, meu Deus!

Ele começa a me abanar.

— Scarlett era a garota do penhasco — revelo, olhando em seus olhos, que escurecem.

— Você tem certeza?

— Sim. Vi fios ruivos escapando da máscara, mas não era um ruivo alaranjado como o da Jullie. Era um castanho-avermelhado, como os de Scarlett. Ah! Meu Deus! Isso faz sentido. Ela ter passado dias fora provavelmente para a recuperação do braço.

Meu amigo cai na banqueta ao meu lado outra vez, enterrando o rosto entre as mãos.

— Isso explica porque a pessoa sempre sabia coisas que não fazia sentido saber. Scarlett está trabalhando com Evangeline, por isso ela sempre soube de tudo antes.

— Ou com a Lisa...

— Por que Lisa trabalharia para eliminar os amigos um a um? Não faz sentido. E, porque ela mandaria Scarlett agredir você?

— Pessoas loucas não fazem as coisas por motivos sãs não — brinco.

— A não ser que seja uma espécie de vingança — ele murmura, apontando para mim, com a face iluminada.

— Lisa pode estar tentando se vingar de Evangeline. Faz sentido!

— Sim, faz. Isso explica porque Jacob estava brigando com ela ontem. Acho que ele sabe mais do que está nos contando.

— Então você está dizendo que não podemos confiar nele?

— Estou dizendo que não podemos confiar em ninguém, nem em nós mesmos.

Tom afirma com a cabeça, concordando.

— Ana, precisamos investigar melhor. Só nós dois. Como Sherlock e Watson. Porém, precisamos ser extremamente cautelosos ao fazer isso.

— Sim, principalmente agora que descobrimos que não tem só um assassino.

— Mas sim três — ele confirma.

Tudo está indo longe demais, mas já chegamos a um lugar que não podemos mais parar, nem se quiséssemos. 

ᚔᚔ

Os corredores do colégio parecem mais sombrios do que de costume. Todos os alunos estão reunidos na quadra de hóquei para homenagear Courtney Baker, que veio a óbito no dia primeiro do mês, há dois dias.

Sua foto está estampada no telão improvisado e agora Evangeline está dizendo algumas palavras sobre a ótima amiga, companheira e pessoa que Courtney foi. Senti firmeza em seu discurso, pela primeira vez em um bom tempo.

Jacob está sentado ao lado de Zayn, Jullie e Flynn, que estão com expressões tristes assim como todo o resto. Courtney era popular, mas não imaginava que fosse tanto, já que seu nome mal era tocado nos arredores.

Vejo o momento exato em que Flynn balança a cabeça negativamente, levantando-se e se aproximando de onde estou com Scarlett, Michelle e Tom. Ele se senta na cadeira vaga ao lado do meu amigo e segura sua mão.

— Primeiro foi a Beatrice, depois o Henry e agora a Courtney. Não sei porque, mas algo me diz que o próximo sou eu. Jullie vai embora na semana que vem, voltar para a Austrália, porque também está com a mesma impressão...

— Nunca mais repita isso! — Tom o repreende, com a cara fechada.

— É sério, Tom.

Para ser sincera, ele está certo. Não acredito que a própria irmã o mataria, mas a ex-amiga sim, afinal, seria uma forma direta de atingir a demon queen. Encaro Tom, que mesmo não querendo ver o óbvio, pensou o mesmo que eu.

Tudo o que estamos fazendo para desvendar a verdadeira identidade do assassino está se tornando um verdadeiro fracasso, mas isso talvez seja consequência de que Scarlett estava em nosso grupo como espiã. Não comentamos com Michelle ainda, porque a garota é muito apegada à amiga. Lisa e Jacob estão estranhos, então só saberão em último caso.

— Uma crueldade o que fizeram com uma menina tão pura e doce como Courtney — Evangeline conclui seu discurso, descendo do palco improvisado e devolvendo o microfone ao senhor Scott.

— Agora faremos um minuto de silêncio em memória e respeito de Courtney Shirley Baker. Amiga, filha e aluna amada.

A quadra inteira fica em um silêncio absurdo, exceto pelo tilintar dos saltos de alguém, que chama a atenção de algumas pessoas. Ergo a cabeça, procurando ao redor e encontro Lisa se afastando de onde os amigos estão.

Seus cabelos loiros perfeitamente alinhados, a saia curta, o blazer vermelho e a expressão impiedosa.

O senhor Scott a repreende com o olhar, mas ela não se abala. Evangeline a fuzila com os olhos quando a loira passa por ela. Nada parece abalar Lisa, o que só me deixa mais desconfiada.

Jacob me encara, mas ao notar o meu olhar questionador se levanta e sai em direção a amiga. Talvez eu estivesse certa. Ele realmente sabe de algo a mais e não quer compartilhar conosco.

— Percebeu como ele foi atrás dela? — sussurra Tom ao se aproximar de meu ouvido.

— Ele sabe de algo — cochicho de volta.

Arrumamos nossas posturas, respeitando o silêncio e tentando não levantar suspeitas.

Depois de alguns minutos todos somos liberados para voltarmos às nossas atividades normais. Nossa sorte foi que o discurso pegou todo o primeiro tempo de aula e agora está na hora do almoço.

Entro na sala do jornal, que está vazia e envio uma mensagem para Tom, avisando meu amigo para me encontrar aqui. Precisamos de um plano para descobrir o que há de errado com Lisa e Jacob.

Distraída com alguns artigos que estão sendo selecionados para publicação, sento-me em uma das cadeiras e não noto as horas passando, nem a porta se abrindo.

— Sei que estão conspirando contra mim.

A voz de Evangeline reverbera, dura e autoritária, preenchendo o silêncio. Levanto-me da cadeira onde estava sentada e a encaro. Seu olhar faz meu estômago retorcer.

— O que você quer?

— Que parem de bancar os detetives.

— Não sei do que você está falando.

Evangeline solta uma risada sarcástica, aproximando-se de mim lentamente.

Sua presença não me intimida da forma que deveria, não mais, o que é até estranho. Suponho que isso mudou no momento em que percebi que Lisa poderia ser pior, ou até mesmo Scarlett, uma das pessoas que tinha minha confiança.

— Sabe sim. Vocês acham que sou burra? Vou reforçar uma coisinha, garota.

Apertando minhas bochechas com força, Evangeline encara meus olhos com suas íris esverdeadas e sombrias. Seguro em seu braço, para detê-la.

— Sei tudo o que acontece nesse colégio, e com essas pessoas. Estar calada não significa que eu não saiba.

Empurro sua mão, massageando minha bochecha. Sei que ela está falando de Lisa e Jacob, assim como sei que ela descobriu sobre o nosso plano.

— Ainda não sei o que você quer dizer com isso.

— Além de preta é burra. Eu sabia que os estereótipos nunca mentiam — ela debocha.

Cerro os punhos, sentindo algo se quebrar outra vez dentro de mim. Sempre tenho essa sensação quando sou insultada dessa forma.

Mordo a língua para não entregar o restante de nosso plano em uma bandeja graças ao ódio.

— Avise seus novos amigos que as farsas acabaram.

— E por que você não avisa?

— Não gosto de falar a mesma coisa duas vezes.

Agora sou eu quem solta uma risada sem humor.

— Não é o que parece.

— Ana, Ana... Cuidado! Você está entrando em uma guerra que não deveria. Seja sábia e saia dela enquanto há tempo.

— Isso foi outra de suas ameaças?

Ela ri, com a mão na maçaneta.

— Não. Foi um conselho. Dizem que os conselhos dos nossos inimigos são os mais verdadeiros...

— Então aqui vai outro conselho pra você, retribuindo a caridade — ironizo, cruzando os braços. — Cuide dos seus amigos e do seu irmão, porque a escola está repleta de traidores e dizem que partem de quem menos esperamos.

Ela endurece a expressão, saindo da sala. Ouço o tilintar de seus saltos no chão, furiosos. Sorrio. Aí está a confirmação que eu queria.

Lisa está por trás do assassinato de Courtney.

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