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Capitulo Vinte e Quatro

Lohan Wilson:

Ter Percy em casa nos últimos meses foi uma das melhores coisas que poderiam ter acontecido. Cada momento que compartilhamos, desde conversas tranquilas até as noites em que simplesmente desfrutávamos da companhia um do outro, só solidificou o quanto ele é essencial na minha vida. Agora que somos oficialmente noivos, a felicidade que sinto parece irradiar de dentro de mim, como uma chama que nunca se apaga. É quase impossível conter o sorriso no rosto ao pensar que, em breve, não seremos apenas dois, mas quatro. A ideia de que logo teremos gêmeos, filhos nossos, enche meu coração de uma alegria indescritível. Imaginar suas pequenas mãos, seus olhinhos curiosos, e o som das suas risadas enche meu peito de uma emoção tão pura que às vezes mal consigo respirar de tanta felicidade.

E não posso deixar de pensar na Gina. Ela vai ser a irmã mais velha, e só isso já é motivo para me deixar ansioso e cheio de expectativas. Já consigo ver o quanto ela vai cuidar dos irmãos com seu jeito protetor e afetuoso. E eu... Estou ansioso para ser pai novamente. Só que dessa vez, sabendo ainda mais sobre o que significa amor incondicional, proteção e carinho. A antecipação de segurar nossos filhos nos braços, de vê-los crescer ao nosso lado, me deixa emocionado e com uma sensação de que a vida está prestes a se tornar ainda mais bonita do que já é.

Ficamos em casa com cuidado, cuidando para que Percy se sentisse confortável e seguro. Ele ainda estava passando por alguns momentos delicados, e eu sabia que fazer o melhor para ele era minha prioridade. O dia passou rápido, entre pequenas tarefas e trabalho em casa, mas, acima de tudo, ficamos juntos a maior parte do tempo. Eu podia sentir a tensão e o cansaço dele, mas também a gratidão por estarmos compartilhando esses momentos.

Quando a noite chegou, uma ideia começou a crescer na minha mente: seria bom sairmos um pouco, só nós dois. Algo leve, sem grandes expectativas, mas que quebrasse a rotina. Liguei para minha irmã, pedindo que ela viesse cuidar da Gina. Ela ficou radiante com a ideia de que os pais iriam sair para um encontro.

Assim que chegou a hora, me arrumei com cuidado, tentando parecer descontraído, mas ao mesmo tempo preocupado com cada detalhe. Queria que Percy se sentisse bem, apesar dos enjoos que ainda insistiam em incomodá-lo. Fiz questão de preparar tudo para que ele se sentisse confortável, desde as roupas até as músicas que escolhemos para ouvir no carro. Sabia que os pratos que ele amava ainda o deixavam um pouco enjoado, então prometi a mim mesmo que faríamos dessa noite algo especial sem pressão.

********************

Despedimo-nos de todos em casa, e no carro, a atmosfera já começou a mudar. A estação de rádio tocava uma música romântica que ele havia escolhido, e a suavidade da melodia preenchia o ar, criando um clima tranquilo e íntimo. Eu o observava de relance, admirando o quanto ele conseguia ficar lindo mesmo nas coisas mais simples.

Quando chegamos ao restaurante, descemos do carro, e em um gesto quase involuntário, peguei sua mão. Apertei levemente, sentindo o calor da sua pele contra a minha, e naquele instante, tudo parecia perfeito. Era um simples toque, mas carregava toda a profundidade do que sentíamos um pelo outro.

Enquanto caminhávamos até a entrada, alguns rapazes lançaram olhares em direção a Percy, e de repente, algo dentro de mim mudou. A mão que antes segurava a dele com suavidade agora apertava com mais firmeza, e o gesto, que era doce e afetuoso, transformou-se em algo mais intenso. Intimamente possessivo. Meu corpo reagia sem que eu conseguisse controlar, como se quisesse deixar claro que ele era meu, e apenas meu.

Percy resmungou baixinho e me deu um tapa no ombro, como se me chamasse de volta para a realidade. "Ei, calma", ele disse rindo, tentando amenizar o momento. E, de repente, percebi o que estava acontecendo. A pressão do toque, algo tão comum, havia mexido comigo de um jeito que eu não esperava.

Enquanto entrávamos no restaurante, o silêncio entre nós não era incômodo, mas carregado de emoções não ditas. O lugar tinha uma decoração rústica, com móveis antigos e riscados, madeira escura que refletia a luz suave e um papel de parede que parecia saído de uma época distante. O cheiro de comida impregnava o ar, e quando olhei para Percy, vi que algo no aroma o havia feito salivar discretamente. Eu sorri internamente, sabendo que, apesar de tudo, ele estava animado com a nossa noite.

O carpete no chão estava impecável, e havia uma harmonia entre todos os detalhes da decoração. Era um daqueles lugares que, apesar de ter começado com boas intenções, havia se ajustado ao turismo ao longo dos anos, relaxando um pouco nos padrões. Mesmo assim, tinha seu charme, e a vista do estreito tornava o ambiente especial. Era o lugar perfeito para passarmos o tempo juntos, sem pressa, sem distrações, apenas nós dois.

Sentei-me à mesa, ainda sentindo o calor da sua mão, e naquele momento percebi que essa noite não era apenas sobre uma simples saída. Era sobre nós. Sobre o que significávamos um para o outro e como, mesmo nos gestos mais simples, havia uma profundidade que talvez nem sempre pudéssemos expressar com palavras.

— Então está com ciúmes possessivo do seu noivo grávido? — Percy comentou, soltando uma risadinha suave, seus olhos brilhando de diversão.

Minhas bochechas esquentaram na hora, e eu podia sentir o rubor subindo pelo meu rosto. Tentei disfarçar, mas era impossível esconder o quanto aquelas palavras me atingiram. Ele tinha um jeito de me desarmar completamente com uma única frase, e lá estava eu, completamente exposto, sem saber o que dizer.

— Não... Quer dizer, talvez só um pouquinho... — murmurei, desviando o olhar, sentindo o calor subir ainda mais. — Mas, eu... — tentei continuar, mas as palavras ficaram presas na garganta. A verdade é que, sim, eu estava com ciúmes, mas era mais do que isso. Era o medo de perder algo tão precioso, de não ser suficiente para protegê-lo e aos nossos filhos.

Percy, percebendo meu embaraço, riu mais uma vez, dessa vez de forma mais suave, quase carinhosa. Ele se aproximou, segurando meu rosto com uma mão, forçando-me a encará-lo.

— Ei, você não precisa se sentir assim — ele disse, com a voz suave, mas cheia de convicção. — Eu sou seu, só seu, e nada vai mudar isso.

Aquelas palavras me atingiram como um bálsamo. Ele sempre sabia exatamente o que dizer para acalmar meu coração, para me lembrar que estávamos juntos nisso. Sorri, finalmente, e senti o peso da insegurança diminuir um pouco.

— Desculpa, eu só... Não posso evitar — admiti, dando de ombros. — Você é tudo para mim, e agora, com os bebês... parece que tudo ficou ainda mais intenso.

Percy me olhou com ternura, o sorriso dele nunca vacilando.

— E vai ficar ainda mais intenso quando eles nascerem — ele brincou, colocando a mão carinhosamente sobre sua barriga. — Então, acho melhor você se preparar.

Soltei uma risada, e a tensão do momento finalmente se dissipou. Ele tinha razão, como sempre. Por mais que o ciúme e a insegurança tentassem se infiltrar, o amor que compartilhávamos sempre seria mais forte.

— Vamos ver o que vamos pedir — Percy disse com um sorriso, pegando o cardápio e o abrindo lentamente. Eu o acompanhei, observando seu rosto enquanto ele lia, suas sobrancelhas franzindo levemente quando algo o intrigava.

— O que você acha de pedirmos algo mais leve? — perguntei, tentando me lembrar das coisas que ele gostava, mas que agora o deixavam enjoado. Ele apenas assentiu, seus olhos ainda correndo pelas opções. A decisão parecia difícil, mas ele estava se esforçando para aproveitar o momento.

Uma garçonete apareceu logo em seguida, com um sorriso simpático e uma postura atenciosa. Percy, sempre educado, olhou para ela e começou a fazer seu pedido com uma calma que eu admirava. Ele sabia exatamente o que queria, mesmo quando as coisas pareciam incertas para mim.

Quando chegou a minha vez, fiz meu pedido rapidamente, sem me preocupar tanto com o que escolheria. O que realmente importava era estar ali com ele. A garçonete anotou tudo com agilidade, e enquanto ela se afastava, Percy deu uma olhada em mim e sorriu de forma tranquila.

— Agora é só esperar — ele disse, repousando o cardápio na mesa e estendendo a mão para mim mais uma vez. Eu segurei sua mão sem hesitar, o calor de seu toque me acalmando imediatamente.

— Eu sempre espero por qualquer coisa se for com você — murmurei, apertando sua mão levemente. A sensação de estarmos juntos, de compartilharmos algo tão simples quanto uma refeição, era reconfortante. E naquela pequena troca de olhares e gestos, eu soube que, independentemente do que estivesse por vir, estaríamos prontos.

Entrelacei nossos dedos de forma natural, como se aquele gesto silencioso fosse suficiente para expressar o que eu sentia. Quando Percy começou a falar, sua voz baixa e tranquila me fez prestar atenção em cada palavra.

— Conversei com meu pai esses dias — ele contou, sua expressão se suavizando enquanto olhava para o cardápio fechado sobre a mesa. — Desde que me conheceu, ele nunca foi o tipo de pai que dizia o que eu devia fazer. Na verdade, acho que teria sido útil ter tido um pouco mais de supervisão paterna enquanto eu crescia. Meu outro pai, Allan, sempre foi mais relaxado, talvez até demais. Ele não era muito bom em impor limites.

Eu ouvi em silêncio, mordendo o lábio inferior de leve. Sabia que Allan, assim como o irmão mais novo de Percy, Lohan, não gostavam muito de mim. E, por mais que eu tentasse não deixar isso me afetar, sempre havia aquela pontada de desconforto. Não era fácil quando alguém da família da pessoa que você ama não aprovava completamente o relacionamento. Mas Percy parecia alheio a isso, ou talvez ele simplesmente soubesse lidar melhor com essas situações do que eu.

— Allan perguntou como as coisas estão entre nós, se eu não me arrependo de nada nesses últimos meses — Percy continuou, e meu coração disparou por um momento. Tentei esconder a ansiedade que crescia em mim.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Percy sorriu, aquele sorriso caloroso que sempre me derretia.

— Eu disse a ele que tudo está sendo perfeito pra mim, que você é um esposo e pai incrível. — As palavras dele me atingiram com força, e eu senti uma onda de alívio e amor ao mesmo tempo. — Lohan, eu realmente te amo, bastante, do fundo do meu coração. Você é a pessoa com quem eu nunca conseguiria ficar sem falar. Sempre.

Um calor tomou conta do meu peito, e por um breve momento, a insegurança que eu carregava sobre o que a família dele pensava de mim desapareceu. Percy me amava, e isso era o que importava. Aquele vínculo, aquela conexão que tínhamos, era o que mantinha tudo firme. Ele sabia como me acalmar, como fazer todas as minhas preocupações parecerem pequenas diante da imensidão do que compartilhávamos.

Enquanto ele falava, minha mente vagou brevemente para a nossa primeira conversa. Eu me lembrava de cada detalhe, de como ele se abriu para mim de uma forma leve e descontraída, falando sobre coisas que a maioria das pessoas nem se importaria em mencionar.

Lembro que ele me contou que ama conversar com pessoas que são simpáticas, mas que uma boa conversa, para ele, sempre precisava incluir algumas reclamações, ainda que pequenas. Ele brincou dizendo que adorava criar laços através de ódios mútuos e queixas mesquinhas sobre qualquer coisa.

— Qual é a sua maior queixa mesquinha? — eu tinha perguntado naquela noite, rindo, curioso para saber o que ele diria.

— Atendimento ao cliente — ele respondeu sem hesitar. — Eu odeio quando ligo para um serviço e nunca consigo falar com alguém que realmente possa resolver meu problema. Parece que eu sempre sou transferido de um setor para outro, e no fim, fico com mais perguntas do que respostas.

Eu ri tanto naquela noite que até chorei. E quando foi minha vez, eu confessei algo que, na época, parecia uma bobagem:

— Odeio quando os garçons tentam memorizar o pedido em vez de anotar. Eles quase nunca acertam tudo, e mesmo que acertem, fico estressado até a comida chegar à mesa, achando que algo vai estar errado.

Voltando ao presente, um sorriso escapou dos meus lábios quando a garçonete apareceu, trazendo nossa comida e os sucos. Era engraçado pensar em como começamos nossa história com algo tão simples, tão cotidiano. Agora, aqui estávamos nós, noivos, prestes a formar uma família. A vida, de certa forma, tinha uma maneira curiosa de transformar pequenos momentos em grandes lembranças.

Enquanto bebíamos nossos sucos, Percy começou a me contar sobre uma conversa recente que teve no trabalho. Ele mencionou que os outros professores da escola onde ele trabalhava estavam comentando sobre uma lista. Uma lista, segundo ele, de critérios que desenvolveram para saber se o cara com quem estavam saindo era digno de um compromisso sério.

— Sério? Uma lista? — perguntei, incrédulo. — Eu sinto muito, mas seus amigos são loucos em fazer uma lista dessas. E se a pessoa certa não se encaixar nos padrões da lista? — Comentei, balançando a cabeça, e Percy riu com meu tom de indignação.

— Parceria é a base fundamental para conquistar longos anos felizes ao lado de alguém que você ama. Mesmo que a pessoa tenha defeitos que às vezes nos incomodam — continuei, tentando enfatizar o quanto eu acreditava nisso. Para mim, o amor não deveria ser quantificado em uma lista de qualidades ou falhas. Era sobre aceitar a pessoa como ela é, com tudo de bom e ruim.

Percy me olhou com aquele brilho divertido nos olhos, um sorriso se formando lentamente em seu rosto.

— Um desses amigos... é sua irmã — ele disse, sem conseguir conter o riso.

Meus olhos se arregalaram por um segundo, mas eu mantive minha postura firme.

— Mantenho minhas palavras — declarei com convicção, cruzando os braços e fingindo seriedade.

Aquilo foi o suficiente para fazer Percy soltar uma risada alta, uma daquelas que ecoam pelo ambiente, cheia de alegria e autenticidade. A maneira como ele ria, como se o mundo ao nosso redor desaparecesse por um momento, sempre conseguia me fazer sorrir também. Não importava o que acontecesse, momentos assim me lembravam por que estar ao lado dele era tão fácil e tão natural. Eu só podia sorrir e agradecer internamente por tê-lo comigo, mesmo quando ele me provocava com pequenas verdades.

— Eu não sei o que seria de mim sem o seu senso de humor — disse, rindo junto com ele, enquanto entrelaçava nossos dedos novamente por debaixo da mesa, sentindo o calor familiar que sempre me acalmava.

A risada de Percy ainda reverberava no ar quando a garçonete voltou, dessa vez trazendo nossos pratos. A atmosfera leve e descontraída que criamos parecia tornar tudo ainda mais gostoso, como se cada pequeno detalhe daquela noite fosse feito para ser lembrado. Quando ela colocou os pratos à nossa frente, o aroma delicioso encheu o ar e senti meu estômago roncar de expectativa.

— Isso parece incrível — Percy disse, olhando para o prato à sua frente com olhos brilhando de fome. — Mesmo que ainda me sinta um pouco enjoado de vez em quando, acho que hoje estou com uma boa sensação. Acho que vou conseguir comer sem problemas.

Eu sorri, satisfeito em ver que ele parecia animado. Afinal, esses momentos de calma eram preciosos, especialmente com tudo que estava acontecendo nos últimos meses. A gravidez, o noivado, a preparação para a chegada dos bebês... tudo parecia uma montanha-russa de emoções e, de alguma forma, sentar e compartilhar uma refeição tranquila parecia uma pequena vitória.

— Espero que você realmente consiga aproveitar — comentei, brincando enquanto pegava meu garfo. — E se não conseguir, prometo que vou comer por nós dois.

Ele riu, e começamos a comer, aproveitando a comida deliciosa e o clima descontraído entre nós. A cada garfada, eu sentia um pouco mais de tranquilidade tomar conta de mim. O restaurante, que antes parecia apenas um lugar para relaxar, agora parecia ser um refúgio. O som suave de uma música ao fundo, o murmúrio das outras conversas ao redor, e o sorriso de Percy do outro lado da mesa, tudo contribuía para aquela sensação de que estávamos exatamente onde deveríamos estar.

Entre uma garfada e outra, Percy olhou para mim com um sorriso travesso no rosto.

— Sabe, tem outra coisa que quero te contar — ele disse, de repente.

Eu arqueei uma sobrancelha, curioso, enquanto colocava o garfo de lado por um momento.

— Ah, é? E o que seria? — perguntei, já esperando algo divertido.

Percy deu uma risadinha, claramente preparando-se para o que viria a seguir.

— Lembra de quando começamos a sair? E você achava que a garçonete ia esquecer o nosso pedido? — ele começou, e eu senti minhas bochechas esquentarem instantaneamente.

— Eu não achava... — tentei protestar, mas ele me interrompeu, sorrindo ainda mais.

— Não, você achava sim! E adivinha só... eu achei isso tão fofo. Tão... você — ele disse, colocando o garfo de lado e inclinando-se um pouco na minha direção. — E hoje, aqui estamos nós, anos depois, casados, com gêmeos a caminho. Quem diria, hein?

Eu ri, abaixando a cabeça por um momento, sentindo o calor das lembranças preencher meu peito.

— É, quem diria... — murmurei, levantando os olhos para encontrar os dele novamente. — Mas, quer saber? Eu não mudaria nada. Cada momento com você, desde aquelas pequenas manias até os grandes acontecimentos, tudo foi... perfeito do jeito que tinha que ser.

Percy sorriu, dessa vez com mais ternura do que antes, e por um breve momento, o mundo pareceu parar. O restaurante, a música, tudo ao nosso redor se dissolveu, e só restávamos nós dois, compartilhando algo que nem palavras poderiam explicar completamente. Era aquele tipo de conexão que fazia tudo valer a pena, aquela sensação de que, não importava o que acontecesse, estávamos no mesmo caminho, juntos.

O restante do jantar passou assim, entre conversas leves, risadas e alguns momentos silenciosos, onde apenas a companhia um do outro bastava. Quando a sobremesa chegou — um sorvete coberto de frutas frescas que Percy pediu com um brilho nos olhos — compartilhamos cada colherada como se fosse um segredo só nosso, algo que não precisava ser explicado ou dividido com mais ninguém.

E, quando finalmente saímos do restaurante, a noite parecia ainda mais tranquila. O ar estava fresco, e as estrelas começavam a aparecer no céu. Percy segurou minha mão novamente, e eu apertei a dele com firmeza, sentindo a mesma coisa que sentira no início da noite: gratidão. Por ele, por nós, por tudo que ainda estava por vir.

— Obrigado por isso — ele disse suavemente enquanto caminhávamos em direção ao carro.

— Por quê? — perguntei, curioso.

— Por tudo — respondeu ele, sorrindo daquele jeito que só ele sabia, como se aquelas palavras fossem mais do que suficientes. E, naquele momento, eram.

Sorri de volta, puxando-o levemente para perto de mim antes de nos acomodarmos no carro, prontos para voltar para casa e continuar nossa vida, agora um pouco mais leve, um pouco mais feliz.

Me virei lentamente para Percy, sentindo a tensão leve no ar entre nós, até que nossos lábios se encontraram de forma inesperada, mas inevitável. O toque foi quente, suave no início, mas rapidamente se intensificou, como se a conexão entre nós queimasse de dentro para fora. O beijo dele era uma mistura de delicadeza e desejo, seus lábios moldando-se aos meus com um fervor que me fazia esquecer o mundo ao nosso redor. Nossas mãos, antes apenas repousadas, agora se agarravam com força, buscando um ao outro com urgência. Cada beijo trocado era um lembrete silencioso do quanto estávamos entrelaçados em corpo e alma.

Percy se aconchegou em meus braços, seus dedos deslizando pelo meu pescoço enquanto trocávamos mais beijos, lentos e intensos, como se quiséssemos prolongar aquele momento para sempre. O calor do corpo dele contra o meu, o jeito que ele se moldava perfeitamente em meus braços, era mais do que físico. Era como se cada parte dele soubesse exatamente onde pertencer.

Era maravilhoso sentir nosso amor em cada pequeno gesto, em cada beijo trocado, como se o universo inteiro estivesse nos assistindo, sabendo que pertencíamos um ao outro. O amor que compartilhávamos não estava apenas nos grandes momentos; ele se manifestava nas coisas simples, como o toque de nossas mãos ou o olhar que trocávamos sem dizer uma palavra.

— Você sabe, não é? — murmurei contra os lábios dele, meus dedos traçando pequenos círculos nas costas dele. — Que eu enfrentaria qualquer coisa por nós. Que nada pode nos deter.

Percy olhou para mim, seus olhos brilhando com uma mistura de ternura e desejo. Ele não precisou dizer nada; eu sabia que ele sentia o mesmo. Nossos beijos não eram apenas demonstrações de afeto. Eles eram nossa forma de comunicar o que as palavras muitas vezes não conseguiam. Nosso amor transcende o pensamento, flui em cada toque, em cada ato. Sabíamos que, com isso, podíamos superar qualquer obstáculo que aparecesse em nosso caminho.

Senti uma onda de felicidade inundar meu peito, não por algo grandioso, mas por perceber que a felicidade estava em momentos como este. Pequenos gestos, o carinho presente em cada detalhe. Saber que Percy e eu existimos um para o outro em cada momento, como se estivéssemos em uma dança silenciosa de parceria e amor, era a coisa mais linda que alguém poderia experimentar.

— Somos perfeitos assim — sussurrei contra seus lábios antes de beijá-lo mais uma vez, dessa vez de forma lenta e profunda, como se eu quisesse guardar a sensação dele para sempre.

Cada dia ao lado dele parecia curto demais. Eu desejava que as horas se esticassem, que os dias tivessem mais do que 24 horas, só para ter mais tempo de viver ao lado dele. A forma como Percy olhava para mim, o jeito como sua voz me envolvia, tudo nele era especial. Era como se nossos corações pulsassem no mesmo ritmo, duas metades que finalmente se encontraram.

— Você é tudo que eu sempre sonhei — disse Percy, seus dedos traçando levemente meu rosto, e eu não consegui evitar sorrir.

— E você é minha alma gêmea — completei, minha voz baixa, mas carregada de sentimento.

Nos olhamos por um instante antes de, quase como se tivéssemos ensaiado, falarmos ao mesmo tempo:

— Te amo.

Nossas testas se uniram em um gesto íntimo, como se estivéssemos selando um pacto silencioso. E naquele instante, percebi que esse amor não era apenas algo que nos fazia sorrir. Era algo que nos movia, que nos fazia acreditar que, não importava o que acontecesse, sempre estaríamos juntos.

Com nossas testas ainda unidas, o mundo ao nosso redor parecia desaparecer. O restaurante, as luzes suaves, o murmúrio de conversas distantes, tudo se dissolvia enquanto nos perdíamos naquele momento. A sensação de ter Percy tão perto, de sentir sua respiração misturada à minha, me dava uma sensação de paz que era difícil de descrever. Era como se estivéssemos sincronizados de uma forma que transcende o físico — algo que era muito mais profundo, algo que só nós entendíamos.

Eu passei a mão suavemente pelos cabelos dele, observando os olhos fechados e o pequeno sorriso que ele exibia. Naquele instante, tudo parecia fazer sentido. Toda a jornada até aqui, todas as dúvidas, os desafios, as inseguranças. Estar com Percy fazia tudo valer a pena, e a certeza de que tínhamos um ao outro me preenchia de um jeito indescritível.

— Sabe, às vezes eu me pergunto como tive tanta sorte em te encontrar — falei suavemente, minha voz mal passando de um sussurro.

Percy abriu os olhos e sorriu, aquele sorriso doce que sempre me desarmava.

— Talvez não tenha sido sorte. Talvez tenha sido destino — ele respondeu, e seu tom de brincadeira era suavizado pela sinceridade por trás de suas palavras.

Eu ri suavemente, ainda acariciando seu cabelo. — Talvez... Talvez o universo soubesse que eu precisava de você, mais do que qualquer coisa.

Ele inclinou a cabeça para o lado, sua expressão ficando mais séria por um breve momento. — E eu precisava de você. Não acho que eu seria a pessoa que sou hoje sem você ao meu lado. Você me mostrou tantas coisas, me deu tantas razões para continuar a acreditar no amor, na parceria... na vida.

Suas palavras me pegaram de surpresa, e por um momento, fiquei sem saber o que dizer. Tudo o que pude fazer foi abraçá-lo mais forte, como se quisesse transmitir o que as palavras não conseguiam expressar.

— Eu também não seria o mesmo sem você, Percy. Você me faz querer ser melhor, me faz acreditar que qualquer coisa é possível desde que estejamos juntos — murmurei contra o topo da sua cabeça, sentindo a calmaria que ele trazia para minha alma.

O silêncio que se seguiu foi confortável. Ficamos apenas ali, abraçados, sentindo a presença um do outro. Sabíamos que a vida nem sempre seria fácil, que haveriam mais desafios à frente, mas naquele momento, tudo parecia estar exatamente como deveria. Era como se o amor que compartilhávamos nos blindasse de qualquer tempestade que pudesse vir.

Depois de algum tempo, Percy se afastou um pouco, apenas o suficiente para me olhar nos olhos novamente.

— Vamos para casa? — ele perguntou, sua voz suave e cheia de carinho.

Assenti, sorrindo.

— Vamos.

Pagamos a conta e saímos de mãos dadas do restaurante, a brisa da noite acariciando nossos rostos enquanto caminhávamos até o carro. A lua brilhava suavemente no céu, iluminando o caminho à nossa frente, como se estivesse nos guiando para um futuro brilhante e cheio de possibilidades.

Ao entrarmos no carro, Percy escolheu uma música suave para tocar enquanto eu dirigia. A estrada à nossa frente parecia infinita, mas ao mesmo tempo, não havia pressa. Estávamos juntos, e isso era tudo o que importava.

Percy se aconchegou no meu ombro, e eu sorri, sentindo meu coração tranquilo e completo.

— Eu nunca vou me cansar disso — ele sussurrou.

— Nem eu — respondi, passando uma mão pelos seus cabelos enquanto a música continuava a tocar suavemente no fundo.

E assim, seguimos para casa, sabendo que, independentemente do que o futuro trouxesse, estaríamos prontos. Porque o amor que compartilhávamos era forte, verdadeiro e inquebrável. E isso, mais do que qualquer outra coisa, nos sustentaria para sempre.

Com Percy ao meu lado, eu sabia que estávamos prontos para enfrentar o que viesse, juntos.
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Gostaram?

Até a próxima 😘

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