Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

29

Sentado em um canto perto das escadas que levava aos dormitórios, changbin observou a nova demanda de órfãos chegando.

Era sempre assim, após a saída dos mais velhos do instituto, os superiores mandavam vários outros para o orfanato, às vezes eles eram novos e outras vezes eram expulsos dos seus antigos abrigos por desordem ou porque simplesmente estava cheio demais e os adultos queriam se livrar de mais trabalho. Changbin conhecia bem como aquilo funcionava, perdeu a conta das vezes que quase foi mandado embora por mal comportamento, mas haeri apenas o ameaçava, algo impedia que ela mandasse o garoto embora.

Não se importava muito com essas ocasiões, a única coisa que o prendia naquele lugar era jisung, o rapaz o pediu para changbin ao menos ficar em algum ponto que pudesse vê-lo. Após a saída de chris, a dois dias atrás, a diretora lee pediu para que jisung tomasse o lugar do bang em algumas tarefas, como ajudar os novos moradores a conhecerem o lugar, mostrando as salas de aula e e os levando até seus novos quartos, onde eles dividiram com mais duas outras pessoas. Do canto, changbin via o han realizar essa tarefa, mesmo nervoso com toda aquela aproximação, ele e mais duas meninas de confiança de haeri trabalhavam nesse cargo junto com um dos professores responsáveis. Ele conversava e aconselhava os novos garotos, enquanto as meninas lidavam com a outra parte.

Assim que o sinal tocou para o almoço, changbin ficou de pé e viu jisung levar o pequeno grupo de meninos até o refeitório. Ele suspirou e seguiu o mesmo caminho, as mãos no bolso denunciava seu nítido tédio, apenas queria comer e ir para o quarto, estava tão fatigado que só se mantinha de pé por conta do han. No outro ambiente, todas as mesas estavam ocupadas, até mesmo a que changbin costuma fazer suas refeições. Preferiu deixar isso de lado, vendo que era apenas as crianças novas, elas não sabiam como tudo funcionava, então seguiu até a fila e esperou por sua vez. Ao redor, procurou o mais novo até acha-lo numa mesa junto com outros garotos e uma das garotas que estava ajudando no aconselhamento dos órfãos novos. Cogitou ir até ele, no entanto desistiu ao ver que faria um clima desconfortável surgir, então apenas pegou sua bandeja e caminhou para fora do refeitório, indo comer no corredor.

Fez sua refeição sozinho e em silêncio, ignorando a passagem de todos que utilizavam aquele corredor. Ninguém realmente ligava se o moreno estava comendo sozinho sentado no chão, era até um pouco comum vê-lo nessa situação, levando em consideração todas as vezes que ele fora obrigado a ficar apenas observando os outros comerem de fora do refeitório quando era castigado. Quando apenas tomava o suco de caixinha que veio junto com o almoço, changbin ergueu o rosto quando um par de tênis parou na sua frente, vendo jaehyung com as mãos no bolso e um sorriso de esgueira, aparentando felicidade ao ver o garoto tão solitário.

— tá tristinho por que seu namorado foi embora? — ele indagou, se abaixando rente ao moreno que continuava tomando seu suco calmamente. O park não era uma ameaça quando estava sozinho, changbin melhor do que ninguém sabia disso. — vai me ignorar, seo? — a mão dele pairou sobre o cabelo do menor, como se quisesse puxar.

Todos que passavam por perto apenas ignoravam os dois, querendo apenas passar despercebido para não arrumar problema. Se changbin era um ímã para confusão, jaehyung era como uma peça de metal que estava sempre sendo atraído até o garoto, não importava o tempo em que eles ficassem sem se ver, o park sempre ia até o menino quando achava necessário. Como agora.

— arruma outro otário pra infernizar, hoje eu não tô com paciência. — o sorriso dele cresceu, como se estivesse satisfeito pela reação do seo.

Jaehyung se sentou no chão, ao lado do menor, com a bandeja vazia entre os dois impedindo a aproximação direta. Mais uma demanda de pessoas passou, ignorando a dupla, apesar dos sussurros claros pela proximidade dos rapazes. Como os demais, changbin também ignorou a presença do castanho, observando qualquer coisa que não fosse o rapaz ao seu lado o fitando com tanta atenção que chegava a perturbá-lo.

— sabe, sempre achei aquele christopher um otário. — ele disse de repente. — nunca entendi porque você andava tanto com ele, o cara era literalmente uma mosca morta, não fazia nada e ficava por aí com ar de quem sabia de tudo. E ele não passava disso, um sabichão. Não duvido nada que ele também fosse uma bicha. — cuspiu as últimas palavras, enjoado o suficiente para fazer uma careta. Changbin revirou os olhos, largando a caixa de suco vazia dentro da bandeja, a pegando em seguida a fim de ir embora.

— sua sorte é que eu não quero arrumar confusão com ninguém. — jaehyung fitou changbin de pé na sua frente, o rosto dele estava contorcido na mesma expressão de sempre, desleixo, como se a presença do castanho fosse insignificante. — mas se eu te ouvir falar essas merdas de novo sobre o chan, faço questão de quebrar todos os seus dentes e te jogar na porta da diretora. — o moreno o olhou de cima, seguindo até o refeitório em seguida.

Não olhou para trás, pois sabia que jaehyung sorria, daquele jeito sádico doentio que ele sempre foi. Changbin jogou toda a sujeira da bandeja no lixo e deixou o objeto perto da cozinha, dessa vez apenas determinado a chegar até o dormitório sem esbarrar em ninguém ou gritar com alguém, estava tão irritado que suas unhas faziam marcas na sua palma. Enquanto atravessa o labirinto de mesas e crianças conversando alto, viu jisung em um canto conversando com a mesma garota de mais cedo, eles pareciam tão próximos que a visão de changbin escureceu, porém ele não teve nenhuma grande reação, o ar ao seu redor já parecia pesado o suficiente, então ele apenas andou apressado até a saída e foi para o quarto.

Por sua falta de atenção, acabou esbarrando em alguém, e a pancada foi tão forte que cada um caiu para um lado. Changbin rapidamente ficou de pé, ajudando o garoto a se erguer também. Seu rosto parecia novo para o moreno, talvez mais um dos novos órfãos. Ele aceitou de bom grado a mão que foi estendida em sua direção, ficando de pé em um pulo pela força que changbin usou para puxá-lo.

— sinto muito, eu não tava prestando atenção. — o moreno proferiu, checando se não tinha mesmo machucado o menino. Não queria ser dedura a haeri por um erro como esse, sabia que podia ser punido por qualquer mínima coisa, principalmente agora que a mulher parecia mais atenta aos seus passos do que antes.

— tá tudo bem. — ele sorriu meio envergonhado e nervoso, as sardas do seu rosto brilhando em contraste a sua pele acobreada. Ele parecia estrangeiro. — eu quem deveria pedir desculpa, acabei de chegar e tô todo perdido. — changbin o viu pegar a mochila no chão que tinha caído na hora do esbarro, a colocando nas costas em seguida. — inclusive, meu nome é lee felix.  — ele entendeu a mão, soando gentil.

O garoto era baixo, talvez da sua altura, devia ter entre quatorze ou quinze anos, changbin não podia classificá-lo como alguém que foi expulso do seu antigo orfanato, ele parecia bonzinho demais para isso. Meio receoso, o moreno apertou sua mão, o vendo sorrir ainda mais — se isso fosse possível.

— changbin. — disse ainda perdido. — seo changbin.

— você também é novo aqui?

— não, moro aqui há bastante tempo.

— ah, isso é ótimo! — ele exclamou, mas logo murchou ao notar o que tinha dito. — quero dizer, não é ótimo, você merecia ter sido adotado, todo mundo merece fazer parte de uma família, eu quis dizer que é bom ter um hyung que conheça o lugar. Eu posso te chamar assim, né? De hyung, não quero ser invasivo nem nada do tipo. — felix se embaralhou algumas vezes, mas changbin mordeu o cantinho da bochecha para não rir.

— relaxa, beleza? Eu tenho uma família. — viu o rapaz deitar a cabeça levemente para o lado, aparentando confusão. — e me chame como preferir, não ligo muito pra isso.  — deu de ombros, mostrando indiferença.

— okay, legal, isso é bom. — ele massageou as mãos, ainda nervoso. — você pode me ajudar a achar meu quarto? É que um tio disse que teria uma pessoa pra me levar até meu dormitório, mas quando cheguei não tinha ninguém na porta, só me deram esse papel e pronto. — o de de mechas castanhas disse, entregando ao menor o papel indicando o andar e o número do quarto.

As marcações em relação aos dormitórios aconteciam assim, cada andar possuía uma quantidade de quartos, sendo o de changbin o número um, decrescendo adiante. O de felix era o cinco, no final do corredor do primeiro dormitório, onde o menor dormia com jisung e anteriormente com chan. Ele fitou o papel por mais alguns segundos e resolveu que ajudaria o menino, o caminho era o mesmo, não custaria nada prestar um pouco de solidariedade.

— vem comigo, te levo lá. — manuseio a cabeça em um movimento simples, indicando a direção da escada dupla que levava para as duas alas, o dormitório feminino e masculino.

Felix o seguiu prontamente, caminhando um passo atrás, ele admirava a decoração e às vezes fazia comentários retóricos, sem realmente esperar uma resposta vinda de changbin. Após subir os lances de degraus, changbin seguiu até o corredor, passando por seu quarto e outros até chegar no último, que ficava em frente ao banheiro compartilhado.

— é aqui. — indicou ao empurrar a porta do quarto número cinco para dentro, deixando que o lee entrasse.

Ele parecia empolgado ao adentrar ao novo ambiente, mesmo que o estado do lugar fosse precário, nem um pouco diferente do quarto de changbin: o mesmo problema na luz, as paredes com infiltração e a única janela meio inchada pela chuva do inverno intenso. O moreno não chegou a entrar no novo cômodo, não se sentia confortável ao invadir o quarto de outra pessoa, por isso, se manteve parado no batente da porta até que felix escolhesse qual cama do beliche seria sua, levando em consideração que aquele quarto só era ocupado por uma pessoa — até onde changbin lembrava.

— você parece que já tá acomodado, então eu vou indo. — ele avisou, retornando as mãos aos bolsos da calça. — ah, e em relação a uniforme e coisas referentes, você pode perguntar a um dos professores do orfanato ou diretamente a diretora lee. O jantar sempre toca as seis horas, não perca ou você fica sem comer. As aulas só começam em fevereiro, então fica tranquilo por enquanto, só se organiza no novo quarto e encontre amigos, isso aqui pode ser um inferno quando você não tem alguém pra conversar. — orientou o menino, que tinha pulado do beliche superior e andando até ele, meio nervoso com sua despedida, por mais breve que pudesse ser. Eles seriam vizinhos de dormitório, de qualquer forma. — fica bem, felix. — deu leves tapinhas em seu ombro e caminhou em direção a seu quarto, sua ideia inicial de apenas vegetar na cama se mantinha firme e forte.

— espera, hyung! — o garoto deu largos passos na sua direção, agarrando seu braço assim que o alcançou. — você não pode ser meu amigo? — changbin custou a manter o olhar, ele tinha aquela típica carinha de cachorro que caiu da mudança, uma das fraquezas do seo.

— te garanto, a última coisa que você vai querer é me ter como amigo. — gentilmente, ele soltou a mão do castanho do seu braço, se afastando em passos curtos.

— por que? Você parece legal. — ele insistiu, novamente se aproximando perigosamente e invadindo o espaço pessoal do menor.

— changbin? — ao se virar, se deparou com jisung na entrada do corredor, ele parecia ofegante, como se tivesse corrido uma maratona. — caramba, baixinho, eu tava te procurando. — ele passou a mão na testa para se livrar do suor, afrouxando o nó da gravata. — quem é esse? — o han indagou ao chegar próximo de changbin, notando a pequena figura de felix ainda perto do seo.

— lee felix, ele é novato. — apresentou o menino, que sorriu e se curvou respeitosamente em direção a jisung. — esse é han jisung, ele é quem deveria ter te mostrado o quarto e todo o resto. — felix balançou a cabeça, mostrando que tinha entendido e já decorado o nome do novo rapaz presente.

— e o que vocês dois estavam fazendo no meio do corredor tão perto um do outro? — o han olhou para changbin com os olhos semicerrados, procurando índices de nervosismo no comportamento do menor, mas ao contrário disso, o moreno se mostrou cansado e desinteressado, talvez até um pouco estressado.

— só fiz o seu trabalho. — respondeu simplista. — apresentei o quarto pro garoto e só.

— vocês dois tem alguma coisa? — felix indagou e jisung quase engasgou com sua própria saliva, tossindo algumas vezes.

— somos amigos. — changbin novamente diz, sem tremer ou vacilar, como se a resposta para aquilo sempre estivesse na ponta da língua, embora quisesse apresentá-lo como seu namorado. — melhores amigos. A gente cresceu junto praticamente.

— ah, faz sentido. — o garoto novamente balança a cabeça repetidamente.

— bom, agora você pode fazer qualquer tipo de pergunta ao han sobre o orfanato, eu vou dormir. — afagou o cabelo do mais novo presente e se virou, caminhando até o quarto.

Ainda escutou jisung conversar com felix durante um curto tempo, logo ouvindo os passos barulhentos dele vindo na sua direção. Changbin não parou de andar nem mesmo quando o han começou a tagarelar sobre tudo que tinha acontecido, por mais perto que o moreno estivesse dele durante a manhã e o almoço. Ele entrou no quarto e deixou que o mais novo fechasse a porta, changbin se jogou na cama e enfiou o rosto no travesseiro, ignorando tudo e toda a dor de cabeça que vinha tendo.

— bin? Você tá me ouvindo? — jisung sentou na beirada da cama, a mão passeando pelas costas do garoto deitado.

— tô, jisung.

— por que você tá assim?

— jaehyung apareceu hoje e falou umas merdas sobre o chan. — respondeu emburrado.

— você sabe que é idiotice levar as coisas que o jaehyung fala a sério, ele é só um imbecil que gosta de te estressar. — sutilmente jisung invadiu sua cama, empurrando o corpo magricelo de changbin para o lado. — vai pro canto, eu quero deitar com você. — cutucou o garoto com os dedos, mas ele não expressou nenhuma animação com sua brincadeira. — changbin, o que aconteceu?

— só tô estressado, não posso? — olhou sério para jisung, as sobrancelhas enrugadas e os lábios comprimidos. Poucas vezes o mais novo viu changbin daquela forma, tão sério e irritado, como se estivesse carregando o fardo do mundo nas costas. — para de sorrir pra mim, eu vou socar a sua cara. — esfregou a mão áspera no rosto do garoto deitado do seu lado, que riu e segurou no pulso fino que tentava bagunçar seu rosto.

— se você continuar fazendo essa carinha de bravo, eu vou te beijar até você desmaiar.

— me erra, han jisung. — deu as costas para o maior, se encolhendo na direção da parede.

— quem é han jisung? Pra você é amor. — se aconchegou no corpo macio do menor, beijando sua nuca e apertando a cinturinha dele.

Changbin tentou resistir aos beijos de jisung e até mesmo se manter firme em relação a suas brincadeiras e sussurros, mas acabou se rendendo e tendo que se virar para ele, a fim de pará-lo. Ainda risonho, changbin segurou no rosto do moreninho e o parou, tornando-se bobo pelo semblante meio corado e inocente do rapaz deitado ao seu lado.

— você é um chato. — changbin declarou, ofegante pelas risadas e os lábios entreabertos.

— eu também te amo, bebê. — beijou sua boca, absorvendo a surpresa nos olhos brilhantes do seo. Para jisung, não havia homem no mundo mais bonito do que seu garoto, além de chan. Não podia esquecê-lo. Se houvesse um ranking, os dois rapazes ocupariam o primeiro lugar, e jisung se contentaria em ser o segundo, assim poderia observá-los com deleite da sua colocação. — sobre aquele garoto… — iniciou, acariciando o braço de changbin por cima do tecido fino da camiseta do orfanato.

— vai começar. — changbin revirou os olhos com exagero, e jisung fez bico.

— bin, você me ama?

— sim, hannie, eu te amo e não deixei de te amar só porque conversei com um menino novo. — esclareceu, serpenteando os dedos pela lateral do corpo do moreno aninhado no seu.

— me amaria mesmo que eu fosse uma minhoca?

— que?

— responde, seo.

— óbvio que te amaria. — respondeu, mesmo que quisesse rir da carinha sério que jisung estava. — encheria meus bolsos de terra só pra você viver comigo e ir para todo lugar.

Jisung sorriu abobalhado e abraçou o menor, sufocando ele no seus braços quentes. Changbin, mesmo sem ar, o abraçou de volta, beijando seu pomo de adão evidente, o cheirinho de hortelã vindo dele invadindo suas narinas.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro