Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo Treze

Lohan Wilson:

Enquanto caminhava em direção ao elevador, senti meu coração martelar no peito, cada batida ecoando na minha cabeça como um aviso. A ideia de ver Percy fora daquele ambiente habitual, sem a armadura de formalidade e controle que sempre me envolvia, era... desconcertante. Durante anos, construí barreiras, cada uma mais sólida que a anterior, para manter os outros à distância. Ninguém jamais se atreveu a cruzar essa linha invisível — até Percy. Com ele, as coisas pareciam diferentes, inevitáveis, como se eu estivesse sendo atraído para uma queda que não conseguia evitar.

O som suave do elevador descendo contrastava com o turbilhão dentro de mim. Cada andar que passava era uma tortura silenciosa. Minhas mãos estavam inquietas, movendo-se de um lado para o outro como se procurassem algo para se agarrar, algo que ancorasse a maré crescente de ansiedade. O ar parecia mais denso, quase sufocante, e o aperto no meu peito aumentava. Esse almoço não seria apenas uma refeição casual; eu sabia que era um divisor de águas, o momento em que tudo poderia mudar — ou desmoronar.

Quando as portas do elevador se abriram, Alejandro estava lá, fiel como sempre, com sua postura impecável, segurando as chaves do carro como se aquilo fosse uma extensão natural de sua função.

— O restaurante já está preparado para recebê-los, senhor — ele disse com sua habitual eficiência.

— Obrigado, Alejandro — respondi, pegando as chaves. Hesitei por um breve momento, quase perguntando se ele sabia mais do que parecia. Havia algo em seu olhar, uma compreensão silenciosa, mas ele jamais cruzaria aquela linha. Alejandro era um profissional até o fim, mas, naquele instante, senti que ele sabia. Ele sempre soube mais do que dizia.

O caminho até o restaurante foi uma mistura de silêncio e murmúrios da cidade. O rádio tocava baixinho, uma tentativa desesperada de preencher o vazio que se alastrava dentro de mim. As ruas estavam surpreendentemente tranquilas, mas cada minuto no trânsito parecia uma eternidade. A cada quilômetro percorrido, meu estômago se apertava mais. Eu tentava, sem sucesso, ensaiar mentalmente o que diria a Percy. Mas como articular algo que nem eu conseguia entender? Cada pensamento se embaralhava, e a única certeza que restava era o caos que ele provocava dentro de mim.

Quando finalmente estacionei em frente ao restaurante, uma onda de ansiedade me atingiu, misturada a uma expectativa quase infantil. O local era elegante, mas aconchegante, do tipo que abraçava quem entrava. Percy estava ali, sentado em uma mesa perto da janela, com o rosto suavemente iluminado pela luz natural. Ele parecia tão despreocupado, folheando o cardápio como se fosse o ato mais natural do mundo.

À medida que me aproximava, nossos olhares se cruzaram, e ele sorriu daquele jeito tranquilo que sempre tinha, como se eu fosse bem-vindo em qualquer lugar ao seu lado. Era impossível não sentir a calma que sua presença trazia, uma leveza que fazia parecer que, por um momento, tudo ficaria bem.

— Oi — ele disse, com aquele brilho familiar nos olhos. — Já fez o pedido ou estava me esperando?

Eu sorri, tentando manter o tom descontraído, embora meu coração ainda estivesse acelerado. — Estou esperando você, é claro. Acredite, sou terrível em fazer escolhas sozinho.

Ele riu, e o som daquela risada suave atravessou meu peito como um alívio. Era como se, por um instante, a gravidade tivesse afrouxado seu aperto, e todas as decisões e responsabilidades que pesavam sobre mim tivessem evaporado.

— Vamos ver o que temos de bom aqui, então — disse Percy, voltando sua atenção ao cardápio, mas não sem me lançar um olhar curioso. — Embora, para ser sincero, você sempre parece saber o que quer, Lohan.

Essa observação me fez parar. Ele estava certo, de certa forma. No trabalho, na vida prática, eu sempre sabia o que queria. Mas, com Percy, tudo era uma incógnita. Eu sabia o que queria — queria estar com ele —, mas as emoções eram muito mais complicadas do que eu estava acostumado a lidar.

— Nem sempre — murmurei, minha voz soando mais baixa do que eu pretendia, quase como uma confissão. Era uma admissão tanto para ele quanto para mim: eu não tinha todas as respostas quando se tratava dele.

Percy me encarou por um momento, seu sorriso suavizando enquanto ele percebia que algo mais estava acontecendo. Ele fechou o cardápio, deixando-o de lado, e seu olhar encontrou o meu, direto e preocupado.

— Está tudo bem, Lohan? — ele perguntou, com uma suavidade que me desarmou completamente. — Você parece mais... tenso do que o normal.

Respirei fundo, sabendo que aquele era o momento. Não havia mais como adiar.

— Sim, estou bem — menti, minha voz não soando tão convincente quanto eu gostaria.

Percy franziu o cenho, a confusão clara em seu rosto.

— Achei estranho você me chamar para almoçar através da Dana — ele disse, inclinando a cabeça ligeiramente. Havia algo no tom dele, uma mistura de curiosidade e preocupação, que me fez querer desmoronar e ao mesmo tempo me agarrar a qualquer resquício de controle que ainda tivesse.

Eu poderia continuar a fingir que tudo estava normal, mas, naquele momento, percebi que não queria mais isso. Com Percy, as coisas sempre tinham sido diferentes. E, talvez, era hora de deixar que ele cruzasse aquela barreira que mantive por tanto tempo.

Enquanto o garçom se afastava com nossos pedidos anotados, senti a leveza retornar ao ambiente. Algo profundo havia sido dito, mesmo sem muitas palavras. Percy continuava a me olhar com aquele brilho nos olhos, e pela primeira vez em muito tempo, eu me permiti relaxar.

A conversa entre nós fluía de forma natural. Falávamos de coisas triviais, do trabalho, de Gina, até mesmo do futuro bebê, mas tudo estava envolto em uma nova camada de entendimento, algo que agora era inegável entre nós. Percy tinha essa capacidade de fazer até os assuntos mais sérios parecerem leves, como se o peso de cada decisão que eu normalmente carregava simplesmente se dissipasse em sua presença.

Eu o observava enquanto ele falava, notando os pequenos gestos que ele fazia. O jeito como ele sorria de canto quando tentava lembrar de algo, ou como seus olhos brilhavam quando falava de algo que o apaixonava. Era quase impossível não ser atraído por essa energia, essa autenticidade que Percy trazia para cada momento.

— Lohan — ele chamou minha atenção, sua voz suave, mas firme. — Eu sei que, para você, tudo isso deve parecer... estranho. Nós dois, as mudanças. Mas quero que saiba que estou aqui, e que estou disposto a fazer isso funcionar, sem pressa, como eu disse antes.

A sinceridade em sua voz me atingiu como uma onda. Eu não estava acostumado com esse tipo de vulnerabilidade, com esse tipo de abertura. Mas Percy, de alguma forma, fazia isso parecer menos assustador e mais... possível.

— Eu sei que estou agindo diferente de como costumo ser — confessei, encontrando os olhos dele com a mesma sinceridade. — Mas você tem esse jeito... Percy, de fazer tudo parecer mais simples. Eu não estou acostumado a isso, mas não quero perder a chance de descobrir onde isso pode nos levar.

Percy sorriu, um sorriso que iluminou o espaço ao nosso redor. Ele estendeu a mão por sobre a mesa, seus dedos tocando os meus de leve, um gesto simples, mas que carregava tanto significado.

— Não vamos perder essa chance, Lohan. — Ele disse isso com tanta convicção que, por um momento, todo o medo e a ansiedade que eu carregava começaram a se dissipar.

Aquele toque, embora breve, pareceu selar algo entre nós. Não era apenas o início de algo novo, era a confirmação de que ambos estávamos dispostos a seguir por esse caminho juntos, sem as barreiras que eu estava tão acostumado a erguer.

O restante do almoço passou como uma brisa. Rimos, conversamos e, mais importante, nos conectamos de uma maneira que eu nunca pensei ser possível. Percy me fazia sentir mais humano, mais aberto às possibilidades, e eu sabia que, dali em diante, as coisas entre nós mudariam.

Quando o almoço finalmente terminou, Percy se levantou, e enquanto ele se preparava para sair, eu me peguei sorrindo. Algo dentro de mim havia mudado, e pela primeira vez, eu estava disposto a deixar o controle de lado e ver onde isso nos levaria.

— Até mais tarde? — Percy perguntou, aquele sorriso fácil nos lábios.

— Até mais tarde — respondi, a voz mais tranquila, mas cheia de uma nova promessa.

Enquanto ele se afastava, senti uma paz que há muito tempo não experimentava. O futuro ainda era incerto, mas com Percy, eu estava pronto para enfrentar o desconhecido.

*********************************************

Enquanto Percy se afastava, desaparecendo entre as mesas do restaurante, eu fiquei ali parado por um momento, absorvendo o que acabara de acontecer. O peso de tantas preocupações e controles que eu havia me imposto ao longo dos anos parecia estar finalmente começando a se dissolver. Eu não sabia ao certo para onde esse novo caminho nos levaria, mas pela primeira vez, eu não estava assustado com a incerteza.

Saí do restaurante sentindo o vento fresco da tarde acariciar meu rosto. O barulho da cidade ao redor parecia distante, como se nada pudesse interferir na serenidade que eu estava experimentando. Minhas mãos estavam enfiadas nos bolsos do casaco, mas a tensão habitual que eu costumava sentir em meus ombros não estava lá. Percy tinha essa habilidade de fazer com que tudo ao redor parecesse mais leve, e mesmo longe, sua presença ainda ecoava em mim.

Dirigi de volta à empresa, mas dessa vez, o trajeto foi diferente. Não apenas por causa do caminho físico, mas porque, pela primeira vez, minha mente não estava cheia de pressões e preocupações. Eu estava, de fato, mais tranquilo. Claro, sabia que esse novo relacionamento com Percy não seria sempre fácil — haveria desafios, inseguranças e ajustes. No entanto, a simples ideia de que ele estava disposto a caminhar ao meu lado tornava tudo mais suportável.

Quando estacionei na garagem da empresa e entrei no prédio, Alejandro já estava me esperando na entrada, como sempre, com seu olhar atento e discreto.

— Como foi o almoço, senhor? — perguntou ele, sem levantar a cabeça dos papéis que segurava, mas com um leve tom de curiosidade que não passou despercebido.

Eu hesitei por um momento, tentando encontrar as palavras certas. Não era apenas um almoço comum, e eu sabia que Alejandro sabia disso, mesmo que nunca fosse admitir.

— Foi... produtivo — respondi, um leve sorriso escapando antes que eu pudesse evitar.

Alejandro ergueu os olhos brevemente, um sutil arquear de sobrancelhas, mas logo voltou ao seu modo habitual.

— Fico feliz em ouvir isso, senhor. — Ele me entregou um arquivo. — Aqui estão os documentos que o senhor solicitou para a reunião com os investidores. Estão esperando por você na sala de conferências.

Assenti, pegando os papéis e me dirigindo à sala. Mesmo enquanto me preparava para a próxima reunião, algo em mim estava diferente. A conexão que Percy e eu havíamos compartilhado naquele almoço ainda ressoava em mim. A vulnerabilidade que eu havia permitido me mostrou que, talvez, não era tão ruim assim não ter controle total o tempo todo.

A reunião com os investidores foi como de costume — discussões estratégicas, números, gráficos. Eu estava em meu elemento, tomando decisões, guiando as conversas com a segurança que todos esperavam de mim. Mas, por trás da minha fachada de eficiência, havia um calor diferente. Um calor que Percy havia despertado.

Quando finalmente saí da reunião, algumas horas depois, me permiti um momento de reflexão. Eu havia passado tantos anos me cercando de trabalho, de responsabilidades, de controle, que me esqueci do que era viver algo real, algo fora dos planos e das previsões.

Peguei o celular e, quase sem pensar, mandei uma mensagem para Percy:

Obrigado pelo almoço de hoje.

Foi bom conversar e... ser eu mesmo por um momento. Vamos nos encontrar mais tarde?

Enviei a mensagem antes de permitir que a insegurança tomasse conta. Segundos depois, o telefone vibrou com a resposta de Percy:

Foi bom para mim também. Mal posso esperar para te ver mais tarde. :) "

Senti um sorriso se formando, um sorriso genuíno. De repente, o futuro parecia mais promissor, mais leve. E, pela primeira vez em muito tempo, eu estava realmente animado para descobrir o que ele reservava.

Depois de enviar a mensagem para Percy e ler sua resposta, eu senti algo que há muito tempo não experimentava: um calor reconfortante, quase como um alívio. A simples ideia de vê-lo novamente, sem toda a pressão e formalidade do trabalho, me deu um impulso de energia que era raro nos meus dias tão meticulosamente controlados. Percy estava, sem dúvida, começando a ocupar um espaço maior na minha mente e no meu coração do que eu havia previsto.

O restante do dia na empresa passou em um borrão. Reuniões, relatórios, decisões — tudo o que normalmente exigia minha atenção parecia ter menos importância agora. Minhas mãos se moviam automaticamente, mas minha mente continuava voltando para a leveza que Percy trazia. Cada detalhe daquela conversa no almoço, cada sorriso que ele me deu, ficava repetindo na minha mente como uma melodia suave.

Quando finalmente voltei para casa, o sol já estava se pondo, tingindo o céu com tons de laranja e rosa. O silêncio acolhedor da casa era quebrado apenas pelos sons distantes de Gina brincando com Nemo no jardim. Percy ainda não havia chegado, mas eu sabia que ele viria em breve. E dessa vez, eu estava pronto para encontrá-lo de uma maneira diferente.

Caminhei até o jardim, onde Gina e Nemo corriam pelo gramado. O cachorro latia alegremente enquanto Gina tentava pegá-lo, suas risadas enchendo o ar. A cena me fez sorrir. Era esse tipo de simplicidade que Percy sempre trazia consigo. Ele não apenas tornava minha vida mais leve, mas também trazia alegria para aqueles ao meu redor.

Sentei-me em um banco de pedra, observando por alguns minutos até que ouvi a porta da casa se abrir atrás de mim. Meu coração deu um leve salto quando virei e vi Percy parado ali, com um sorriso suave nos lábios, os olhos brilhando ao me ver.

— Você chegou — disse, me levantando devagar.

— Cheguei — Percy respondeu, caminhando em minha direção. Havia algo em sua postura, algo nos seus olhos, que era ao mesmo tempo calmo e carregado de expectativa.

Ele parou à minha frente, o sol poente iluminando o rosto dele de uma maneira que parecia quase surreal. Por um momento, ficamos ali, apenas nos olhando, sem precisar dizer nada. A conexão entre nós estava clara, quase palpável. A tensão que eu costumava sentir ao redor das pessoas simplesmente não existia com Percy. Com ele, eu sentia que podia ser quem realmente era, sem máscaras, sem o controle sufocante que eu costumava exercer.

— Como foi o restante do seu dia? — Percy perguntou, quebrando o silêncio, mas com um tom leve, quase íntimo.

— Passou mais rápido do que o normal — admiti, um sorriso escapando. — Acho que minha mente estava em outro lugar.

Percy riu suavemente, aproximando-se mais, o suficiente para que eu pudesse sentir o calor da presença dele.

— E onde será que sua mente estava? — ele provocou, inclinando levemente a cabeça.

Eu o olhei nos olhos, sentindo meu coração acelerar com a proximidade. Havia algo inegável entre nós, algo que eu sabia que estava crescendo desde o primeiro momento em que Percy entrou na minha vida. E agora, naquele momento, sob a luz suave do entardecer, parecia que tudo estava levando a isso.

— Acho que você sabe exatamente onde — respondi, minha voz mais baixa, mas cheia de significado.

Percy sorriu, mas dessa vez, havia algo mais em seu sorriso — uma profundidade, uma vulnerabilidade. Ele levantou uma das mãos e, devagar, pousou-a no meu braço. O toque dele era leve, quase como uma pergunta silenciosa, como se estivesse esperando minha resposta.

E eu dei a resposta que, finalmente, estava pronto para dar.

Inclinei-me levemente, deixando que a distância entre nós diminuísse até que eu pudesse sentir a respiração dele. Percy não recuou. Pelo contrário, ele fechou os olhos por um breve segundo, como se estivesse se preparando para o que sabia que estava por vir. E então, com a mesma naturalidade que ele sempre trazia para tudo, nossos lábios se encontraram.

O beijo foi suave no início, quase tímido, mas logo se tornou mais firme, mais seguro. Não havia pressa, nem necessidade de controlar o momento. Apenas existíamos, juntos, em um espaço que finalmente fazíamos nosso. A química entre nós, que já estava presente em cada conversa, em cada olhar, agora se manifestava de forma física, real.

Quando nos afastamos, ambos estávamos respirando um pouco mais rápido, mas havia um sorriso em nossos rostos que dizia tudo. Percy me olhou com aquele brilho característico nos olhos, mas dessa vez, havia algo mais — uma aceitação silenciosa de que aquilo, o que quer que fosse, estava apenas começando.

— Eu acho que agora sei onde sua mente esteve o dia todo — ele sussurrou, sua voz cheia de humor, mas também de afeto.

Eu ri, um riso leve e sincero, sentindo meu corpo relaxar completamente pela primeira vez em muito tempo.

— Você sempre soube — respondi, ainda segurando sua mão.

A noite caiu sobre nós, mas, de alguma forma, tudo parecia mais claro agora. Percy e eu estávamos conectados de uma maneira que ia além de palavras ou gestos. E, pela primeira vez, eu estava disposto a deixar acontecer, sem medo, sem controle. Apenas nós dois.

E assim, sob o céu estrelado, eu soube que, a partir daquele momento, tudo seria diferente — e de uma maneira que eu mal podia esperar para descobrir.

Ouvi palmas animadas e, ao nos virarmos, lá estava Gina, com os olhos brilhando de entusiasmo e um sorriso largo no rosto.

— Vocês finalmente se beijaram! — exclamou ela, batendo palmas como se tivesse acabado de assistir a um grande espetáculo.

Percy e eu trocamos um olhar e, em seguida, começamos a rir. O constrangimento inicial logo se transformou em leveza. Gina sempre teve essa energia contagiante, e naquele momento, sua empolgação era impossível de ignorar.

— Gina! — Percy disse, tentando parecer sério, mas não conseguindo conter o riso. — Não é educado espiar os outros.

— Eu não estava espiando! — ela respondeu rapidamente, cruzando os braços de maneira dramática. — Vocês estavam no meio do jardim! Todo mundo podia ver!

Nemo correu até nós, latindo alegremente, como se quisesse participar da comemoração. Percy abaixou-se para acariciar o cachorro, enquanto eu ainda tentava processar o que acabara de acontecer — tanto o beijo quanto a súbita "intervenção" de Gina.

— Parece que temos uma torcida a favor — brinquei, olhando para Percy, que já estava rindo junto de Gina.

— Bem, se até Gina aprova, acho que estamos no caminho certo — Percy respondeu, com um sorriso sincero.

Gina correu até mim e segurou minha mão, puxando-me de volta para o jardim.

— Vocês têm que brincar comigo agora! — exigiu ela, com toda a autoridade de uma criança que acabara de ver algo mágico acontecer.

— Ah, então agora tenho que te recompensar por nos espiar? — perguntei, fingindo estar ofendido.

Ela riu, balançando a cabeça.

— Não é por espiar! É porque vocês estão felizes! E eu também estou!

Percy se levantou, rindo, e colocou uma mão no meu ombro.

— Parece que não temos escolha, Lohan. Acho que a senhorita Gina nos colocou em um compromisso.

Eu olhei para Percy e, naquele momento, o calor e a química entre nós estavam ainda mais fortes, mas agora, havia algo a mais: a certeza de que, com ele ao meu lado, até os momentos mais simples se tornariam especiais.

— Tudo bem, Gina — concordei, sorrindo. — Vamos brincar.

Enquanto Gina corria pelo jardim com Nemo, Percy e eu a seguimos, nossos olhares se cruzando de vez em quando, com sorrisos que diziam mais do que qualquer palavra. A vida ao lado dele prometia ser cheia de momentos imprevisíveis e leves, e eu estava mais do que pronto para viver cada um deles.

E assim, sob o céu noturno e as estrelas que brilhavam acima, começamos a construir algo novo, algo só nosso.

Enquanto seguíamos Gina pelo jardim, eu senti uma sensação de paz que há muito tempo não experimentava. A noite estava clara, com as estrelas brilhando sobre nós, e o som das risadas de Gina e o latido alegre de Nemo preenchiam o ar. Percy estava ao meu lado, e mesmo no meio dessa brincadeira com Gina, nossos olhares se encontravam constantemente, cada troca de olhares carregada de significado, de uma conexão que não precisava de palavras.

Depois de um tempo correndo atrás de Gina e Nemo, paramos juntos ao lado de um pequeno caramanchão coberto de flores. Percy estava levemente ofegante, mas sorria de orelha a orelha, e eu me vi sorrindo junto, sem esforço, como se estar com ele tornasse cada momento mais leve, mais fácil.

— Acho que vou precisar de um fôlego — ele disse, rindo enquanto se apoiava no caramanchão, tentando recuperar o fôlego. — Gina tem mais energia do que eu esperava.

Eu me aproximei, meu sorriso suavizando enquanto o observava. Havia algo diferente no ar agora, uma calma, uma aceitação que tomava conta de mim. Percy estava ali, ao meu lado, e pela primeira vez, senti que não havia necessidade de pressa ou controle.

— Você se acostuma — respondi, a voz mais suave do que o normal. — Com ela... e comigo.

Percy olhou para mim, seus olhos brilhando com aquela luz suave que parecia sempre me desarmar. Ele se aproximou, a distância entre nós diminuindo até que estávamos lado a lado, nossos ombros quase se tocando.

— Acho que estou me acostumando bem rápido — ele disse, com aquele sorriso fácil que sempre me derretia.

Ficamos em silêncio por um momento, apenas aproveitando a presença um do outro. Eu sabia que algo havia mudado entre nós — uma barreira havia sido quebrada, uma conexão mais profunda formada. Não havia mais dúvidas. A química entre nós era inegável, e agora estava claro que estávamos prontos para explorar isso juntos.

Percy inclinou-se um pouco para mim, e, sem pensar duas vezes, coloquei minha mão em sua nuca, puxando-o suavemente para mais perto. Ele fechou os olhos, e por um momento que parecia durar uma eternidade, ficamos ali, apenas sentindo a proximidade. Então, eu o beijei de novo, dessa vez com mais confiança, mais certeza.

O beijo era lento, calmo, mas cheio de uma intensidade que eu não sabia que estava procurando até encontrá-la com Percy. Quando nos afastamos, Percy encostou sua testa na minha, um sorriso suave ainda nos lábios.

— Eu acho que finalmente entendi, Lohan — ele sussurrou, sua voz baixa, mas cheia de significado. — Você não precisa controlar tudo. Às vezes, deixar as coisas acontecerem é a melhor escolha.

Eu ri suavemente, sentindo o calor daquele momento nos envolver como uma brisa leve. Ele estava certo. Pela primeira vez na vida, eu estava disposto a simplesmente deixar acontecer.

— E com você... acho que posso fazer isso — respondi, minha voz carregada de uma sinceridade que eu raramente mostrava.

Percy sorriu, um sorriso que dizia que ele também estava pronto para essa jornada. E, ao longe, ouvimos a voz de Gina nos chamando, sua energia inabalável ainda presente enquanto Nemo corria ao seu redor.

— Acho que nossa brincadeira ainda não acabou — Percy comentou, rindo enquanto se afastava ligeiramente, mas ainda mantendo uma proximidade que me dizia que ele não estava indo longe.

— Nunca acaba com ela — brinquei, mas minha atenção ainda estava em Percy, em como ele fazia tudo ao nosso redor parecer mais simples, mais leve.

Enquanto caminhávamos de volta para Gina, eu sabia que aquele era apenas o começo de algo maior. Percy havia entrado na minha vida de uma maneira que eu jamais poderia ter previsto, e agora, ele fazia parte de mim, de nós.

Naquela noite, sob o céu estrelado e com Gina e Nemo correndo ao nosso redor, eu senti que finalmente tinha encontrado o que procurava. Com Percy ao meu lado, eu estava pronto para o que o futuro nos reservava — sem medo, sem controle, apenas nós dois, vivendo o que quer que viesse, juntos.

E assim, de mãos dadas, rimos, brincamos e nos conectamos, sabendo que essa era a nossa história, e que estava apenas começando.

________________________

Gostaram?

Até a próxima 😘

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro