Capitulo Trinta e Três
Lohan Williams Wilson:
Olho para o berço onde os gêmeos dormem tranquilos, respirando suavemente, como se o mundo ao redor deles fosse um lugar seguro e calmo. Mal posso acreditar que já se passaram dois dias desde que vieram ao mundo, e, desde o primeiro instante, transformaram minha vida de maneiras que eu nunca imaginaria. Eles são tão pequenos, frágeis e incrivelmente fofos. Cada traço em seus rostinhos é perfeito, cada movimento, mesmo que mínimo, me enche de uma felicidade que mal consigo descrever.
Toda a nossa família está completamente apaixonada por eles. É como se esses dois pequeninos tivessem o poder de unir ainda mais os nossos corações, de intensificar o amor que já sentíamos. Até Gina, nossa filha mais velha, está completamente encantada. Ela se tornou uma irmã tão dedicada, sempre por perto, sempre pronta para ajudar com os irmãos. Cada vez que vejo o cuidado dela ao olhar para os gêmeos, o brilho de carinho em seus olhos, sinto uma onda de orgulho e amor que me faz sorrir. Ela cuida deles como se fossem um presente precioso, e saber que ela estará ao nosso lado nesse novo capítulo da nossa vida me dá uma paz indescritível.
Enquanto observo os gêmeos, uma mistura de emoções me invade. É como se o mundo ao redor desaparecesse, deixando apenas a nossa pequena família, envolta em uma bolha de amor e proteção. Eles ainda são tão novos, e, ao mesmo tempo, já têm todo o meu coração.
Se eu pudesse descrever com precisão, Kai sempre foi o mais energético, até nos pequenos gestos enquanto dorme. Mesmo no berço, ele se mexe mais, com pequenos socos no ar e pernas que chutam suavemente, como se estivesse pronto para enfrentar o mundo, mesmo enquanto sonha. É como se sua energia fosse inesgotável, um reflexo de sua curiosidade e entusiasmo, que, mesmo tão pequenino, já é impossível de ignorar.
Rochelle, por outro lado, é o oposto. Ela dorme tão tranquilamente que parece flutuar em um mundo de paz. Seus movimentos são quase inexistentes, como se o sono fosse seu refúgio seguro, e seu rosto sereno me traz uma sensação de calma absoluta. Mesmo quando ambos estão lado a lado no berço, a diferença entre os dois é palpável. Kai se agita e se remexe, enquanto Rochelle repousa em uma quietude tão doce, que é difícil não sorrir só de vê-la.
Cada um deles já parece ter sua própria personalidade tão única, mesmo em algo tão simples como dormir.
A porta do quarto se abriu devagar, e eu me ajeitei na poltrona, já me preparando para quem entraria. Era Gina, com seu pijama azul cheio de estrelas e, claro, o inseparável sapo cowboy que Percy havia dado a ela. Aquele brinquedo já havia se tornado um companheiro fiel, nunca saindo de perto, especialmente à noite.
Ela caminhou silenciosamente até mim, seus passinhos quase inaudíveis no tapete macio do quarto. Quando se aproximou, eu a levantei com cuidado e a coloquei no meu colo. Ela se aconchegou, repousando a cabeça no meu peito, enquanto eu a envolvia com os braços, sentindo o calor suave de seu corpo.
— Perdeu o sono, querida? — perguntei suavemente, afagando seus cabelos macios, tentando descobrir o que a trazia aqui tão tarde.
Ela levantou o olhar para mim, os olhos castanhos brilhando sob a luz suave do abajur. Havia uma preocupação genuína em seu rosto, aquele tipo de inquietação que só as crianças conseguem expressar com tanta pureza.
— Papai, eles estão bem? Não aconteceu nada de errado? — Gina perguntou, sua voz pequena e doce, mas cheia de preocupação.
O coração apertou de leve com a ternura daquele momento. Ela já havia se apegado aos gêmeos de uma maneira tão profunda que parecia carregar nos ombros a responsabilidade de uma irmã mais velha. Olhei para ela, sorrindo, tentando tranquilizá-la.
Inclinei-me um pouco para beijar o topo da cabeça dela, sentindo o leve perfume infantil que sempre me fazia lembrar de como o tempo passava rápido demais. Gina estava crescendo, e ver como ela já assumia o papel de irmã mais velha com tanto carinho me enchia de orgulho.
— Eles estão bem, meu amor. — respondi baixinho, com a voz tranquila, enquanto a balançava suavemente em meu colo. — Nada de errado aconteceu. Estão dormindo como dois anjinhos.
Ela soltou um pequeno suspiro de alívio, apertando o sapo cowboy contra o peito. Por um momento, ficou em silêncio, como se estivesse processando minhas palavras, olhando para os gêmeos no berço com um olhar de quem queria proteger e cuidar, apesar de ser tão pequena ainda.
— Eu... só queria ter certeza. — Gina murmurou, como se estivesse tentando esconder a profundidade de sua preocupação.
Eu a puxei um pouco mais para perto, sentindo o calor do seu corpo, e de repente, me vi refletindo sobre o quão grande ela parecia agora. Não só no tamanho, mas na maneira como estava sempre por perto, ajudando e se preocupando. Era como se, em poucos dias, Gina tivesse se tornado ainda mais madura.
— Você é uma irmã incrível, sabia? — murmurei, sentindo um nó na garganta. — Eles têm muita sorte de ter você para cuidar deles.
Gina ergueu os olhos para mim de novo, com um brilho de orgulho misturado à sua habitual doçura.
— Eu só quero que eles fiquem sempre bem. — disse, com uma seriedade que me emocionou. — Como eu sempre fiquei com você e o Percy.
Essas palavras, tão simples e sinceras, me pegaram desprevenido. Não pude evitar o sorriso que se formou em meus lábios. O amor que Gina sentia por nós e agora pelos gêmeos era palpável, quase como se preenchesse o ar ao nosso redor.
— E você ficará, sempre. — respondi, apertando-a mais uma vez, sentindo o peso da promessa que aquelas palavras carregavam. — Todos nós ficaremos bem, juntos. Eu prometo.
Ela pareceu relaxar, se acomodando mais no meu colo, e fiquei ali, embalando-a levemente, sentindo o coração aquecer. Observamos os gêmeos em silêncio, enquanto o sono começava a pesar nos olhos de Gina novamente. O ambiente parecia perfeito naquele momento, como se o tempo tivesse parado apenas para nos permitir aproveitar aquele instante de paz.
— Papai, você acha que eles vão gostar de mim tanto quanto eu gosto deles? — Gina perguntou, a voz já embargada pelo cansaço, mas com uma ponta de dúvida que me fez sorrir.
Afaguei seus cabelos mais uma vez, com a certeza em meu coração.
— Eles já amam você, Gina. Talvez ainda não possam dizer isso com palavras, mas eles sentem. E com o tempo, vão mostrar isso de tantas maneiras que você nem vai acreditar.
Ela sorriu suavemente, os olhos já quase fechados, e não demorou muito para que ela finalmente adormecesse em meus braços. O quarto estava em silêncio, exceto pela respiração tranquila dos gêmeos e o som suave do vento lá fora.
Por um momento, fiquei ali, simplesmente apreciando aquele instante. Eu era pai de três crianças maravilhosas, cada uma com sua própria luz, e não podia pedir por mais.
Fechei os olhos, sentindo o calor suave de Gina adormecida em meus braços, e o som ritmado das respirações dos gêmeos ao fundo. O peso das emoções daquele dia, misturado com a calma do momento, foi lentamente me envolvendo. Cada batida do meu coração parecia sincronizar-se com a paz que preenchia o quarto.
Com a certeza de que estávamos todos juntos, seguros, meu corpo relaxou completamente. Um último pensamento de gratidão passou pela minha mente — pela nossa família, pelo amor que nos unia — antes que eu também fosse vencido pelo cansaço.
Adormeci, envolto na tranquilidade do momento, com a sensação de que o futuro estava cheio de promessas e amor, tão certo quanto o sono profundo que agora me abraçava.
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Quando abri os olhos, o quarto já estava banhado pela luz suave do sol que entrava pelas cortinas entreabertas. O calor suave do dia começava a se fazer presente, trazendo uma sensação de renovação. Me mexi levemente, sentindo o peso de Gina ainda adormecida em meus braços, enquanto o som suave de movimentos cuidadosos me chamou a atenção.
Olhei em direção aos berços e lá estava Percy, inclinado sobre os gêmeos, com aquele sorriso terno que sempre me aquecia o coração. Ele segurava Rochelle com delicadeza, já se preparando para trocar sua fralda.
— Como está a minha menininha adorável? — ele murmurou para ela, sua voz cheia de amor, enquanto Rochelle, ainda sonolenta, soltava um leve suspiro, alheia à atenção carinhosa do pai.
Então, Percy levantou os olhos e me encontrou, seu sorriso se ampliando ao me ver.
— E como está o meu maridão e a minha princesinha? — ele disse, com um tom divertido e amoroso. — Não acredito que vocês dois dormiram na poltrona de novo.
Tentei me endireitar, sentindo os músculos um pouco rígidos pela posição, mas o calor da noite passada, com Gina aninhada em meu peito, fez com que o desconforto valesse a pena.
— Acho que foi uma longa noite — respondi, sorrindo de volta para ele. — Mas foi perfeita. Não consegui resistir em ficar mais tempo com eles... e com nossa pequena aqui.
Percy balançou a cabeça com uma expressão mista de adoração e exasperação, enquanto terminava de cuidar de Rochelle.
— Vocês dois são impossíveis. — Ele riu, olhando com carinho para nós. — Mas devo admitir que é adorável ver vocês assim. Só não se acostume muito a essas maratonas de poltrona, maridão, porque logo vou querer você na cama comigo de novo.
A brincadeira em sua voz me fez rir baixinho, enquanto ele voltava sua atenção para Rochelle, agora trocada e pronta para começar o dia.
— Vamos fazer um acordo. — Percy continuou, se aproximando de mim com Rochelle nos braços. — Hoje, você e Gina descansam, e eu cuido dos gêmeos. Afinal, sou o papai super-herói por aqui, não sou?
Sorri, sentindo meu coração se aquecer mais uma vez ao olhar para Percy com Rochelle nos braços, Gina ainda aninhada no meu colo, e o sol iluminando tudo com um brilho suave. A vida parecia perfeita naquele momento, e eu não podia pedir por mais.
— Não, eu te ajudo — respondi, tentando me levantar com cuidado para não acordar Gina, mas, antes que eu conseguisse me mexer muito, senti seu pequeno corpo se mexer no meu colo. Ela piscou os olhos devagar, acordando com a luz suave da manhã.
— Eu também ajudo, papai — Gina disse com aquela determinação infantil que sempre me fazia sorrir. Ela já estava se desenrolando de mim, pronta para se juntar à nossa rotina matinal. Seu desejo de estar presente e ser útil, mesmo tão jovem, aquecia meu coração.
Percy riu, balançando a cabeça enquanto olhava para nós dois.
— Acho que estou cercado por ajudantes incríveis. — Ele colocou Rochelle de volta no berço com cuidado e se aproximou de Gina, se abaixando na altura dela. — E como a minha princesinha quer ajudar hoje?
Gina abriu um sorriso, seus olhos brilhando de excitação enquanto se balançava nas pontas dos pés.
— Eu posso pegar as fraldas ou cantar para eles, papai! Eu sou muito boa em canções de ninar, lembra?
— Ah, disso eu lembro bem — Percy disse com uma piscadela para ela. — Você cantou tão bem ontem à noite que até seu papai dormiu na poltrona!
Eu ri, ainda meio grogue de sono, mas o som da risada de Percy e a energia de Gina me revigoravam.
— Parece que temos uma equipe completa aqui — acrescentei, levantando-me finalmente e alongando os braços com cuidado. — Então, que tal começarmos o dia com uma troca de fraldas e uma boa canção de ninar? Ou... quem sabe um café da manhã reforçado?
Percy se aproximou, passando um braço ao redor da minha cintura, enquanto Gina correu até o trocador com uma energia contagiante.
— Eu acho que temos tudo sob controle — Percy disse, com aquele sorriso que sempre me fazia sentir que, independentemente de quão caótico fosse o dia, tudo ficaria bem enquanto estivéssemos juntos.
E, naquele momento, cercado pelo amor da minha família, não pude deixar de pensar o quanto nossa vida havia se transformado, de forma tão linda e inesperada, e como cada pequeno gesto, cada sorriso, tornava tudo ainda mais especial.
Percy me puxou para mais perto, e o calor do seu corpo junto ao meu fez o mundo ao redor parecer desaparecer por um momento. Ele olhou nos meus olhos com aquele brilho que sempre fez meu coração acelerar, como se, mesmo depois de tanto tempo, o sentimento entre nós ainda fosse novo, vivo, pulsante.
— Sabe, não importa quantas noites a gente tenha assim — Percy sussurrou, seu rosto a poucos centímetros do meu —, eu nunca vou me cansar de te ver assim, todo dedicado e carinhoso. Você é a cola que mantém tudo isso junto, Lohan. Não consigo imaginar nada disso sem você.
Seus olhos me encaravam com uma intensidade que sempre me fazia sentir amado, seguro, como se não houvesse lugar no mundo onde eu preferisse estar do que ali, nos braços dele, com nossos filhos perto e o futuro diante de nós.
— Eu sou a cola? — ri, tentando aliviar um pouco a emoção que começava a me transbordar, mas sentindo o calor no meu peito aumentar. — Acho que se alguém mantém isso aqui de pé, é você, Percy. Eu só sigo o seu exemplo.
Ele sorriu, aquele sorriso que sempre fazia meu coração derreter, e, antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ele me puxou para um beijo suave. Nossos lábios se encontraram com a mesma familiaridade de sempre, mas havia algo a mais, uma profundidade, uma promessa silenciosa de que não importava o que viesse, estaríamos sempre juntos. O toque de seus lábios me trouxe uma onda de emoções — amor, gratidão, e uma profunda certeza de que tudo que estávamos construindo era real, sólido, eterno.
Quando ele se afastou, nossos rostos ainda próximos, ele sussurrou:
— Eu te amo, Lohan. E cada vez que olho para você com os nossos filhos, eu me apaixono mais um pouquinho.
Minhas mãos deslizaram para o seu rosto, acariciando suavemente suas bochechas enquanto nossos olhares se encontravam novamente. Percy sempre soube o que dizer, como me fazer sentir como se fosse o único homem no mundo. E, naquele momento, eu sabia que ele sentia o mesmo.
— Eu também te amo — murmurei de volta, sentindo minha voz falhar um pouco pela emoção que se acumulava. — Cada dia ao seu lado me faz ter certeza de que estamos exatamente onde deveríamos estar.
Percy sorriu e, antes que pudéssemos mergulhar ainda mais naquele momento, Gina nos interrompeu com sua habitual doçura:
— Papai! Vocês vão trocar a fralda da Rochelle ou ficar namorando o dia todo? — disse, com as mãos na cintura e uma expressão de fingida impaciência que nos fez rir.
Percy piscou para ela, levantando-se com a leveza que só ele conseguia demonstrar, e caminhou até o trocador. Eu observei, meu coração transbordando de felicidade. Ele era o pai, o marido, e o companheiro que eu sempre sonhei ter, e cada pequeno gesto dele, cada palavra, só reforçava isso.
— Tudo bem, tudo bem, Gina — Percy disse com uma risada suave. — Vamos cuidar da nossa pequena Rochelle enquanto o papai Lohan ajuda o Kai a ficar limpinho também.
Eu sorri, pegando Kai com cuidado, que se mexeu um pouco no sono, e me aproximei do trocador ao lado de Percy. Enquanto cuidávamos dos gêmeos, senti suas mãos esbarrando nas minhas de propósito, o toque discreto mas cheio de carinho, como se ele estivesse dizendo silenciosamente que mesmo nas tarefas mais simples, ele queria estar ao meu lado.
— Parece que teremos um dia longo pela frente — comentei, rindo ao ver Kai abrir os olhos com uma expressão curiosa.
Percy olhou para mim, com aquele olhar que me fazia sentir como se o mundo fosse só nosso.
— Um longo e maravilhoso dia. Desde que seja com você, Lohan, sempre será.
Percy e eu trocávamos olhares cúmplices enquanto cuidávamos dos gêmeos, as mãos dele roçando as minhas a cada movimento, como se mesmo nas menores ações ele quisesse manter aquela conexão, aquele laço invisível que sempre nos unia. Senti meu coração acelerar novamente — ele sempre tinha esse efeito sobre mim, mesmo depois de tudo o que vivemos juntos.
Kai abriu os olhos lentamente, ainda meio grogue do sono, e quando seu pequeno olhar encontrou o meu, senti uma onda de ternura me invadir. Ele se mexia com aquela energia típica, os braços e pernas chutando levemente no ar, enquanto Percy, do outro lado, embalava Rochelle com uma delicadeza que derretia meu coração.
— Viu? Até o Kai concorda — Percy riu baixinho, apontando para o pequeno sorriso que se formava no rostinho do nosso filho. — Ele sabe que papai Lohan não conseguiria passar um dia sem me ajudar. Somos uma dupla imbatível.
— Somos, sim — concordei, sorrindo de volta enquanto terminava de trocar Kai. — Mas eu diria que somos mais que isso. Somos uma equipe, e não só nós dois... — Olhei para Gina, que ainda estava ao nosso lado, observando tudo com um brilho nos olhos. — Temos a ajuda da nossa pequena aqui também.
Gina sorriu timidamente, como se estivesse sendo oficialmente incluída no time, e Percy estendeu a mão para ela, convidando-a para dar um beijo suave na testa de Rochelle.
— É verdade, Gina — ele disse com um carinho na voz que me fez suspirar de felicidade. — Você é uma parte essencial da nossa equipe. Não poderíamos fazer tudo isso sem você.
Gina se inclinou, dando um beijo suave em Rochelle, e depois em Kai, que agora estava completamente desperto e rindo de algo que só ele entendia. O som da risada dele ecoou pelo quarto, e aquele momento, com Percy ao meu lado, Gina sorrindo, e os gêmeos rindo, me fez perceber o quanto nossa vida estava repleta de amor.
Enquanto terminávamos de arrumar os pequenos, Percy se aproximou de mim novamente, passando o braço por trás da minha cintura e me puxando para perto. Senti o calor do corpo dele contra o meu, a familiaridade e o conforto de estar em seus braços. Ele inclinou a cabeça e sussurrou em meu ouvido:
— Lohan, às vezes eu me pergunto como conseguimos construir algo tão bonito assim. Você, eu, Gina, e agora nossos pequenos. Parece um sonho.
Virei-me para ele, sentindo meu peito apertar com a profundidade das suas palavras, e olhei diretamente nos seus olhos.
— Talvez seja um sonho — respondi, sorrindo. — Mas é o tipo de sonho que eu nunca quero acordar.
Ele me puxou ainda mais para perto, e, naquele instante, com Gina ao nosso lado e os gêmeos seguros em seus berços, o mundo parecia perfeitamente completo. Percy me deu um beijo suave, breve, mas cheio de significado. Era como se, com aquele toque, ele reafirmasse tudo o que já tínhamos vivido e tudo o que ainda estava por vir.
— Eu sou o homem mais sortudo do mundo por ter você — ele disse, com a voz rouca de emoção. — E cada dia com você, Lohan, me faz querer ser ainda melhor, por nós, por nossos filhos.
— Você já é tudo o que eu preciso — respondi, sentindo minha voz embargar pela emoção. — E juntos, Percy, vamos enfrentar qualquer coisa. Somos mais fortes quando estamos juntos.
Ele sorriu, e eu soube, naquele momento, que nada no mundo poderia nos abalar. Estávamos construindo uma vida cheia de amor, cumplicidade, e uma família que crescia a cada dia. Eu tinha tudo o que sempre sonhei bem ali, nos braços de Percy, cercado pelos risos de nossos filhos e pelo calor de nossa pequena equipe.
E enquanto o sol da manhã iluminava o quarto, soube que, não importa o que viesse, estaríamos prontos, juntos, para viver cada dia com ainda mais amor.
Percy me puxou para mais perto, e ficamos ali, abraçados por um momento, deixando o silêncio confortável falar por nós. Podia sentir o ritmo de sua respiração, suave e constante, enquanto o calor do seu corpo se fundia com o meu. Era nesses pequenos momentos que eu percebia a profundidade da nossa conexão, um laço que parecia impossível de quebrar, não importa o que a vida nos trouxesse.
Gina, sempre atenta, se aproximou e nos puxou pelas mãos, sorrindo com aquela empolgação típica dela.
— Vamos tomar café da manhã, papai! — disse, seus olhos brilhando de animação. — Eu vou ajudar a fazer panquecas!
Soltamos uma risada leve, e Percy, com aquele jeito carinhoso, bagunçou os cabelos de Gina enquanto a puxava para o corredor.
— Panquecas parecem uma ideia perfeita para começar o dia — ele disse, olhando para mim com um sorriso que fez meu coração acelerar. — E acho que papai Lohan precisa de um café forte para despertar de vez.
— Acho que vou precisar de mais de uma xícara — brinquei, me espreguiçando enquanto olhava para os gêmeos, que agora estavam tranquilos em seus berços. — Mas com você e Gina cuidando das panquecas, acho que posso relaxar um pouco.
Percy sorriu, mas havia algo nos olhos dele, algo profundo e terno. Ele pegou minha mão novamente, apertando-a de leve, e quando nossos olhares se encontraram, senti uma onda de emoção me percorrer.
— Lohan, você é o meu mundo. Não importa o quão cansativo ou difícil o dia seja, enquanto você estiver ao meu lado, eu sei que tudo vai dar certo.
Suas palavras, sempre ditas com tanto carinho e sinceridade, me tocaram profundamente. Era essa a magia de Percy — ele sabia exatamente como me fazer sentir amado, protegido, e completo. Apertei sua mão de volta, deixando o calor do momento falar por mim.
— Você também é o meu mundo, Percy — respondi, sentindo a voz um pouco embargada pela emoção. — Tudo o que temos, essa vida que estamos construindo, é o meu maior presente. Eu não poderia estar mais grato por ter você e nossa família.
Percy se aproximou e deu um beijo suave na minha testa, como se estivesse reafirmando tudo o que havíamos compartilhado até ali. E naquele instante, soube que o amor entre nós era o alicerce de tudo o que construíamos. Era o tipo de amor que não só resistia ao tempo, mas que florescia mais forte a cada dia.
Gina, impaciente, nos puxou mais uma vez, rindo enquanto nos arrastava para a cozinha.
— Vamos logo, papais! As panquecas não vão se fazer sozinhas!
Rindo, seguimos nossa pequena líder até a cozinha, onde o cheiro de café fresco e a promessa de um café da manhã em família nos esperavam. Enquanto preparávamos a refeição, com Gina falando animadamente e Percy rindo de suas travessuras, senti meu coração transbordar de felicidade. Aqueles momentos simples, cheios de amor e risadas, eram o que fazia a vida valer a pena.
Percy, como sempre, era uma força constante ao meu lado, e juntos, sabíamos que não importava o que o futuro nos trouxesse, estaríamos prontos. Nossa família era nossa fortaleza, e o amor que compartilhávamos era o pilar que sustentava tudo. Eu olhei para Percy, que me devolveu um sorriso cúmplice, e soube que, com ele ao meu lado, qualquer desafio seria apenas mais uma oportunidade de crescer e amar ainda mais profundamente.
E assim, em meio a panquecas, risos e promessas silenciosas, comecei mais um dia ao lado do homem que fazia minha vida completa, cercado por aqueles que amava, e com a certeza de que, enquanto estivéssemos juntos, o futuro seria sempre brilhante.
À medida que o café da manhã se desenrolava, com Gina misturando a massa de panquecas com todo o entusiasmo do mundo e Percy se certificando de que tudo estivesse no ponto, me senti envolto por uma sensação profunda de paz. Era engraçado como as coisas simples, como o cheiro de café fresco e risadas na cozinha, podiam transformar o ordinário em algo extraordinário.
Percy, com uma habilidade natural, equilibrava tudo — mantendo um olho em Gina e outro em mim, sempre garantindo que o caos nunca escapasse ao controle. Às vezes, ele lançava olhares rápidos na minha direção, o tipo de olhar que me dizia, sem palavras, o quanto ele apreciava esses momentos. Nossa cumplicidade estava em cada pequeno gesto, e aquilo era tudo o que eu sempre havia sonhado.
Quando finalmente nos sentamos à mesa, com a pilha de panquecas no centro, Gina, já suja de massa, esticou os braços e sorriu para nós.
— Prontinho! Agora é só comer! — disse ela, orgulhosa de sua participação.
Percy sorriu, cortando uma panqueca e servindo a todos. Olhei para ele, o homem que havia se tornado o pilar da nossa família, e senti uma onda de emoção me invadir novamente. O simples fato de estarmos juntos, compartilhando esses momentos, era uma bênção. Ele me olhou de volta, como se soubesse exatamente o que eu estava pensando, e me deu um sorriso caloroso, aquele sorriso que sempre me fazia sentir amado e seguro.
Enquanto comíamos, Gina começou a contar histórias sobre a escola, suas aventuras e sobre como ela estava animada para ensinar aos gêmeos tudo o que sabia. Percy e eu trocávamos olhares cheios de amor, ouvindo-a falar, enquanto as pequenas conversas enchiam o ambiente de alegria e de um conforto inegável.
Depois do café, Percy me pegou de surpresa, se inclinando e murmurando em meu ouvido:
— Que tal darmos um passeio com os gêmeos mais tarde? Aproveitar esse dia lindo e passar um tempo só nós, ao ar livre?
Sorri, assentindo levemente. A ideia de passarmos o dia juntos, apenas aproveitando a tranquilidade, parecia perfeita.
— Acho uma ótima ideia — respondi, segurando sua mão de leve, nossos dedos se entrelaçando automaticamente. — Vamos fazer isso.
Com Gina já correndo para pegar seus brinquedos, nos preparamos para a manhã lá fora, sabendo que seria mais um dia cheio de risadas, amor e pequenos momentos que nos aproximavam ainda mais. Percy ajeitou os gêmeos no carrinho, enquanto eu arrumava Gina, que já estava pronta para a aventura.
Saímos de casa, o sol iluminando tudo com uma luz suave, e senti a brisa leve passar, trazendo consigo uma sensação de renovação e esperança. Percy segurou minha mão enquanto empurrava o carrinho, e juntos caminhamos, com Gina correndo à frente, rindo e brincando, e os gêmeos tranquilos no carrinho.
Naquele momento, enquanto seguíamos em direção ao parque, eu soube, com mais certeza do que nunca, que a vida, com todas as suas voltas e desafios, havia me presenteado com o mais puro dos tesouros: uma família que me amava, um parceiro que era meu tudo, e uma vida cheia de promessas e amor. Não havia nada mais que eu pudesse pedir.
E, assim, com Percy ao meu lado, nossa jornada continuava, sempre de mãos dadas, sempre em frente, construindo um futuro juntos, cheio de momentos perfeitos como aquele.
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Gostaram?
Até a próxima 😘
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