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prólogo

Changbin corria apressadamente pelo matagal curto dos fundos do orfanato, os pequenos matinhos roçavam em suas canelas bem acima da barra da meia, fazendo leves cócegas, mas ele não tinha tempo para reparar naquilo. Logo atrás de suas costas, pelo menos cinco garotos de sua idade corriam no mesmo compasso que ele, gritavam em plenos pulmões com suas vozes esganiçadas pelo início da puberdade para o garoto parar e encará-los como um homem.

É óbvio, changbin não parou um segundo sequer de correr em direção ao grande prédio onde abrigava cerca de sessenta crianças órfãs. Ele não era louco de enfrentar cinco garotos sozinho, apesar de ter noção da sua própria força e da habilidade de luta que adquiriu com os anos morando naquele instituto. Aquilo não era um lar aconchegante e saudável que tanto pregava a diretora Lee HaeRi, era um lugar hostil com regras que o pequeno garoto magrecelo de quatorze anos fazia questão de quebrar uma por uma apenas para ter uma diversão a mais no meio daquela chatice sem fim de aulas e estudos.

Changbin estava ofegante e cansado, suas pernas estavam no limite, mas não parou. Entrou pelo grande arco que dava para o refeitório, correu entre as mesas de madeira escura e corroídas pelo tempo, desviou das senhoras que cuidavam da limpeza do local e subiu pela escada indo em direção ao dormitório masculino, seguindo a inclinação da escada para a direita.

- seo changbin! - assim que ouviu seu nome sendo chamado por aquela característica voz feminina, o garoto de fios negros como petróleo brilhante parou instantâneamente. Logo atrás dos ombros da mulher, os cinco garotos que o perseguiam deram meia volta.

Changbin estava ferrado.

- boa tarde, senhora Lee. - sorriu para a mulher tentando ao máximo acalmar sua respiração, estava suado e seus cabelos grudavam na testa. A diretora cerrou os olhos em sua direção, analisando todo o pequeno esqueleto coberto pelas vestes desleixadas.

- por que estava correndo? - ela indagou ruidosamente.

- eu não estava, é impressão sua. - mentiu descaradamente, coçando a nuca como uma mania.

- ah, não estava? - ela puxou o tecido da sua blusa branca pela ponta do ombro, erguido-o a fim de arrastá-lo até sua sala. - sabe as regras, changbin, sabe melhor do que ninguém neste orfanato. Sem correr pelos corredores, quantas vezes será necessário você escrever isso até aprender? Cem vezes? Duzentas? - changbin bufou baixo, a seguindo cambaleando.

Continuou com seu sermão repetitivo de quão insolente e desobediente era o garoto, cuspindo palavras dolorosas por baixo da forma educada que se comportava. Aquele mulher era o próprio diabo na terra para o moreno, a odiava como nunca odiou alguém na vida.

Enquanto descia as escadas tropeçando em seus cadarços grandes demais para os furos do tênis, vários garotos e garotas observavam novamente o problemático Seo Changbin indo em direção a sala do castigo - apelidada carinhosamente pelo moreno como a sala do inferno. Lá ele era obrigado a escrever quantas vezes fosse necessário palavras ditas pela mulher que agora puxava-o como uma boneca de pano, caso errasse alguma letra, a palma da sua mão era castigada pela enorme régua de madeira que ela possuía, sendo golpeado três vezes em cada palma. Mesmo que aquilo fosse de arrancar gritos, changbin se mantinha impassível sobre a dor. Não seria a primeira vez sendo castigado e também não seria a última.

Foi indelicadamente empurrado para dentro da sala, a porta de madeira rústica e velha rangeu e com um baque estridente foi fechada. O cômodo era apenas preenchido por uma cadeira velha com pontiagudos pregos saltados para fora no assento, a tampa da mesa era a única coisa nova daquele conjunto. Changbin estava tão acostumado a se sentar lá que apenas seguiu caminho sozinho, puxando o assento num arraste barulhento propositalmente para irritar a mulher de longos fios pretos presos num coque alto, seu rosto estava murcho pelo tempo e seus olhos cansados mas ainda assim transmitiam uma periculosidade preocupante que deixava cada criança daquele lugar atenta quando ele passava pelos corredores.

Ela ergueu a régua de madeira do birô em frente a mesa de changbin, jogando para ele - ou nele - um punhado de papéis amassados e um lápis. O moreno esticou a primeira folha, pegou o lápis e de cabeça baixa esperou pelo que ela queria que ele escrevesse.

- certo, vamos começar. - ela bate com a régua na mesa do garoto de repente, um baque estrondoso que estremece sua carne.

(...)

Já era noite quando foi liberado, observou as outras crianças indo animadamente até o refeitório para jantar enquanto ele seguia até os quartos. Estava proibido de comer naquela noite, algo cruel que quis tanto espernear e exigir seus direitos, mas suas mãos estavam doloridas demais e temia ser golpeado mais algumas vezes.

Entrou no primeiro quarto da ala masculina, ligando as luzes pelo interruptor, uma delas pisca ameaçando não acender, mas já acostumado, changbin bate levemente nela com a pico do tênis e ela volta a funcionar normalmente. O quarto que dormia era pequeno e abafado, dois beliches eram espremidos um do lado do outro, o espaço entre eles sendo preenchido por uma cômoda grande de quatro gavetas, uma para cada garoto que naquele quarto dormia. Além dele, mais dois garotos dormiam naquele lugar, o terceiro, Choi Soobin, fora adotado por um casal de estrangeiros no mês anterior, deixando assim apenas sua cama vazia e os vestígios da sua presença que um dia habitou naquele ambiente.

Changbin se abaixou perante a gaveta, mordendo o lado interior da bochecha ao levar a mão até às alças da gaveta para puxá-la, uma dor formigante subiu das pontas dos seus dedos machucados até seu braço, arrancando um grunhido baixo de dor, um palavrão no qual ele fora castigado por falar uma vez saiu baixo entre seus lábios vermelhos pelas mordidas entre um golpe ou outro.

Ele sentou no chão balançando as mãos como se aquilo pudesse parar a dor que se alastrava entre seus dedos como fogo numa plantação de cana de açúcar, mas só aquilo não era efetivo.

Ergueu a cabeça de supetão quando o trinco da porta fez um barulho baixo pela pouca luminosidade do quarto, de lá surgiu a silhueta esguia dos seus dois colegas de quarto. Eles pareciam desconfiados, olhando pelo corredor como se estivessem sendo seguidos e por fim entraram de uma vez fechando a porta, o baú que eles guardavam outros pertences sendo empurrado para impedir que qualquer pessoa indesejada invadisse o cômodo.

- a gente trouxe comida pra você. - a voz falha e às vezes aguda do bang ecoou como um violino de cordas gastas pelo ambiente, ele se abaixou na direção do moreno e tirou dos bolsos do shorts duas maçãs e uma pera, colocando sobre a cama do menor na qual ele estava encostado. - foi o máximo que eu consegui pegar sem ninguém ver.

- eu tentei pegar gelo, mas eles derreteram pelo caminho. - seu outro colega de quarto, han jisung, disse com lástima, esticando a borda da camisa ensopada.

Jisung e chan eram os melhores - e únicos - amigos que changbin possuía naquele lugar horrendo. Eles não pareciam ligar para o título péssimo que havia sido condecorado. Han Jisung era, sem dúvidas, a criança mais idiota que changbin um dia conheceu. Ele era completamente fora da casinha, tinha ideias surreais e mentia bem como ninguém, além de ser ótimo roubando coisas, suas mãos eram como luvas de uma bela dama nobre, escorregadias como óleo e firmes como uma grande rocha. Se ele tivesse intenção de pegar algo de alguém, ele teria aquilo num piscar de olhos.

Chan era o oposto daquilo tudo; quieto, calmo, educado e sereno. Não sabia mentir ou brigar, vivia enfurnado dentro da pequena biblioteca que o orfanato possuía e changbin não exagerava em dizer que o garoto de fios castanhos já tinha lido todos os livros daquele lugar. Seu semblante era manso como de um filhote de cachorro, enquanto jisung era atrevido como um ratinho travesso, e bom, changbin não passava de um gato vira-lata que vivia ousadamente.

Changbin estava a mais tempo naquele orfanato, não lembrava de sua vida antes de estar naquele lugar. Só acordou um dia e já estava naquele quarto, usando aquele uniforme branco com cinza e contornos azuis, e vivendo de acordo com os costumes do lugar. Mas houve um momento onde ele estava tão entediado com tudo aquilo, que decidiu se tornar quem era hoje. Um garoto briguento e sem e papas na língua.

Chan apareceu no orfanato um ano depois de sua chegada, talvez até mais tempo depois, changbin nunca foi bom com datas. Na época, ambos tinham a mesma altura e nem mesmo conseguiam se falar quando apenas os dois habitavam o pequeno ambiente sufocante que era o quarto onde vivem até hoje, mas aí jisung chegou, com seu jeito espontâneo e imperativo, arrancando risadas baixas e tímida de Bang Chan e desafiando changbin para roubos de frutas da cantina e outras travessuras - até hoje o seo não faz ideia de como o han não era punido. Eles logo se tornaram inseparáveis. Um trio de bobalhões que viviam por aí caçando algo divertido para fazer.

Os três estavam sentados no chão empoeirado, de costas para a cama do moreno, changbin comia a pera cortado com o canivete que jisung furtou, vez ou outra seus dedos perdiam a força e chan era obrigado a levar os pequenos cubos até os lábios do seo. Mesmo relutante com aquela mania de cuidado excessivo do amigo, changbin aceitava, afinal, era chan e estava tudo bem.

- quantas vezes dessa vez? - jisung indagou, desta vez cortando as maçãs e tirando a casca, comendo somente aquela parte já que o moreno baixinho não gostava daquela pedaço.

- cento e cinquenta vezes repetindo "serei um bom menino e não vou correr nos corredores". - changbin revirou os olhos dramaticamente ao terminar de falar, pegando o último pedaço da pera cortada e mastigando furiosamente. - por isso eu não gosto de mulheres, são um bando de manipuladoras cruéis e sem bondade. Prefiro viver sozinho pelo resto da vida do que ter que casar com uma delas. - estalou a língua no céu da boca irritadiço, pegando o pedaço da maçã que o outro moreno cortou e levou aos lábios.

- você não vai viver sozinho. - chan de repente disse, sua voz soando amena como sempre. - estamos com você.

- exatamente! - jisung exclamou entusiasmado. - não vamos deixar nenhuma dessas mulheres chegar perto da gente, não precisamos delas! Estamos ótimos sendo só nós três, não é? Quem se importa com mulheres, prefiro mil vezes vocês. - deu uma leve batidinha com seu ombro no de changbin que estava no meio entre ele e chan, arrancando risadas dos dois garotos.

- vamos fazer uma promessa. - chan sugeriu. - seremos sempre só nos três, independente de qualquer coisa que venha acontecer, até o dia que... um de nós for adotado. - sua voz ficou baixa demais de repente, mas ele ergueu o rosto com aqueles olhos brilhantes como âmbar e sorriu para seus dois amigos, as covinhas aparecendo preguiçosamente pela pele pálida de suas bochechas. - mesmo que isso aconteça, nós vamos nos encontrar e ficaremos juntos novamente. - esticou o punho cerrado para o meio deles, esperando que os outros dois garotos concordassem com aquela promessa.

E então, jisung bateu de leve seu punho igualmente fechado no do castanho, e changbin colocou sua mão aberta por cima, não conseguia fechar pela dor mas ainda assim acatou aquela promessa. Estavam agora, mais do que nunca, unidos definitivamente por aquela promessa infantil.

🍀

Sejam bem vindes a "uma combinação perfeita"

Eu realmente tô gostando de escrever essa história pq o esse plot é algo novo pra mim.

Em nenhum momento vocês são obrigados a comentar, mas o engajamento de vocês com a história é muito importante pra mim. A opinião de vocês sobre o desenvolvimento dos personagens e da narrativa é crucial pro futuro da fanfic então caso vocês se sintam confortáveis não hesitem em comentar.

A história vai conter gatilhos como agressão física, homofobia, menção a morte e citação de problemas psicológicos. Leia com cuidado pfv.

E é claro, não tenho a menor intenção de ofender nenhum artista citado nessa história e nada daqui é real, é apenas uma fanfic feita de fã para fã.

Espero que vocês realmente gostem desse projeto e críticas construtivas são sempre vinda vindas.

Acho que é só isso, até o próximo capítulo !

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