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32

Havia acordado cedo, mais cedo do que realmente acordava. Por ter voltado tarde dos treinos noturnos com felix, após o banho, acabou por apenas despencar no colchão e dormir pesadamente até o alarme do relógio de pulso apitar irritantemente ao lado do seu travesseiro, por mais baixo que ele pudesse soar. Changbin despertou de cara amarrada e saiu do quarto cambaleando, se deparando com alguns dos seus colegas de time fazendo o mesmo caminho até o banheiro para iniciar o dia. Pensar que aquilo provavelmente era uma rotina de todos aqueles garotos o deixava um tanto assustado e desanimado. Seu humor matutino não era um dos melhores.

Ele trocou o pijama velho pela roupa de treino, saindo do banheiro tremendo de frio pelo banho gelado recente, que o ajudou a ficar desperto. Changbin passou no quarto e deixou sua vestimenta anterior dobrada em cima do travesseiro, dando um jeito na bagunça do beliche. Ele se arrumou sem pressa e ao ver a hora novamente no relógio, que anteriormente era de christopher, decidiu descer de uma vez. O moreno observou jisung ainda adormecido em sua própria cama e o cobriu de uma forma que ele pudesse ficar protegido do frio matinal, pincelando sua teste com um singelo beijo.

Desejou que pudesse apenas deitar ao lado do mais novo e dormir abraçado com ele — o clima era totalmente propício para isso, e changbin era um completo fracasso quando se tratava de dormir emaranhado com jisung ou chan — mas suas obrigações sapateavam do lado de fora do cômodo, o barulho nada delicado de tênis vindo do corredor indicando que os garotos já estavam descendo para o treino. Então, ainda inconformado que estava mesmo deixando seu lindo namorado para trás a fim de correr atrás de uma bola, changbin deixou o quarto carregando o sapato na mão e andando descalço até o térreo, incapaz de realizar tanto barulho quanto aqueles que desciam as escadas pisando tão forte que a madeira de sustentação dos degraus tremiam.

Rapidamente fora capaz de encontrar a pequena e carismática figura de felix no meio dos meninos sonolentos pelo treino tão cedo. Changbin se esgueirou entre a pequena multidão de rapazes e conseguiu alcançar o amigo sem encostar em ninguém e nem causar uma confusão involuntariamente. O que era bem comum de acontecer.

— bom dia, hyung. — felix o saudou cansado, nítido em suas olheiras que ele não tinha dormido o suficiente. — animado pra hoje? — indagou, seus passos se tornando lentos para acompanhar o mesmo ritmo que o moreno.

— nem um pouco. — bocejou ainda com sono, coçando os olhos com a mão livre, uma vez que tinha colocado o sapato antes de sair do orfanato e caminhar até o barranco onde acontecia os treinos. — me diz, desde que você entrou pro time, eles sempre fazem algo assim tão cedo?

— as vezes sim, as vezes não. Depende do humor do treinador park e do yunho hyung. Eles quem organizam isso, dizem que é para acostumar nosso relógio biológico a acordar cedo.

— será que é tarde demais para sair do time? — sua indagação dramatizada fez felix rir e empurrá-lo de levinho usando o ombro.

— me pergunto isso quase todo dia.

Eles seguiram até o campo entre cochichos e bocejos sonolentos, já encontrando tanto o treinador quanto o capitão do time os esperando na área de treinamento. Eles fizeram um semicírculo a mando de yunho e aguardaram ansiosamente pelos comandos de sungjin. O céu atrás de suas costas brilhava intensamente, seus raios atingindo cada rapaz indisposto que ansiava por algo que pudesse livrá-lo de toda preguiça matutina que impregnava seu corpo. Felix nem ao menos conseguia ficar de pé corretamente, sempre cambaleando propositalmente para cima de changbin, que o olhava com cara feia e num sibilar de lábios, pedia para que ele mantivesse distância. Era aparente que o rapaz baixinho não estava em suas melhores condições, e mesmo com as gracinhas de yongbok para fazê-lo rir e desestressar, nem isso era o suficiente. Changbin apenas queria terminar com tudo isso e voltar para cama, por mais que soubesse que até o anoitecer não estaria livre desse tormento.

Inicialmente sungjin os pediu para se alongar, formando duplas aleatórias para auxiliá-los nessa tarefa. Infelizmente, changbin teve que se contentar com san, que foi posto propositalmente pelo treinador, a fim de acabar com aquela possível rixa que ambos meninos pareciam ter. Changbin realmente não tinha nada contra o rapaz mais alto, longe disso, nem ao menos o via como um perigo, mas era terrível ter que lidar com alguém tão apático logo pela manhã, onde toda sua canalização de raiva estava sendo concentrada ao máximo. Um deslize, e ele poderia muito bem acabar com aquele sorrisinho debochado que desprendia da boca do moreno a sua frente. Eles se alongaram juntos e, ainda se mantendo como dupla, foram mandados treinar passes, apesar do seo ser apenas um dos goleiros. Havia mais um rapaz que pertencia a essa categoria, um garoto de óculos de armação grossa que changbin havia visto poucas vezes. Não sabia seu nome e nem ao menos há quanto tempo ele estava no orfanato, mas ele era o único que não o olhava com desprezo, talvez por nunca tê-lo realmente encarado nos olhos. Changbin nunca entenderia esse medo descomunal que alguns carregavam a respeito da sua pessoa.

O dia seguiu nesse ritmo morno e cansativo, com curtas pausas e longas horas de treino. Sempre que tinha a oportunidade, san passava ao seu lado e esbarrava propositalmente o ombro no seu, e changbin fazia o possível para ignorar. Não iria perder a paciência. Contudo, sua tolerância chegou ao limite quando ele intencionalmente acertou a bola em seu rosto, quando estavam treinando em grupos para o campeonato. O impacto da bola causou uma dor intensa em seu nariz, que instantâneamente se espalhou por toda a musculatura do seu rosto, o deixando tão vermelho quanto a camiseta que vestia. Changbin se ergueu do chão com raiva tangível em seus punhos, ele deu largos passos em direção ao choi, que ria com seus amigos  da situação, por mais preocupados alguns se mostrassem.

— você acha isso engraçado, seu merdinha!? — changbin o segurou pelo colarinho da camiseta, trazendo o corpo grande em sua direção. San era mais alto e tinha o corpo mais eclético, mas aquilo não amedrontou o seo, ao contrário, apenas o deixou ainda mais irado.

San desfez o sorriso pela ofensa, mas logo se desatou a rir, descrente que estava sendo ameaçado pelo moreno. Ele se livrou do aperto firme em sua camisa e empurrou changbin para trás numa força que fora capaz de faze-lo cambalear. Assim que retornou seu equilíbrio, bastou apenas uma olhada do menor para descrever toda a cena a seguir, que poderia ter sido muito bem desenrolada se felix e yunho não tivessem segurado o rapaz pelos braços, impedindo que changbin batesse no artilheiro do time.

— já chega! — sungjin bradou, olhando seriamente para os dois meninos.

— deixa ele vir. — atiçou san, empolgado com a visão do descontrole do seo. — você não é o temível, não é? Me mostre isso, venha. Acha que eu tenho medo de você? Sua fama não é nada além disso, seu frangote. Ninguém aqui tem medo de você e dessa sua reputação de brigão. Você não é nada. — sibilou as últimas palavras rente ao rosto de changbin, que de balançou a fim de libertar-se.

— san, eu disse já chega! — sungjin exigiu mais uma vez. — vá esfriar a cabeça. E você. — se virou para o menor. — faça o mesmo e longe daqui, depois conversaremos.

Assim que yunho o soltou, changbin apertou o passo e saiu do campo sem olhar para trás, ignorando o olhar de julgamento de seus colegas de time, como também o olhar de pena de sungjin. Não queria sua pena ou suas palavras de motivação, estava tão irritado que poderia descontar toda sua frustração em quem viesse na direção dos seus pés. Ele entrou no orfanato após uma breve caminhada, o barulho do seus calçados assustando quem estivesse por perto, changbin seguiu até a cantina e assim que irrompeu o refeitório, ergueu a cabeça e se manteve assim até chegar na cozinha do local, pedindo por uma bolsa de gelo ou qualquer coisa que pudesse aliviar a dor em seu rosto. Fora entregue um saquinho com gelo e um pano para que o auxiliasse na compressa, e assim ele seguiu até a mesa onde fazia suas refeições diariamente.

Percebeu os mesmos olhares de pena e os cochichos, mas decidiu apenas fechar os olhos e apertar os punhos, imaginando qualquer coisa que não fosse sua raiva e a dor do nariz que latejava constantemente. Sentiu uma movimentação ao seu lado e não precisou abrir os olhos para saber que era felix, ele pousou a mão em cima da sua que segurava o gelo, indagando em um tom morno se ele estava sentindo muita dor. Changbin permaneceu quieto, preferindo o silêncio.

— hyung, deixa eu te ajudar. — felix pegou o gelo e se aproximou do seo, usando uma mão para segurar no queixo do rapaz e a outra para pressionar o saquinho no seu nariz e nas áreas vermelhas. — eu sinto muito que isso tenha acontecido. — ele continuou, fazendo pausas com o gelo na sua pele, para não machucá-lo mais ainda. — por que todo mundo implica tanto com você? Você não é uma pessoa ruim. — a mão que segurava seu queixo dedilhou pacificamente por sua mandíbula, os dedos polidos e pequenos acariciando a linha firme do seu rosto. — você não merece isso.

Pressentia que felix estava perto, o joelho dele encostava no seu e sua mão tinha uma carícia que deixou aquela área letárgica, e não era desagradável, no entanto, não conseguia se manter quieto com alguém o tocando tão próximo. Estava um tanto desconfortável, e não sabia como pedir para ele se afastar ou manter seus joelhos longe de forma gentil. Tudo parecia sufocante demais para aguentar.

Quando abriu os olhos a fim de pegar a bolsinha de gelo, viu de longe jisung. Ele vinha na sua direção, preocupação tangível no seu semblante jovial. Ele chegou perto o suficiente para notar a aproximação de felix, mas não emitiu nenhuma reclamação, sua preocupação em checar se o seo estava bem era maior que toda aquela insegurança que disfarçava como ciúmes.

— obrigado por tentar ajudá-lo, mas vou levar o changbin para enfermaria. — jisung informou sem realmente olhar para o lee, ajudando changbin a ficar de pé ao segurá-lo pelos ombro.

— eu vou com ele.

— não precisa. — disse desta vez sério, em um tom que changbin nunca o ouviu falar. Era rígido e até surpreendente. — é meu trabalho e você provavelmente tem treino ou sei lá o que vocês fazem naquele campo.

Ele não aguardou por mais nenhuma resposta do mais novo, por mais que ele quisesse ir atrás de changbin e ele mesmo checar se o moreno precisava de alguma coisa. Jisung o arrastou até a enfermaria em silêncio, tão quieto que o seo ficou mais preocupado com ele do que com sua própria situação. Ao chegar na sala da enfermeira, o han pediu para que ele fosse até uma das três macas e deitasse. Ele o examinou brevemente com o que tinha, checando se seu nariz estava realmente quebrado ou apenas foi um rompimento de alguma veia, que ocasionou no sangramento. Depois, estancou o sangue e fez anotações, a fim de entregar a mijun quando ela retornasse mais tarde para cobrir o próximo turno. Após tomar um anestésico e mais gelo ser colocado em seu nariz, changbin permaneceu na enfermaria, até jisung ter certeza que ele poderia pisar no chão novamente sem ter um sangramento nasal.

— você só se mete em confusão. — comentou, ainda preocupado com a situação do namorado.

Changbin quis rir, mas doía apenas ao imaginar tencionar os músculos faciais, então se limitou a segurar na mão de jisung.

— o que eu faria se tivesse sido algo mais sério, hein, senhor changbin? — ele apertou sua mão de volta, logo trazendo os dedinhos magricelo em direção a seus lábios, pincelando um singelo beijo. — você tem que se cuidar mais, hyung. Ficar seguro. Meu coração não aguenta tantas emoções. Se o chan hyung estivesse aqui nesse momento ele estaria chorando preocupado. — essa lembrança do bang chorando de estresse ou aflição fez a dupla rir, era uma mania adorável e nostálgica. Agora ele não chora com tanta frequência como antigamente. — como isso aconteceu?

— levei uma bolada no nariz do san, sabe? O atacante do time, que brigou comigo quando criança.

— quem não brigou com você quando criança?

— o chris.

— mas também, naquela época ele não aguentava um sopro sem começar a chorar.

— não fala assim, ele era fofinho.

— e eu? Também era fofinho?

— você era um trombadinha, vivia me roubando.

— desculpa se roubar é minha linguagem de amor, você não entenderia. — dramatizou toda uma cena, ocasionando numa risada fraca e dolorosa do menor. Changbin fez uma careta pela dor, e enquanto estava de olhos fechados, jisung beijou sua testa, um selar calmo e cheio de zelo. — promete que vai se cuidar melhor daqui em diante, eu não quero te ver machucado de novo. Não daquele jeito de antigamente. Eu não vou aguentar te ver todo ensanguentado depois de uma surra, não sozinho. — encostou a testa na dele, ainda com os dedos entrelaçados que se mantinham em cima da barriga do moreno.

— eu vou me cuidar, prometo.

Ficou na enfermaria com jisung até o entardecer, e durante esse tempo nem mesmo felix apareceu, por mais insistente que ele pudesse parecer em acompanhá-lo anteriormente. Mais tarde, assim que mijun surgiu para ocupar seu turno e liberar o han, ela informou a changbin que sungjin queria vê-lo no refeitório. Com um curativo novo e um boa sorte de seu namorado, o moreno desceu os poucos lances de escadas até o térreo do prédio, indo cauteloso até o local dito. Seu nariz já não doía como antes, embora permanecesse um tanto vermelho, mas ele conseguia ignorar as efêmeras dores.

Encontrou o treinador sentado em sua mesa reservada, jantando sozinho e distante dos órfãos, changbin conseguiu identificar alguns de seus colegas de time em uma mesa próxima, o bisbilhotando nem um pouco discretamente, sem o menor sinal de felix por perto. Pensou que aquilo não era um bom sinal, mas ignorou e continuou andando até a mesa, logo ocupando um dos bancos rente a mesa de madeira antiga e moída pelo tempo. Sungjin o encarou ligeiramente, sua mão ameaçando tocá-lo no rosto, o que foi rapidamente negada com um tapa singela, que afastou os dígitos do homem mais velho do seu corpo. Não queria ser tocado por ele.

— o que você quer? — o seo indagou sem rodeios, o fitando sem desviar.

— o que eu quero? — ele repetiu, sua voz num tom enjoativo. — você não tem o menor respeito pelos mais velhos? — changbin se mantivera quieto, esperando por sua conclusão. Ele suspirou quando percebeu que o moreno não responderia, indo direto ao ponto. — temos que conversar sobre seu comportamento.

— meu comportamento? — repetiu atônito.

— você não pode reagir com tanta agressividade por tão pouco. — changbin o encarou desacreditado. — o que san fez não era necessário uma comoção tão grande da sua parte, acidentes acontecem no futebol, você não pode surtar e atacar seu amigo por conta disso. Imagina se isso acontecesse no campeonato? Você poderia ter nos prejudicado bem mais, tem noção disso?

— aquilo não foi um acidente, foi intencional, você tava lá, você viu. — tentou não aumentar a voz, vendo que isso apenas o afetaria futuramente. Gritar com um professor era bem pior do que se meter em brigas, e sabia que sua fama já não era boa o suficiente.

— por que você quer que todos sejam seus inimigos, changbin? — sungjin o encarou, seus olhos não transmitindo nenhum tipo de compaixão, mas uma notaria responsabilidade que ele queria manter por conta do time. — você não vai sobreviver um dia na vida real com esse comportamento hostil.

— comportamento hostil? Que merda você tá dizendo? Não fui eu quem começou isso, todos viram, mas por que só eu tô sendo hostilizado?

— já conversei com san, ele me explicou tudo.

— explicou o que? Que ele vem me tirando do sério desde sempre? Porque é isso que acontece. Você me convenceu a entrar nesse time, e agora um dos seus queridinhos faz uma merda comigo e a culpa é minha? E eu nem cheguei a encostar naquele cara, e tô aqui sendo acusado de algo que nitidamente não fiz. — sungjin o fitou abismado, como se sua expressão fosse uma das piores. Seu coração batia fortemente, sentia um tipo de raiva inundando todo seu corpo, queria bater em algo, gritar e esclarecer que ele não era o culpado por tudo de ruim que acontecia, que ele era a vítima disso tudo, mas não existia um adulto que pudesse ficar do seu lado, que pudesse fazer sua palavra valer a pena. Changbin sentia o peso disso tudo desde criança, e essa injustiça parecia uma bigorna que ninguém queria ajudá-lo a carregar. — quer saber? Eu tô fora, arruma outro otário pra vocês brincarem de marionete.

Ele se ergueu, o som característico de madeira sendo arrastada soou por todo salão assim que a cadeira foi afastada bruscamente, changbin não olhou para trás quando foi embora, ignorando como sempre fazia desde que se conhecia por gente. Ele saiu pelo arco que levava ao refeitório, seguido pelo curto corredor que às vezes fazia sua refeição e determinado a esfriar a cabeça, pegou o caminho até os portões do instituto e seguiu pela lateral, indo até a floresta mesmo que tudo que pudesse ver fosse as sombras dos galhos altos e as árvores frutíferas que seriam suas colegas naquela longa noite.

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