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27

Era dezembro, a época gelada do ano, e mesmo que agora changbin tivesse que usar casacos grossos para dormir e mais de uma coberta, por dentro, estava confortável, apesar do amontoado de roupas que era obrigado a usar.

Nos últimos dois meses, seus avós vieram ao seu encontro em dias aleatórios. Nesses encontros inesperados, jisung fora apresentado a sua avó, justamente no dia que somente ela e jeongin vieram. Changbin lembrava do claro embaraço do han em conversar com a mais velha, sempre tímido e acanhado. Era engraçado vê-lo tão retraído e com medo de falar algo errado. Jeongin também recheou o garoto bochechudo de perguntas, algumas mais tranquilas e outras que changbin era obrigado a chutá-lo por debaixo da mesa a fim de calá-lo um pouco. O que funcionava.

Em nenhum momento em que seus avós surgiam, christopher estava presente, ele ficará cada vez mais ocupado com o curso e sua mudança, já que agora ele realmente estava sem saída. Sairia do orfanato na próxima semana, começo de janeiro. O que tranquilizava changbin e jisung era saber que o castanho tinha arranjado um lugar para ficar e minho ficará responsável pelo bang quando ele saísse do orfanato. Não negava que às vezes pensava em falar com seu avô para pedir um favor, algo que pudesse ajudar chris a se virar melhor sozinho do outro lado dos muros do orfanato, mas sabia que o bang não aceitaria essa ideia. Ele queria conquistar seu próprio reconhecimento, trilhar seu próprio caminho, usando apenas sua força de vontade, e ter ajuda de alguém de fora o frustrava, então o moreno logo descartou esse pensamento.

Em épocas assim, changbin costumava ir até a floresta e deixar comida em locais específicos onde sabia que os esquilos e outros animais menores iriam buscar alimentos, mas com o passar do tempo, ficou ainda mais difícil executar essa tarefa. Com os bolsos da calça cheios de frutas pequenas que arranjou no almoço, o moreno deixou sua última aula do dia para depois e saiu do orfanato escondido. O clima do lado exterior era de bater os dentes, mas ele ainda caminhou através das árvores grandes e galhos secos, conseguindo chegar próximo ao riacho, deixando as frutinhas em um tronco baixo e se encolheu dentro do casaco espesso que vestia, rumando de volta ao instituto. Queria parar no riacho e ficar um pouco por lá, mas a baixa umidade do ambiente deixaria sua garganta em péssimo estado, então tratou de girar os calcanhares e pegar a trilha de volta.

Recordava de quando era criança todas as vezes que fora obrigado a ir até a floresta sozinho durante uma nevasca. Havia um pequeno grupo de garotos mais velhas, dentre onze e quatorze anos, que sempre pegavam no pé de changbin quando ele tinha oito anos. Naquela época, ele ainda era fraco e pequeno, mesmo que se mostrasse implacável em suas brigas, nem mesmo aqueles garotos eram capazes de parar o seo quando ele entrava em alguma discussão, no entanto, em certas ocasiões, onde ele era chantageado e ameaçando por aquele grupinho, changbin entrava na floresta mesmo com toda aquele frio machucando seu corpo. Ou ele entrava, ou seria dedurado a haeri por algo que provavelmente não tinha feito, e o moreno se via como um ratinho encurralado. Odiava as punições que era submetido na época, a diretora era bem mais cruel antes do que agora. Certa vez, ela até mesmo tinha ameaçado quebrar um dedo seu se ele novamente infringir alguma regra, mesmo que sem querer. Então, preferia passar a noite na floresta do que ter um encontro na sala dos castigos com a Lee.

Olhando para seu passado agora, changbin se via um pouco arrependido de certas decisões. Na verdade, pensar sobre as noites que passou entre aquelas árvores tremendo de frio o fazia querer andar o mais rápido possível para fora da floresta, mas manteve seu ritmo maneirado, sabia que se corresse, quem estivesse perto escutaria e não queria se meter em encrencas por estar cabulando aula. Conseguiu entrar no prédio principal e ir para o dormitório sem ser visto. O quarto ainda estava do mesmo jeito: a luz piscava quando acendia, o piso estava úmido igualmente as paredes mofadas, os beliches estavam com a madeira meio roída pelo tempo e a janela mal fechava por estar inchada pela chuva. Ele fechou a porta e se livrou da jaqueta que vestia, optando apenas pelo casaco, na cama do lado da sua, o beliche onde jisung e christopher dormiam estava vazio, principalmente na parte inferior, onde o castanho dormia.

Changbin se sentia inquieto ao imaginar que em uma semana o bang não iria mais dormir ali.

Se sentou em sua cama e o ela rangeu um pouco, o colchão estava tão fino que o moreno conseguia sentir as taliscas embaixo que sustentavam o colchão. Com um suspiro cansado, changbin se arrastou para cima e se sentou encostado na parede, de frente para o beliche do bang. Em sua cabeça passava uma espécie de curta-metragem, relembrando de todos os momentos que eles já tinham passado. Desde o dia que jisung chegou no instituto, ele parecia um gato de rua, arisco e com medo. Lembrava de quando chan chegou ao orfanato, da pequena dificuldade de comunicação no início pelo coreano dele ser bastante raso, e do bullying e xenofobia que o castanho sofreu por ser estrangeiro.

Parando para pensar, fazia bastante tempo desde que changbin morava naquele ambiente. De vez em quando pensava como teria sido sua vida se seu pai não tivesse falecido naquele acidente, ou se até mesmo sua mãe não tivesse abandonado ele ao deus dará em frente ao orfanato, por preferir se afundar em bebidas e drogas do que criar o próprio filho. Às vezes changbin suspeitava se sora ao menos se arrependeu alguma vez do que tinha feito, mas algo o dizia que não, que ela nem mesmo sentia remorso pelo que cometeu.

Fazia tanto tempo desde a última vez que a viu, se perguntava se ela estava bem ou se algum dia iria revê-la, mas doyun o disse que ela novamente sumiu, como da última vez, há dezessete anos atrás, quando o deixou bebê em frente ao instituto e desapareceu por tempo suficiente para dar a luz a hyunjin e deixar para o pai criar. Changbin ficava feliz pelo seu irmão não ter sido abandonado como ele foi, ao menos o hwang tinha alguém que o amava lá fora e que estava cuidando dele de verdade. Odiaria a ideia de ver o mais novo passar por tudo que ele sofreu.

Quando seu relógio de pulso marcou exatas duas e meia, changbin saiu do quarto no mesmo instante que o alarme indicando o fim das aulas soou, mostrando que jisung tinha sido liberado. Atualmente, as aulas deles estavam sendo separadas, quando changbin tinha aula de matemática, o mais novo estava em história, e assim por diante, apenas em química que eles ficavam juntos no laboratório. Ele desceu as escadas e partiu em direção a enfermeira, sabendo que jisung iria diretamente para lá. Passou antes do refeitório para buscar algo para comer, optando pelo cardápio do dia, pão com geleia e limonada. Changbin andou apressadamente entre a multidão de adolescentes e crianças, ignorando quem estivesse olhando diretamente para ele. Entrou na enfermaria ao arrastar a porta para o lado, encontrando tanto mijun quanto jisung atendendo uma garota que estava sentada na maca, tendo seu joelho ralado tratado.

O han usava o jaleco branco que tinha sido entregue a ele no último mês, agora ele era oficialmente um enfermeiro do orfanato, o que orgulhou ambos garotos mais velhos com quem dividia o dormitório. Naquela noite, quando jisung chegou cantarolando que tinha enfim conseguido permissão de mijun para atuar como enfermeiro provisório, tanto chan quanto changbin comemoraram com o garoto, passando a noite em claro conversando e rindo. Foi uma madrugada agradável. Do canto, changbin observou pacientemente o mais novo terminar de fazer o curativo no machucado da menina e ajudá-la a ficar de pé.

- consegue andar sozinha? - jisung indagou, soando profissional. Changbin o admirou quieto, sorrindo orgulhoso ao vê-lo empenhado em seu papel.

- vou relatar isso a senhora lee, fique aqui tomando conta do lugar. - a enfermeira disse, aparando a garota no lugar do han. Ambas saíram em passos lentos, deixando para trás somente os dois garotos.

Jisung foi até a porta para fechá-la, enfim relaxando os ombros tensos.

- binnie. - caminhou até o mais velho, jogando seus braços ao redor do garoto de fios pretos como petróleo. - tô cansado. - declarou em um murmúrio sôfrego.

- você chegou aqui em o que? Vinte minutos? - indagou com graça, observando o han indo sentar em frente a mesa da enfermaria. Permaneceu de pé ao seu lado, encostado no móvel lotado de papéis e um computador.

- e já tive que atender alguém. - reclamou baixinho, abrindo os dois primeiros botões da camisa branca que era obrigada a usar, em um estilo pólo brega. - vem aqui. - puxou o seo pela mão delicadamente, o chamando para seu colo. Changbin relutou, temeroso pelo retorno da kim. - qual é, amor? Só tem a gente aqui.

- acho melhor não, jisung.

- okay, okay, sem pressão. - ele ainda permaneceu com os dedos entrelaçado nos seus. - essa garota de agora a pouco, uns caras idiotas a empurraram na fila do almoço, e só agora ela conseguiu despistar eles pra vir até aqui. - jisung falava olhando para tela do computador, como se procurasse por algo. Ele apertava os dedos de changbin de levinho, como uma massagem delicada. - suspeito que seja jaehyung agindo novamente.

- esse cara ainda tá aqui? Faz tanto tempo desde a última vez que a gente se trombou. - decidiu por fim sentar no chão encostado à mesa de trabalho do han, ainda de mãos dadas com ele.

- pois é, parece que ele sai no ano que vem com a gente. - comentou. - inacreditável que aquele parasita tem a nossa idade e age como um imbecil, e nunca foi castigado. E depois você que é uma ameaça.

- eu sou uma ameaça. - jisung o olhou com tédio. - o que?

- você? Uma ameaça? - ele soltou um riso soprado, em deboche. Changbin fechou a cara. - desculpa, docinho, mas você é tudo, menos uma ameaça.

- não me chama assim, é estranho.

- e como devo te chamar? Meu amor? Meu bem? Meu binnie? Como é que o chan hyung te chama quando estamos a sós? Darling? - o repentino sotaque de jisung fez changbin arrepiar, ele olhou para o han debaixo, notando como sua mandíbula era bem destacada e como seu queixo era bonito daquela direção.

Apesar da lentitude das semanas ao passaram, sentia que jisung estava diferente. Que seu corpo parecia diferente e que sua voz estava um pouco mais grave do que antes. Por quanto tempo dormiu? De uma hora para a outra, não via o han como apenas aquele garoto assustado que corria com ele pela floresta, ele parecia um homem vestindo aquele jaleco branco e aquela camiseta apertada. Parecia outra pessoa. Ficava embaraçado em apenas admitir o quão atraente ele se tornará.

- amor, é feio encarar as pessoas dessa forma. - changbin desviou a atenção, envergonhado.

Às vezes pensava consigo mesmo se também estava mudando, mesmo que não notasse nenhuma grande transformação em seu corpo. Até mesmo christopher parecia mais forte, e com a voz mais grossa. Ele agora era o maior entre os três, já que antes o trio quase tinha alturas similares. Jisung estava um ou dois centímetros maior, e bom, changbin mantinha-se sendo o menor dos três, e de vez em quando ficava chateado com isso, mas era só um sentimento passageiro, não podia mudar isso de qualquer forma.

Quanto mais distraído jisung ficava com seu trabalho, mas sua mão esquerda tornava-se afoita. Ele soltou os dedos do seo e afundou os dígitos nos seus fios, bagunçando as mechas escuras, depois, desceu os dedos e afagou o rosto um pouco gordinho do menor, apertando seu nariz devagarinho e passeando o polegar entre seus lábios úmidos. Changbin o olhou mais uma vez, vendo que ele mordia a própria boca enquanto pesquisava algo no computador. Se arrastou um pouquinho para o lado, perto o suficiente para tocar em sua coxa coberta pelo tecido da calça jeans apertada, changbin tateou ali do mesmo jeito que jisung tocava seu rosto e cabelo.

- amor. - o chamou mais uma vez. Ele realmente o chamava assim com frequência agora.

- sim?

- que tal a gente comer? - ele sugeriu de repente, afastando a mão do cabelo bagunçado do moreno. - isso parece bom, podemos dividir. - se referiu a bandeja que o menor trouxe alguns minutos mais cedo.

Em um suspiro, changbin ficou de pé e eles desfrutaram do lanche em silêncio. Encostado desta vez ao lado da cadeira do han, changbin o observou trabalhando, escapando do mais novo em todas as vezes que ele tentou puxá-lo para seu colo. Jisung era realmente insistente. A enfermeira tardou a voltar, mas assim que ela surgiu, o moreno bochechudo cessou suas tentativas em agarrar o seo e voltou a seus afazeres.

Changbin ainda ficou pelo consultório até jisung ser dispensado, já que não tinha nada melhor para fazer. Depois que a noite caiu, a dupla saiu da enfermaria e seguiu até os portões do instituto, agasalhados até o pescoço, os dois garotos esperaram pelo retorno de christopher, como sempre fizeram, até mesmo em dias de chuva, onde uma tempestade horrível ameaçava cair, eles se juntavam em frente aos portões e torciam para chris chegar antes da tempestade cair. E as vezes dava certo, e às vezes eles voltavam para o prédio correndo encharcados.

Hoje, apenas uma ventania rude bagunçava seus cabelos, tornando tudo uma desordem. O ônibus parou em frente a entrada do orfanato e christopher desceu com a mochila pendurada no ombro e um cachecol ao redor do pescoço, ele acenou para os dois meninos que o aguardavam enquanto caminhava apressado até eles. Estava realmente ventando como nunca antes.

- vocês não precisam ficar aqui fora no frio me esperando. - ele disse em tom repreensivo, mas relaxou a expressão ao encará-los melhor. - senti saudade. - chris admitiu baixinho, somente para os dois ouvirem, o que trouxe em seus rostos um sorriso tímido. - vamos entrar logo. - os arrastou pelos pulsos finos, marchando depressa até às portas dupla do instituto.

Eles passaram no quarto para deixar a mochila do bang e esperá-lo tomar uma ducha quente, e changbin aproveitou a ausência de jisung que desceu para buscar o jantar deles para verificar se tinha deixado as correntinhas no lugar certo. Pretendia entregá-los hoje, tendo em mente que o dia que christopher iria embora estava próximo. O moreno abaixou rente a sua gaveta na cômoda velha e buscou a caixinha, a abrindo apenas para ter certeza que estava tudo lá como tinha deixado antes, embora ninguém mexesse nas suas coisas. Tanto chan quanto jisung sabiam que o menor detestava quando eles reviram suas coisas sem permissão.

Ele guardou a caixinha de volta no mesmo lugar quando pressentiu a presença do bang e no instante seguinte ele surgiu, roupa trocada e com um semblante nitidamente cansado. Não tardou muito para jisung aparecer também, com dois pratos de comida nas mãos e com cara de quem tinha aprontado.

O tempo podia mudar e os meses podem passar, mas jisung nunca mudaria suas ações. Changbin esperava que ele não mudasse mesmo, o adorava daquele jeito imprudente e bobo, apesar de gostar dele sério e concentrado quando trabalhava.

O trio se sentou naquele velho chão empoleirado e comeram em silêncio, com jisung dividindo seu jantar com changbin, já que agora chan conseguia comer pelos três. O crescimento repentino dele tinha que descontar em algo. Mesmo que normalmente o han fosse um tagarela notável, ele permaneceu quieto igualmente a changbin, que não via tanta questão em conversar durante a refeição. O silêncio pairou sobre eles como estrelas sob o céu, o barulho fino da ventania entrando pelas frestas da janela que não conseguia fechar totalmente. Quando terminaram de comer, christopher se sugeriu para levar a louça, sabendo que ele não teria problema em ser pego fora da cama tão tarde, a diretora nunca encostaria a mão nele.

Changbin fora o último a se banhar, e quando regressou ao quarto depois da ducha rápida, notou que chan já estava na cama e jisung subiu para seu beliche, arrumando o travesseiro para dormir. Precisava pensar em algo para tomar a atenção dos dois antes que fosse tarde, tinha planejado no banho o que faria para entregar as correntinhas. E mesmo que tivesse em mente tudo que queria falar, sabia que na prática sairia totalmente diferente. Nunca foi o melhor com as palavras.

O moreno sentou em sua própria cama, observando as costas do australiano, pensando em como faria para mantê-lo desperto, embora sua mente o dissesse para apenas deixar isso para outro momento e deixá-los descansar. Contudo, se conhecia o suficiente para saber que iria desistir se adiantasse isso, então num fôlego meio covarde, changbin ficou de pé e caminhou até o beliche ao lado.

- hannie, channie. - os chamou soando manhoso, mesmo que não fosse totalmente intencional. Rapidamente, teve atenção de jisung, que se ergueu do seu beliche e olhou para baixo, fitando o moreno. Por outro lado, o castanho nem ao menos se mexeu, mostrando que estava realmente adormecido. Aquilo fez a repentina coragem de changbin fugir pela janela como um morcego assustado pela luz.

- o que foi, amor? - jisung indagou docemente, descendo da parte superior da beliche. - algo errado?

- não, não é nada. - quis recuar, se virar e ir dormir, mas já tinha ido longe e não podia voltar atrás. - na verdade. - se corrigiu, e o mais novo permaneceu por perto, observando-o. - tô sem sono, queria ficar acordado com vocês.

Jisung sorriu pequeno, acariciando o cabelo grandinho do seo, daquele jeito que ele somente fazia quando o menor agia de maneira adorável.

Changbin observou o han apagar a luz e caminhar pelo breu até a cama inferior do beliche que dormia, cutucando as costas do rapaz que dormia lá até ele despertar um tanto assustado e com a respiração agitada. Jisung tranquilizou chan com um selar terno na testa e sussurrou para ele abrir espaço na cama, manuseando a cabeça num pedido mudo para que o moreno se juntasse a eles. Mesmo que não estivesse com isso nos planos, changbin seguiu jisung, optando pela beirada e deixando que seu - quase - namorado fosse para o cantinho. Chan, que estava no meio, jogou o cobertor grosso que dormia por cima dos garotos, os aninhando perto do seu corpo quente.

- qual o motivo da invasão? - indagou o australiano, soltando um risinho fraco e sonolento. Changbin se virou na direção dele, abraçando a perna dele com suas coxas, achando uma posição confortável para deitar. Do outro lado, jisung abraçou o braço livre do castanho e se aconchegou nele. Chris soltou um suspiro satisfeito, acariciando a pernas do moreno coberta pelo tecido grosso da calça moletom que vestia, beijando a testa do han em seguida. - vocês estão quentinhos. - comentou.

- binnie tá sem sono. - jisung simplificou, se encolhendo debaixo do cobertor do castanho quando uma lufada forte de vento fez a janela sacudir.

- o que foi, darling? - changbin fez bico, mesmo que o outro não tivesse vendo. Ele se espichou um pouquinho para cima do australiano e ele respondeu ao ato apertando sua coxa sem muita força.

- sabe quando eu fui pra casa dos meus avós pela primeira vez alguns meses atrás? - iniciou, ouvindo um "uhum" em concordância dos dois garotos. - meio que comprei algo pra vocês e não tive coragem de entregar antes, então pensei em fazer isso hoje, agora na verdade. Mas tá tão quentinho aqui com vocês, melhor deixar pra depois. - se aconchegou o máximo possível perto do bang, sentindo o han se agitar do outro lado.

- deixar pra depois!? - jisung se ergueu de imediato, exasperado. - não acredito que você demorou quase quatro meses para dizer isso! Levante agora e vá buscar, vamos, não me obrigue a me esticar até aí e fazer cócegas em você. E você sabe muito bem que eu não tenho medo dessas suas mãozinhas fortes!

- por que você tá tão indignado? - chan perguntou, observando o menor levantar devagarinho e abrir uma das gavetas da cômoda.

- com licença!? Me sinto no direito.

- você é um bobão.

- eu vou morder sua cara de novo! - avançou no castanho.

- han jisung! - chan tentou se defender dos ataques de esquilo que o mais novo às vezes tinha, empurrando o corpo do garoto para trás, sem realmente usar força, não queria machucá-lo.

Enquanto o caos reinava no beliche ao lado, changbin vagou as mãos por suas roupas e achou a caixinha. Antes de entregar o presidente, ele ligou a luz fluorescente amarela, ocupando o espaço no colchão da cama de christopher, ficando de frente para a dupla de olhos curiosos. O moreno soltou um suspiro pesado, nervoso o suficiente para seu corpo esquentar instantaneamente e seu estômago embrulhar. O que tinha planejado falar mesmo? Sua mente era um borrão escuro e frio, ele nem ao menos conseguia pensar direito.

Changbin abriu a caixa, tirando os colares de lá, notando que pelo curto tempo que os pegou mais cedo eles tinham enrolado uns nos outros. Com um muxoxo frustrado, ele tentou desenrolar e tirar os nós, porém sua delicadeza não era muito eficaz nesses momentos, conseguindo apenas se chatear mais ainda. Não era pra ser assim.

- bebê, calma. - chan, que parecia estar se divertindo com a situação, parou as mãos desengonçadas do menor e pegou delicadamente os colares de prata. - a gente faz isso por você. - garantiu ao menino bicudo, que apenas balançou a cabeça. Ele e jisung entraram em ação para desenrolar os colares.

- era pra ser um momento romântico, mas isso tinha que acontecer. - changbin bufou desacreditado. - por que isso sempre acontece comigo? Se esse lance de energia espiritual e universo existir mesmo, devo estar pagando pelos meus pecados de outras vidas.

- não seja tão dramático, amor. - jisung disse, desatando mais um nó. - mas o que exatamente você queria fazer de romântico? A gente vai ter um tempinho até arrumar isso aqui, pode ir falando.

Por um instante, changbin hesitou, olhando para suas próprias mãos com cicatrizes. Havia somente eles no quarto e mesmo assim o moreno se sentia inquieto.

- queria que vocês fossem meus namorados. - murmurou tímido, ainda sem realmente fita-los. - queria... na verdade, quero ficar com vocês pra sempre, tipo aqueles contos de fadas que a gente era obrigado a assistir quando éramos crianças. - ele ainda falava baixinho, como se fosse um segredo somente deles. E talvez realmente fosse.

Changbin nunca viu necessidade de falar sobre a relação que mantinham para alguém, levando em consideração que tudo que jeongin e hyunjin sabiam era porque os dois meninos eram curiosos e teimosos. Fora eles, nunca falo para mais ninguém. Podia ser o medo de ser julgado por ser gay - acreditava que era gay, já que nunca tinha sentido atração por mulheres ou pessoas alinhadas ao feminino -, ou somente sua vontade de mantê-los em segredo, algo íntimo apenas deles. Seja lá o que realmente fosse, de uns tempos pra cá, o moreno realmente queria reconhecê-los como seus namorados. Queria pelo menos uma vez ter um rótulo para o que estava sentindo, para o que estavam tendo. Estava apaixonado pelos dois, igualmente e intensamente, e queria poder chamá-los de seu, como às vezes se pegava sonhando.

Chan enfim desfez o último nó e separou os três colares de prata legítima e tamanhos medianos. Ele sentou por cima dos calcanhares e colocou o primeiro colar em changbin, beijando sua testa em seguida, um selar demorado e cheio de zelo. Em seguida, fora a vez de jisung, que abaixou um pouco a cabeça para o bang conseguir colocá-lo o acessório facilmente, ele recebeu um beijinho inocente na bochecha.

- binnie. - chan estendeu o último colar ao moreno, como se pedisse para ele colocar.

Meio nervoso - se não muito -, changbin pegou o objeto com cuidado, passando pelo pescoço alvo do castanho e se esticando para prende-lo na parte da nuca, encaixando as duas partes para fechar o colar corretamente. Chan soube aproveitar aquele momento para abraçar o menino, que tomou um leve susto pela ação repentina. Ele se encaixou perfeitamente nas pernas cruzas do bang, se sentado sobre seu colo com jisung ao seu lado, os observando com um sorriso pequeno no rosto.

- queremos ser seus namorados desde que nós nos entendemos como gente, changbin. - o mais novo quem dissera, afagando o cabelo do moreno. - tipo, faz muito tempo mesmo. Mas sabe. - ele se aproximou devagarinho da dupla, deitando a cabeça no ombro de christopher que se revezava entre abraçar o menor e olhar para o han, daquele jeito bobo e apaixonado que ele nunca nota que olha para os dois. - eu já considerava vocês dois como meus namorados antes mesmo do pedido oficial vir, mas é bom que agora as coisas estejam claras entre a gente.

- queria comprar alianças, mas acho que isso pode esperar mais um pouquinho, já que agora temos esses colares de compromisso. - changbin se retraiu tímido, escondendo o rostinho no pescoço do bang, ele cheirava a sabonete, e seu corpo permanecia quente, mesmo descoberto e um pouco exposto ao frio, dado que ele dormia apenas com uma camisa de mangas curtas e calças de pijama. O baixinho não entendia como ele aguentava o frio daquele jeito.

- obrigado pelo presente, namorado. - jisung beijou sua bochecha pincelada pela timidez.

- eu amo vocês. - changbin sussurrou baixinho, as palavras soando um pouco estranhas no início, uma vez que ele nunca tinha dito aquilo em voz alta. Dizer que ama alguém sempre pareceu muito sério ao menino, contudo, agora ele tinha certeza que amava os dois. Os amava como nunca amou outra pessoa na vida.

- nós também te amamos, binnie. - chris beijou a têmpora de changbin, trazendo jisung para perto. Logo o trio estava novamente deitado, mas desta vez nenhum dos três parecia muito disposto a ficar acordado por muito tempo, levando em consideração que eles novamente tinham se envolvido numa bolha de calor, se emaranhando um no outro, como outra hora os colares estiveram. Podia não ser muito confortável, mas somente a sensação de proteção que a dupla emanava era capaz de espantar os pesadelos que ainda perturbavam as noites de changbin.

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