Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

35

Mudou de caminho quando recebeu uma mensagem de Minho o convidando para visitá-lo, a proposta de comer bolo de cenoura com cobertura de chocolate que só Minho sabia fazer o convenceu rapidamente. Chan não tardou, ele pedalou o mais rápido que conseguia até chegar na rua onde o amigo morava, acostumado com o caminho por fazê-lo há tanto tempo. Entrou com a bicicleta no terraço de Minho e a deixou por perto, entrando na casa sem bater. Minho estava acostumado com as chegadas repentinas do rapaz, Chan sempre foi assim, ia e vinha de repente, nem sempre batia na porta e quando você menos espera, lá estava ele, com a mochila nas costas e sorriso de orelha a orelha. Foi um hábito que os dois se acostumaram.

Minho serviu o bolo em pratos bonitos de vidro que ganhou de presente quando Seungmin foi morar com ele, eram decorados e pareciam caros, mas Seungmin não estava no momento para reclamar que ele estava usando a louça cara para comer besteira com Chan. Eles sentaram no terraço com as cadeiras da mesa da cozinha, e com xícaras de café, degustaram o lanche. Não conversavam muito, estavam sempre se vendo ou trocando mensagens, então nem sempre tinham o que prosear. Mas não era um silêncio desconfortável, a rotina trouxe esses momentos de sossego, onde eles podiam só se sentar juntos ali mesmo no terraço da casa, de vez em quando alguém passava na rua e acenava para Minho, puxando assunto com o rapaz de cabelo — atualmente — preto, roupas desleixadas e aparência dócil. Minho podia ser meio rude quando queria, e até um pouco ignorante, mas era o melhor amigo que Chan tinha no momento. Ele sempre esteve lá quando Chan passava por um momento difícil, ele o ajudou a se levantar quando quis desistir, ele quem colocou o rapaz de volta no eixo quando Chan simplesmente quis jogar tudo para o alto, o lembrando do porque Chan sempre estava se esforçando tanto. “Jisung e Changbin precisam de você tanto quanto você precisa deles.” Era o que Minho sempre dizia quando Chan estava prestes a ter uma crise, e funcionava. Chan sempre pensava neles quando tudo estava prestes a explodir.

— Como você tá? — Minho indagou, quando os bolos já tinham sido comidos e os cafés já esfriaram. Era três horas da tarde, o clima estava ótimo, na opinião de Chan. Ele sempre gostou mais de dias meio frios mas de sol, odiava dias nublados, sempre refletiam no seu humor.

— Acho que vou enlouquecer. — Ele bebeu o restante do café na xícara, embora estivesse frio e amargo. Minho era ótimo com bolos, mas os cafés que ele fazia eram horríveis. Chan deixou de lado a xícara e ficou de pé. — Às vezes tenho inveja de você e o Seungmin. — Assumiu, porque era comum ele desabafar simplesmente do nada. Minho juntou os dois pratos e as xícaras, entrando em casa com Chan. Ele deixou o rapaz prosseguir enquanto ia para a pia, lavar a louça. — Queria meus namorados comigo, é tão difícil ficar longe deles. Acho que vou genuinamente enlouquecer.

— Você é tão exagerado. — Olhou com desaprovação para Chan, que encostou na parede ao lado da pia de braços cruzados e olhar caído. — Por que você só não vai visitar os moleques? Todos os dias digo para você ir, e você fica aqui enchendo linguiça. Larga do meu pé, vai atrás deles.

— Eu vou, é aniversário do Ji esse final de semana, não quero perder o dele igual perdi o do Changbin. — Falou, checando o celular quando uma notificação surgiu. Era Gunil. Chan leu a mensagem e guardou o celular de volta no bolso. — Tenho que ir, consegui alguém para dar aula. — Ajeitou a bolsa no ombro. — Min, você acha que eles ainda me amam? — Minho enxugou as mãos no pano que trazia no ombro, dando atenção para a repentina melancolia de Chan. 

— Qual é? Nem faz tanto tempo assim que você saiu do orfanato, nenhuma paixão some tão rápido.

— Daqui a pouco faz um ano, Min.

— Um ano não é nada, tá? Eu enrolei o Seungmin por dois anos, e olha a gente agora? Estamos morando juntos. — Ele se aproxima de Chan, pondo a mão no ombro do rapaz cabisbaixo. — Eu sei que vocês não são eu e o Seung, mas tenho certeza que do mesmo jeito que você não conseguiu deixar de amar eles dois, eles também não deixaram de te amar.

— Eu não quero deixar de amar eles. Nunca.

— Eu sei, Chanie. — Sorriu para ele, e Chan abaixou a cabeça. — Eles vão ter orgulho de quem você se tornou, sabia?

— Nem me tornei nada ainda. — Riu sem humor, quase uma lufada de vento em escárnio do próprio azar. Nada estava indo como ele imaginou que seria, não tinha conquistado metade das coisas que desejava e daqui alguns meses, eles sairiam do orfanato e Chan tinha medo de não conseguir ter feito nada a tempo. Estava tão inseguro ultimamente. Inseguro com a própria aparência, inseguro com o futuro, inseguro com a ideia de voltar ao orfanato e descobrir que não era mais amado, embora soubesse que Changbin e Jisung não o deixariam facilmente, mas existia aquela voz irritante que dizia coisas ruins sempre que Chan estava para baixo, e hoje ela estava mais barulhenta do que nunca.

— Você precisa começar a se dar um pouco de crédito. — Deu um soquinho no braço dele. — Relaxa, tá? Meritocracia não existe, mas você pode pelo menos ter seu cantinho com os moleques e viver de boa. Sei que tá difícil agora, mas quando eles saírem, vocês vão se ajudar.

Chan balançou a cabeça, sem realmente ter o que dizer. Suas inseguranças eram coisas que criaram raízes, mas era por isso que fazia terapia. Minho era um bom amigo, mas não era seu psicólogo, não tinha necessidade de descarregar todas suas inseguranças e problemas em cima do rapaz, embora soubesse que ele sempre estava lá para oferecer conselhos e bolos deliciosos. Eles se abraçaram por um tempinho, e Minho prometeu que faria o bolo de aniversário de Jisung quando Chan fosse visitá-lo. Em seguida, Chan deixou a casa para trás e seguiu até o endereço que Gunil mandou. Era um pouco longe, mas graças a academia e o hábito de pedalar, não chegou atrasado. Ele parou em frente ao complexo de apartamentos e desceu da bicicleta.

Era um edifício de ladrilhos vermelhos, toda estrutura era antiga, os corredores eram um poucos escuros, mas com certeza ainda era melhor que o lugar onde morava atualmente. Ele parou em frente ao portão, onde tinha a vista de um largo corredor com três portas à direita, e no final, uma escada subindo para o primeiro andar. Chan ligou para Gunil, para avisá-lo que chegou. Rapidamente, Gunil desceu do andar superior e abriu o portão para Chan. Ele usava bermuda tactel preta e regata da mesma cor, o cabelo castanho estava molhado e escorrido na testa, Gunil parecia que tinha acabado de sair do banho. Ele deixou Chan entrar e o acompanhou até o apartamento que mora, tagarelando sobre os assuntos que ele tinha dificuldade em assimilar em exatas.

O apartamento era maior do que aparenta por fora e pelo que a estrutura oferecia à primeira vista. Chan deixou o tênis no tapete da entrada e logo de cara percebeu que aquele apartamento, todo decorado com mobília nova e com cheiro de novo, era melhor do que o seu. Ficou instigado a perguntar quanto era o aluguel ao rapaz, mas Gunil não parava de falar, seja sobre os assuntos que queria estudar, como estava indo o curso de jornalismo, suas opiniões em relação a universidade, até a banda que ele tinha entrou no meio do monótono que estava tendo. Chan preferiu ficar quieto, balançando a cabeça vez ou outra enquanto ele tagarelava como um papagaio. Em certo momento, Chan tirou o notebook da bolsa, junto com as apostilas e livros que carregava, não eram as coisas que geralmente usava para as aulas, mas o que tinha guardado daria conta.

— Não seria mais confortável estudar no quarto? — Gunil sugeriu, vendo Chan colocar todas as coisas sobre o sofá da sala.

— Acho que não tem problema em ser aqui. Você mora com alguém?

— Moro. Com Jungsu, um amigo. Ele toca piano na minha banda. Às vezes ele aparece aqui em casa com uns amigos nossos pra ficar vendo televisão, pode ser meio barulhento, mas lá do meu quarto fica melhor.

Chan não questionou muito, ele só pegou as coisas e seguiu Gunil até o corredor, entrando na segunda porta à esquerda. Era um quarto comum, cama de solteiro, algumas prateleiras com livros, pôster nas paredes e uma escrivaninha. Eles se sentaram no chão sobre o tapete felpudo com tons de cinza, Gunil trouxe a mochila que usava na universidade e Chan começou a separar as apostilas. Geralmente, ele dava uma hora de aula por dia, no máximo duas horas dependendo do quanto a pessoa estivesse disposta a pagar ou como estaria sua agenda. No momento, sua agenda estava livre, então Gunil o segurou até às seis horas da noite, eles revisaram alguns assuntos de matemática, física, e um pouco de inglês. Chan sempre foi muito paciente, era da sua natureza ser alguém calmo e tranquilo, até mesmo com os adolescentes mais impacientes ele conseguia lidar com maestria, dificilmente conseguia se deixar levar por uma birra de algum aluno mimado ou o tédio eminente que alguém mais novo podia ter com os assuntos que trazia para a aula, mas Gunil não era um adolescente, nem criança, e todas as vezes que ele vinha para perto ou interrompia sua explicação para elogiar Chan estava começando a deixá-lo genuinamente incomodado.

Veja bem, Chan não era inocente. Ele sabia quando alguém tinha interesse nele, não era nenhum idiota. Mas odiava quando alguém usava do seu tempo para isso, ele preferia ter ficado sem aquela grana extra do que estar sendo feito de idiota agora. Em algum momento dentro daquelas duas horas, Chan começou a respirar fundo, tentando se controlar. Gunil era insistente. Muito insistente. Seja com toques sutis na perna de Chan, ou com suas cantadas disfarçadas de piada, Chan odiou cada segundo desde o momento em que ele começou a ser invasivo. Era alguém tolerante, Chan nunca perdia a paciência, mas em determinado momento ele largou a apostila no chão e começou a recolher suas coisas.

— Espera! — Gunil segurou o braço dele, o impedindo de guardar tudo. — O que foi?

— “O que foi?” Cara, fala sério. Você me chamou aqui pra isso?

— Isso o que? — Fingiu de cínico. Chan ficou de pé, mas Gunil o impediu de sair. — Tá, tá. E daí? Eu gosto de você, tá bem? Eu te chamei aqui porque achei que tinha uma chance.

— Eu tenho namorado, Gunil. Dois namorados. Estou bem satisfeito.

— Mas você disse que era…

— Não é porque sou poliamoroso que meu relacionamento é aberto. — Chan balançou o braço, tirando de dentro da camiseta o colar que sempre usava. Gunil o olhou confuso, como se o que ele dizia não fizesse sentido.

— Por que a gente não pode ficar? Eles nem precisam saber. — Chan o olhou como se ele estivesse ficando louco. — Se você não contar, eles não vão ficar sabendo. E você é poliamoroso, eles devem saber disso, nem faz diferença.

— Ser poliamoroso não me faz um filho da puta, Gunil! Não vou trair meus namorados só porque você tem uma ideia distorcida do tipo de pessoa que eu sou. Olha, vou fingir que não escutei toda essa merda que você acabou de falar. Você tem meu pix, paga as duas horas de aula que te dei e nunca mais fala comigo, entendeu? Agora, com licença. — Ele empurrou Gunil quando passou por ele, saindo sem olhar para trás.

Irritado, Chan desceu as escadas do edifício e saiu do prédio, aproveitando que o portão estava com o cadeado destrancado. Não olhou para trás, nem mesmo quando percebeu que Gunil estava vindo, ele só subiu na bicicleta e saiu, o coração acelerado em uma raiva desconhecida.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro